terça-feira, 21 de maio de 2013

Inovação e competitividade: produtos de indústrias são atração em feira catarinense

 (Foto Marcus Quint)

Motor elétrico para automóveis (foto), modelo do avião monomotor Wega 180 e lancha do estaleiro Schaefer Yachts são alguns dos produtos catarinenses que estão expostos nesta semana, na Feira da Indústria, em Florianópolis.

O evento vai até sexta (24/5/2013), na sede do Sistema Fiec, em Florianópolis, durante a Jornada Inovação e Competitividade, na qual serão discutidos temas vitais à indústria. Ainda em exposição um veículo da BMW, que instalará uma unidade fabril em Santa Catarina nos próximos anos.

A Feira da Indústria, que é aberta ao público, reúne produtos dos setores de alimentos, têxtil e metalmecânico, além de serviços das áreas portuária, de energia e financeira. Entre os atrativos estão o avião monomotor desenvolvido pela Wega Aircraft, de Palhoça, destaque na feira especializada Sun'n Fun, em Lakeland, nos Estados Unidos. O sistema de motorização veicular desenvolvido em parceria entre o Senai e a Weg, em Jaraguá do Sul, também está em exposição. A Schaefer Yachts, que possui unidades em Biguaçu e Palhoça, e a BMW, que se instalará em Araquari, também apresentam sua linha de produtos.

A segunda edição da jornada conta promove debates sobre qualidade de vida, Educação, inovação, tecnologia e ambiente para negócios.

Tecnologia e inovação serão temas abordados nesta quarta (22/5/2013), com cases indústria local. As palestras serão apresentadas pelo empresário Marcio Schaefer, da Schaefer Yachts; Marcos Marques, sobre incentivos fiscais à inovação; Sérgio Roberto Arruda, sobre institutos de inovação e o Senai; e Marco Aurélio Lobo, da Apex Brasil, sobre a promoção internacional da criatividade brasileira.

Interessados em participar podem se inscrever no www.fiescnet.com.br/jornada. A TV Indústria SC está com cobertura diária do evento, via http://www.tvindustriasc.com.br. A rodada de palestras não tem custo e pode ser feita separadamente para cada dia, de acordo com o interesse de cada participante. Mais informações pelo telefone 0800 48 1212.



quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pesquisa e inovação: parte dos recursos em tecnologia ainda vai para difusão e não para inovação, diz diretor do BNDES


O diretor das Áreas Industrial e de Mercado de Capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Julio Ramundo, disse nesta terça (14/5/2012) que 49,2% dos recursos aplicados em tecnologia no país vão para difusão e não para a inovação tecnológica, como arma de competição, liderança e diferenciação.

“Normalmente, a gente está falando de incorporação de base técnica e tecnológica por meio de máquinas e equipamentos”, disse o diretor, ao participar do 25º Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), na sede do banco.

Em relação aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento por parte das empresas privadas, dados da Pesquisa de Inovação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008, apontam nível de 0,53% no Brasil, contra 1,08% na China e 0,76%, em Portugal, por exemplo. “O Brasil está no escanteio do seu campo de defesa”, comparou Ramundo.

Recentemente, o governo federal lançou o Programa Inova Empresa, que tem por meta induzir o investimento empresarial em inovação tecnológica. A ideia é contribuir para aumentar da produtividade e da competitividade da economia. O Inova Empresa vai priorizar projetos com maior risco tecnológico e buscar uma coordenação entre todos os agentes de financiamento e os instrumentos de apoio. O BNDES integra a iniciativa.

”Investir em pesquisa e desenvolvimento e em inovação é o desafio das empresas brasileiras no momento”, disse o diretor.

De acordo com Ramundo, os financiamentos concedidos pelo BNDES para projetos de inovação passaram de R$ 33 milhões, em 2003, para cerca de R$ 2,23 bilhões, no ano passado. Um levantamento do banco mostra que para cada R$ 1 do banco, outros R$ 4 são aplicados por coinvestidores. 

Desde 2007, a instituição ampliou a participação nos projetos inovadores de empresas nacionais por meio da criação de fundos de capital de risco. “Hoje, o BNDES tem participação indireta em cerca de 204 empresas, sendo que a maioria inova em seu modelo de negócio. São empresas inovadoras”. Em 2007, eram 70 empresas.



