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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Tecnologia: Núcleo de Sustentabilidade traz inovações verdes para a indústria

Construir uma casa em seis vezes menos tempo e com redução de até 85% do desperdício de material é possível? Com o woodframe, a Tecverde, empresa curitibana, tem mostrado que sim. A tecnologia foi trazida ao Brasil em 2010, em parceria com o Senai do Paraná e o Ministério da Economia de Baden-Wurttemberg, da Alemanha.

O sistema construtivo foi tropicalizado, ou seja, adaptado para se ajustar às nossas normas, clima e cultura. “As paredes, por exemplo, receberam reforços estruturais para ficarem mais robustas e possibilitarem fixação de móveis em qualquer lugar da parede, costume do consumidor brasileiro”, explica Caio Bonatto, diretor da Tecverde. Outro ajuste foi o reforço nas estruturas contra umidade tanto no exterior quanto no interior da casa, pois no Brasil a umidade é mais agressiva do que na Europa.

A tecnologia woodframe é uma das soluções sustentáveis utilizadas para a construção do Núcleo Senai de Sustentabilidade, que a partir de setembro será referência em soluções verdes para a indústria. O núcleo, em Curitiba, servirá como showroom interativo para que indústrias e comunidade possam conhecer novas tecnologias sustentáveis aplicadas à construção civil, energia e meio ambiente.

O Núcleo de Sustentabilidade servirá como showroom interativo para que
indústrias e comunidade possam conhecer novas tecnologias sustentáveis
aplicadas à construção civil, energia e meio ambiente

Graças ao recurso de realidade aumentada, que cria a sobreposição de objetos virtuais tridimensionais em um ambiente real e que serão visíveis por meio de tablet, os visitantes poderão conhecer como foram produzidos os elementos sustentáveis da construção.

Todas as tecnologias presentes no núcleo foram desenvolvidas por empresas parceiras do Senai. Entre elas estão o telhado verde, para controle de temperatura; reaproveitamento da água da chuva; iluminação em LED, torneiras com controle de vazão e descargas econômicas.

A casa será autossustentável na questão de energia, que será captada em painéis solares. O excedente será distribuído pela rede de energia da unidade do Sistema Fiep localizada na Cidade Industrial de Curitiba, onde fica o Núcleo, utilizando o conceito de smart grids. A gestão das tecnologias será feita por um sistema de automação residencial (domótica), que proporcionará a análise e o monitoramento online da geração de energia renovável, via consultas interativas.

Oportunidades para a indústria
Hewerton Martins, CEO (Chief Executive Officer) da Solar Energy, fornecedora dos painéis fotovoltaicos, explica que a utilização de tecnologias sustentáveis na indústria é uma forma de agregar valor ao produto final. “Quando uma empresa implementa a energia solar, isso torna-se não só uma economia para ela, que passa a produzir energia limpa e renovável localmente, mas também um diferencial”, conta Martins. “O consumidor atual exige que as indústrias sejam sustentáveis e não agridam o meio ambiente. Comunicar a esse consumidor as atitudes em prol da sustentabilidade que a empresa tem faz com que ela se destaque no mercado e agregue valor ao seu produto. Imagine uma indústria de cosméticos produzindo protetores solares utilizando energia solar. É um diferencial como esse que pode ser a chave para o sucesso do negócio”, comenta o CEO.

Segundo o diretor do Senai no Paraná, Marco Secco, o Núcleo de Sustentabilidade será um meio da indústria perceber novas oportunidades de negócio. “Temos um espaço que será um ícone para a sustentabilidade industrial. Entendemos que para falar desse assunto precisamos analisar o ambiente como um todo, envolvendo também questões econômicas, culturais e sociais. O núcleo foi pensado dessa forma. Ali estarão disponíveis tecnologias e inovações que contemplam a sustentabilidade como um todo e que são aplicáveis à realidade da indústria brasileira”.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Ideia que funciona: coleta de embalagens de agrotóxico economiza energia e o consumo de água

Em dez anos, o recolhimento e a destinação ambientalmente correta de embalagens de agrotóxicos utilizados nas áreas rurais do país geraram uma economia de energia suficiente para abastecer 1,4 milhão de casas no período.

