quinta-feira, 18 de julho de 2013

Inovação e biodiversidade: livro divulga ações de 10 líderes empresariais sustentáveis

“Manaus está à frente das ideias sustentáveis, pois concilia o desenvolvimento econômico com o respeito à floresta e sua biodiversidade, resultado do Modelo Zona Franca que incentiva a indústria a resguardar 98% de sua área verde”. A afirmação é do presidente da Revista Ideia Sustentável e autor do livro Conversas com Lideres Sustentáveis, da editora Senac-SP, de 2011, Ricardo Voltolini.

Voltolini esteve em Manaus no início deste mês (1/7/2013) para sediar o quarto Encontro Regional Plataforma Liderança Sustentável. No encontro, o autor apresentou dez exemplos de empresas que compõe os capítulos do livro Conversas com Líderes Sustentáveis, destacando as iniciativas de transformação através de ideias sustentáveis. “O objetivo é inspirar líderes da região para realizar mudanças que busquem a sustentabilidade. Mostramos como empresários de referência agem, pensam e em que valores acreditam”.

A Amazônia é a maior reserva de biodiversidade do mundo e o maior bioma do Brasil – ocupa quase metade do território nacional. Esse bioma cobre totalmente o Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, quase totalmente Rondônia e parcialmente Mato Grosso, Maranhão e Tocantins (Ilustração portal brasil.gov.br)

O presidente da Natura, Alessandro Carlucci, e o vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Whirlpool para a América Latina, Armando Ennes do Valle Jr, também compartilharam experiências de como gerir negócios sobre o tripé de ações econômicas, ambientais e sustentáveis.

De acordo com Carlucci, a maior ênfase dos negócios da Natura é utilizar de forma inovadora e sustentável o potencial da biodiversidade da Amazônia em seus cosméticos e produtos. Tudo a partir de três iniciativas: investimentos na inovação, fortalecimento das cadeias de extração e o fortalecimento institucional. “Lembro que as atividades realizadas pela empresa visam à sustentabilidade da sociedade e do meio ambiente”.

“Estamos na Região Amazônica a mais de 30 anos e procuramos trabalhar com os ingredientes locais, da natureza, em parceria com o povo daqui, agregando em nossos produtos um pouco da sabedoria e da essência dessas comunidades regionais. Essa ação ganhou reforço desde o ano passado quando inauguramos um centro de inovação em Manaus que veio para estimular e integrar a inovação no Estado do Amazonas e do Norte do Brasil”, explicou Carlucci.

Armando do Valle Jr revelou no encontro que a Whirlpool olha a sustentabilidade de forma ampla, observando desde a cadeia de fornecedores. A empresa acompanha os processos de produção e fornecimento de matéria prima e insumo, identificando se há problema que fuja à sua política de ser responsável social e ambientalmente. A medida possibilita a reeducação de empresários e líderes, tornando-os gestores que contribuem com a missão da Whirlpool no mercado, fortalecendo seu valor, fazendo a diferença e sendo sustentável.

“O conceito de sustentabilidade na Whirlpool é vinculado aos planos financeiros e sociais. A cada três meses uma equipe de líderes da empresa se reúne para grandes discussões sobre os negócios, ações sociais e de meio ambiente”, disse Valle Jr.

Como exemplo de sucesso, o empresário apresentou projeto que já beneficiou mais de 30 mil mulheres de baixa renda, capacitando-as para exercer uma atividade profissional que lhe devolva sua autoestima e que traga o retorno financeiro à renda familiar.


Fonte Sistema Fieam


Sustentabilidade: iniciativa internacional busca incrementar agricultura para garantir a segurança alimentar

Um grupo de 25 cientistas do mundo inteiro terá dois anos para fazer pesquisas e relatar experiências concretas que conciliem a produção agropecuária sustentável para garantir a segurança alimentar mundial. A iniciativa, lançada em 12/7/2013, pretende unir pesquisadores, governos e empresas em torno do bem comum.

De acordo com Emile Frison, diretor-geral da Bioversity Internacional, organização de pesquisa sem fins lucrativos com sede em Roma, que lidera o projeto, a novidade da Agriculture and Conservation Initiative é a união entre pesquisadores de sustentabilidade e dos setores produtivos para buscar soluções integradas.