A Educação que funciona: escola pública do interior da Paraíba é destaque na Olimpíada Brasileira de Matemática

Ensinar matemática com atividades do cotidiano, como fazer compras na feira e medir ingredientes para uma receita, é a chave do sucesso da professora de matemática Jonilda Alves Ferreira para despertar o interesse dos alunos pela disciplina. Com esse método, a professora tornou a Escola Municipal Cândido de Assis Queiroga, da cidade de Paulista, na Paraíba, com cerca de 12 mil habitantes, um destaque nas últimas edições da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.

Na edição de 2012, a escola teve cinco medalhas de ouro, duas de prata, três de bronze e 12 menções honrosas. “Coloco os alunos para vivenciar a matemática”, resume Jonilda. A professora contou que sofria quando chegava à sala de aula e via os estudantes repudiando a disciplina. Foi quando decidiu que era preciso mostrar aos alunos que aprender a matemática pode ser prazeroso. “Fazer com que os alunos gostassem da disciplina era o meu maior desafio”, revelou.

Jonilda resolveu que iniciaria os conteúdos de matemática pela parte prática. Assim, quando chegasse à teoria, já teria despertado o interesse dos alunos. A feira, a pizzaria e a cozinha foram locais escolhidos pela professora da Paraíba para ensinar.

Na cozinha da escola, os alunos medem ingredientes para preparar receitas e aprendem conceitos de proporção. Na ida à pizzaria, recebem a lição sobre fração ao dividir os pedaços da pizza que depois vão comer. Uma feira livre também é cenário das aulas. A professora conta que chegou a levar 35 alunos à feira para fazer compras com um valor em dinheiro pré-determinado. Na aula de geometria, os estudantes tiram medidas da escola para calcular área e perímetro.

A olimpíada foi mais um estímulo para despertar o interesse pela disciplina. Desde a primeira edição, em 2005, a escola de Paulista se inscreve, mas a primeira medalha só veio em 2009, de bronze. Foi ai que estudantes e professores viram que seria possível conquistar mais e chegar ao ouro. O primeiro ouro veio em 2010.

O filho da professora, Wanderson Ferreira, que hoje tem 12 anos, já tem duas medalhas de ouro. Ele ganhou uma bolsa para estudos, mas quer conquistar mais uma medalha antes de aceitar o incentivo. Já inscrito na edição de 2013, o estudante pretende estudar em média seis horas diárias.

“O que vale mais é o aprendizado. Quero fazer arquitetura e engenharia, e saber matemática vai me ajudar muito”. O fato de ter uma mãe professora que incentiva tantos alunos a aprender matemática é fundamental, segundo ele. “É muito bom não ter a escola só de manhã, ter a escola durante o dia inteiro”, diz.

Uma das medalhistas de ouro de 2012, Daniele Mendes da Silva, de 13 anos, conta que o estudo é intensificado com a proximidade da olimpíada, quando a professora dá aulas também na própria casa. “Tínhamos aula normal de manhã na escola, à tarde estudávamos entre amigas e à noite tínhamos aulão com a professora Jonilda na escola. Tivemos outras preparações na casa da professora também. Com esse método dela, fica tudo mais interessante”, diz, ao relatar a preparação para a edição de 2012.

Para a estudante do 8° ano do ensino fundamental, o aprendizado irá fazer diferença no futuro. “Além de adquirir conhecimento para a vida, isso influencia muito para adquirir emprego e para toda a carreira profissional da gente”, diz Daniele.

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas busca estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área. Em 2012, cerca de 19 milhões de alunos se inscreveram e 99,4% dos municípios brasileiros estiveram representados. Além das medalhas de ouro, prata e bronze, também há distribuição de bolsas de iniciação científica para os alunos.

Este ano, as provas da primeira fase da competição serão aplicadas no dia 4 de junho, em horário a ser definido pela própria escola. Os alunos com melhor desempenho serão classificados para a segunda etapa, que ocorrerá no dia 14 de setembro. A divulgação dos vencedores da olimpíada será feita no dia 29 de novembro. A expectativa é que 20 milhões alunos participem da competição este ano.



