segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Educação do século 21: Rio inaugura escola sem salas, turmas ou séries

O Rio de Janeiro começa, nas próximas semanas, a experimentar um novo tipo de escola. Nada de séries, salas de aula com carteiras enfileiradas e crianças ordenadamente caminhando pelo espaço comum. A aposta para dar a 180 crianças e jovens da Rocinha uma Educação mais alinhada com o século 21 é o Gente, acrônimo para Ginásio Experimental de Novas Tecnologias, na escola Municipal André Urani.


Foto Divulgação

O espaço, que acaba de ser totalmente reformulado para comportar a nova proposta, perdeu paredes, lousas, mesas individuais e professores tradicionais e ganhou grandes salões, tablets, “famílias”, times e mentores.

Não houve pré-seleção. Os alunos que farão parte dessa nova metodologia já são os matriculados na escola antes da reforma. Mas agora as antigas séries serão extintas e não haverá mais as salas de aula tradicionais, com espaço para 30 e poucos alunos. Em vez disso, os jovens – que estariam entre o 7º e 9º anos – serão agrupados em equipes de seis membros, chamadas de “famílias”, independentemente de sua série de origem. A formação das famílias ocorrerá em parte por afinidade, a partir da escolha dos próprios membros, e em parte a pelo diagnóstico de habilidades ao qual os alunos se submeterão no início do ano letivo.

Essa avaliação, que ocorre assim que eles chegarem ao Gente, pretende fazer um raio-x do estado da aprendizagem de cada um, tanto do ponto de vista do conteúdo tradicional quanto das habilidades não cognitivas, como comunicação, senso crítico, autoria. Cada aluno terá um itinerário de aprendizado pessoal, que funciona como uma espécie de playlist, só que em vez de músicas, estarão os pontos que ele precisa aprender ou desenvolver.

Será o jovem o responsável por escolher a forma como o conteúdo lhe será entregue – videoaulas, leituras, atividades individuais ou em grupo. Todas as semanas os alunos serão avaliados na Máquina de Testes, um programa inteligente que propõe questões de diferentes níveis de dificuldade, para garantir a evolução no conteúdo. Quando ele não chegar ao resultado esperado, o jovem receberá uma atenção individualizada.

Tal atenção é de responsabilidade do mentor da família, o professor. Cada mentor será responsável por três famílias, que reunidas serão chamadas de equipe. “O mentor deve dar uma educação mais ampla, preocupada não só com os conteúdos tradicionais, mas com higiene, com aspectos socioemocionais do aluno, com a motivação dele”, diz Rafael Parente, subsecretário de novas tecnologias educacionais da Secretaria Municipal de Educação do Rio, explicando a mudança no papel do professor naquele contexto. Em vez de dar aula de português ou matemática, o mentor vai ajudar o aluno a encontrar a informação de que precisa para entender o conteúdo, mesmo que o assunto não seja o da sua formação.

Assim, explica Parente, se um professor de língua portuguesa precisar explicar um assunto mais específico de matemática, ele deve pedir ajuda para membros da família, se sentar com o aluno para assistir à videoaula da Educopedia com ele, tentar aprender junto. “O professor não vai ser mais aquele que transmite o conhecimento. Ele vai ser especialista na arte de aprender”, diz o subsecretário. O grupo de mentores que fará parte do Gente foi treinado para essa nova forma de lecionar.

Todos os dias, ao chegarem à escola, os alunos passarão por um momento de acolhida, em que compartilharão com seus pares experiências e expectativas para o dia. A jornada na escola é integral. Neste tempo, com o auxílio de seu itinerário e a liderança do tutor, cada um deverá decidir o que e em que ordem estudar e poderá, à livre escolha, se juntar a grupos de estudo de língua estrangeira, robótica, esportes, artes, desenvolvimento de blogs.

É nesse momento que uma pergunta inevitável aparece: mas se o aluno não quiser fazer nada, ele não vai fazer nada, certo? Mais ou menos. Os mentores, explica Parente, estarão sempre por perto para motivar os alunos a avançarem, as avaliações mostrarão quem está ficando para trás e os integrantes da família – o tal grupo de seis – também deve incentivar uns aos outros. “Quando o aluno é protagonista do próprio aprendizado, faz suas escolhas, ele se envolve mais, se empolga mais com a escola.”