Foto Divulgação
A iniciativa também evitou o consumo de água equivalente ao volume de 36 milhões de caixas d’água, entre 2002 e 2012, segundo números divulgados pela Fundação Espaço ECO, que reúne especialistas responsáveis pela análise da eficiência de ações sustentáveis implementadas por algumas empresas.

“Para fazer a gestão das embalagens nós também emitimos dióxido de carbono ao usar caminhões para o recolhimento, utilizamos água no processo de reciclagem dessas embalagens. Precisávamos saber se essa solução que encontramos é eficiente”, explicou João Cesar Rando, diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), formado pelos fabricantes do produto.

O levantamento foi feito a partir da mesma ferramenta que comparou a produção do polietileno feita a partir da resina virgem – extraída de processamentos do petróleo – com a produção do polietileno a partir da cana-de-açúcar, mostrando que o produto feito a partir da cana gerava menos impactos sobre a natureza.

A medida sobre a ecoeficiência do sistema não é uma exigência legal. Rando explicou que Política Nacional de Resíduos Sólidos, que instituiu a logística reversa de embalagens de agrotóxicos como obrigação há mais de dez anos, não exige o balanço. “Mas é forma de medir se solução que estamos implementando é eficiente. Nem sempre a solução que você implementa é, do ponto de vista social e ambiental, positivo”, explicou.

Os dados sobre os reflexos no consumo de água e energia comparam a situação da gestão ambiental de embalagens com o cenário anterior, quando esses produtos ficavam estocados nos imóveis rurais e, muitas vezes, eram queimados pelos produtores.

De acordo com Rando, o levantamento contratado mostrou que para cada embalagem de 20 litros produzida a partir do processo de reciclagem, o sistema evita a emissão de 1 quilograma (kg) de dióxido de carbono.

“Quando reciclamos, produzimos uma nova embalagem [com o material reciclado] que é usada para o próprio defensivo. Quando o sistema recicla deixa de usar uma resina virgem que vem de todo um ciclo de processamento do petróleo. Você evita esse ciclo todo, então você usa menos energia, emite menos gases”, explicou João Cesar Rando.

Segundo ele, o sistema também refletiu positivamente no aspecto social. Pelos dados do InpEV foram criados oito vezes mais empregos nas regiões onde a logística foi implementada. “Hoje temos mais de 400 unidades de recebimento, onde foram gerados 1,5 mil empregos diretos formalizados. Além disso, foram criadas unidades recicladoras a partir desse sistema que geram outras ocupações”, completou Rando.

Nos seis primeiros meses desse ano, o sistema de logística reversa de embalagens de agrotóxicos, que envolve agricultores, comerciantes e fabricantes, totalizou o recolhimento de mais de 21,3 mil toneladas de embalagens vazias. O volume representa um crescimento de 9% em relação ao volume recolhido no mesmo período de 2012 (mais de 19,5 mil toneladas).

Fonte Agência Brasil


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Meio ambiente: vegetação natural cobre 77% do Pará, pastagem já cobre 15%

O Pará é o segundo maior estado do país, dividido
em 144 municípios, e o mais populoso da região Norte
O Estado do Pará ainda preserva cerca de 77% de suas áreas de vegetação natural, segundo dados do Relatório sobre Cobertura do Uso da Terra no estado, divulgado no final de junho (26/6/2013) pelo IBGE. De acordo com os dados de 2010, as florestas respondem por 909 mil quilômetros quadrados, ou 72,9% do território paraense, e os campos, por 54 mil quilômetros quadrados (ou 4,3%).

A maior parte das áreas preservadas estão nas mesorregiões do Sudoeste Paraense e do Baixo Amazonas Paraense, que representam a metade ocidental do estado. De acordo com o IBGE, isso é favorecido pela concentração de unidades de conservação e de terras indígenas nessas regiões.

Das áreas que já sofreram com a ação do homem no estado, as pastagens para pecuária ocupam 187 mil km², ou 15,2% do território paraense. A maior parte das pastagens fica na mesorregião Sudeste Paraense, que faz divisa com o Tocantins e o sul do Maranhão.

As áreas urbanizadas ocupam 7,5% do Pará e a mineração, 9,7%. Segundo a assessoria de imprensa do IBGE, a soma dessas áreas supera os 100% porque parte do território paraense é usado para mais de uma atividade.