Financiamento da Educação: dirigentes municipais defendem mudanças no PNE


Dirigentes municipais defenderam mudanças no Plano Nacional de Educação (PNE), em ato realizado durante evento na Costa do Sauípe, na Bahia. Com cartazes com a frase “Cadê PNE? PNE pra Valer”, os mais de mil participantes do 14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) pediram uma revisão das alterações apresentadas pelo relator da proposta no Senado Federal, senador José Pimentel (PT-CE).

A Undime e outras entidades assinaram uma carta de posicionamento e pedem que o investimento público seja feito no ensino público. O parecer altera a redação aprovada na Câmara e registra “investimento público em Educação”, não especificando assim que a aplicação dos recursos ocorra apenas na Educação pública.

Segundo o documento, o novo texto amplia iniciativas como os programas ProUni e o Pronatec e  prevê que “a expansão de vagas se dará por eles, ou por iniciativas similares de parcerias público-privadas ainda não discutidas, o que é ainda mais preocupante e temerário, haja vista que o PNE é um instrumento do Estado brasileiro, com abrangência superior e anterior aos mandatos dos governos”.

“Queremos que seja delimitado o que significam esses programas. Delimitar o número de matrículas que temos hoje e qual deve ser a expansão. O que não pode ser feito é deixar a porta aberta”, explicou o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara. A rede reúne mais de 200 grupos e entidades de todo o país e também assina a carta de posicionamento. Segundo Daniel Cara, está agendada para a próxima semana uma reunião com o ministro da Educação para discutir alterações no PNE.

Outro ponto defendido na carta é a alteração feita no prazo para a implementação do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi). O texto aprovado pela Câmara dos Deputados exigia a implementação do CAQi após dois anos de vigência do PNE. O relatório entregue por Pimentel estabelece que o Ministério da Educação (MEC) terá de definir o CAQi no mesmo período.

O CAQi é um mecanismo aprovado em Conferência Nacional de Educação e pelo Conselho Nacional de Educação. Pela tabela de 2009 – ano-base do PNE –, deveriam ser investidos em um aluno na creche R$ 6.450,70. O valor supera o montante de R$ 1,8 mil investido no Nordeste por criança que cursava a etapa no período, segundo dados da Undime apresentados por Daniel Cara.

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação diz que a redação faz toda a diferença. “Não podemos abrir mão do CAQi. Não vale só ter o recurso, tem que ter a forma certa de aplicar esse recurso e o CAQi garante isso”. Além disso, o mecanismo é uma forma de garantir o investimento dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. Seguida a tabela de investimento por aluno, o montante a ser investido no setor alcançará a porcentagem, segundo Daniel Cara. “Mesmo supondo que sejam retirados os 10%, o CAQi é uma forma de garanti-lo.”



quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cidadania: Meninos de rua

Por Conceição Cinti*

Ao contrário dos meninos ricos que na maioria das vezes se perdem dentro de suas próprias mansões pela falta de limites e excesso de riqueza, os meninos pobres do Brasil se perdem nas ruas à míngua e ignorados muitas vezes por aqueles que têm o dever de acolhê-lo, com ele se envolver, se importar e cuidar, afinal, é para isso que recebem dos cofres públicos.

Completamente abandonados e à mercê da sorte são despojados de todos seus direitos diante de uma sociedade preconceituosa, egoísta e nada solidária. A imagem de menino que não tem valor muitas vezes é reforçada pela mídia populista e, o mais grave, com a permissão do Poder Público é achincalhado com palavras de ordens do tipo: “monstros, irrecuperáveis, prisão perpétua ou morte é o mínimo”.

Vulneráveis, essas crianças e adolescentes são levados e colocados à disposição do Poder Público e, ao invés de serem acolhidos, lhes subtraem a essência do ser humano. É por essa razão que às vezes olhamos para uma criança que cronologicamente ou biologicamente é uma criança e já não vemos nela um menino ou uma menina, pois tudo que conseguimos enxergar é um ser repulsivo ao convivo social e rejeitado.

Para que se possa olhar e enxergar uma criança em alguém que já foi mutilado na sua dignidade é necessário que tenhamos a responsabilidade e a sensibilidade de identificar na sua alma as feridas causadas pela indiferença de uma sociedade egoísta e posteriormente destroçada por um Poder Público deliberadamente fraco e inoperante no cumprimento de sua obrigação de acolher e tratar meninos e meninas, tendo em vista a falta de compromisso com a dignidade humana das pessoas de baixa renda que são a maioria das crianças e adolescentes presos desse imenso país pobre.

