segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Dilma: Sisu é fundamental para ampliar e democratizar acesso à Educação superior*

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda (14/1/2013) que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) tem sido fundamental para ampliar e democratizar o acesso de jovens à Educação superior. No programa semanal Café com a Presidenta, ela lembrou que a Lei de Cotas já vai valer para a seleção deste ano.

Segundo Dilma, neste primeiro semestre, o Sisu oferece mais de 129 mil vagas em 3.752 cursos de 101 universidades públicas e institutos federais de Educação. Com as cotas, 43 universidades e 40 institutos federais reservaram pelo menos 12,5% das vagas para estudantes de escolas públicas, alunos de baixa renda, negros e índios.

“A partir do primeiro semestre do curso, vamos pagar uma bolsa de R$ 400 para os alunos cotistas com renda familiar até um salário mínimo e meio por pessoa e jornada igual ou superior a cinco horas diárias. Essa bolsa vai ser renovada de acordo com o desempenho do aluno no curso. Se ele se dedicar e alcançar bons resultados, ele vai receber esse apoio do governo durante todo o curso.”

A presidenta destacou ainda que o Programa Universidade para Todos (ProUni) também contribui para o acesso de estudantes carentes ao ensino superior. Segundo ela, 1,1 milhão de jovens já receberam uma bolsa para estudar em uma universidade particular.

As inscrições para o benefício em 2013 começam na próxima quinta (17/1/2013). Todos os alunos que fizeram o ensino médio em escola pública e que tenham renda familiar até três salários mínimos por pessoa podem concorrer, desde que tenham participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Veja você que a nota do Enem vale para o Sisu, para o ProUni e para os vestibulares de muitas universidades públicas. Vale também para o Ciência sem Fronteiras”, disse. “Sabemos que a Educação é o principal instrumento para reduzir as desigualdades e construir um país mais justo e mais desenvolvido. É por isso que nós vamos, cada vez mais, garantir que jovens tenham acesso à universidade.”



terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Jovem Aprendiz: Petrobras ainda inscreve para 850 vagas no Rio de Janeiro

Clique aqui para saber mais
sobre o programa

Estão abertas as inscrições para o processo seletivo da terceira edição – 2013/2015 – do Programa Petrobras Jovem Aprendiz (PPJA). São 850 vagas, distribuídas pelos municípios de Campos dos Goytacazes, Carapebus, Casimiro de Abreu (distrito de Barra de São João), Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, Rio das Ostras, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra.

Os interessados devem ter entre 16 e 20 anos completos no ato da inscrição e estarem matriculados na última série do ensino fundamental regular ou na 1ª, 2ª ou 3ª série do ensino médio Regular ou, ainda, na modalidade de educação de jovens e adultos (EJA) presencial da rede pública de ensino. Serão aceitos também candidatos que tenham concluído o ensino médio regular ou na modalidade EJA presencial.

Ainda é necessário que os candidatos pertençam a famílias com renda mensal de até um salário mínimo, residam nos municípios contemplados pelo PPJA e que não tenham participado, anteriormente, de nenhum outro programa de aprendizagem.

As inscrições serão realizadas somente pela internet – www.vivario.org.br –, até 23h59 do próximo sábado (12/1/2013). Após realizar o cadastramento, o candidato deverá ler atentamente o Comunicado de Seleção e clicar em “LI E ESTOU DE ACORDO”, para prosseguir com o preenchimento do formulário de inscrição. Concluído o preenchimento do formulário, o candidato deverá imprimir para apresentá-lo com os documentos obrigatórios da inscrição.

O candidato classificado para prosseguir na seleção deverá entregar a seguinte documentação: ficha de inscrição devidamente preenchida e impressa pelo candidato; cópia da carteira de identidade, do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e do Certificado de Reservista, quando do sexo masculino e maior de 18 anos, documentação da unidade escolar e comprovante de residência atualizado (cópia de conta de água ou luz ou telefone, ou contrato de locação).

Em caso de jovens que estejam cumprindo medida sócio-educativa em regime meio aberto, deverá ser apresentada declaração dos Centros de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (Criaad) ou da Secretaria de Promoção Social do município em que residir informando aptidão para participar do Programa Petrobras Jovem Aprendiz.

