segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Educação infantil: Pacto Nacional pela Alfabetização receberá mais R$ 600 milhões

O governo federal vai investir mais R$ 600 milhões no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, lançado na semana passada (14/11/2012) pela presidenta Dilma Rousseff. Com o reajuste, serão aplicados no programa R$ 3,3 bilhões em dois anos, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. A meta do programa é alfabetizar crianças com até 8 anos, ao final do terceiro ano do ensino fundamental.

Dilma Rousseff observa o discurso do ministro Mercadante, no lançamento do pacto (Foto Wilson Dias/ABr)

A presidenta Dilma Rousseff havia anunciado ontem, no programa de rádio Café com a Presidenta, reajuste de R$ 50 nos valores que serão pagos aos 360 mil professores alfabetizadores. A partir de agora, o valor será R$ 200 para que professores participarem do curso de formação. A bolsa dos 18 mil professores orientadores foi reajustada em R$ 15 reais e ficará em R$ 765 por mês. Trinta e seis universidades públicas vão preparar cursos de 200 horas para uniformizar procedimentos educacionais em todo o país.

Para a presidenta, o programa terá impacto nos índices de desigualdade e exclusão no país. “O Alfabetização na Idade Certa vai ajudar toda criança a ter o aprendizado adequado para continuar estudando e, lá na frente, usar todas as oportunidades que encontrar para progredir na vida.”

Inclusão educacional: aumento de crianças com necessidades especiais na rede pública expõe carências e preconceitos


De 2003 para 2011, o número de alunos com deficiência ou doenças crônicas, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação cresceu 164%. Segundo o Ministério da Educação, em 2003, 28% dos alunos que precisavam da educação especial estudavam em classes comuns e o restante, em classes especiais. Em 2007, o percentual desses alunos incluídos nas classes regulares passou para 54% e, no ano passado, para 74%, com 752 mil estudantes inscritos.

Rio de Janeiro: Giovana de Oliveira Corrêa, 6 anos, que tem Síndrome Kabuki, desordem congênita rara que causa déficit intelectual e problemas físicos. A mãe, Evanilda Aprígio de Oliveira, ficava com ela na escola, mas conseguiu um emprego e agora paga a uma sobrinha para cuidar da menina (Foto Tânia Rêgo/ABr)

O número de escolas de Educação básica com matrículas de estudantes que precisavam da Educação especial cresceu 615%. Para pedagogos e especialistas, o aumento reflete a maior inclusão de grande parte desse grupo no ambiente escolar. Antes, esses estudantes viviam confinados em casa ou em escolas especiais. A chegada desses alunos na rede pública também revela as carências e preconceitos de quem lida com esse público.

A pedagoga Glória Fonseca Pinto trabalha com crianças e adolescentes com doenças crônicas e deficientes há mais de dez anos no Rio de Janeiro. Segundo ela, para incluir esse grupo na escola não basta apenas a matrícula. “O sistema precisa se preparar melhor para acolher essas crianças com mais qualidade. As escolas precisam entender que precisam se adaptar a essas crianças e não o contrário. Existem muitos exemplos [bem-sucedidos] de crianças com comprometimentos que conseguem se formar e ganhar muita independência”.

Ela lamentou o fato de diversas escolas ainda recusarem esses estudantes. “A criança especial pode e deve frequentar uma escola regular, mas infelizmente não é toda a escola que a aceita por não ter currículo, [não dispor de] rampa e de material humano. Mas não existe receita de bolo e as escolas precisam se predispor a aceitar essas crianças”.

No Rio de Janeiro, em um ano, esse grupo de estudantes aumentou 15% na rede estadual, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), com 3 mil alunos da Educação especial no universo de 1 milhão de inscritos na rede estadual.