O documentário denominado “Meninos de Rua” (veja o vídeo abaixo) demonstra a trajetória das crianças que viviam nas ruas de Belo Horizonte (MG) nos anos de 1980. Já se passaram 23 anos dos episódios retratados nesse documentário e apenas recentemente as autoridades brasileiras admitiram a epidemia de drogas no Brasil, fazendo alguma mobilização para combater essa situação e cujos resultados, na prática, ainda são ínfimos em relação a grande demanda de dependentes.



Portanto, é forçoso reconhecer que o mais provável é que o número de crianças mortas durante essas décadas de indiferença do Governo esteja além do que se possa imaginar. Além disso, o elevado número de meninos e meninas em tenra idade dependentes de drogas continua sendo uma realidade apesar dos esforços do poder público para suprimir deliberadamente as estatísticas que comprovam esta situação que persiste em acontecer porque pouca coisa ou quase nada foi construído para acolher essas crianças e adolescentes além de mais unidades de cumprimento de medidas socioeducativas.

O Colégio Salesiano, de Minas Gerais, já entendia naquela época que esse assunto requer a solidariedade de todos para que possamos salvar nossas crianças, o futuro do Brasil. Contudo, a situação de Minas Gerais é apenas um fragmento do descaso, da desumanidade com as crianças e adolescentes brasileiros de baixa renda em todos os Estados da nossa Federação. Essa situação vem sendo denunciada por mim como “O Holocausto Brasileiro”, onde crianças, adolescentes e jovens são mortos todos os dias sem que nenhuma providência seja tomada para evitar esse morticínio.

É dever salientar que temos grandes dificuldades para levantar estatisticamente o número desses desvalidos menores de 15 anos, que se iniciam nas ruas como dependentes químicos e posteriormente se envolvem com a criminalidade para custear sua dependência. Por essa razão, esse documentário produzido por pessoas idôneas, como é o caso da direção dos Salesianos e da pessoa de Dom Bosco, é de extrema relevância para que possamos tomar como base concreta para defender esses meninos que vivem à margem de todos os seus direitos.

Nas estatísticas oficiais constam apenas menores, a partir de 15 anos de idade. Porém salta aos olhos, que apesar das mortes precoces virem acontecendo a décadas é grande em todos os Estados da Federação o números de crianças comprometidas como o uso de drogas e trabalhando para o tráfico de drogas, que podemos até dizer que no mundo contemporâneo, se tratar da modalidade mais perversa do trabalho escravo, como tão claramente nos elucida outro documentário igualmente relevante denominado ” Falcão, meninos do tráfico”, produzido por iniciativa (privada) e com a participação do Rapper MV Bill.

Para combatermos e dominarmos uma endemia necessitamos de um diagnóstico real, transparente, para podermos utilizar todas as estratégias necessárias e adequadas à situação a fim de atingirmos o controle da realidade e só assim ter condições reais de combater com eficiência e obter sucesso.

Portanto, ao sonegar informações a respeito da real situação do comprometimento de crianças entre seis e dez anos de idade em situação e risco iminente de mortes violentas em razão das drogas não é apenas vergonhoso para o país, mas se constitui um crime grave contra essa parcela indefesa da população, o que torna necessária uma investigação por parte do CNJ e demais organizações, inclusive internacionais, para que cesse o horror do que venho denominando de “O Holocausto Brasileiro”.

Das ruas, esses meninos e meninas de baixa renda, dependentes químicos e já em confronto com a lei, e sobre os quais o Poder Público não mantém deliberadamente um rígido controle sobre quantos são de fato, têm seus destinos traçados nessas instituições públicas em total vulnerabilidade e à disposição do Poder Público, ao invés de serem acolhidos e recuperados.

* Advogada e educadora. Precursora da Educação Restaurativa. Especialista em Tratamento de Dependentes em Substâncias Psicoativas e Delinquência Juvenil, com experiência de mais de três décadas. Palestrante e autora do www.educacaorestaurativa.org.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Meio ambiente e urbanismo: Curitiba é a primeira cidade do país a produzir ônibus elétrico


A capital do Paraná, Curitiba, é pioneira no país na produção de ônibus elétricos para transporte coletivo. Estão em operação no município 30 veículos hibribus, ônibus movidos por dois motores, um deles abastecido por energia elétrica e outro, por biodiesel. Esse é o primeiro ônibus híbrido produzido pela Volvo no Brasil, por encomenda da prefeitura de Curitiba. O investimento, porém, foi feito pelas empresas privadas do setor de transporte urbano.