O Brasil promove a integração de sistemas como lavoura-pecuária, lavoura-pecuária-floresta, tudo combinado,
o que permite crescimento vertical da produção (Foto Divulgação)

“O próximo passo é fazer realmente os cientistas trabalharem juntos. Nós temos essa organização de alto nível que pode fornecer importantes políticas de volta. Mas nós precisamos que esses cientistas construam evidências científicas. Eles devem tentar congregar tudo que nós sabemos sobre iniciativas que funcionam para diferentes paradigmas de agricultura”, disse.

O presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Israel Klabin, que participou do evento, declarou que o Brasil tem papel de liderança nessa área, pois o país “é a capital mundial do capital natural”, com todos os recursos naturais na maior plenitude e tem trabalhado com realismo na questão. Para Klabin, é importante que o setor produtivo não deixe de lado a questão ambiental e caminhe para uma economia sustentável.

“Nós estamos vivendo um momento de crise em todos os setores do planeta. Na verdade os sistemas de produção estão indo relativamente bem, mas a inserção deles na realidade planetária e no excesso de uso do capital natural, faz com que nós procuremos uma regulagem entre produção e meio ambiente, o que se trata aqui é exatamente isso, como é que nós podemos continuar a produzir e ao mesmo tempo respeitar os limites que a natureza nos oferece, para que nós possamos fazer com que os bens naturais herdados do passado possam ser passados para os nossos filhos da mesma maneira que nós recebemos”.

O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, destacou que o Brasil avançou muito nessa área nos últimos 40 anos, com a criação de instituições de pesquisa e legislação. De acordo com ele, o país superou o problema da insegurança alimentar e passou de importador para provedor de alimentos, transformou grandes áreas de solo ácido em férteis, desenvolveu um conceito próprio de agricultura tropical e construiu uma plataforma de práticas sustentáveis.

“Nós temos hoje mais de 30 milhões de hectares de áreas de plantio direto, onde não mais revolve o solo, o que ajuda a resolver os problemas de erosão, de desgaste do solo, perdas de nutriente. O Brasil é líder em fixação biológica de nitrogênio, toda a soja brasileira é cultivada sem a aplicação de nitrogênio na forma química. E nós estamos promovendo agora uma outra grande revolução na agricultura brasileira, que é a integração de sistemas: lavoura-pecuária, lavoura-pecuária-floresta, tudo combinado, que vai nos permitir um crescimento vertical da produção brasileira”, disse.

Fonte Agência Brasil


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Ciência sem Fronteiras: programa aceita exame de inglês em nível intermediário de universidade inglesa

O programa Ciência sem Fronteiras (CsF) passa a aceitar o exame de proficiência First Certificate in English (FCE, Primeiro Certificado em Inglês), da Cambridge English, departamento da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. O FCE é um exame de nível intermediário superior. Antes, o Ciência sem Fronteiras aceitava apenas o Certificate in Advanced English (CAE) – Certificado em Ingês Avançado – um nível acima do FCE.

A mudança, explica o gerente de desenvolvimento da Cambridge Language Assessment, Rone Costa, foi feita para atrair mais estudantes para o programa. “A redução foi feita porque os países que estão recebendo os alunos perceberam que o nível que estava sendo exigido era muito alto. Com o FCE, o estudante já consegue acompanhar as aulas, desenvolver atividades acadêmicas e inclusive trabalhar [nos estágios oferecidos pelo CsF]”.

Ainda segundo o departamento, o índice de aprovação no FCE é maior que no CAE. No ano passado, 68,4% dos que prestaram o exame para nível avançado foram aprovados, enquanto 76,9% dos que o fizeram para nível intermediário receberam o certificado. “Um aluno com FCE domina as quatro habilidades do idioma: ler, escrever, falar e ouvir. Comunica-se com facilidade. A diferença para um aluno com CAE é um maior conhecimento linguístico, mas nada que atrapalhe no desenvolvimento das atividades do CsF”, ressalta Costa.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) diz que o nível de inglês é exigência de cada universidade. São elas que definem o que será exigido no edital. O FCE já é aceito em edital para a Irlanda.