A tecnologia é outro fator importante na forma como o projeto foi organizado. Para que os alunos possam escolher entre ambiente virtual ou presencial, era preciso que todos os alunos tivessem acesso a equipamentos e internet. Por isso, cada aluno terá o seu tablet ou netbook e, quando for pedagigocamente justificável, vai poder levá-lo para casa. Todas as dependências do André Urani terá internet sem fio de alta velocidade.

Fonte portal Porvir


Telecomunicações: Fifa custeará infraestrutura apenas durante a Copa


O Ministério das Comunicações e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) acabam de fechar acordo que estabelece as obrigações na área de telecomunicações para a Copa do Mundo de 2014, que será sediada no Brasil. O acordo definiu que o governo federal será responsável por toda a infraestrutura fixa, que ficará como legado ao país, enquanto a Fifa custeará o que será usado apenas durante o Mundial.

“Tínhamos algumas diferenças entre o ministério e a Fifa, sobre o que era infraestrutura e o que era serviço. Resolvemos tratar que o que vai ficar no Brasil antes e depois da Copa será de responsabilidade do ministério. O que vai ser usado apenas na Copa será pago pela Fifa”, explicou o titular da pasta.

A previsão, até o momento, é que o governo federal desembolse R$ 380 milhões. Do total, R$ 200 milhões foram repassados ao orçamento de 12 redes metropolitanas. Os outros R$ 180 milhões, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) destinará para reforço, treinamento, equipamentos, rede, entre outros. “Ainda tem orçamento sendo fixado”, destacou Bernardo.

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, destacou que a área de comunicação é fundamental para a Copa. A fim de garantir a eficiência do Mundial, é necessário que todos os prazos sejam cumpridos. “Estamos trabalhando para que tudo fique pronto a tempo. Insistimos nos eventos testes para resolver possíveis problemas. Alguns estádios serão entregues apenas no final deste ano. Mas tem que entregar no prazo, para que todo o trabalho a seguir tenha prazo suficiente.”

Sobre a segurança dos estádios, diante da tragédia que ocorreu ontem (27/1/2013) no município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em que mais de 230 pessoas morreram vítimas de incêndio, Valcke lamentou o ocorrido, mas garantiu que o esvaziamento rápido dos estádios é um dos requisitos básicos na organização da Copa.

“Na organização de uma Copa do Mundo, faz parte dos requisitos evacuar os estádios em pouquíssimos minutos. Pessoas serão treinadas para que em no máximo oito minutos, um estádio com até 60 mil pessoas seja esvaziado”, explicou o secretário-geral da Fifa.

Na última sexta-feira (25/1/2013), a Telebras, responsável pela infraestrutura de telecomunicações da Copa das Confederações e da Copa do Mundo de 2014, divulgou que 74% das obras executadas nas seis cidades-sede (Brasília, Salvador, Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Fortaleza) estão concluídas. Com relação às demais – São Paulo, Cuiabá, Natal, Manaus, Curitiba e Porto Alegre – o percentual de execução fica em 20%, atualmente em fase de licenciamento e projeto executivo.

Ao todo, serão disponibilizados mais de 1,2 mil quilômetros (km) de fibra óptica nas regiões metropolitana das 12 cidades-sede, construídos 780 km de fibra óptica, com o uso, inclusive, de redes de fibras já implantadas e ativação de mais de 47 pontos de Presença (POPs), que são subestações de dados.

Fonte Agência Brasil


Pronatec: em Manaus, Senai oferece mais de 9 mil vagas em cursos gratuitos

A maior novidade do Pronatec para 2013 é a ampliação das possibilidades para que mais pessoas possam se inscrever em cursos gratuitos de Educação profissional e tecnologia. No Amazonas, o Senai, principal organização de formação para o Polo Industrial de Manaus, está com mais de 9,6 mil vagas em cursos gratuitos .

O diretor regional do Senai-AM, Aldemurpe Barros, explica que “quem já concluiu o ensino médio na rede estadual de ensino agora pode ter acesso gratuito aos cursos”. Ainda segundo ele, "as vagas também são destinadas para quem está cursando o segundo ou terceiro ano do ensino médio na Rede, para os beneficiários do Bolsa Família e seus dependentes (cônjuge e filhos), Atiradores de Guerra, Reservistas e Praças das Forças Armadas e para quem é reincidente no recebimento do seguro-desemprego."