Jovem Aprendiz
Criado em atendimento à Lei 10.097/2000, de Responsabilidade Fiscal, o Programa Petrobras Jovem Aprendiz atenderá, em sua terceira edição, 850 jovens dos municípios de Campos dos Goytacazes (incluindo Farol de São Tomé), Carapebus, Casimiro de Abreu (distrito de Barra de São João), Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, Rio das Ostras, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra.

O programa terá duração de 24 meses, com jornada diária de quatro horas e carga horária semanal de 20 horas. Os primeiros quatro meses são destinados à Formação Humanista, desenvolvida nas unidades regionais da Viva Rio. Os próximos nove meses, aproximadamente, serão dedicados à Qualificação Técnica profissional, com realização de cursos de aprendizagem pelas Unidades Operacionais do Senai Campos e Macaé. A terceira fase, com duração de onze meses, será dedicada ao período vivencial em situações reais de trabalho realizado nas empresas que tenham parceria com a Petrobras.


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Design: como inovar em negócios?


Inovar é uma tarefa árdua e muitas vezes frustrante, mas essencial para obter diferenciação no mercado. O Design Thinking aborda problemas tradicionais de negócio sob multiplas perspectivas, ajudando a solucioná-los de maneira mais efetiva, que conduz a novos caminhos.

Este livro apresenta etapas, técnicas e ferramentas, ilustradas através de cases genuinamente brasileiros, para inspirar e auxiliar na empreitada rumo à inovação.



Clique aqui para baixar o livro, pagando com um post.







Cursos gratuitos no DF: Senai de Taguatinga tem vagas abertas em diversas áreas


O Senai do Distrito Federal está com mais de 400 vagas gratuitas abertas em cursos de qualificação e de aperfeiçoamento, em sua unidade de Taguatinga. As oportunidades são nas áreas de vestuário; alimentos; construção civil; tecnologia da informação; automotiva e outras. As inscrições estão abertas e devem ser feitas na secretaria escolar do Senai de Taguatinga.

Podem participar pessoas com mais de 16 anos, e que tenham cursado, no mínimo, até a quarta série do ensino fundamental. No ato da inscrição, é necessário que o interessado tenha em mãos os seguintes documentos: registro geral, CPF, comprovante de residência e declaração de escolaridade.

Há opções, nos três turnos, para cursos de Modelista; Costura Industrial; Modelagem Industrial; Segurança em Manipulação de Alimentos; Reparador de Aparelhos de Climatização e Refrigeração; Mecânico de Manutenção Automotiva; Pedreiro de Alvenaria; Auxiliar em Web Design, etc.

Além dos cursos gratuitos, o Senai-DF abriu vagas nos cursos pagos de Operador de Empilhadeira e de Instalador de Condicionador de Ar Modelo Split.

Clique aqui para saber mais sobre os cursos e os horários, ou ligue 61 3353-8715/8716/8718/8719.


Design de moda: Bahia abre curso de pós-graduação a distância


O Senai da Bahia, em parceria com o Senai/Cetiqt, está com as inscrições abertas até 1º de março para o curso de pós-graduação Design de Moda, que será ministrado a distância.

O curso, que teve conceito máximo (5) dado pela Comissão Avaliadora do Inep, do Ministério da Educação, vai capacitar profissionais para atuar de maneira crítica, criativa e inovadora no projeto e desenvolvimento de produtos do vestuário que atendam às demandas do mercado e tenham como diferencial a adoção do design no desenvolvimento do projeto.

Clique aqui para saber mais sobre este curso e outros oferecidos pelo Senai/Cetiq, unidade localizada no Rio de Janeiro

O designer terá condições para pesquisa, experimentação, inovação e criação de produtos do vestuário para a indústria de moda e o desenvolvimento de competências que facilitem o ingresso dos novos formandos no mercado de trabalho ou ampliem suas oportunidades de atuação no segmento.

Os encontros presenciais serão no Senai de Dendezeiros, em Salvador.


Educação: filme argentino incentiva debate sobre novas formas educativas, diferentes da atual produção industrial*


Pode ser que a ordem mundial esteja mudando, que o combustível das crises do norte faça funcionar os motores do sul, que os Estados Unidos passem a segundo plano e que o mundo árabe se transforme na Europa do futuro. Porém, por enquanto, dormimos e acordamos com velhos esquemas. A Educação, por exemplo, é a mesma desde o século XVII, quando o chamado despotismo ilustrado criou a educação pública, gratuita e obrigatória, que evoluiu nos séculos seguintes para o modelo de escola prussiano, adotado até hoje.