A operação desses veículos começou em setembro do ano passado em linhas alimentadoras, que têm muitas paradas. Segundo informou à Agência Brasil a assessoria da empresa Urbs-Urbanização de Curitiba, responsável pelas ações estratégicas de planejamento, operação e fiscalização que envolvem o serviço de transporte público na capital paranaense, o ônibus híbrido é mais eficiente quanto maior for o número de paradas, porque a cada frenagem ele recarrega a bateria.

Além de ser menos poluente, o ônibus elétrico é silencioso, porque o motor elétrico é usado no arranque, etapa que provoca mais barulho nos ônibus convencionais. O silêncio é uma das vantagens que o ônibus elétrico apresenta em relação aos veículos convencionais, além do conforto que oferece ao motorista e aos passageiros, ressaltou o condutor José Osnir, da Auto Viação Marechal, que dirige um desses ônibus. “É bem melhor que os outros ônibus (convencionais) porque o sistema de câmbio é automatizado. É silencioso e confortável. Cansa menos. E o pessoal (passageiros) está gostando”, disse à Agência Brasil.

O motor a biodiesel entra em funcionamento em velocidades superiores a 20 quilômetros por hora, e é desligado quando o veículo está parado. O ônibus consome 35% menos combustível e mostra redução de 35% na emissão de gás carbônico, em relação a veículos com motores Euro 3 (norma europeia para controle da poluição emitida por veículos motores). Oferece também redução de 80% de óxido de nitrogênio (NOx) e de 89% de material particulado (fumaça).

O hibribus foi lançado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho de 2012 no Rio. Atualmente, os 30 ônibus híbridos percorrem cinco linhas, uma circular e quatro convencionais, bairro a bairro, que cortam toda a cidade. Essas linhas juntas transportam cerca de 20 mil passageiros/dia. Os ônibus elétricos têm capacidade para 85 passageiros cada.

No Rio de Janeiro, foi publicado no Diário Oficial do dia 16 de abril decreto criando o GT Veículos Elétricos. Trata-se de um grupo de trabalho que irá avaliar a implantação de uma fábrica de veículos elétricos no estado. O GT será coordenado pelo Programa Rio Capital da Energia, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeis). A próxima reunião do grupo está programada para a primeira semana de maio.

Várias secretarias estaduais terão representantes nesse grupo, além empresas Nissan do Brasil, Petrobras, Light, Ampla e a Agência de Promoção de Investimentos do Rio de Janeiro (Rio Negócios).

A Coordenadora do Programa Rio Capital da Energia, Maria Paula Martins, informou à Agência Brasil que a ideia do grupo de trabalho é estudar a infraestrutura necessária para viabilizar o uso de carros elétricos no Rio. “A partir desse estudo é que seria viabilizada conjuntamente uma fábrica da Nissan, que vai produzir carros elétricos. A Nissan é pioneira nesse tipo de veículos no mundo. O governo do estado não teria participação nessa fábrica. O investimento é privado”, disse ela.

Os investimentos se aproximam de R$ 400 milhões. Maria Paula destacou que ainda não há uma localização ideal prevista para a construir a fábrica. ”Essa localização só será identificada a partir dos estudos que demonstrarem a infraestrutura necessária a ser implementada”. Poderão ser concedidos incentivos pelo governo fluminense nos mesmos moldes dos que foram dados a outras montadoras, como o financiamento de parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) durante o período do investimento.

Para a coordenadora do Programa Rio Capital da Energia, a principal vantagem que o veículo elétrico apresenta é que não é poluente, não consome um combustível fóssil, não emite gases, é silencioso e pode ter um custo competitivo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financia de forma diferenciada a aquisição de ônibus híbridos e elétricos produzidos no país, dentro da linha Finame, voltada para a compra de máquinas e equipamentos nacionais. Esse tipo de veículo começou a ser financiado pelo banco em 2012. De lá para cá, as operações aprovadas somam empréstimos no valor de R$ 140 milhões. Não há limite estabelecido para os financiamentos à compra desses veículos pelas empresas, informou a assessoria de imprensa do BNDES.