Serão formados novos profissionais nas áreas de construção civil, eletroeletrônica, informática, metalmecânica e outros. A unidade da organização localizada no Distrito Industrial terá, ao longo do ano, 1.320 vagas para os cursos de Pedreiro de Alvenaria, Pintor de Imóveis, Eletricista Predial de Baixa Tensão, Almoxarife de Obras, Pedreiro de Revestimento em Argamassa, Encanador Instalador Predial e Cadista.

“O interessado em fazer o curso deve ser encaminhado ao Senai pelo demandante, ou seja, cada público deve efetuar sua pré-matrícula no órgão competente e depois vir ao Senai para confirmar a matrícula”, esclareceu Barros.

Os estudantes do ensino médio devem procurar a secretaria de suas escolas para solicitar a matrícula. Quem já concluiu o ensino médio deve ir até sua escola de origem para escolher o curso. Os beneficiários do Bolsa Família podem fazer a pré-inscrição no Centro de Referência e Assistência Social (Cras) e quem está recebendo o seguro-desemprego precisa procurar um posto de atendimento do Sine.

O aluno receberá material didático e assistência estudantil para transporte e alimentação. Clique aqui para saber mais.


domingo, 27 de janeiro de 2013

Patentes: novo modelo de colonização*

Por Dr. Rosinha


Sobre este tema sou considerado um chato, mas insisto: as patentes são o novo modelo de colonização. As grandes empresas e os países ricos sabem disso e disputam nos tribunais e nos acordos internacionais. Disputam e exigem privilégios.

Em uma das muitas ações mundo afora, lembro que em 2007 a empresa suíça Novartis entrou com uma ação judicial contestando a lei de patentes indiana. Caso tivesse sucesso, prejudicaria o acesso ao tratamento das pessoas que vivem, não só na Índia, mas em vários países pobres ou em desenvolvimento que necessitam da produção mais barata daquele país.

Na época, a Novartis desejava que a patente do mesilato de imatinibe, princípio ativo do Glivec (medicamento para o tratamento de leucemia), fosse reconhecida na Índia, o que foi rejeitado pelo tribunal indiano por entender que não se tratava de uma droga nova.

Só para se ter uma ideia dos valores: o tratamento de leucemia com o uso do Glivec na Índia custava, na época, US$ 2,6 mil por mês, enquanto o tratamento com o genérico, US$ 260. Dez vezes menos.

No primeiro trimestre de 2011, viajei, a convite do governo alemão, para Bruxelas e Berlim. A pauta de todas as reuniões, tanto em Bruxelas, com as autoridades da União Europeia, como em Berlim, com as autoridades alemãs, era o Acordo de Associação e Cooperação Mercosul-União Europeia. Em todas as reuniões, estiveram em debate temas ligados às áreas de agricultura, serviços e patentes.

A ONG Médicos Sem Fronteira tem acompanhado com atenção e preocupação o processo de negociação do Tratado de Livre Comércio (TLC) entre União Europeia e Índia. Esta preocupação se deve ao fato de que 80% dos medicamentos adquiridos pela ONG para o tratamento de Aids, entre os anos de 2003 e 2008, vieram da Índia, um celeiro na produção de genéricos. Nos seus TLCs ou acordos como os debatidos com o Mercosul, a União Europeia (UE) quer ir além: exigem Trips plus.

O “Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio”, da Organização Mundial do Comércio (OMC), mais conhecido por seu acrônimo inglês “Trips” (Trade Related Aspects of Intellectual Property Rights) é, hoje, a mais importante fonte do Direito Internacional Público sobre propriedade intelectual, e é quem dita as regras internacionais.

Uma das regras é de que a patente tem validade por 20 anos e os laboratórios fabricantes, entre outras coisas, exigem a extensão para 25 anos. Não podemos aceitar.

Entre nós, há os que defendem que continuemos colonizados, como o ex-governador do Rio Grande do Sul, Antonio Brito, hoje presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) e o (infelizmente) reconduzido ao cargo de presidente do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), Jorge Ávila. Este tem se comportado à frente do INPI como fiel escudeiro das indústrias farmacêuticas.