Para a professora Márcia Madureira, da equipe da Coordenação de Inclusão Educacional da Seeduc, o incremento na entrada dessas crianças e adolescente reflete um movimento de inclusão por parte da rede de ensino, mas traz enormes desafios. “O aumento do fluxo é um bom sinal e são muitos os desafios, mas estamos tentando ampliar os serviços para atender a essa demanda, como transformar todas as escolas acessíveis para cadeirantes”.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação, 3.564 alunos com deficiência ou doenças crônicas foram inscritos na rede estadual de ensino no primeiro semestre de 2012. São aproximadamente 200 Salas de Recursos que oferecem Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos alunos com necessidades especiais e cerca de 150 profissionais atuam nestas salas.

Para a coordenadora do Núcleo de Apoio a Projetos Educacionais e Culturais, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Magdalena Oliveira, as escolas do país não estão estruturadas para receber as crianças e adolescentes com deficiência. “Com cerca de 40 alunos, é óbvio que a professora não terá estrutura para atender essa criança com deficiência. Uma escola capaz de receber uma criança com deficiências deveria ter uma fisioterapeuta motora, uma fisioterapeuta respiratória, uma fonoaudióloga, uma psicomotricista, uma terapeuta ocupacional, além de um psicólogo para poder dar apoio ao corpo docente e às crianças”.

Magdalena ressaltou que a exclusão dessas crianças e adolescentes do ambiente escolar prejudica seu desenvolvimento, pois ficam isoladas do convívio social. “A escola é o único lugar onde a gente começa a vida tendo que dar conta de ter que conviver com os amigos, aguentar a pressão dos professores e dos amigos. Isso dá para a criança uma independência e uma maturidade emocional que a gente enquanto mãe não consegue dar”. A pedagoga lembrou que a convivência das outras crianças com esse grupo também é frutífera, pois fortalece o respeito às diferenças.



Olimpíada Conhecimento: competições para pessoas com deficiência dão ouro para alunos de quatro estados

A estreia das competições para pessoas com deficiência na 7ª Olimpíada do Conhecimento, realizada nesta última semana (14 a 18/11/2012) pelo Senai, em São Paulo, premiou alunos do Rio de Janeiro, Alagoas, Minas Gerais e São Paulo, nas categorias costura (deficientes auditivos), panificação (síndrome de Down), mecânica de automóveis (cadeirantes) e tecnologia da informação (deficientes visuais). Ao todo, 36 estudantes com deficiência competiram.

Mecânica de automóveis: 1: Marcelo Figueiredo/MG; 2: Germano Ferreira/CE; 3: Josemar Sales/SP (Foto Divulgação)

Totalmente cego desde a adolescência, Wesley Gamaliel, 24 anos, emocionou o público do Ginásio Poliesportivo José Correa, em Barueri, onde foi realizada a cerimônia de premiação e de encerramento, ao receber a medalha de ouro e o troféu de campeão na categoria tecnologia da informação. “Estou muito feliz e queria agradecer a todos os que me ajudaram, principalmente ao meu guia, Humberto Losing, e a minha mãe”, disse Wesley, que desenvolveu soluções para deficientes visuais usarem softwares de escritório.

“Tô feliz demais da conta, sô”, resumiu Marcelo Figueiredo, 31 anos, campeão da mecânica de automóveis, no melhor estilo mineiro. Natural de Belo Horizonte, ele já fez três cursos no Senai e vinha se preparando para a Olimpíada desde abril deste ano. “Eu esperava no máximo o bronze. Nunca imaginava o ouro”, disse Marcelo, eufórico, entre os colegas de delegação.

Quatro competidores com deficiência figuraram na lista dos melhores por estado. Significa que em nenhuma outra ocupação, para estudantes com ou sem deficiência, alguém da sua delegação tirou notas maiores. Foram eles Luís Eduardo Calçado (Senai-RJ) e Ilayane de Jesus Silva (Senai-GO), campeão e vice na categoria costura; Talita Bezerra (Senai-PB) e Marina Nascimento (Senai-MA), prata e bronze em panificação, respectivamente.