Mercado de trabalho: cadeia do leite é a que mais evita o êxodo rural, mas precisa de qualificação


A cadeia produtiva do leite tem características peculiares, que fazem com que seja importante sua manutenção e crescimento no Rio Grande do Sul. A necessidade de grande número de profissionais e familiar faz com que sua produção esteja presente em mais de 120 mil estabelecimentos familiares no estado. Sua produção também exige proximidade e aumenta a integração da cadeia, concentrando todos os elos da produção na mesma região.

Produção de leite e derivados exige trabalho 365 dias por ano (Foto Expointer 2012 Divulgação)

“A cadeia produtiva do leite é muito exigente em mão de obra, 365 dias por ano. Não é adequada para o meio patronal. É mais adequada à agricultura familiar. E a agricultura familiar é muito importante onde tem estrutura fundiária mais democrática”, explica o economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Carlos Paiva.

Produção de leite e derivados exige trabalho 365 dias por ano (Foto Expointer 2012 Divulgação)

A participação da cadeia produtiva do leite no Produto Interno Bruto do estado está em cerca de 3%, “bastante expressiva”, segundo Paiva. De acordo com o IBGE, o Rio Grande do Sul é o segundo estado em produção de leite no país. Em 2011, foram produzidos 4 bilhões de litros – 12,5% da produção nacional – que geraram R$ 6 bilhões.

Em 2012, de acordo com João Milton Cunha, coordenador da câmara setorial do leite da Secretaria Estadual de Agricultura, a cadeia do leite respondeu por 2,13% do PIB gaúcho. Ele também destaca que está comprovada ser a atividade que mais fixa o homem no campo. Além disto, está presente em 90% dos municípios do Rio Grande do Sul.

Cadeia leiteira precisa de qualificação
Apesar dos números positivos, Paiva acredita que é preciso mais estímulos. Do contrário, há a opção cada vez maior pela produção da soja, em detrimento do leite, além de se manter uma produção de baixa qualidade. “A soja está explodindo em demanda, o preço é muito elevado, mas ela vai à granel para a China. Os chineses não querem comprar a soja já beneficiada, eles fazem óleo de soja e tofu melhor que nós. Ao menos parte da cadeia leiteira precisa ser beneficiada no local. Ela fomenta a indústria local, a soja não. Tem que ter ação do Estado para a cadeia leiteira”, afirma.

Segundo Paiva, é preciso qualificar a questão da sanidade e de formação profissional. Também é preciso melhorar a qualidade dos produtos derivados do leite. “A gente não produz queijos finos”, exemplifica. Ele afirma que não há uma política para a qualificação da indústria de lácteos, apenas isenções fiscais, e afirma que atividades que são a vocação natural do estado precisam ser priorizadas. “Atividades como as do Polo Naval são importantes, mas é incerto por quanto tempo serão competitivas. O leite é uma vocação natural do estado”, compara.

Clique aqui para ler na íntegra a reportagem publicada no Sul 21.


Professor e o mercado de trabalho: pesquisa da USP mostra desinteresse de alunos em seguir o magistério

Foto Divulgação

Pesquisa feita na Universidade de São Paulo (USP) mostra que metade dos alunos de licenciatura nas áreas de matemática e física não pretende ou tem dúvidas quanto a seguir a carreira de professor de Educação básica. Dos que cursam licenciatura em física, 52% não pretendem ser professores ou tem dúvidas. Em matemática, o percentual é 48%. A pesquisa ouviu 512 estudantes recém-ingressantes da USP, incluindo também alunos de pedagogia e medicina.

A pesquisa Atratividade do Magistério para a Educação Básica: Estudo com Ingressantes de Cursos Superiores da USP, da pedagoga e mestre em Educação pela Faculdade de Educação da USP Luciana França Leme, selecionou as duas disciplinas de licenciatura em função da escassez de professores nas áreas de exatas. A estimativa do Ministério da Educação (MEC) é que o déficit de professores nas áreas de matemática, física e química seja de cerca de 170 mil.

A baixa remuneração do magistério, as más condições de infraestrutura das escolas e o desprestígio social da profissão estão entre os motivos apontados pelos estudantes para a falta de interesse em seguir a carreira. Segundo a pedagoga, a dificuldade de implementar em sala de aula o ensino da matemática e da física e a concorrência com profissões como as do mercado financeiro também afastam das salas de aula quem se forma nessas áreas.