Em uma entrevista à Folha de S.Paulo em 13/10/2010, Antonio Brito disse que “o jogo do futuro é o jogo da inovação”, com o que concordo. Disse também que a “primeira onda, que era a do insumo básico, do genérico perdemos para a índia e, em parte para a China”.

Mas, ora, por que perdemos?

Perdemos porque ele e o partido dele, PSDB, PFL (agora DEM), com o apoio do PMDB na época, entrou no jogo para perder.

Até a sua independência, a Índia tinha um sistema de patentes calcado no modelo inglês, que assegurava a patenteabilidade de muitos processos e produtos. Após a sua independência, a Índia iniciou progressivamente um processo para tornar a sua normativa sobre propriedade intelectual um “instrumento do desenvolvimento nacional”.

No campo médico, o objetivo específico era essencialmente o de assegurar preços baixos de medicamentos para a população indiana e de prover, eventualmente, drogas em larga escala para o enfrentamento de epidemias.

Em 1950, a lei de patentes indiana foi emendada para permitir a licença compulsória para produzir medicamentos protegidos por direitos de propriedade intelectual, sem a necessidade de autorização por parte do detentor da patente.

Em 1970, foi dado um passo ainda maior com a aprovação da nova lei de patentes da Índia, que entrou em vigor em 1972. Essa nova lei de patentes excluía medicamentos e quaisquer produtos farmacêuticos do mecanismo de patenteamento.

No entanto, a Índia, que participou ativamente da Rodada Uruguai, assinou o Trips, em dezembro de 1994. Obviamente, isso a obrigou a reformular a sua normativa sobre propriedade intelectual. Contudo, a Índia, aproveitando-se da flexibilidade conferida por este acordo da OMC aos países em desenvolvimento, só modificou a sua lei patentes em 2005, ao final do prazo previsto (dez anos) e incorporou todas as flexibilidades asseguradas no Trips.

O grande resultado prático dessa estratégia da Índia relativa à propriedade intelectual é de que esse país tem hoje a segunda maior indústria farmacêutica do mundo em volume de produção.

E o Brasil?

O Brasil seguiu um rumo diferente. Com o predomínio do paradigma neoliberal no país, comandado por Fernando Henrique Cardoso e pelo PSDB, partido do qual Brito era um dos líderes, PFL e PMDB, o Brasil abandonou progressivamente quaisquer tentativas de implantar uma indústria de fármacos nacional.

Além disso, após ter assinado o Trips, em dezembro de 1994, o Brasil, em vez de ter esperado, como a Índia, dez anos para aprovar uma lei nacional adaptada às diretrizes daquele acordo da OMC, precipitou-se em promulgá-la já em 1996.

O resultado é a grande dependência da saúde pública brasileira em relação à produção da indústria farmacêutica internacional. E ainda tenho que ouvir loas ao neocolonialismo e suportar a política entreguista do INPI.

*Fonte Viomundo




quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Países inovadores: africanos investem em pesquisa e tecnologia para impulsionar novas perspectivas


O Nova África desta semana mostra como o continente africano tem buscado novas perspectivas e investido em pesquisas científicas e tecnológicas. Cabo Verde é um exemplo de país que pretende modernizar a sua realidade com um projeto ambicioso: tornar-se uma das primeiras nações do planeta totalmente conectada na internet.

O país disponibiliza gratuitamente para a sociedade acesso a rede mundial, com um programa piloto, o Konecta, que visa melhorar a qualidade do ensino cabo-verdiano por meio da internet. A política adotada já dá sinais positivos com um terço da população conectada.

De Cabo Verde, o programa segue viagem para o Quênia e mostra como uma empresa de tecnologia da informação está desenvolvendo softwares com o objetivo de mudar não só a realidade da África, mas também de outros 132 países.

A plataforma pioneira é o Ushahidi que, com a colaboração de pessoas comuns de todo o mundo, ajuda a construir mapas informativos que podem salvar vidas em locais de conflito ou em situações de desastre. O diretor de projetos do Ushahidi, Dadi Were, conta como nasceu esse sistema e quais são os seus principais atributos.