Segundo a Cambridge English, que trabalha junto com as universidades pela adequação da exigência, a intenção é que todos os editais que aceitam o exame de Cambridge passem a aceitar o FCE, e não mais o CAE. Costa adianta que, para os estudantes que comprovarem que querem a certificação para o CsF, haverá um desconto no valor do exame, que deve ficar entre 30% e 40%, valor ainda em negociação. O valor cobrado é, em média, R$ 400, variando de acordo com a escola. Serão aceitos os exames feito depois de agosto de 2010.

Esta não é a primeira flexibilização do nível de inglês. No começo do ano, um edital para a Inglaterra permitia de estudantes com pontuações inferiores às exigidas anteriormente se inscrevessem no programa. Eles deveriam fazer um curso de seis meses no exterior para depois prestar novamente o exame de proficiência.

O aprendizado da língua inglesa tem tido destaque no governo federal. Este ano, o governo lançou o Programa Inglês sem Fronteiras para auxiliar os candidatos do Programa Ciência sem Fronteiras a garantir bolsas em universidades no exterior.

O objetivo do CsF é promover a mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores e incentivar a visita de jovens pesquisadores qualificados e professores experientes ao Brasil. As áreas prioritárias são: ciências exatas (matemática e química), engenharias, tecnologias e ciências da saúde. O Ciência sem Fronteiras mantém parcerias em 35 países. Até o mês de junho, o programa implementou 29.192 bolsas em todas as modalidades de graduação, doutorado e pós-doutorado.

O Ciência sem Fronteiras prevê a distribuição de até 101 mil bolsas, ao longo de quatro anos, para que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior. O objetivo é promover a interação dos estudantes brasileiros com sistemas educacionais competitivos em relação a tecnologia e inovação.

O programa também visa a atrair pesquisadores do exterior que pretendam se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa.


Fonte Agência Brasil


Cursos gratuitos: Senai Rio prorroga inscrições para 3.330 vagas em programas a distância

Quem quer se preparar para o mercado de trabalho pode se inscrever no processo seletivo para as turmas de Assistente de Logística, Auxiliar de Eletricista Predial, Auxiliar de Pré-impressão, Auxiliar de Pós-Impressão, Auxiliar de Impressão Offset, Instalador de Rede Local e sem Fio e Operador de Suporte Técnico em TI (Help Desk).

A seleção terá prova online de português, matemática e raciocínio lógico. Podem participar pessoas com idade mínima de 17 anos, que estejam cursando ou tenham concluído o 2º ano do ensino médio. As inscrições podem ser feitas através do site www.firjan.org.br/educamais, no qual também será divulgado o resultado do processo, no dia 24 de julho.

Para a matrícula no Senai, é necessário apresentar RG, CPF, comprovante de escolaridade, duas fotos 3x4 e autodeclaração de baixa renda.

Os cursos estão previstos para iniciar no dia 17 de agosto. Os alunos terão acompanhamento por meio de tutoria em ambiente virtual de aprendizagem, conteúdo em flipbook (disponível em DVD) e aulas presenciais no SENAI em que foi feita a matrícula.

Os encontros presenciais poderão ser feitos nas unidades de Angra dos Reis, Barra do Piraí, Barra Mansa, Campos, Cinelândia, CTS (Centro de Tecnologia SENAI) Solda, Honório Gurgel, Itaperuna, Jacarepaguá, Laranjeiras, Macaé, Maracanã (Unidade Artes Gráficas), Mendes, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Pádua, Resende, São Gonçalo, Teresópolis, Tijuca, Vassouras, Vicente de Carvalho e Volta Redonda.


Mais informações: 0800-0231231 ou www.firjan.org.br/educamais


terça-feira, 16 de julho de 2013

Cidadania: Brasil tem a 4ª maior taxa de homicídio contra crianças e adolescentes

Em 2010, foram mais de 8.600 crianças e adolescentes assassinadas. Em número de homicídios, o país fica atrás somente de El Salvador, Venezuela e Trinidade e Tobago

O Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA) completará no próximo dia 23 de julho, 23 anos no Brasil. Nesse período, o Estatuto produziu transformações importantes na cultura política brasileira, com mudanças paulatinas nas relações familiares, comunitárias sociais e institucionais. Está cada vez mais claro para a sociedade que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos, embora estes não sejam respeitados e atendidos em sua totalidade. “Para nós, isso significa que há sim o que comemorar, pois está em marcha uma ruptura com a história de anonimato e de absoluta inferiorização da infância brasileira”, disse a deputada federal (PT) Erica Kokay.