Primeiros colocados das categorias para pessoas com deficiência:

Mecânica de automóveis (cadeirantes)
1: Marcelo Figueiredo – MG
2: Germano Ferreira – CE
3: Josemar Sales – SP

Costura (deficientes auditivos)
1: Luís Eduardo Marçal Calçado – RJ
2: Ilayane de Jesus Silva – GO
3: Joseíldo Silva – AL

Panificação (síndrome de Down)
1: Rossini Vieira Júnior – AL
2: Talita Bezerra – PB
3: Marina Nascimento – MA

Tecnologia da Informação (deficientes visuais)
1: Wesley Gamaliel – SP
2: Fabrícia Omena – AL
3: Ricardo Teixeira – MG


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Olimpíada do Conhecimento: Lula destaca valor da Educação profissional e tecnológica



Educação profissional e tecnológica: Brasil receberá competição mundial de estudantes de 50 países

A presidenta da República, Dilma Rousseff, visitou, nesta quarta (14/11/2012), a 7ª Olimpíada do Conhecimento, que vai até o próximo domingo (18/11/2012), no Centro de Convenções do Anhembi, em São Paulo, capital. Durante a assinatura do memorando de entendimento para realização da Competição Mundial de Formação Profissional, WorldSkills Competition, no Brasil, em 2015, ela destacou a importância da valorização da Educação profissional.



“São momentos como esse que mostram que o nosso país vem avançando no modo correto, que é o rumo da Educação. (…) Esses 640 estudantes que foram selecionados, dos cursos técnicos e profissionalizantes do Senai e do Senac de todo o país evidenciam a importância que nós, sociedade e governo devemos dar à questão da Educação profissional e da capacidade que a Educação profissional tecnológica e técnica tem para o nosso país”, disse.

Dilma ainda ressaltou a importância da cooperação entre o governo federal e os serviços nacionais de aprendizagem Industrial e Comercial (Senai e Senac). Segundo a presidenta, dos 2,2 milhões de jovens e profissionais que passam por cursos técnicos e de capacitação, cerca de 1,6 milhão são atendidos pela parceria. Ela ainda citou o financiamento de R$ 1,5 bilhão do BNDES para o projeto do Senai que visa estimular a competitividade industrial.

“O desafio era de chegarmos em 2014 com 8 milhões de vagas em cursos técnicos de nível médio e de qualificação profissional  no Brasil. Passado pouco mais de um ano de lançamento do nosso programa, eu posso afirmar que o Brasil ganhou e muito. Nós já oferecemos 2,2 milhões de vagas para jovens e para trabalhadores. (…) Hoje nós temos 736 mil jovens cursando o ensino técnico de nível médio, e grande parte deles fazem isso com a parceria com o Sistema S. Temos também outros 1,5 milhão de jovens e trabalhadores que estão fazendo cursos de qualificação, com mais de 90% deles também no Sistema S”, detalhou.

Olimpíada do Conhecimento
Segundo a organização do evento, cerca de 10 mil jovens participaram das competições durante as etapas escolar e estadual da Olimpíada do Conhecimento, evento que é realizado pelo Senai a cada dois anos pares.

Desse total, 640 alunos de cursos nas modalidades de aprendizagem e técnico se classificaram para etapa nacional da competição. Os melhores estudantes dessa competição disputam vagas na seleção que vai representar o Brasil no WorldSkills, torneio mundial de competência profissional.

WordSkills no Brasil
Nesta quarta foi assinado o memorando de entendimento para que São Paulo seja sede do WordSkills 2015. Deverão participar quase mil estudantes de 50 países. Em julho do ano que vem, a 42ª edição será realizada em Leipzig, na Alemanha, e o desafio é que o Brasil chegue em primeiro lugar.

Em 2010, em Londres, a Coreia do Sul terminou em primeiro lugar, com o Brasil em segundo com seis medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze.


Tecnologias sociais: professores ainda podem se inscrever no 3º Concurso Aprender e Ensinar

As inscrições para o 3º Concurso Aprender e Ensinar – Tecnologias Sociais, promovido pela revista Fórum e Fundação Banco do Brasil, estão na reta final. Professores de todo o país têm até 26/11/2012 para participar do prêmio, que já recebeu mais de 3 mil inscrições.