A informação está no documentário argentino A Educação proibida, um filme viral que circula livremente pela internet desde sua estreia, em agosto deste ano. O longa, pensado para ser um fenômeno da web, mas que ultrapassou e muito as metas de seus idealizadores, já foi visto mais de cinco milhões de vezes no You Tube e baixado outras cinco milhões. Tanto sucesso parece vir exatamente dessa constatação de que as formas educativas que nos moldam há tempos merecem, no mínimo, uma revisão.

Por onde se olha, estudar parece um dia da marmota em eterna repetição. O sujeito entra num bom jardim infantil que o impulsione a uma boa escola, que o permita fazer um colegial forte que, por sua vez, o coloque dentro de uma boa universidade. Ele “precisa” desenvolver suas capacidades, mas dia após dia, são os interesses alheios que guiam seu desenvolvimento, sempre pautados por repetição simbólica, concorrência e um sistema de prêmios e castigos. De segunda a sexta, ficam de fora a individualidade, a criatividade, a curiosidade e o chamado pensamento divergente – aquele que ensina a ver o mundo de formas diversas, a resolver problemas, a manter a mente aberta.

Em suma, a escola, como cita o filme, é, “um estacionamento de crianças”, um espaço que costuma passar longe de reais expectativas de qualidade de vida, um mero centro de instrução onde se aprende que o futuro é melhor do que o presente e que as respostas são mais importantes do que as perguntas.

Clique aqui para ver a reportagem completa no Operamundi


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz 2013

Desejamos aos amigos leitores e colaboradores saúde e sucesso em 2013

“Seja humilde, pois, até o sol com
toda sua grandeza se põe e deixa a lua brilhar.”
Bob Marley

domingo, 30 de dezembro de 2012

Educação: os “cursos ruins” e a falta da cobertura especializada*


Por Sylvia Debossan Moretzsohn
         
O mês de dezembro ofereceu duas excelentes oportunidades para se pôr em causa os critérios de avaliação das nossas universidades: primeiro, em 6/12, quando o ministro da Educação prometeu punir os cursos que haviam tirado notas baixas; duas semanas depois, quando anunciou a punição a ser aplicada. Entre os “cursos ruins” figuravam os de algumas federais, duas das quais do Rio de Janeiro: a UFRJ e a UFF.

Talvez por isso, entre os três principais jornais do país, apenas O Globo tenha dedicado espaço, em suas edições de 20 e 21 de dezembro, ao ocorrido com essas duas instituições. Especialmente à UFF, que viveria situação mais grave, com a hipótese – entretanto apresentada como certeza – de suspensão da abertura de vestibular nos cursos de Arquitetura e Ciências Sociais, em 2013.

O jornal ouviu diversas fontes que apontaram o boicote dos alunos ao Enade – o “Exame Nacional de Desempenho de Estudantes”, substituto do “Exame Nacional de Cursos”, ou Provão, instituído por lei em fins de 1995 – como o principal responsável pelo mau resultado.

Nem seria preciso recorrer a essas fontes para saber disso. Muitos dos atuais repórteres estudaram em instituições públicas. Se foram alunos atentos, deveriam saber que o boicote existe desde o Provão, embora hoje tenha alcance muito mais reduzido do que no início.

A qualidade da avaliação
Se o Enade corresponde a 55% do total da nota de cada curso, seria interessante verificar a qualidade da prova. Procurei fazer isso em 2009, neste Observatório (ver “O provão da marolinha”), a segunda vez em que o exame foi aplicado aos alunos de jornalismo. (Como se sabe, cada curso passa por esse tipo de avaliação a cada três anos.)

Na época, houve muito alvoroço em torno das acusações, reverberadas intensamente na mídia, sobre a utilização da prova como instrumento de propaganda política. A análise, porém, revelaria algo bem pior: a absoluta inépcia dos avaliadores, acrescida do espantoso número de questões anuladas – não apenas na prova de jornalismo, mas na dos demais cursos, como se podia verificar no site do Inep.