Segundo a parlamentar, ainda há muito a exigir, pois a garantia dos direitos das crianças e adolescentes pelo Poder Público no Brasil está distante do que preconiza o ECA. “Mais que isso, é preciso lutar para impedir retrocessos nos direitos garantidos, em especial no que tange à idade penal dos adolescentes que se encontram em cumprimento de medidas socioeducativas”, afirma.

Dados
Existem hoje dados suficientes para afirmar que, no Brasil, os adolescentes são mais vítimas do que algozes. É o que mostra, por exemplo, a edição de 2012 do Mapa da Violência.

Em 2010, foram mais de 8.600 crianças e adolescentes assassinadas. Ainda segundo o mesmo estudo, o Brasil tem a 4ª maior taxa de homicídio contra crianças e adolescentes de até 19 anos entre 99 países pesquisados. O país ficou atrás somente de El Salvador, Venezuela e Trinidade e Tobago.

Só em 2012, o serviço Disque 100 recebeu 120 mil denúncias de violações de direitos de crianças e adolescentes, especialmente agressões e maus tratos. Segundo a deputada Erica Kokay, apenas uma minoria de nossas crianças e jovens se envolvem em atos infracionais. Dos cerca de 20 milhões de adolescentes brasileiros (segundo dados de 2010 do IBGE), apenas 19 mil cumprem medidas socioeducativas em meio fechado, representando não mais que 0,07% do total, de acordo com informações de 2011 da Secretaria de Direitos Humanos.

Nos últimos anos, houve uma redução no número de práticas infracionais graves cometidas por adolescentes. Segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça, no período 2002 a 2011, a taxa de homicídio caiu de 14,9% para 8,4%; latrocínio de 5,5% para 1,9%; estupro de 3,3% para 1,0%; e lesão corporal de 2,2% para 1,3%. As infrações cometidas por adolescentes concentram-se hoje nos crimes contra o patrimônio (38%) e no tráfico (26.6%).

Para a parlamentar, esse conjunto de dados indica que a solução da questão passa por investir no desenvolvimento desses adolescentes, por meio de políticas públicas adequadas, e não pelo seu encarceramento no sistema prisional.

Medidas Preventivas
Erica Kokay afirma que as instituições, em especial o Congresso, devem pensar a construção de mecanismos que assegurem políticas públicas preventivas, de modo que todas as crianças tenham direito à educação infantil e integral para não iniciarem uma trajetória infracional na adolescência. Além disso, segundo ela, é preciso exigir do Poder Executivo o cumprimento efetivo da lei que cria o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), aprovada no ano passado pelo Congresso Nacional.

A deputada explica que se o ECA fosse cumprido na sua integralidade, não haveria nenhuma criança fora da creche; não haveria por volta de 26% de meninas e meninos com até cinco anos de idade fora da escola. “Por isso eu digo não à redução da maioridade penal e ao endurecimento das medidas socioeducativas, e digo sim ao investimento no desenvolvimento das crianças e adolescentes brasileiras, como forma de desenvolvimento do Brasil”, conclui. (da Agência FEM-CUT/SP, com informações do PT Câmara)

Fonte Brasil de Fato


Financiamento do ensino: votação de projeto dos royalties é adiada para agosto, afirmam líderes

A votação do projeto de lei que direciona os recursos dos royalties do petróleo à educação e à saúde (PL 323/07) foi adiada para a primeira quinzena de agosto. A informação foi confirmada pelos líderes do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), do DEM, Ronaldo Caiado (GO), e do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). Segundo eles, não houve acordo para a votação nesta semana.

Os deputados chegaram a aprovar o parecer do relator, deputado André Figueiredo (PDT-CE), que rejeitou a maioria das alterações feitas pelo Senado e restabeleceu o texto da Câmara. A liderança do governo, no entanto, defende a proposta aprovada no Senado.