“Pesquisados disseram que escolheram o curso porque gostam de matemática e física. Mas gostar é uma coisa, outra é o ensino dessas matérias que engloba habilidade como o pensar a matemática, as ciências, e saber ensinar a matemática e verificar como o aluno está aprendendo”, destacou. “Outro fator é o mercado de trabalho. Um aluno formado na USP, nessas disciplinas, pode trabalhar com pesquisa, pós-graduação, no mercado financeiro. A profissão de docente acaba concorrendo com outras opções”, disse Luciana. A questão de gênero também é apontada pela pesquisadora. “Física e matemática tem muitos alunos homens e as mulheres seguem mais a carreira de professor.”

Na avaliação da pesquisadora, reverter esse quadro de desinteresse pelo magistério requer um plano de atratividade com metas claras e de longo prazo. “É importante uma articulação de vários fatores, igualar os salários com os de profissionais com a mesma formação, reconhecimento e fortalecimento profissional, e despertar o interesse pela profissão ao longo da vida estudantil”, disse.

A carência de professores nas áreas de exatas como matemática, física, química e biologia é uma preocupação do MEC que elabora um programa para, desde o ensino médio, atrair os estudantes a seguirem o magistério nessas áreas. O programa terá oferta de bolsas de auxílio e parceria com universidades, como adiantou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, em abril.



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Educação integral: Projeto do Sesi-SP inaugura 9ª escola somente neste ano


Ensino fundamental em tempo integral, com os alunos permanecendo na escola nos períodos da manhã e tarde participando de vivências complementares de esporte, arte, cultura e tecnologia, além das refeições diárias compostas de café da manhã, almoço e lanche da tarde.

Em síntese, esta é a metodologia do sistema Sesi de São Paulo de ensino, aplicada em todas as
escolas da organização. Tudo engloba processos de ensino, aprendizagem e pesquisa, na concepção educacional pela qual toda criança ou adolescente é capaz de aprender se lhe forem oferecidas boas situações de aprendizagem. Outro diferencial é o material didático desenvolvido exclusivamente pelo Sesi-SP.

Este projeto acaba de chegar ao município de Pirassununga, a 200 quilômetros da capital paulista. A nova unidade educacional do Sesi de São Paulo – a nona inaugura somente no ano de 2013 – vai beneficiar 1.094 crianças e jovens. São 463 vagas no ensino fundamental em tempo integral e 192 no ensino médio articulado coma Educação profissionalizante, a cargo do Senai-SP.

A escola ainda conta com áreas de convivência,
biblioteca, laboratórios, ambientes multidisciplinares
e quadra poliesportiva coberta (Foto Everton Amaro-Fiesp)


Para o presidente do Sistema Fiesp, Paulo Skaf, a Educação de qualidade se faz com professores capacitados e satisfeitos. “Dedicar-se inteiramente a projetos educacionais é de uma satisfação incomensurável”, afirmou Skaf, destacando que “Brasil sustentável só é possível com ensino de qualidade”.

A escola do Sesi Pirassununga conta com 16 salas de aula, duas áreas de convivência, biblioteca escolar com acervo atualizado, laboratórios de informática educacional, de ciência e tecnologia, de química e biologia e de física. Há ainda salas multidisciplinares, de artes cênicas, de atendimento aos pais, cozinha e refeitório e quadra poliesportiva coberta.

No ensino fundamental em tempo integral, os alunos permanecem o dia todo na escola realizando vivências complementares de esporte, arte, cultura e tecnologia, além das refeições diárias compostas de café da manhã, almoço e lanche da tarde.

Somente este ano já foram inauguradas oito unidades do Sesi nos municípios de Presidente Epitácio, Mococa, Tambaú, Guararapes, Votuporanga, Vinhedo, Americana e Bragança Paulista e uma do Senai, em Ourinhos.