Indagar como se escolhem os responsáveis pela elaboração dos exames e quanto se gasta em todo esse processo seria uma pauta ao mesmo tempo elementar e muito relevante, embora aparentemente não esteja entre as preocupações dos jornalistas. Mas o Enade é apenas parte do problema: o que deveria estar em discussão, desde sempre, são os critérios de avaliação propostos pelo governo – este e os anteriores –, que desconhecem as diferenças essenciais entre instituições públicas e privadas e procuram estabelecer um modelo único, voltado – como não poderia deixar de ser – para a estrutura das particulares, que tanto podem ser faculdades isoladas como centros universitários ou universidades. Além, é claro, dos critérios de escolha e qualificação dos avaliadores escalados para visitar os cursos.

As distorções do modelo único
Seria impossível detalhar aqui as inúmeras distorções que esse modelo causa. Fiquemos apenas com o básico: nas públicas, os professores ingressam necessariamente por concurso, nenhum é horista – como é comum nas particulares –, a maioria tem dedicação exclusiva, desenvolve atividades de pesquisa e/ou extensão além do magistério e todos passam por avaliações periódicas de seus pares, para efeito de progressão funcional. Sua produção e demais atividades são expostas em relatórios anuais encaminhados ao setor administrativo próprio.

Em síntese, e como é óbvio, professores de universidades públicas são funcionários públicos, seus dados e suas ações estão à disposição permanente das autoridades do Estado. Ao mesmo tempo, é esse Estado o responsável pela destinação da verba necessária à manutenção, ampliação e melhoria das instalações necessárias ao bom funcionamento dos cursos – embora, é claro, a gestão dessa verba por cada instituição deva ser sempre objeto de análise.

Um modelo único de avaliação apaga essas diferenças, embora seja muito útil para o estabelecimento de rankings das “melhores” e “piores” instituições, como os jornais adoram fazer.

A falta de analistas qualificados
E então temos, mais uma vez, as notícias sobre os “cursos ruins”, que precisam ser “saneados”, sem que se saiba exatamente como os números negativos foram produzidos. E assim se nivelam cursos de longa tradição e outros cuja precariedade notória não permitiria sequer que tivessem sido abertos, a não ser que outros interesses prevaleçam – e aqui não devemos jamais esquecer dos parlamentares que atuam nessa lucrativa área.

Há cerca de três meses, a Folha de S.Paulo arvorou-se em produzir seu próprio critério de avaliação de universidades, o que foi objeto de muitas críticas, algumas publicadas neste Observatório (ver, por exemplo, “Sobre universidades, campeonatos e reportagem”, “O método, os alhos e os bugalhos” e “132 universidades com zero em qualidade de ensino”).

Como comentei na ocasião, teria sido melhor se tivesse investido em reportagem, para verificar in loco a condição de funcionamento dos cursos, tanto os privados quanto os resultantes da expansão promovida pelo governo através do Reuni. Daria, no mínimo, uma bela reportagem fotográfica. Mas, em paralelo, seria importante contar com analistas qualificados nessa área, ainda mais que tanto se fala na relevância do investimento em educação para o desenvolvimento do país.

Os jornais estão cheios de colunistas de política, economia e esportes. Os de educação, onde estão?



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cidadania: Patriota e Maria do Rosário elogiam escolha de brasileiro para Comitê dos Direitos da Criança


A eleição do brasileiro Wanderlino Nogueira Neto para ser um dos 18 integrantes do Comitê dos Direitos da Criança das Nações Unidas, no período de 2013 a 2017, foi elogiada pelos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos). Para eles, a eleição de Nogueira Neto é o reconhecimento dos esforços do Brasil no combate à violência e na busca pela preservação dos direitos infantis.

Em nota, Patriota e Maria do Rosário destacaram a preocupação do Brasil com as crianças. “A eleição do Brasil para o comitê é um reconhecimento internacional aos compromissos do governo federal com a proteção integral e a prioridade absoluta para a garantia dos direitos de crianças e adolescentes expressas na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente”, diz o texto.

“[Há preocupação] em especial para o enfrentamento da violência sexual, a consolidação do atendimento socioeducativo para adolescente em conflito com a lei, o fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos e a proteção de crianças e adolescentes contra todas as formas de violência”, acrescenta a nota.