Fonte Agência Brasil



quarta-feira, 5 de junho de 2013

Semana do Meio Ambiente: data abre espaço para debater Rio+20 e Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis

As comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente começaram nesta segunda (3/6/2013), em cerimônia de abertura com a ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, no Rio de Janeiro. A programação se desenvolverá ao longo da semana também em outras cidades.

De acordo com a ministra, as atividades durante a Semana são oportunidades para que especialistas e sociedade civil possam debater o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), que tem como proposta assegurar vida plena e digna para todos. O Plano visa ainda relembrar os compromissos assumidos pelo Brasil e outros países, em 2012, na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).


“A expectativa é poder detalhar melhor, discutir mais o PPCS e criar alternativas para avançar, a fim de alcançar o objetivo final que é o de entregar medidas institucionais, processos de capacitação, decisões e acordos setoriais que visem à sustentabilidade”, destaca a secretaria de Articulação Institucional e Cidadania do MMA, Mariana Meirelles.

Outros eventos em comemoração à data ocorrerão em Brasília. Na quinta (6/6/2013), às 9h30, o MMA vai promover, juntamente com a Câmara dos Deputados, o seminário sobre os Desafios para a Implementação da Lei dos Resíduos Sólidos, no Anexo II da Câmara (confira a programação completa aqui). A ocasião marca a mobilização em torno da IV Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que será realizada de 24 a 27 de outubro, em Brasília.

O evento também serve como etapa preparatória para a conferência virtual, entre 26 de agosto e 10 de setembro. Essa atividade discutirá os quatro eixos temáticos da conferência: Produção e Consumo Sustentáveis; Redução dos Impactos Ambientais; Geração de Trabalho, Emprego e Renda; e Educação Ambiental.

O MMA também comemora o Dia da Educação Ambiental, 3 de junho, com duas programações. O Departamento de Educação Ambiental, com o apoio do Governo do Distrito Federal, prepara uma Sala Verde Especial nos jardins em frente ao edifício sede do órgão, localizado na Esplanada dos Ministérios. A sala, com materiais e vídeos educativos socioambientais, será aberta ao público até 7 de junho.


terça-feira, 7 de maio de 2013

Meio ambiente e urbanismo: Curitiba é a primeira cidade do país a produzir ônibus elétrico


A capital do Paraná, Curitiba, é pioneira no país na produção de ônibus elétricos para transporte coletivo. Estão em operação no município 30 veículos hibribus, ônibus movidos por dois motores, um deles abastecido por energia elétrica e outro, por biodiesel. Esse é o primeiro ônibus híbrido produzido pela Volvo no Brasil, por encomenda da prefeitura de Curitiba. O investimento, porém, foi feito pelas empresas privadas do setor de transporte urbano.


A operação desses veículos começou em setembro do ano passado em linhas alimentadoras, que têm muitas paradas. Segundo informou à Agência Brasil a assessoria da empresa Urbs-Urbanização de Curitiba, responsável pelas ações estratégicas de planejamento, operação e fiscalização que envolvem o serviço de transporte público na capital paranaense, o ônibus híbrido é mais eficiente quanto maior for o número de paradas, porque a cada frenagem ele recarrega a bateria.

Além de ser menos poluente, o ônibus elétrico é silencioso, porque o motor elétrico é usado no arranque, etapa que provoca mais barulho nos ônibus convencionais. O silêncio é uma das vantagens que o ônibus elétrico apresenta em relação aos veículos convencionais, além do conforto que oferece ao motorista e aos passageiros, ressaltou o condutor José Osnir, da Auto Viação Marechal, que dirige um desses ônibus. “É bem melhor que os outros ônibus (convencionais) porque o sistema de câmbio é automatizado. É silencioso e confortável. Cansa menos. E o pessoal (passageiros) está gostando”, disse à Agência Brasil.

O motor a biodiesel entra em funcionamento em velocidades superiores a 20 quilômetros por hora, e é desligado quando o veículo está parado. O ônibus consome 35% menos combustível e mostra redução de 35% na emissão de gás carbônico, em relação a veículos com motores Euro 3 (norma europeia para controle da poluição emitida por veículos motores). Oferece também redução de 80% de óxido de nitrogênio (NOx) e de 89% de material particulado (fumaça).