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Graduação tecnológica: Faculdade Senai-RS tem novos cursos com diferencial para o mercado


A Faculdade Senai de Tecnologia Porto Alegre está com as inscrições abertas para três novos cursos de graduação, cujo vestibular será em 15 de junho. Os novos cursos de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Redes de Computadores e Sistemas Embarcados se juntam aos de Automação Industrial e de Sistemas de Telecomunicações. A Faculdade ficou entre as cinco mais bem conceituadas pelo Ministério da Educação no Rio Grande do Sul, no último recredenciamento, em fevereiro. As inscrições vão até 11 de junho, e podem ser feitas em www.senairs.org.br/vestibular. A Faculdade disponibiliza computadores para inscrições presenciais, no período das 8h às 21h de segunda a sextas-feiras. O custo da inscrição é R$ 30.

Diferencial
A Faculdade do Senai do Rio Grande do Sul oferece ainda acesso gratuito a curso de inglês, produção textual e nivelamento de matemática para todos alunos, além do programa CCNA integrado ao currículo dos cursos de Sistemas de Telecomunicações e Redes de Computadores, visando à preparação do aluno para a Certificação Cisco.

O tecnólogo é um profissional de nível superior com habilidades e competências requeridas pelo mercado. Ele é formado em graduação tecnológica (regulamentada pelo MEC) que o habilita para concursos, pós-graduação, emprego e empreendedorismo.



quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cursos gratuitos: são mais de 3.700 vagas na Bahia


O Senai da Bahia vai abrir na próxima segunda (29/4/2013) seu processo seletivo para preenchimento de 3.790 vagas nos cursos de aprendizagem industrial de nível básico. Os interessados terão até o próximo 15 de maio para se inscreverem, exclusivamente pela internet, respeitando o limite máximo de dez inscrições por vaga.

Todos os cursos são gratuitos e não há taxa de inscrição para o processo seletivo. As provas serão realizadas em 26 de maio de 2013.


terça-feira, 23 de abril de 2013

Qualificação profissional: jovens de oito municípios paulista ganham mais de 60 cursos


Município localizado a 370 quilômetros de São Paulo, capital, Ourinhos acaba de ganhar um novo centro de treinamento do Senai-SP. Com 2.500 metros quadrados, a unidade de ensino profissionalizante e tecnológico é composta por oficinas e laboratórios, nos quais serão ministrados mais de 60 cursos. As áreas são: automação, eletroeletrônica, vestuário, segurança no trabalho, tecnologia de informação e outras. 

O centro de Ourinhos também vai beneficiar indústrias e comunidades de oito municípios da região: Canitar, Chavantes, Salto Grande, Ribeirão do Sul, Pirajú, Ibirarema, Campos Novos Paulistas e Palmital (Foto Everton Amaro/Sistema Fiesp)

De acordo com a Associação das Indústrias de Ourinho e Região (Aior), se sobressaem economicamente os setores de açúcar e álcool, óleo de soja, ovos, leite, destilado de cana e café. Dois distritos industriais abrigam empresas já consolidadas e em fase de implantação. Para a associação, a localização estratégica e a malha rodoferroviária são favoráveis tanto para quem produz como para quem distribui riquezas. “Essa logística faz de Ourinhos o autêntico Portal do Mercosul, oferecendo vantagens naturais aos potenciais investidores”, destaca a Aior.

O Senai de Ourinhos está preparado para recebe cerca de 1.350 alunos e, segundo estimativa da organização, aproximadamente 85% dos alunos egressos estão empregados. Números comemorados pela prefeita da cidade, Belkis Fernandes, que destacou a importância dos investimentos realizados na área da Educação pelo Sesi-SP e pelo Senai-SP para o desenvolvimento social e econômico das cidades do interior. Skaf destacou ainda que “milhares de alunos passam por estas escolas e têm mais oportunidade na vida, conseguem melhores empregos, melhores salários, têm mais autoestima”.

Como a aluna do curso de eletromecânica, Nathália Ramos Marques. Atenta ao mercado de trabalho, Nathália aposta que o curso do Senai-SP será um diferencial no seu currículo na hora de buscar o seu primeiro emprego: “Aqui eu aprendi coisas que nunca imaginei. Essa área vai me abrir vários parâmetros para escolher o que eu vou fazer do meu futuro.”

Para Ingrid Fernanda de Souza Bezerra, colega de curso de Nathália, a principal lição que levará do Senai para a sua vida é a importância do companheirismo e do trabalho em equipe: “A gente aprende aqui que você depende muito do seu parceiro para concluir o trabalho, não é uma coisa individual. Quando você aprende a trabalhar em equipe e ser companheira, você cresce muito mais”.

Fonte Sistema Fiesp


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