Ainda no Quênia, um outro sistema facilita a vida das pessoas na hora de fazer pagamentos. Com a precariedade da rede financeira, a solução foi utilizar telefones celulares para pagar despesas no comércio com uma simples troca de mensagens.

Conheça o principal sistema de pagamento eletrônico, o M-Pesa. A diretora de marketing e desenvolvimento de produtos, Angela Nzioki, explica como funciona essa troca e quais são as vantagens para os quenianos.

E do Quênia para Uganda, o Nova África mostra o sistema de rastreamento de informações de saúde, M-trac. Desenvolvido no país por técnicos locais, o M-trac funciona como uma espécie de banco de dados em que são registrados desde o número de ocorrências de malária, febre amarela e AIDS, até casos de desnutrição.

Veja ainda como o sistema, presente em 50 postos de saúde, é abastecido com milhares de reclamações feitas pela população por meio de mensagens de texto SMS.

O programa também traz uma entrevista com Herman Chinery-Hesse, proprietário da Softribe e considerado por muitos como o “Bill Gates” africano. O empresário nos conta a sua trajetória e como uma pequena ideia se transformou em uma das maiores empresas de tecnologia e desenvolvimento de softwares da África.

Clique no Nova África para ler a reportagem completa.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Design: programa presta consultoria sobre embalagens





Financiamento de pesquisas e inovações: prêmio vai destacar e apoiar tecnologias sociais de convivência com a seca

Práticas inovadoras em acesso à água e convivência com o Semiárido serão reconhecidas por meio do Prêmio Mandacaru. A iniciativa prevê apoio financeiro a associações de agricultores familiares, instituições de pesquisa e organizações da sociedade civil para consolidar tecnologias sociais que viabilizem o manejo sustentável da água e da caatinga.

O prazo para inscrições foi prorrogado para 22 de fevereiro e os prêmios variam de R$ 5 mil a R$ 150 mil. A iniciativa é organizada pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável (Iabs) e pela Agência Espanhola de Cooperação (Aecid), com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O regulamento está disponível via www.iabs.org.br/projetos/premiomandacaru e o resultado será divulgado em 15 de março.

De acordo com a consultora socioambiental do Iabs, Maiti Mattoso Santana, as experiências vencedoras serão catalogadas e integrarão uma publicação que abordará os desafios, os passos para implementação, as potencialidades e os resultados dos projetos. A publicação deverá ser concluída no ano que vem.

“Essa base de dados vai servir para incentivar a multiplicação das iniciativas, que poderão ser apropriadas por outros agricultores e gestores municipais. Para isto, ao longo de um ano, vamos acompanhar as experiências à distância, avaliando os dados, e in loco, visitando e vistoriando cada localidade onde as ações estiverem acontecendo”, explicou.

A consultora do Iabs ressaltou que serão premiados projetos já executados que tenham continuidade ou que estejam em desenvolvimento. Eles serão escolhidos em quatro categorias: experimentação no campo, que inclui práticas experimentais em comunidades rurais ligadas a associações de agricultores e agricultoras; práticas inovadoras, voltadas a iniciativas de desenvolvimento local e sustentável ou inclusão social de organizações não governamentais; pesquisa aplicada, específica para instituições de produção científica sobre a região; e gestão inovadora, direcionada a inovações implementadas por órgãos e entidades governamentais municipais do Semiárido.

Nessa última categoria, a premiação não prevê apoio financeiro, apenas concessão de diploma aos cinco primeiros colocados.

Para Jean Carlos de Andrade, coordenador de projeto da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), rede de organizações da sociedade civil que atuam na gestão de políticas de convivência com o Semiárido, a iniciativa “vem em um bom momento”, após a região ter sido atingida por uma das estiagens mais severas das últimas décadas.

Segundo Andrade, que integra a comissão de avaliação do prêmio, junto com representantes de outras instituições ligadas ao tema, os critérios analisados serão a aplicabilidade e o êxito das propostas.

“A premiação é importante porque apoia e dá visibilidade a experiências bem-sucedidas, na maioria das vezes capitaneadas por organizações da sociedade civil, de manejo e conservação da biodiversidade do Semiárido”, disse.

Ele lembrou que, na região, são desenvolvidos diversos projetos do tipo, que incluem captação de água por meio de cisternas para beber, cozinhar e produzir alimentos.