Neste ano, os seis vencedores ganham viagem para a Tunísia, onde participarão do Fórum Social Mundial 2013, entre os dias 23 a 28 de março. Além disso, 64 finalistas recebem tablets e todos os inscritos, assinatura semestral da revista Fórum e livro sobre tecnologias sociais.

O concurso reconhece, apoia e dissemina o uso de tecnologias sociais na Educação, além de ser um espaço para que educadores exponham ideias e ações que geram frutos e repercussão na comunidade.

Podem participar professores da Educação básica, vinculados à rede pública, institutos federais, escolas técnicas públicas e espaços não formais de Educação, como Educação de Jovens e Adultos (EJA) e organizações não governamentais.

Clique aqui para fazer sua inscrição.


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Olimpíada do Conhecimento: São Paulo sedia maior competição de Educação profissional e tecnológica das Américas

Entre estudantes do Senai e do Senac, os 640 participantes da 7ª Olimpíada do Conhecimento, principal competição de Educação profissional e tecnológica das Américas, começam nesta quarta (14/11/2012) as provas na cidade olímpica instalada no Anhembi, em São Paulo, capital. A competição é bienal e organizada pelo Senai e patrocinada por indústrias. Os primeiros colocados nas 54 ocupações em disputa estarão classificados para disputar vagas na equipe do Brasil que vai ao WorldSkills 2013, o maior torneio mundial de profissões que ocorre a cada dois anos ímpares, em Leipzig, na Alemanha.



O evento ocupará vai até domingo (18/11/2012) 76 mil metros quadrados, em que estão montadas mais de 450 toneladas de equipamentos, incluindo 1,1 mil máquinas industriais. Além de mais de 4 mil pessoas entre competidores, técnicos, avaliadores e organizadores, são esperados cerca de 250 mil visitantes.

Acompanhados de seus técnicos, os jovens realizaram o que chamam de “ambientação”, ou seja, o reconhecimento do maquinário e computadores que serão utilizados na execução das tarefas definidas para as provas. Na área de tornearia mecânica, o docente Tiago Conte, do Senai de Santa Catarina, orientava Guilherme Erng, um dos 18 competidores dessa ocupação. “São quatro dias de foco total: fazer a prova durante o dia, comer, estudar à noite e dormir. Festa apenas no último dia, com medalha no peito”, diz Guilherme.

Bruno Yuji Otari Ramalho, 20 anos, do Senai de São Paulo,  compete na modalidade construção de moldes. Ele está há cinco anos no Senai e conta que sua rotina é toda centrada na escola. “Acordo às 5h para estar no Senai (Escola Roberto Simonsen, no Braz) às 7h e só saio de lá às 22h. O Senai é minha vida”, diz. Aos sábados, ele retorna à escola para dar aula de formação continuada.

Bruno pensa em representar o Brasil
na Alemanha (Fotos Divulgação)

Treinando há três anos, Bruno acredita estar em condições técnicas de ser campeão e ir para o WorldSkills 2013. “A rotina de treinamento é pesada, mas o lado bom é que o treinamento não vale só para a Olimpíada, mas para a carreira.” Ao mesmo tempo em que se preparava para a Olimpíada do Conhecimento, o jovem também faz o curso técnico em mecânica, sua segunda formação.

“Tive o exemplo em casa. Meu pai e meus tios cursaram o Senai”. O pai de Bruno é projetista em uma fábrica de automóveis, mas começou num curso de mecânica automotiva. “Vou seguir o exemplo dele e fazer engenharia de automação”, revela Bruno.

Na prova da Olimpíada do Conhecimento, Bruno terá de fazer o projeto de usinagem de um produto após receber o desenho, construir o molde e depois injetar o material plástico para dar forma ao produto final, que ainda será polido e espelhado. No processo, ele e os demais competidores usarão computadores, fresadeiras e injetoras.

Além da Olimpíada, os visitantes poderão acompanhar ou participar de eventos simultâneos na cidade olímpica. No Cyber Senai estão instalados os mais modernos equipamentos e softwares utilizados nos cursos de educação profissional como o espaço 3D, que apresenta ao aluno de Educação a distância a realidade virtual em lente de aumento.