O hibribus foi lançado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho de 2012 no Rio. Atualmente, os 30 ônibus híbridos percorrem cinco linhas, uma circular e quatro convencionais, bairro a bairro, que cortam toda a cidade. Essas linhas juntas transportam cerca de 20 mil passageiros/dia. Os ônibus elétricos têm capacidade para 85 passageiros cada.

No Rio de Janeiro, foi publicado no Diário Oficial do dia 16 de abril decreto criando o GT Veículos Elétricos. Trata-se de um grupo de trabalho que irá avaliar a implantação de uma fábrica de veículos elétricos no estado. O GT será coordenado pelo Programa Rio Capital da Energia, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeis). A próxima reunião do grupo está programada para a primeira semana de maio.

Várias secretarias estaduais terão representantes nesse grupo, além empresas Nissan do Brasil, Petrobras, Light, Ampla e a Agência de Promoção de Investimentos do Rio de Janeiro (Rio Negócios).

A Coordenadora do Programa Rio Capital da Energia, Maria Paula Martins, informou à Agência Brasil que a ideia do grupo de trabalho é estudar a infraestrutura necessária para viabilizar o uso de carros elétricos no Rio. “A partir desse estudo é que seria viabilizada conjuntamente uma fábrica da Nissan, que vai produzir carros elétricos. A Nissan é pioneira nesse tipo de veículos no mundo. O governo do estado não teria participação nessa fábrica. O investimento é privado”, disse ela.

Os investimentos se aproximam de R$ 400 milhões. Maria Paula destacou que ainda não há uma localização ideal prevista para a construir a fábrica. ”Essa localização só será identificada a partir dos estudos que demonstrarem a infraestrutura necessária a ser implementada”. Poderão ser concedidos incentivos pelo governo fluminense nos mesmos moldes dos que foram dados a outras montadoras, como o financiamento de parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) durante o período do investimento.

Para a coordenadora do Programa Rio Capital da Energia, a principal vantagem que o veículo elétrico apresenta é que não é poluente, não consome um combustível fóssil, não emite gases, é silencioso e pode ter um custo competitivo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financia de forma diferenciada a aquisição de ônibus híbridos e elétricos produzidos no país, dentro da linha Finame, voltada para a compra de máquinas e equipamentos nacionais. Esse tipo de veículo começou a ser financiado pelo banco em 2012. De lá para cá, as operações aprovadas somam empréstimos no valor de R$ 140 milhões. Não há limite estabelecido para os financiamentos à compra desses veículos pelas empresas, informou a assessoria de imprensa do BNDES.





segunda-feira, 25 de março de 2013

Meio ambiente: progresso da bioenergia não pode afetar segurança alimentar, diz FAO

O desenvolvimento da bioenergia no Brasil deve evitar comprometer a segurança alimentar, alertou o coordenador do programa de Bioenergia da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Olivier Dubois (foto).

Em entrevista à Agência Brasil, Dubois falou da necessidade constante de mapeamento do solo para investigar o impacto ambiental da produção agropecuária. Destacou que é preciso estudar os efeitos indiretos da ocupação do solo, para que não haja danos, principalmente, à agricultura familiar ao redor do mundo.

“Se disser ao pequeno agricultor que ele terá dinheiro a partir de uma cultura, o risco é de ele utilizar seu lote todo para essa única cultura. Ele fará 10 hectares para cultura de dendê e terá de comprar comida. O risco disso é que ele será muito mais dependente dos preços dos alimentos. Ou seja, uma certa proporção [do seu terreno] ele tem que garantir, senão há o risco de segurança alimentar”

A avaliação de Dubois é que não há necessariamente uma incompatibilidade entre a produção de alimentos e biocombustíveis. “Não podemos diabolizar uma coisa porque depende muito da forma como você faz. Não se pode competir com a utilização da terra na produção de biocombustíveis, mas é possível concorrer. Planta alimentar como matéria-prima pode ser mantida em consórcio de diferentes culturas na mesma área”.

O coordenador citou o Projeto de Critérios e Indicadores de Bioenergia e Segurança Alimentar da FAO, como uma ferramenta da entidade, que inclui instrumentos de avaliação dos impactos ambientais e socioeconômicos da produção de bioenergia, com indicadores que podem ser medidos durante a produção e a recomendação de boas práticas e de medidas políticas para promover o desenvolvimento sustentável da bioenergia.