A coordenadora executiva do Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra), organização da sociedade civil voltada ao fortalecimento da agricultura familiar, Cristina Nascimento, citou tecnologias sociais utilizadas por famílias de Quixeramobim (CE) como exemplo de práticas bem-sucedidas de utilização dos recursos hídricos na região.

“Muitos agricultores, por saberem que o acesso à água não é abundante, instalam uma mangueira que passa por toda a plantação e fazem ao longo dela diversos pequenos furos. A técnica é utilizada para evitar o desperdício de água e permitir a intensidade adequada à irrigação”, explicou.



Pesquisa e inovação: em encontro com Mercadante, estudantes cobram reajuste de 30% nas bolsas de mestrado e doutorado


Estudantes de pós-graduação entregaram na noite de ontem (20/1/2013) ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, uma carta de reivindicações. A principal demanda é o reajuste em 30% das bolsas de mestrado e doutorado oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Em 2012, houve um acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia para um aumento de 40% no valor das bolsas. No segundo semestre do ano passado, houve um reajuste de 10%. Os estudantes pedem a complementação do percentual.

O diretor de Políticas Educacionais da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e mestrando em História Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Lucas Machado, afirma que “sem que o pesquisador seja valorizado não tem como o Brasil projetar e organizar o seu desenvolvimento.” Segundo ele, “a valorização do pesquisador é questão fundamental para pensar estrategicamente a situação brasileira”.

O valor da bolsa de estudos é R$ 1.350, para mestrado, e R$ 2 mil, para estudantes de doutorado. “Qualquer pessoa em início de carreira pode ganhar mais do que o valor da bolsa, o que nos estimula a continuar na universidade? Tem que gostar muito mesmo de pesquisar”, afirma Tamara Naiz da Silva, tesoureira da ANPG. 

A entrega foi feita durante o 2º Encontro Nacional de Grêmios da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), evento sediado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) simultaneamente ao 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da União Nacional dos Estudantes (UNE).  Na manhã de ontem (20), o ministro conversou com os estudantes da UNE.

Com os secundaristas, na parte da tarde, o tema do debate foi a Lei de Cotas. “Se mais de 80% dos estudantes do Brasil são de escola pública, por que não 50% das vagas nas universidades serem destinadas a eles?”, questionou Mercadante arrancando aplausos dos cerca de 1,5 mil alunos presentes.

A estudante Isadora Faber, autora da página Diário de Classe, também participou do debate. Ela ficou conhecida por manter uma página na internet em que mostra os problemas e cobra melhorias na escola pública onde estuda, em Florianópolis.



Saúde: a canetada contra a obesidade infantil

Por Reinaldo Canto

Há quem afirme que se trata de intervenção do Estado, um problema a ser combatido por uma sociedade livre e soberana. Esses mesmos costumam alegar que a liberdade de expressão é um direito sagrado e não deve sofrer qualquer interferência governamental.

Isso pode ser verdade em determinadas circunstâncias, mas quando esse pseudo “direito” se sobrepõe mesmo a questões de saúde pública, aí merece ser questionado, ainda mais se essas ações “intervencionistas” visem à proteção da saúde das nossas crianças.

É exatamente o caso de dois projetos de lei, os PLs (1096/2011 e 193/2008) aprovados no final do ano na Assembleia Legislativa de São Paulo. Eles têm o objetivo de combater a obesidade infantil, um mal que já afeta 30% das crianças e pode até mesmo ser visto como verdadeira epidemia em nosso país.

O primeiro deles veta a comercialização de lanches com brindes e o segundo restringe a publicidade de alimentos não saudáveis direcionada a crianças.

Os pais conhecem bem essas questões: nossos filhos por vezes querem ir a lanchonetes conhecidas como fast food, cujos alimentos possuem baixo nível nutricional e alta presença de açucares e gorduras, apenas para adquirir um brinquedo.



Já o bombardeio incessante da publicidade em programas e canais infantis hipnotizam os pequenos para consumo daqueles biscoitos, doces e salgadinhos. Na hora das refeições se estabelece uma batalha desigual entre comidas saudáveis e naturais contra os mágicos pacotes de algo parecido com alimentos, oferecidos pelos coloridos e estimulantes anúncios da televisão.