O Senai também trouxe ao Cyber simulador de escavadeira, pelo qual o aluno aprende a operar o equipamento, virtualmente. No Cyber Café, o cardápio será apresentado numa mesa digital, e os visitantes também poderão acessar o hotsite da 7ª Olímpiada do Conhecimento, com informações atuais sobre as atividades da competição.

WordSkills Americas
Pela segunda vez, a WorldSkills Americas reúne paralelamente à Olimpíada do Conhecimento, estudantes de cursos de formação profissional dos países do continente americano. Durante quatro dias, eles irão competir executando tarefas do dia a dia do trabalho nas empresas dentro de prazos estabelecidos e padrões internacionais de qualidade. Este ano, 216 competidores de 20 países diferentes irão disputar provas de robótica móvel, confeitaria, sistema de transporte da informação, eletricidade predial e outras 30 profissões da WorldSkills Americas. O Brasil terá a maior delegação.

As regras da competição envolvem o descritivo da ocupação, a relação de infraestrutura, as regras de saúde e segurança do trabalho e as variáveis de cada profissão. Não existe exigência de escolaridade, mas o limite de idade para representar o país, como não completar 23 anos no ano da competição, com exceção de mecatrônica na qual o limite é não completar 25 anos.

A delegação do Panamá, composta por 12 pessoas (seis avaliadores e seis competidores), conta com duas mulheres. Entre elas, está a avaliadora de Eletricidade predial Teodolina Rodriguez, que treina o competidor Arturo Adames, de 19 anos. Sobre a expectativa em participar do WordSkills no Brasil, ela revela: “O Brasil tem muitas indústrias, isso nos deixa um pouco nervosos. Mas estamos preparados”, afirma com entusiasmo.

Shernet e Nicholas na cidade olímpica
Apesar de Eletricidade predial ser uma área predominantemente masculina, Teodolina, que leciona na área há alguns anos, afirma que o desempenho das mulheres é igual ou até superior ao dos homens, pois normalmente elas são mais organizadas e mais curiosas. “Na minha classe no Panamá, de 20 alunos, apenas quatro são mulheres. Essa é uma área muito interessante, que tem que lidar com muitas instalações e, por isso mesmo, exige muita segurança”, comenta Teodolina Rodriguez.

Também da Eletricidade predial, o jamaicano Nicholas Johns, de 20 anos, treina sob a orientação de Shernet Clarke-Lunan há 18 meses. Está a primeira vez que a Jamaica compete com nesta ocupação no WordSkills. “A responsabilidade é grande, mas eu me sinto preparado, porque a minha treinadora é realmente especial”, declara Nicholas. Os dois estão pela primeira vez no Brasil e se sentiram emocionados com a receptividade.

“Durante a cerimônia de abertura, a gente sentiu muito amor e isso com certeza vai nos inspirar durante a competição”, acrescenta o competidor jamaicano.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Educadores de sucesso: Prêmio destaca empreendedores sociais


A presidenta do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep), Cybele Amado de Oliveira, recebeu o Prêmio Empreendedor Social 2012 em cerimônia realizada nesta quarta (7/11/2012), no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Em seu discurso, Cybele fez questão de compartilhar a premiação com os outros finalistas, os parceiros institucionais e toda a Rede Colaborativa do Icep – formada por gestores municipais, secretários de educação, equipes técnicas, coordenadores pedagógicos, diretores, professores, pais e alunos. Como ela disse: “Este prêmio é da educação brasileira!”

Cybele (foto) tem 45 anos, é pedagoga, casada, dois filhos. A educadora é mentora e principal líder do Icep, instalado na Bahia, que busca contribuir para a melhoria da qualidade da Educação pública, por meio do apoio à formação continuada de educadores e de gestores educacionais, bem como da criação e da mobilização de redes colaborativas.

Seu trabalho, que inova ao promover a formação de leitores e escritores autônomos no ensino fundamental 1, beneficia hoje cerca de 76 mil pessoas com forte influência em políticas públicas na Bahia e em Pernambuco.