A principal polêmica diz respeito às verbas do Fundo Social. O governo defende a aplicação obrigatória de 50% dos rendimentos do fundo em saúde e Educação, já a oposição e alguns deputados da base aliada querem que metade das verbas totais do fundo seja investida nos setores.

Chinaglia e Caiado confirmaram que há divergências também em relação a outros pontos do projeto, como o percentual das verbas do petróleo que será destinada ao fundo social, que é uma espécie de poupança do governo. “O primeiro passo é pegar cada item polêmico e irmos às ultimas consequência, para que não haja nenhuma dúvida. É uma atitude de cautela”, disse o líder do governo.

Chinaglia admitiu que os partidos da base aliada ao governo não chegaram a um acordo quanto a diversos itens da Lei dos Royalties: “Uma parte apoiou o governo e outra ficou com o parecer do relator. Portanto, alguma coisa não está bem. Mesmo partidos extremamente disciplinados se dividiram”.


Fonte Agência Câmara


Financiamento do ensino: Dilma volta a defender destinação dos royalties do petróleo para Educação

A presidenta Dilma Rousseff voltou a defender nesta terça (16/7/2013) a destinação de recursos dos royalties do petróleo para investimentos em Educação. Segundo ela, embora o Brasil tenha registrado avanços importantes nessa área nos últimos anos, para se tornar uma "nação desenvolvida" é preciso construir mais creches, melhorar a remuneração dos professores e garantir o cumprimento do Plano Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic) – que estabelece que todas as crianças até os 8 anos de idade sejam alfabetizadas em português e tenham os conhecimentos adequados em matemática.

Dilma: "Precisamos assegurar creches para as crianças que mais precisam" (Foto Divulgação Internet)

"Quanto mais e melhores creches o Brasil for capaz de construir, mais atacamos a raiz da desigualdade e damos oportunidades iguais para cada brasileirinho e para cada brasileirinha. Para isso, é preciso recurso, dinheiro para pagar professor de forma adequada, por isso defendemos o uso dos royalties do petróleo para a Educação", disse, sendo aplaudida, ao participar de solenidade de entrega de 1.438 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, em Ponta Grossa, Paraná. 

Os imóveis são destinados a famílias com renda de até R$ 1,6 mil e atenderão a 5.752 pessoas. O investimento, segundo o governo federal, totaliza R$ 74,51 milhões. Durante a solenidade, também foram entregues 42 retroescavadeiras a municípios paranaenses para melhorias em estradas vicinais da região.

Em discurso, a presidenta também enfatizou que a alfabetização na idade certa é condição fundamental para formar, no futuro, "bons técnicos, bons engenheiros, bons professores, bons cientistas". Ela também defendeu a valorização do ensino técnico. Segundo Dilma, o Brasil está "muito aquém" da realidade encontrada em vários países desenvolvidos, onde para cada pessoa que ingressa em uma universidade, em torno de dez se formam em profissões técnicas e são bem remuneradas.

"Profissão técnica tem que ser vista no Brasil como uma coisa digna e isso é condição para valorizar o trabalho de cada um", disse, acrescentando que o governo federal está empenhado em garantir a cada um dos brasileiros "a melhor Educação possível", condição fundamental para transformar o Brasil "numa das maiores potências".

Dilma Rousseff lembrou que firmou com os prefeitos, durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília, na semana passada, repasse emergencial de R$ 3 bilhões aos municípios, cuja primeira parcela estará disponível a partir de agosto, e a segunda, a partir de abril de 2014. Também haverá medidas para agilizar o programa Minha Casa, Minha Vida em municípios com menos de 50 mil habitantes, a serem executadas pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco do Brasil.

Ainda em seu discurso, a presidenta reafirmou pactos feitos com governadores e prefeitos pela ética na política, por valores republicanos, pela ampliação do número de médicos no país, além da oferta de saúde de qualidade e com infraestrutura adequada, e pela garantia de destinação correta dos recursos públicos com a finalidade de servir a população. Ela também enfatizou que, embora o governo federal não seja responsável pelos transportes urbanos, vai ajudar os municípios a melhorar a oferta desse serviço.