Claro que existem outros fortes fatores contribuintes para o sobrepeso infantil, tais como o sedentarismo e os videogames, mas os controles propostos nos dois projetos de lei paulistas serão grandes aliados nessa luta caso sejam sancionados pelo governador Geraldo Alckmin.

Aliás, para que isso ocorra, o Instituto Alana, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, a Rede Nossa São Paulo e a Aliança pela Infância entre outras, lançaram uma petição online para que a população possa demonstrar seu apoio aos projetos e pressionem o governador paulista a assina-los até o dia 30 de janeiro. Ela está disponível em português e em inglês nesse link: http://www.change.org/SancionaAlckmin.

Caso São Paulo adote essas leis estará em ótima companhia, pois países europeus como Inglaterra, França e até vizinhos como Chile, além de cidades norte-americanas como São Francisco possuem leis semelhantes. Será uma grande inspiração para todo o país também enfrentar com seriedade o problema da obesidade infantil.

Governador, que tal começar bem a semana com uma “canetada” em favor de uma vida mais saudável e sustentável para nossas crianças?



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Educação e saúde: UnB, UFMA e UFTM firmam parceria para empresa pública administrar hospitais universitários

Três universidades federais firmaram ontem (17/1/2013) acordo de parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para a administração dos respectivos hospitais universitários: a Universidade de Brasília (UnB), a Universidades Federal do Maranhão (UFMA) e do Triângulo Mineiro (UFTM). De acordo com o portal do Ministério da Educação (MEC), a partir da assinatura do contrato, tem início a implantação de plano de reestruturação de cada hospital, a ser executado de forma conjunta entre universidade e empresa.

Além das três universidades, outras 14 instituições federais de Educação superior assinarão os contratos com a empresa nos próximos meses. A parceria deve proporcionar a recuperação da infraestrutura física e tecnológica e a recomposição do quadro de pessoal, um dos principais desafios da rede. Os profissionais serão contratados mediante a realização de concursos públicos e processos seletivos.

A Ebserh foi criada em dezembro do ano passado para administrar os recursos financeiros e humanos dos hospitais universitários. A empresa é vinculada ao Ministério da Educação e, pela lei que a criou em dezembro de 2011, trata-se de empresa pública de personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio. Os hospitais continuam academicamente subordinados às universidades, mas serão administrativamente independentes.

Atualmente, os 46 hospitais universitários vinculados a 32 universidades federais são responsáveis pela formação de grande número de profissionais médicos no país. Em determinadas regiões, são as unidades hospitalares mais importantes do serviço público de saúde e cumprem papel fundamental na consolidação do Serviço Único de Saúde (SUS), pois 70% das unidades são consideradas de grande porte e têm perfil assistencial de alta complexidade.



Produção cultural: Sesi promove novo módulo de workshop para o setor


O Sesi Cultural promove em fevereiro o Módulo III do Workshop de Produção e Gestão Cultural. São 60 vagas por unidade e a idade mínima para participar é 18 anos.

O curso é aberto a produtores, agentes culturais, estudantes de administração com interesse em gestão cultural e estudantes de cinema, teatro e música.

A próxima chance para participar será em 2 de fevereiro, das 9h às 18h, no Sesi de Duque de Caxias.

O Módulo III do Workshop de Produção e Gestão Cultural apresenta casos práticos no processo de enquadramento de projetos nas Leis de Incentivo a Cultura.

As aulas serão ministradas por Letícia de Souza, analista de Projetos na Fundação Roberto Marinho, que integra a equipe de produção executiva de conteúdo do Novo Museu da Imagem e do Som do Rio. As inscrições, de R$ 10, devem ser realizadas no local das aulas.

O Workshop de Produção e Gestão Cultural já contabilizou cerca de 850 participantes em todo o estado do Rio. Mais informações 0800 0231 231, ou envie um e-mail para cultura.arte@firjan.org.br.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Cursos técnicos: São mais de 5.100 vagas em 30 municípios do Paraná


O Senai-PR está inscrevendo para seus cursos técnicos de nível médio, que serão ministrados neste semestre. São mais de 5.100 vagas, em 30 municípios, para 26 cursos em áreas como automação, construção civil, automotiva, eletroeletrônica, metalmecânica, madeira e mobiliário, segurança do trabalho e têxtil e vestuário.