Na mesma festa, o sociólogo Fernando Botelho – idealizador do software livre F123 – ganhou o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro, e o médico Antonio Sergio Petrilli, do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc) foi o vencedor da categoria Escolha do Leitor. Os outros finalistas foram Almir Suruí e Ivaneide Cardozo (Metareilá e Kanindé), Luís Fernando Guedes Pinto (Imaflora), Mariana Madureira e Marianne Costa (Raízes).

Promovido pela Folha de S. Paulo em parceria com a Fundação Schwab, o Prêmio Empreendedor Social e o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro oferecem muitos benefícios a finalistas e vencedores, como cursos de gestão, assessorias de imprensa e jurídica e participação em congressos do Terceiro Setor. Como vencedora, Cybele poderá também cursar o MBA na IE Business School em Madri, na Espanha, e participar do Fórum Econômico Mundial, em 2013, em Davos, na Suíça.

Clique aqui ler a reportagem Tecelã da Educação sobre Cybele Amaro, publicada na Folha de S. Paulo.


A escola que funciona: a Educação Proibida




A Educação Proibida é um documentário que se propõe a questionar as lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a Educação, mostrando diferentes experiências educativas, não convencionais que propõem a necessidade de um novo modelo educativo.


O projeto foi realizado por jovens que partiram da visão de quem aprende e que embarcaram numa pesquisa que cobre oito países realizando entrevistas com mais de 90 educadores de propostas educativas alternativas. O filme foi financiado coletivamente graças a centenas de co-produtores e tem licenças livres que permitem e incentivam sua cópia e reprodução.

A Educação Proibida se propõe alimentar e lançar um debate de reflexão social sobre as bases que sustentam a escola, promovendo o desenvolvimento de uma educação integral centrada no amor, no respeito, na liberdade e na aprendizagem.

Fonte Docverdade



Clique a aqui para descobrir e participar da Rede de Educação Viva: Reevo 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mercado de trabalho: como crescer na profissão em um cenário competitivo

O mundo do trabalho tem apresentado nas últimas décadas um panorama mutante, exigente, competitivo e global. “O mercado passou por mudanças revolucionárias nas últimas décadas e o novo cenário é consequência da tecnologia eletrônica e dos avanços na comunicação em tempo real.” Esse foi um dos alertadas que o professor e consultor em desenvolvimento de pessoas e organizações, Ronaldo Negromonte, destacou no programa Café Empresarial, do Ciemg, nesta terça (6/11/2012), em Belo Horizonte. Autor do livro Estratégias de sobrevivência no mundo do trabalho – 10 dicas para você vender seu peixe, Negromonte apresentou aos participantes do encontro estratégias inteligentes de crescimento profissional em um cenário competitivo.

O escritor apontou a necessidade de mudanças comportamentais. “Muitos jovens chegam ao mercado muito ansiosos, ao mesmo tempo em que vejo profissionais de outra geração que ainda sentem dificuldades com as novas tecnologias. É importante alinhar as competências técnicas às humanas, sendo as segundas muitas vezes mais valorizadas.”

Entre as dicas de Negromonte, está a necessidade de cada profissional encontrar seu espaço. “Acredito que existe um lugar ideal, um espaço com o nosso nome gravado esperando por nós no mercado de trabalho”. Com isso, ele aconselha a se permitir sonhar também no mundo do trabalho, e a sair de situações e postos que geram insatisfações constantes. Saber que existe espaço no mercado pode motivar e fazer com que as energias sejam direcionadas para uma meta.

A criatividade também é incentivada pelo especialista. Onde há a cultura do medo não existe espaço para novas iniciativas. “As boas ideias costumam encontrar quem as está procurando. Posturas muito rígidas afastam as ideias, assim como preconceitos e tradições inúteis”, argumenta.

Para Negromonte, a palavra do momento é mudança. Especialmente no mercado competitivo, os profissionais precisam ter a capacidade de pensar e resolver problemas, para ajudar empresas e organizações a inovarem. Por último, ele lembrou: “São muitas horas dedicadas ao trabalho. É possível manter a alegria e a satisfação. O trabalho não pode ser um fardo.”