Segundo Patriota e Maria do Rosário, o governo do Brasil e o comitê têm ações coincidentes, “com o aprofundamento de políticas para superação da pobreza extrema das famílias por meio de políticas articuladas, como o [Programa] Brasil sem Miséria e, mais especialmente, o Brasil Carinhoso”.

De acordo com a nota, a candidatura de Nogueira Neto contou com o apoio da sociedade civil organizada e foi referendada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e o Ministério das Relações Exteriores articularam a candidatura, oficializada pela presidenta Dilma Rousseff em julho.



Tecnologia de solda: Senai e Petrobras vão instalar laboratório de pesquisa e desenvolvimento para o setor


Senai do Rio e a Petrobras vão investir  R$ 11,532 milhões na implantação de laboratório de última geração para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de solda.

A unidade, que começará a funcionar no primeiro semestre de 2013, será instalada no Centro de Tecnologia Solda, do Senai do Maracanã, na capital fluminense. “Essa parceira nos coloca em um novo patamar, ao trazer para o Brasil algo inédito. Vamos aliar alta tecnologia com Educação, o que vai proporcionar ainda mais desenvolvimento para o Rio de Janeiro e, consequentemente, para o país”, disse Maria Lúcia Telles, diretora regional do Senai-RJ.

O laboratório contará com equipamentos de última geração, muitos deles ainda não disponíveis para pesquisa no Brasil, como é o caso da máquina de solda a laser. Atualmente, testes com este equipamento precisam ser feitos nos Estados Unidos ou na Europa.


terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Entrevista com Douglas Willms: Além da "prestação de contas"*


O pesquisador canadense Douglas Willms (foto) diz que é preciso superar a cultura de avaliações educacionais voltadas apenas para o "accountability" e que, para isso, o grande desafio é tornar os resultados úteis a escolas e professores

“Todo o esforço com testes e avaliações é um desperdício se eles não mudarem a qualidade do ensino." A frase parece óbvia, mas faz sentido no contexto brasileiro em que boa parte dos resultados de avaliações educacionais serve mais para ranquear as melhores e piores escolas do que para produzir sentido prático para as escolas.

O autor da frase é o professor e pesquisador canadense Douglas Willms, que esteve no Brasil no começo de novembro para participar de um seminário internacional promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave) e o movimento Todos pela Educação. Para uma plateia de pesquisadores, gestores escolares e representantes de diversas entidades, ele mostrou os resultados de experiências que vem desenvolvendo no Canadá para tentar tornar mais úteis os resultados das avaliações.

*Clique aqui para continuar lendo a reportagem de Amanda Cieglinski para a revista Educação.




sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Bolsas no exterior: Capes divulga valor para quem for estudar no exterior


A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou nesta semana (11/12/2012) no Diário Oficial da União os valores de benefícios que poderão ser pagos a brasileiros que forem ao exterior para estudar e a quem venha ao Brasil pelo mesmo motivo. A publicação inclui bolsas de graduação, pós-graduação e também de especialização para professores da Educação básica.

Para obter uma dessas bolsas é preciso se candidatar de acordo com as regras dos editais de seleção da Capes, disponíveis no www.capes.gov.br. As bolsas para brasileiros que forem ao exterior podem chegar a US$ 5 mil mensais (professores de ensino superior que forem para os Estados Unidos). Para estudantes de graduação, o valor é 870 dólares, euros ou libras, dependendo do país escolhido. Já para doutorandos, a quantia chega a 1,3 mil nas mesmas moedas.

A Capes pode auxiliar os pesquisadores com as despesas de instalação, por meio de um benefício no mesmo valor da bolsa obtida. Adicionais poderão ser pagos a quem tiver dependentes e a quem se mudar para uma cidade listada pela portaria como de alto custo. O seguro-saúde também poderá ser custeado pela coordenação.

A publicação no Diário Oficial da União traz ainda os valores pagos pelas bolsas do Programa Ciência Sem Fronteiras, que vai da graduação (870 dólares, euros ou libras) ao estágio pós-doutoral (2,1 mil dólares ou euros). Com o objetivo de atrair jovens talentos e pesquisadores visitantes para as instituições do país, o programa prevê pagamento até R$ 7 mil mensais aos jovens aprovados e de R$ 14 mil para pesquisadores visitantes especiais, bolsas que também podem ser disputadas por brasileiros que estão no exterior.