“Essa ferramenta orienta, por exemplo, os possíveis riscos de substituição alimentar de forma sustentável. Com ela podemos avaliar e monitorar as práticas de bionergia pelo mundo”, explicou. O instrumento permite recomendar, por exemplo, balancear a produção de energia com a de outros alimentos, utilizando o subproduto para alimentar o gado, misturando ou fazendo rotação de culturas.

De acordo com a Embrapa Agroenergia, até 2004 não existia fabricação de biodiesel no Brasil. Com a implantação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), o país passou a ser o segundo maior produtor mundial e colocou no mercado 2.717 m³ do biocombustível em 2012.



terça-feira, 12 de março de 2013

Meio ambiente: pesquisa prova que jovens brasileiros estão dispostos a lutar por causas ambientais

A preocupação com os danos causados pelo homem ao planeta aumentou consideravelmente nos últimos tempos e a juventude se diz mais consciente quanto a seus atos. Para confirmar a veracidade desta informação, o Nube realizou pesquisa com a seguinte questão: Qual seu envolvimento com meio ambiente?

52% dos participantes da pesquisa disseram ter o hábito constante de reciclar o lixo (Foto Fora do Eixo/Flickr)
O estudo foi realizado entre 11 e 22 de fevereiro de 2013 e contou com a participação de mais de 1.200 pessoas, entre 15 e 26 anos. Dentre as quatro opções de resposta, com 52,85% dos votos, a alternativa “Tenho hábito de reciclar lixo diariamente” foi a grande vencedora.

Para a analista de treinamento do Nube, Rafaela Gonçalves, a alta porcentagem reflete uma adaptação/mudança na forma de lidar com o meio ambiente. “Para a nova geração é muito claro o fato de a sustentabilidade depender de pequenas ações, como realizar descartes em locais corretos, utilizar as lixeiras de coleta seletiva, reaproveitar materiais, economizar água”, comenta.

Em segundo lugar, com 21,42%, se sobressaiu o “consumo de marcas ecologicamente corretas”, demonstrando a necessidade das grandes corporações investirem em produtos sustentáveis. “É uma nova tendência, um ciclo onde se envolve a responsabilidade ambiental da empresa produtora e a consciência do consumidor na hora de comprar”, explica Rafaela.

Com 17,51%, ou 224 votos, a “postagem de mensagens nas redes sociais” foi a terceira colocada. Mas, é preciso ter em mente o fato de somente comentar sobre o assunto não ser suficiente. “Estar engajado nessas causas já é um primeiro passo, mas mudar hábitos simples pode surtir muito mais efeito”, destaca a analista.

Por fim, ficaram os movimentos sociais, com 8,21%. Para Rafaela, eles são fortes alavancadores de discussão e representam uma forma de unir um grupo para uma mesma causa. “Muitas pessoas não têm ideia de como podem fazer a diferença, quando o assunto é preservação do meio ambiente”, explica. Portanto, participar de eventos do tipo auxilia a encontrar formas de solucionar ou minimizar os impactos ambientais.

O resultado mostra uma maior atenção dos jovens com as causas ambientais, mas demonstra como ainda existe uma longa jornada em direção a um mundo melhor.



terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cidadania e meio ambiente: Petrobras prorroga inscrições para seleção de projetos ambientais e sociais


As inscrições para as Seleções Públicas do Programa Petrobras Ambiental e do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania foram prorrogadas. Os interessados têm até 21h (horário de Brasília) de 13 de dezembro para se inscrever pela internet.

Em seguida, as inscrições devem ser validadas com a postagem dos projetos pelos Correios até 14 de dezembro. Em dois anos, a Companhia destinará R$ 102 milhões para patrocínio a projetos ambientais, e R$ 145 milhões para projetos sociais em todo o país, o maior investimento de todas as edições. Os interessados podem se inscrever no site oficial dos programas.


Desde o lançamento das seleções públicas, em 18 de outubro, já foram capacitadas mais de 4 mil pessoas nas oficinas presenciais e realizados mais de 2,5 mil atendimentos on-line. Quem tiver dúvidas sobre o processo seletivo pode acessar o atendimento on-line disponibilizado no site.