Fonte Agência Brasil


Do Estadão: número de médicos não segue avanço de infraestrutura

Nos últimos cinco anos, a infraestrutura de saúde no Brasil cresceu em ritmo mais acelerado do que o número de médicos que atendem a população. No período, o total de equipamentos de saúde registrados pelo governo federal teve alta de 72,3%. O número de leitos hospitalares subiu 17,3% e o de estabelecimentos de saúde, 44,5% no Brasil. A oferta de médicos, porém, cresceu apenas 13,4% - ou seja, menos do que os principais índices de infraestrutura de saúde.

Os dados dizem respeito às redes pública e privada e foram compilados pela reportagem com base no sistema DataSUS, banco de dados oficial do Ministério da Saúde que contém as informações de todos os estabelecimentos registrados no órgão, como hospitais, consultórios, clínicas e postos de saúde. Entre os equipamentos relacionados no levantamento, constam qualquer tipo de aparelho de saúde existente nos locais, como raio X e endoscópio.

Os números do DataSUS mostram que, de fato, os equipamentos de saúde continuam concentrados nos Estados mais ricos - São Paulo, por exemplo, tem três vezes mais equipamentos por habitante do que o Maranhão. Entretanto, os locais onde houve o maior crescimento nos equipamentos de saúde registrados pelo DataSUS foram os Estados do Norte - Roraima, Rondônia, Acre e Pará mais do que dobraram a quantidade de aparelhos desde 2008.

As entidades médicas, no entanto, defendem que não há falta de profissionais. O principal problema, segundo os representantes de classe, é a falta de uma carreira estruturada para os médicos na rede pública, além da necessidade de melhoria nas condições de trabalho nos locais mais remotos.

Críticas
Cid Célio Jayme Carvalhaes, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), afirmou que o aumento numérico verificado não significa uma infraestrutura mais desenvolvida nessas regiões. "Um dos principais problemas, que vale tanto para número de médicos quanto para a estrutura, é a distribuição desigual", disse. "Os hospitais entre a região da Avenida Paulista até o Jabaquara têm mais tomógrafos do que a França inteira. Enquanto isso, em alguns bairros na zona leste da cidade não há nenhum."

O dirigente, um dos líderes do protesto realizado por associações médicas que reuniu cerca de 5 mil em São Paulo no dia 3, manteve a posição da entidade de que o problema não é a carência de médicos. "Quase um terço dos médicos do País está em São Paulo, e isso não garante a qualidade de atendimento no Estado", afirmou Carvalhaes.

Para o dirigente, a grande diferença entre o crescimento no número de equipamentos disponíveis e o de novos profissionais não sugere que haja um excedente de estrutura parada. "O aumento impressionante no número de equipamentos revela apenas uma maior exploração comercial em lugares onde já há atendimento." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




Design: Ford pega carona nos 50 anos do Mustang para mostrar quais foram os protótipos que deram origem ao emblemático esportivo


A Ford aproveita os 50 anos do Mustang para resgatar parte da história deste emblemático modelo, considerado um dos mais famosos já criados pela marca norte-americana.

Antes de lançar a primeira geração do Mustang a Ford desenvolveu uma série de conceitos e protótipos que não passaram da fase de estudos.

As imagens abaixo mostram quem foram os carros que deram origem ao esportivo. Conheça as principais características de cada um deles:



Estudo Avanti 1962
O Avanti foi uma das primeiras apostas de como seria um esportivo pequeno – para os padrões americanos, naturalmente – de quatro lugares. O cupê rebaixado foi apenas um dos inúmeros estudos de design avaliados até a direção da Ford aprovar a produção do Mustang.

Embora a forma final do Avanti não tenha sido a escolhida, o seu teto fastback foi adotado no Mustang 1965 de produção. O processo de criação de um carro novo envolve um extenso trabalho de edição de ideias e esta foi uma das muitas que não sobreviveram à peneira.



Mustang 1965 quatro portas
O Mustang usou como ponto de partida a plataforma do "compacto" Falcon de duas portas e uma versão de quatro portas do "pony car" foi pensada como forma de completar essa ideia. Felizmente para os fãs do Mustang, as cabeças frias prevaleceram.