Professores da educação básica que obtiverem o incentivo à capacitação no exterior receberão 1,3 mil dólares, euros ou libras, além do auxílio-instalação e do seguro-saúde.

Já estrangeiros que conseguirem vagas nas universidades brasileiras poderão concorrer a bolsas que variam de R$ 830 (graduandos) a R$ 3,7 mil (pós-doutorados). Professores visitantes poderão receber desde R$ 6.931,54 até R$ 24 mil, se ministrarem cursos na Escola de Altos Estudos.



Pesquisa e inovação: MCTI lança plataforma para dar mais transparência ao setor


A Plataforma Aquarius, sistema informacional lançado nesta semana (12/12/2012) pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), promete dar mais transparência na elaboração e execução de políticas, programas e ações estratégicas da área. A plataforma deve estar acessível aos usuários até o final de dezembro.

A Aquarius integra dados e sistemas em uma estrutura dividida em quatro eixos. A primeira linha pretende modernizar a gestão e melhorar a qualidade dos dados gerados pelos processos do ministério e vai automatizar, por exemplo, a concessão de incentivos da Lei de Informática e a gestão de contratos.

O segundo eixo vai integrar as informações administrativas do ministério com o Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União. Dentre outras questões, painéis gerados podem tratar de dispêndios, convênios e fundos setoriais – fontes de recursos para financiar o desenvolvimento de setores estratégicos para o país.

O terceiro eixo da plataforma se refere a elementos de outras instituições relacionadas ao Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Na primeira fase, os painéis envolvem dados sobre produção científica e bolsas de estudo, com dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A previsão da pasta é, futuramente, promover o intercâmbio de informações com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e as fundações estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs).

Já o Monitor de Políticas Públicas de Ciência Tecnologia & Inovação, item do quarto eixo, busca o aprimoramento dos programas e ações do ministério, com a avaliação cotidiana e sistêmica de seus resultados e impactos, além de elaboração de estudos, análises e relatórios de acompanhamento.

De acordo com o secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias, a plataforma vai permitir que o usuário construa análises dos indicadores que serão oferecidos pelo instrumento. Quando disponível, a plataforma poderá ser acessada via aquarius.mcti.gov.br.

“A sociedade terá possibilidade de aferir dados como os investimentos do MCTI e medir se foi bem gasto pelo ministério. Além disso, saberá os valores, como os gastos com passagens dos servidores e investimentos da pasta e da Capes em bolsas. Teremos também informações sobre o bolsista, seu currículo, se o pesquisador já tem outros projetos e qual sua qualificação”, explicou. Elias disse que a plataforma terá um espaço para que o usuário do sistema interaja com a ferramenta e manifeste críticas e elogios.

Foram investidos cerca de R$ 6 milhões para construção da plataforma entre o desenvolvimento dos sistemas, compra e licença de softwares e o ferramental (conjunto de ferramentas). Além da plataforma, que estará disponível na internet, o usuário também poderá identificar e acompanhar suas demandas ao ministério por meio da versão para telefonia móvel, em um aplicativo para celular.



quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Design: Senai lança book de inspirações para indústria calçadista

O Núcleo de Tecnologia e Design do Calçado do Senai de São Paulo, sediado em Franca, acaba de lançar a edição Verão 2013/14 do book de inspirações Senai Mix Design. O book traz o panorama do cenário brasileiro em relação ao mundo e mostra fatores que interferem na maneira de planejar, produzir, vender e consumir produtos, bem como no direcionamento de pesquisas voltadas para o setor.

Clique aqui para baixar gratuitamente o book

A proposta é refletir sobre a importância do tempo sob dois pontos de vista: a inspiração e o estratégico. O objetivo é fomentar o processo criativo, com foco na inspiração e sua decodificação, e auxiliar no planejamento de coleções de calçados, bolsas e artefatos.

O material é formado por um book em formato de fichário com painéis com exemplos de criações conceituais, vitrinas e comerciais criados a partir de imagens, cartela interativa de cores, materiais e estampas.

O material também tem imagens destacáveis para formação de painéis de inspiração e um aplicativo digital com conteúdo exclusivo compatível com os sistemas operacionais Windows, Macintosh e iOS (iPad). 