Como forma de democratizar o acesso aos recursos e garantir a transparência do processo de patrocínio, a Petrobras realiza seleções públicas de projetos a cada dois anos. No processo seletivo de projetos ambientais, poderão candidatar-se exclusivamente organizações sem finalidades econômicas com atuação no terceiro setor. Na seleção de projetos sociais, além destas, organizações governamentais também poderão enviar propostas. Em ambos os processos, os projetos deverão ser executados em 24 meses.

Criado em 2003, o Programa Petrobras Ambiental patrocina atualmente cerca de 100 projetos, tendo alcançado dezenas de bacias e ecossistemas em seis biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal e ambiente marinho e costeiro.

Suas ações já envolveram diretamente mais de 4 milhões de pessoas, além de mais de 1.500 parcerias, 1.910 publicações, 8.895 cursos e palestras e o estudo de mais de 8 mil espécies nativas. O Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, criado em 2007, mantém cerca de 375 projetos patrocinados em todo o país. Suas ações já envolveram diretamente 17,6 milhões de pessoas.



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Eficiência energética: balneário fluminense ganha centro de pesquisa para se tornar 1ª cidade inteligente da América Latina


Armação dos Búzios, na Região dos Lagos, acaba de inaugurar (21/11/2012) um Centro de Monitoramento e Pesquisa com objetivo de se tornar a primeira cidade inteligente da América Latina.

O centro, que também cumpre a função de ponto de exposição de tecnologia para os cidadãos, envolve ainda um posto de recarga para carro elétrico, aerogerador, além de sala técnica de monitoramento.

O projeto de eficiência energética Búzios Cidade Inteligente integra o Programa Rio Capital da Energia, do governo do Rio, e servirá de laboratório para pesquisadores de universidades e de instituições dedicadas ao desenvolvimento de projetos sustentáveis.

O projeto está sendo desenvolvido a partir de parceria de órgãos do governo federal, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), do governo estadual e empresas privadas, como a concessionária de energia elétrica Ampla. Ele está previsto para ser concluído em três anos e prevê investimentos de R$ 40 milhões até o fim de 2014.

Segundo reportagem do O Globo, o balneário ficou inteligente porque a concessionária de energia Ampla resolveu fazer dele o seu laboratório do conceito Smart City, que já existe, por exemplo, em Málaga (na Espanha, também pela Endesa, que controla a Ampla) e Masdar, em Dubai. Búzios foi escolhida pela concessionária para receber o projeto-piloto porque, por ser turística, atrai os olhos do mundo, seu território é pequeno e fica em uma ponta isolada da rede da Ampla, o que facilita os testes.



Aquecimento global: temperatura pode registrar até 4ºC a mais no fim deste século, alerta estudo


Inundação de cidades costeiras, agravamento de seca em algumas regiões do mundo e de ondas de calor são cenários prováveis, caso os países não cumpram as promessas que têm firmado de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Estudo encomendado pelo Banco Mundial revelou que se as economias do mundo não adotarem posturas mais ambiciosas em relação ao clima e ao meio ambiente, a temperatura pode registrar até 4 graus Celsius (ºC) a mais no fim deste século.

De acordo com a pesquisa, todas as regiões do mundo sofreriam, mas as nações mais pobres seriam as mais afetadas pelos riscos à produção de alimentos, que podem elevar as taxas de subnutrição e desnutrição, ao agravamento da escassez de água e à maior ocorrência de fenômenos como ciclones tropicais e perda irreversível da biodiversidade.

Algumas cidades de Moçambique, Madagascar, do México, da Venezuela, Índia, de Bangladesh, da Indonésia, das Filipinas e do Vietnã estariam mais vulneráveis à elevação do nível do mar em 0,5 metro (m) a 1m até 2100. O estudo destaca que as regiões mais vulneráveis estão nos trópicos, em regiões subtropicais e em direção aos polos, onde múltiplos impactos podem ocorrer simultaneamente.

Mesmo diante do alerta, os representantes do Banco Mundial destacaram que ainda é possível manter a elevação da temperatura no mundo abaixo dos 2ºC, meta assumida por autoridades de quase 200 países que estiveram reunidos na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, em 2010.

A possibilidade de evitar 4°C a mais na temperatura mundial, segundo o estudo, dependeria de uma ação política sustentada da comunidade internacional. Ainda assim, a pesquisa indica que alguns danos e riscos ao meio ambiente e às populações não poderiam ser mais evitados.