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Inovação colaborativa: “gênio isolado é um mito”, destaca especialista norte-americano


Para um dos nomes mais importantes da atualidade em teorias para a inovação, Steven Johnson, professor na New York University e autor do livro "De onde surgem as boas ideias", não é possível motivar inovações sem atividades coletivas. "O gênio isolado é um mito. As boas ideias surgem da interação entre grupos, entre pessoas de áreas diferentes e, às vezes, de ambientes onde mais misturadas estão estas pessoas. Há padrões históricos que comprovam que o coletivo trabalha com mais eficiência do que o individual.”

Somente em sua abertura, 5º Congresso Internacional reuniu mais de 2 mil pessoas (Foto Divulgação)

No sentido de adequar sistemáticas de incentivo à inovação, Johnson sugere que as empresas criem espaços de convivência capazes de aproximar o mais simples operador de máquina ao mais intelectual gestor administrativo, por exemplo. “Algumas empresas bem sucedidas por um tempo interrompem esse ciclo por medo. Elas têm um bom produto, e um modelo de negócios que funciona, então imaginam que não devem interferir nesse sucesso. Elas ignoram as mudanças no mundo exterior, acabam saindo de contexto e aí pode ser tarde demais", alertou.

Johnson apresentou suas propostas no 5º Congresso Internacional de Inovação, encerrado no final de outubro, em Porto Alegre. A realização foi do Sistema Fiergs, por meio do IEL-RS, Sesi-RS e Senai-RS e que reuniu em seu primeiro dia cerca de 2 mil pessoas. "Quando este Congresso chega à sua quinta edição, mantendo o expressivo número de participantes que vemos reunidos aqui, temos a certeza de que o Sistema Fiergs adotou o caminho correto nessa iniciativa de provocar a sociedade do Rio Grande do Sul a se reinventar sistematicamente", afirmou o presidente do Sistema, Heitor José Müller.

Ainda segundo Müller, a educação criativa é o fator essencial para que o fenômeno da inovação aconteça. "Torna-se imperativo criar uma rede de eficiência desde o ensino fundamental até o superior, passando pelos cursos de formação técnica”, destacou. “Hoje, da nossa população na faixa dos 18 aos 24 anos de idade, apenas 12% estão no ensino superior. Enquanto isso, na Argentina são 40%, no Chile 61%, e nos Estados Unidos, 90%.”

O evento, cujo tema foi Economia Criativa: Ideias e Ideais Gerando Riquezas, também teve como parceiro o Reino Unido, representado por seu embaixador no Brasil, Alan Charlton. Ele destacou a relevância de se abrir caminhos para a interatividade, a interdisciplinaridade e as relações internacionais como caminho para aprofundar pesquisas e novas descobertas. "Desde que o Brasil anunciou o programa Ciência sem Fronteiras, há alguns meses, mais de dez mil jovens estudantes deste país estão matriculados em universidades britânicas. Isso gerou grande interesse de meu país em aumentar os laços com o Brasil por meio da Educação. Este Congresso é uma oportunidade de integração e informação com riqueza de conhecimento", afirmou.

Também participaram do Congresso o secretário estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, a diretora executiva da Digital Media Zone (DMZ), Valerie Fox, que desenvolveu o site oficial das Olimpíadas de Sydney, diretor de inovação do Sistema Indústria, Paulo Mol, e representante da empresa Boo-Box, que está entre as 50 mais inovadoras no ranking da revista Fast Company.


Da Carta na Escola: O financiamento do novo Plano Nacional de Educação*


O crescimento da produção econômica, vale dizer, de bens e serviços, só vale realmente a pena se a ele corresponder o desenvolvimento social e cultural do país e a promoção do bem estar da sociedade. Assim, com um aumento da participação da Educação pública no PIB (Produto Interno Bruto), o que deverá ocorrer, pelo menos em grande parte, por um aumento da arrecadação pública, podemos ganhar de vários lados.