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Tecnologia em sala de aula: entrevista com Cida Narloch, assessora pedagógica do sistema educacional Família e Escola


As escolas hoje se encontram num impasse. Se por um lado as tecnologias estão cada vez mais diversas e de fácil acesso, por outro os professores ainda encontram problemas na hora de utilizá-las dentro da sala de aula. Seja pela falta de conhecimento, pela escassez de equipamentos ou por outros problemas, a utilização de computadores, notebooks e tablets na sala de aula ainda pode melhorar, e muito, no Brasil.

Para Cida Narloch, assessora pedagógica do sistema educacional Família e Escola, o primeiro passo para os professores poderem fazer um bom uso das tecnologias na Educação básica é o planejamento: preparar a aula, a ferramenta e o conteúdo. Com uma aula estruturada, o educador sentirá muito mais facilidade para lidar com os computadores e tablets dentro do ambiente escolar.

Além disso, Cida, que foi uma das palestrantes da VI Maratona do Ensino Infantil realizada pelo Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe/PR), defende também que é preciso desmistificar a tecnologia para o professor, afirmando que o educador não está na sala de aula para ensinar informática e sim para utilizá-la para ensinar a sua matéria.

Gestão Educacional: Quais são as vantagens que as tecnologias trazem, principalmente para o processo de alfabetização das crianças?
Cida Narloch: O professor tem em mãos uma ferramenta poderosa de tecnologia educacional, que é o computador. Mas o computador, por si só, não trabalha. Ele precisa de produto, de software, de programas, de sites da internet. Se o professor busca isso, filtrando e contextualizando esse conteúdo dentro de um planejamento, o enriquecimento, o resultado que ele tem na aula é maravilhoso, porque ele está trabalhando com uma ferramenta que encanta a criança. A aula vai se tornar mais lúdica e mais atrativa, mas existe ainda a necessidade do planejamento do professor.

GE: O professor está preparado para lidar com as tecnologias na sala de aula? E caso não esteja, como prepará-lo?
CN: Nós não podemos generalizar que todo professor não está preparado, porque alguns professores se enquadram como imigrantes digitais, mas outros já tiveram uma longa caminhada em relação ao uso das tecnologias. Para os que não são nativos digitais, existem cursos de formação em Tecnologia Educacional, sites e portais. Primeiramente, tem que desmistificar o computador. O professor tem que ver o computador como uma ferramenta pedagógica, algo que vai auxiliar no planejamento dele e no qual ele pode trabalhar o conteúdo. Então, quando recebe a formação, o professor vai experimentar todas essas situações de aprendizagem e vai conseguir visualizar o aluno explorando essa ferramenta.

GE: Como o professor pode trabalhar a questão do diálogo com a criança chamada de nativa digital para que não haja problemas de comunicação?
CN: Na realidade, a comunicação do professor com o aluno – imigrante e nativo digital, respectivamente –, não compreende uma linguagem específica. O educador tem uma linguagem própria de professor, que é a linguagem pedagógica. É essa mesma linguagem que ele vai utilizar no laboratório, porque ele não vai dar aula de informática. Ele só utiliza o computador como recurso. Ele não vai ensinar recursos tecnológicos e nomenclaturas difíceis. O professor vai trabalhar no laboratório de informática o mesmo conteúdo que trabalha em sala de aula, tanto que é importante que o laboratório seja, na verdade, uma sala de aula informatizada e não um ambiente cheio de máquinas em que a criança entra só para brincar. Ou seja, se esse professor se preparar, ele vai perceber que a linguagem é a mesma: ele vai falar sobre os mesmos eixos de trabalho que planejou para trabalhar o ano todo com o aluno. Ele só vai escolher qual momento trabalhar isso. Por exemplo, ele vai pegar um programa lá no computador que fala sobre animais, porque está na sala de aula falando sobre os animais. Então o professor vai procurar um programa ou um site que também fale disso, para que o laboratório seja uma extensão da sala de aula.