Pesquisadores da instituição apontam o uso mais eficiente e mais inteligente da energia e dos recursos naturais como uma das medidas de redução do impacto do clima sobre o desenvolvimento, sem que isso represente  ameaça ao ritmo de redução da pobreza no mundo e ao crescimento econômico das nações.



terça-feira, 30 de outubro de 2012

Meio ambiente: empresas pedem incentivos à economia de baixo carbono*

Por Daniela Chiaretti | De São Paulo - 25/10/2012

A proposta é parte de um estudo que recomenda políticas públicas com foco em florestas

Um grupo de 36 grandes empresas no Brasil está sugerindo ao governo que coordene suas políticas fiscal e de crédito de modo a estimular a economia de baixo carbono, ambientalmente mais limpa e que emita menos gases-estufa.  A proposta é parte de um estudo que recomenda políticas públicas com foco em florestas.  É assinado por bancos, siderúrgicas, fabricantes de cosméticos, empresas químicas e de telecomunicações e será lançado hoje, em São Paulo.

"Não dá para esperar o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono se o governo concede créditos mais atraentes para atividades que emitem mais", diz Renato Armelin, coordenador do programa sustentabilidade do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas, o Gvces.  Esse é o núcleo que coordena as Empresas pelo Clima (EPC), uma articulação de empresas que busca soluções para questões climáticas com base em critérios sustentáveis.

"A ideia é que boas práticas florestais sejam privilegiadas em detrimento de atividades intensivas em carbono", continua o biólogo e administrador de empresas Armelin.  O estudo "Propostas do Setor Empresarial de Políticas Públicas Para uma Economia de Baixo Carbono no Brasil: Florestas" não diz, mas outros trabalhos indicam que a maior parte do crédito agrícola na região amazônica é dirigido à pecuária extensiva, atividade identificada como um dos vetores do desmatamento da floresta.

O estudo de 40 páginas enumera nove propostas para que as florestas possam ser manejadas de forma mais sustentável.  Segundo o inventário nacional de emissões, 61% das emissões de gases-estufa do Brasil estão relacionadas a desmatamento ou atividades que promovam a mudança do uso da terra - como a modificação de uma paisagem agrícola para uma urbana ou a remoção de uma floresta para uso agrícola.  As maiores oportunidades para o Brasil cumprir sua meta de redução de emissões está nas florestas.  "E se existe uma meta de redução nacional, e se não for obtida com a redução do desmatamento, indústria e agricultura serão mais pressionados para que se atinja a meta", argumenta.

Outra proposta do estudo é promover o mapeamento de áreas prioritárias para a recuperação florestal, considerando a sua vocação para agricultura ou conservação.  "O mapeamento daria mais foco à tomada de decisão sobre a floresta, seria um belo subsídio."

Outra sugestão é que o governo federal faça uma normatização definitiva sobre instrumentos econômicos que valorizam a floresta, como o marco legal que promova a redução de emissões por desmatamento e degradação (conhecido por Redd) ou a prestação de serviços ambientais (PSA).  O que existe hoje são legislações estaduais sobre esses temas, mas não há normatização federal.  "Ela é necessária para que as empresas possam ter clareza para apoiar as decisões que envolvam florestas", explica.

As empresas pedem também estudos para o aprimoramento nas técnicas para medir a emissão de gases-estufa relacionados a atividades florestais e mais investimentos para promover a regularização fundiária e combater a invasão de terras.  Outro ponto é o estímulo à exploração dos diferentes potenciais econômicos das florestas.  "Floresta não é só estoque de carbono e madeira.  Ela presta diversos serviços à sociedade", lembra o coordenador.  Podem ter, por exemplo, uma exploração relacionada ao ecoturismo e lazer.

A EPC agrupa empresas de setores diversos, como o HSBC, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, a Vale, Petrobras e Braskem, a Natura e o Boticário , Vivo, Oi e TIM, AES, Brasil Foods e EcoRodovias.

*Fonte Valor Online


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Pesquisa ambiental: polo ecoturístico, Bonito terá Observatório Socioambiental

Maio de 2013. Esta é a data de inauguração do Observatório Socioambiental de Bonito, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Com área construída de 1.584,75 metros quadrados, o empreendimento vai absorver R$ 3 milhões e agregar ainda mais valor à região, reconhecida como polo ecoturístico.