O Mapa do Trabalho Industrial 2012, realizado pelo Senai, mostra a intensa valorização, pelo mercado, de trabalhadores de nível técnico. O estudo aponta que o Brasil terá de formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível técnico e em áreas de média qualificação para atuarem em profissões industriais até 2015. No Paraná a demanda até 2015 é por 477,5 mil profissionais capacitados, o que corresponde a 6,7% de todo o país.

Podem participar jovens e trabalhadores que estejam no último ano ou que tenham concluído o ensino médio. As inscrições para o processo seletivo vão até amanhã (18/1/2013) e podem ser feitas diretamente na unidade do Senai ou via www.pr.senai.br/cursostecnicos. As aulas começam em 4 de fevereiro.

Em Curitiba e Região Metropolitana, há vagas nas unidades Boqueirão, Cidade Industrial e Jardim Botânico (capital), Araucária, Campo Largo, Paranaguá, Rio Negro e São José dos Pinhais.

Nos Campos Gerais, os estudantes podem se inscrever para cursos em Guarapuava, Irati, Jaguariaíva, Ponta Grossa, Telêmaco Borba e União da Vitória.
No Noroeste, há vagas para Campo Mourão, Cianorte, Maringá, Maringá-CTM, Paranavaí e Umuarama. Já na região Norte, as vagas são para cursos em Apucarana, Arapongas, Londrina, Rolândia e Santo Antônio da Platina.

Na região Oeste e Sudoeste, os estudantes podem se inscrever para cursos em Ampére, Cascavel, Dois Vizinhos, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Palmas, Pato Branco e Toledo.


Inovação tecnológica: Vitória sediará em junho Conferência da Anpei


A Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) promoverá de 3 e 5 de junho, em Vitória, a XIII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica 2013. O maior encontro anual sobre inovação nas empresas do país vai discutir o tema Inovação Competitiva e Aberta: Transformando o Brasil.

A Conferência Anpei abriu as inscrições para o Call for Cases, processo para colher e selecionar casos de sucesso referentes à inovação. A proposta é concretizar com exemplos práticas em pesquisa, desenvolvimento e inovação no Brasil entre empresas e instituições científicas e tecnológicas (ICTs). As inscrições poderão ser realizadas até 15 de março de 2013. As avaliações serão feitas por um grupo técnico e concluídas até 30 de abril.

Para participar do Call for Cases, preencha o formulário disponível na página oficial da Conferência e anexe resumo do caso




Cursos do Sesi-MS: Rede ainda inscreve para 2 mil vagas

A Rede Sesi de Educação em Mato Grosso do Sul oferece mais de 2 mil vagas nas modalidades de Educação infantil, ensino fundamental (1º ao 9º ano), ensino médio, ensino básico articulado com a Educação profissional (Ebep) e educação de jovens e adultos (EJA).

Os cursos serão ministrados nas escolas de Campo Grande, Corumbá, Dourados e Três Lagoas, de acordo com as demandas locais. Até o momento, as escolas já receberam mais de 1.800 matrículas de um total de 3.899 vagas. Os interessados têm até 31 de janeiro para garantir as vagas.

Segundo a gerente de Educação e cultura do Sesi-MS, Simone Figueiredo Cruz, a Rede promove a Educação integral. "Dessa forma, preparamos o aluno para atuar na sociedade, com capacidade de colaborar para a melhoria da qualidade de vida coletiva, pois uma boa formação resulta em boas oportunidades", disse.

O critério de idade para o ingresso na Educação infantil para o Pré I é a idade de 4 anos completos ou a completar em 2013, enquanto no Pré II a idade é de 5 anos. Já no ensino fundamental, o critério para o ingresso no 1º ano é de 6 anos de idade, sendo que do 2º ao 9ª ano será conforme transferência escolar, assim como também no ensino médio e Ebep. Para o EJA, o aluno deverá ter a idade mínima de 18 anos de idade completos no ato da matrícula.

Mais informações: Campo Grande, 67 3365-7861; Corumbá, 67 3234-3600; Dourados, 67 3416-4500; e Três Lagoas, 67 3929-3500.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Visualizações