GE: A internet é considerada um ambiente virtual bastante dispersivo. Quando se fala de crianças, que se distraem facilmente, fica pior ainda. Como evitar a dispersão que a internet pode causar na escola?
CN: A criança, para trabalhar, precisa ter foco. E esse foco quem dá é o professor. Antes de o educador levar o aluno para o laboratório, antes de pedir para o estudante acessar um site, essa página tem que já estar filtrada dentro do planejamento do professor. Aí o professor vai direcionar. E para o aluno, é importante que ele registre, faça anotações. Se o professor solicitar um registro do aluno mediante aquela situação de aprendizagem que está sendo explorada naquele momento, o aluno não vai sair daquele foco porque ele tem uma tarefa a cumprir. Vamos supor que o professor está trabalhando no mês de maio, o Dia das Mães, e vai pedir para o aluno fazer um cartão. O professor, portanto, já tem que dizer para a criança qual é o site com os modelos de cartões, e o aluno vai entrar naquele site. Se ele tem uma tarefa a cumprir naquele site, não há necessidade de sair abrindo outros. O professor tem que ter esse direcionamento, tem que intermediar o tempo todo. Se o educador deixar livre, o aluno vai acessar tudo e nada ao mesmo tempo.

GE: Como o professor deve escolher as atividades e jogos que serão utilizados? Como deve ser o processo de raciocínio dele nessa seleção?
CN: O professor tem o planejamento, que é exigido pela escola, e tem todas as suas aulas planejadas. Então ele precisa saber que recursos tecnológicos a escola oferece. Com isso, o educador insere esses recursos tecnológicos no planejamento. Portanto, ele não vai buscar um recurso que a tecnologia oferece. O professor deve inserir o conteúdo dentro dessa tecnologia. Muitas vezes, ele vê a tecnologia como o computador, só que a tecnologia não se resume só a isso. Se o professor fizer um levantamento com os seus alunos sobre o que eles têm de tecnologia dentro de casa, ele vai descobrir muitas [outras] tecnologias. O aluno vai citar que ele tem em casa o computador, o fax, a máquina calculadora, o celular... E dentro da escola ele vai citar que tem o computador, o netbook, o iPod e por aí afora. É uma imensidão de recursos tecnológicos. O professor tem que focar esse recurso tecnológico dentro do seu planejamento. Ele só precisa adequar.

GE: Na sua opinião, as tecnologias irão substituir o material didático tradicional, como livro, caderno, lápis e caneta, ou elas funcionarão mais como um suporte para o professor?
CN: Jamais a tecnologia vai substituir o material didático. Ao contrário: ela vai precisar muito mais destes recursos porque a tecnologia, por si só, não faz nada. O que eu tenho? Vamos supor, eu tenho um hardware, um computador, um notebook, um tablet. O que eu tenho lá dentro [do hardware]? Recursos que vêm de algum lugar, que têm que sair de algum lugar. Ele vai precisar do autor, do professor, de todo esse volume de atividade para colocar lá dentro. Então como que eu vou extrair esse conteúdo se ele não vem de algum lugar? Ele tem que ter uma fonte, por isso ele não vai substituir o livro. Pelo contrário, [esse conteúdo] vai precisar muito mais dos livros. Nós não podemos ignorar toda uma história da Educação. Há quanto tempo existe o giz? Ele ainda está lá na escola. Ele ainda é importante. Nós já temos nas salas de aula de muitas escolas a lousa digital, mas a lousa digital não dispensou a lousa tradicional. A caneta ótica não dispensou o giz, ele continua lá, ele continua sendo importante. Eu acredito que tem lugar para tudo e para todos dentro da Educação.

GE: Seguindo nesta linha, como aliar então a letra cursiva, que alguns estudiosos acreditam ser algo antiquado, com o uso das tecnologias?
CN: Como eu disse antes, nós não podemos ignorar a nossa história. Inicialmente, nós aprendemos a escrever, não a digitar. Eu aprendi a ler, eu fui alfabetizada, eu aprendi a escrever, isso tudo numa sequência. A criança começa com a letra em caixa alta. Depois, aprende a letra cursiva. Hoje tem uma fala no mercado que diz que a letra que encontramos na mídia é a letra de máquina, mas a criança precisa da letra cursiva porque, com ela, o professor trabalha a coordenação motora fina da criança. Ela vai exigir um pouquinho mais da criança, que precisa ter este recurso e desenvolver isso. Portanto, eu vejo que a letra cursiva ainda é importante, embora a criança tenha as letras todas nas teclas. Mas eu penso que o homem existiu antes da máquina e aprendeu a escrever antes da máquina. A máquina hoje é importante por agilizar o processo, mas eu não dispenso a letra cursiva.




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