Rio da Prata, em Jardim, município que, junto com outros
como os de Bonito e Bodoquena, promove o ecoturismo
na Serra da Bodoquena (Foto Challenging your Dreams)

“Dentre suas finalidades, está a concentração de informações relativas ao desenvolvimento de programas socioambientais das indústrias e disponibilização de dados relativos a esses programas para pesquisa”, explica o presidente do Sistema Fiems, Sérgio Longen, organização que está construindo o empreendimento via Sesi.

O Observatório vai atuar com as seguintes ações:
  • seminários e encontros técnicos em gestão socioambiental, palestras e estudos de casos em projetos socioambientais empresariais;
  • formação de multiplicadores de estratégias de gestão socioambiental;
  • elaborar e divulgar materiais didáticos, a troca de experiências;
  • promover exposição de novas tecnologias e técnicas de gestão socioambiental;
  • divulgar boletins informativos, módulos de educação a distância e capacitação de empresários e gestores.

“A localização privilegiada do espaço, irá contribuir para ofertar aos empresários e gestores empresariais de indústrias diversos outros serviços, como passeios, trilhas e mergulhos”, analisou o presidente da Fiems.

Outros resultados esperados com o Observatório serão a preservação do meio ambiente, a geração de empregos qualificados, o desenvolvimento social local e regional e a criação de entrepostos formais e informais de troca de conhecimento socioambiental com geração de riquezas.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Rio+20: Começa hoje a conferência mundial para o desenvolvimento sustentável

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começa nesta quarta (13/6/2012) e vai até o dia 22, no Rio de Janeiro, com a participação de cerca de 190 países. Na pauta debates sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde. Pelo menos 115 chefes de Estado e de Governo já confirmaram presença.







A presidenta Dilma Rousseff vai abrir o Pavilhão do Brasil às 11h, no Parque dos Atletas, em frente ao Riocentro, principal sede das atividades do megaevento Depois, Dilma só deve voltar à conferência no dia 20, quando começa a etapa decisiva da reunião, com a chegada de chefes de Estado, que negociarão um documento com resultados finais.

Para a presidenta Dilma, o grande desafio da Rio+20 é encontrar um modelo que combine desenvolvimento sustentável, crescimento econômico e inclusão social. “É possível ter um país que se desenvolva economicamente, que cresça e inclua sua população, que seja um desenvolvimento do ponto de vista social, com justiça, e que, ao mesmo tempo, respeite o meio ambiente. É esse o grande desafio dessa conferência Rio+20”.

No Pavilhão do Brasil, o governo deve apresentar inciativas e projetos do Executivo para promoção do desenvolvimento sustentável. Para o Brasil, é fundamental enfatizar como alternativa mundial o desenvolvimento da economia verde por meio de incentivos à melhoria da qualidade de vida das populações, erradicando a pobreza e estimulando a sustentabilidade. A alternativa deve ser associada aos programas de transferência de renda, como os adotados no país.

Uma das preocupações do governo brasileiro é incluir essa determinação no documento final. No texto estarão definidas as metas de desenvolvimento sustentável para as próximas duas décadas e que deverão ser adotadas por todos os participantes da Rio+20. A ideia é aprovar um documento como o definido pelas Nações Unidas, em 2000, quando foram estabelecidas as Metas do Milênio.

A Rio+20 ocorre duas décadas depois de outra conferência que marcou época, a Rio 92. O objetivo agora é definir um modelo internacional para os próximos 20 anos com base na preservação do meio ambiente, mas com foco na melhoria da qualidade de vida a partir da erradicação da pobreza, por meio de programas sociais, da economia verde e do desenvolvimento sustentável para uma governança mundial.

Uma plataforma remota para participação indireta na conferência foi criada com apoio da ONU e está disponível no www.futurewewant.org. Qualquer pessoa pode apresentar e compartilhar suas visões e expectativas para o futuro, sob a forma de textos, fotos, vídeos, desenhos etc.

O material recebido deverá ser compilado e utilizado na montagem de um espaço/conferência na Rio+20, e que depois seguirá sendo utilizado na formulação e compartilhamento de propostas coletivas on-line. A ONU ainda abriu um canal de consulta para a sociedade civil: www.un.org/sustainablefuture.


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