Se esse aumento for bem dirigido, as fábricas de móveis produzirão menos mesas de bar e mais carteiras escolares; nossas crianças e jovens passarão mais tempo participativos e atentos às atividades propostas por um professor do que a joguinhos em celular, em computador ou a programas pouco instrutivos da televisão; construtoras, pedreiros e engenheiros se ocuparão mais com construções escolares do que com shopping centers; as confecções produzirão mais uniformes escolares do que roupas de grife. E, o que é o melhor, haverá boas universidades e licenciandos bem preparados para educar as próximas gerações e garantir um futuro melhor para o país.

Enfim, poderemos trocar más práticas por práticas melhores e todos ganharíamos. Muitos países fizeram isso e deu certo. Por que não fazer aqui também? Mas, claro, essa é uma opção ideológica e dependente de classe e de quem a toma.

*Clique aqui para ler, na íntegra, o artigo de Otaviano Helene, professor do Instituto de Física da USP, foi presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp) e do Inep/MEC, e de Lighia B. Horodynski-Matsushigue, professora do Instituto de Física da USP, membro dos Gripo de Trabalho de Política Educacional da Adusp e do Andes-SN.


Do Twiter

TOM CAVALCANTE @TomCavalcante1

É preciso girar e amadurecer a economia fortalecendo profissionais no ensino médio. Ter instrução é prioridade. Alô, informação. Alô, formação.

Educação a distância: Senai lança mais 40 cursos em diversas setores tecnológicos



O Senai criou mais 40 cursos a distância em diversas áreas tecnológicas para você melhorar sua qualificação profissional e conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho. Entre eles, os de controle ambiental, logística, petróleo e gás, mecânico e redes de computador.





Clique aqui para conferir a lista completa com as informações de cada um dos cursos, ou aqui para fazer sua inscrição.


Mais empregos: seis setores da indústria devem criar 625 mil vagas até 2015


Construtoras, prestadoras de serviços à indústria, montadoras de veículos e as fábricas de máquinas e equipamentos, de alimentos e bebidas e de roupas e acessórios serão responsáveis por 52% das vagas que devem ser criadas na indústria até 2015. Isso significa a criação de 625 mil postos de trabalho, informa o novo recorte do Mapa do Trabalho Industrial 2012, lançado pelo Senai, que revela os setores da economia com maior demanda por novos profissionais.


A pesquisa estima que a indústria brasileira vai criar 1,1 milhão de empregos para profissionais de nível técnico e de média qualificação nos próximos três anos.  Além disso, prevê que o setor precisará qualificar 6,1 milhões de trabalhadores para acompanhar os avanços tecnológicos. “A criação das novas vagas depende da continuidade da estabilidade econômica e da retomada do crescimento no país. Assim, os setores de maior demanda são aqueles intimamente ligados ao consumo das famílias”, explica o diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi.

O Mapa do Trabalho foi elaborado pelo Senai para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional da instituição. A pesquisa também pode apoiar os jovens brasileiros na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho.

Entre os profissionais de nível técnicos, a ocupação que lidera a demanda, com mais de 16 mil vagas, é a de técnico em construção civil. Esse profissional é responsável por desenvolver levantamentos topográficos, elaborar planilhas de orçamento e controle, e supervisionar a construção de edificações.

Importante fato revelado nesse recorte do Mapa do Trabalho Industrial é que as três ocupações de nível técnico com maior demanda por trabalhadores qualificados exigem conhecimento de matemática e programação em computador. A necessidade por esse perfil profissional segue a tendência de aumento da demanda por qualificação, que, para o período 2012-2015, é 24% maior que a registrada em 2008-2011, quando a necessidade de profissionais ficou em 5,8 milhões.

Já entre os profissionais cuja formação é feita em cursos profissionalizantes com mais de 200 horas, a maior necessidade é por operadores de máquinas de vestuário (25 mil vagas), seguidos dos operadores de instalações e máquinas de produtos plásticos e de borracha (11 mil vagas) e dos marceneiros (10 mil).


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