Conceito Mach 2 1966
O Mustang já batia recordes de vendas após o seu lançamento oficial quando o chefe de design Gene Bordinat e o time de Veículos Especiais da Ford resolveu rearranjar as partes do conceito Mach 2. O motor V8 Hi-Po 289 foi transferido da frente para trás dos bancos, estudo que serviu para a sua avaliação como um possível sucessor do Shelby Cobra. Infelizmente, o Mach 2 é outro modelo que nunca foi além da exibição no circuito de salões.



Conceito Allegro II 1967
Em 1967, os designers da Ford resolveram retomar um dos conceitos originais do projeto do Mustang de 1962, adotando uma nova proposta de forma e de nome. Tendo como base o cupê Avanti, toda a área envidraçada foi removida e substituída por um pára-brisa baixo, de estilo speedster, com nova traseira e para-lamas em formato de asa.

Como a Studebacker, hoje extinta, já tinha usado o nome Avanti em sua linha, o conceito retrabalhado foi chamado de Allegro II, remetendo a um dos primeiros estudos de design do carro.


Por Carsale Fotos: Divulgação




segunda-feira, 15 de julho de 2013

Do O Globo: ‘Brasil forma muito mal seus professores’, diz pesquisadora

Em comparação com países que obtêm bons resultados na Educação, o Brasil comete um grave erro ao ser pouco claro na definição do currículo da Educação básica. Este equívoco é agravado pelo fato de que, por aqui, orientações pouco claras sobre o que e como ensinar acabam caindo nas mãos de professores muitas vezes mal formados, mas com autonomia total para escolher como trabalhar conteúdos em sala de aula.

Este é o diagnóstico de Paula Louzano [foto], professora da USP e doutora em Educação pela Universidade de Harvard, que apresentou há dez dias, no Conselho Nacional de Educação, um estudo comparativo sobre a organização do currículo brasileiro e a de outros oito países: Austrália, Cuba, Chile, Estados Unidos, Finlândia, Portugal, México e Nova Zelândia.

Clique aqui para ler a reportagem com Paula Louzano na íntegra.


Sem preconceitos: especialista destaca lei que valoriza a história afro-brasileira e africana

Por Leandro Carvalho (mestre em história)

O ensino da história e cultura afro-brasileira e africana no Brasil sempre foi lembrado nas aulas de História com o tema da escravidão negra africana. No presente texto pretendemos esboçar uma reflexão acerca da Lei 10.639/03 [que completou uma década em 1/2013], alterada pela Lei 11.645/08, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.

Uma primeira reflexão que devemos fazer é sobre a palavra escravo, que foi sempre atribuída a pessoas em determinadas condições de trabalho. Portanto, a palavra escravo não existiria sem o significado do que é o trabalho e das condições para o trabalho.

Quando nos referimos, em sala de aula, ao escravo africano, nos equivocamos, pois ninguém é escravo – as pessoas foram e são escravizadas. O termo escravo, além de naturalizar essa condição às pessoas, ou seja, trazer a ideia de que ser escravo é uma condição inerente aos seres humanos, também possui um significado preconceituoso e pejorativo, que foi sendo construído durante a história da humanidade. Além disso, nessa mesma visão, o negro africano aparece na condição de escravo submisso e passivo.

A Lei 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Por exemplo, os professores devem ressaltar em sala de aula a cultura afro-brasileira como constituinte e formadora da sociedade brasileira, na qual os negros são considerados como sujeitos históricos, valorizando-se, portanto, o pensamento e as ideias de importantes intelectuais negros brasileiros, a cultura (música, culinária, dança) e as religiões de matrizes africanas.

Com a Lei 10.639/03 também foi instituído o dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro), em homenagem ao dia da morte do líder quilombola negro Zumbi dos Palmares. O dia da consciência negra é marcado pela luta contra o preconceito racial no Brasil. Sendo assim, como trabalhar com essa temática em sala de aula? Os livros didáticos já estão quase todos adaptados com o conteúdo da Lei 10.639/03, mas, como as ferramentas que os professores podem utilizar em sala de aula são múltiplas, podemos recorrer às iconografias (imagens), como pinturas, fotografias e produções cinematográficas.

Uma boa indicação de material didático para abordar esse conteúdo são os materiais intitulados A Cor da Cultura, que variam entre livros animados, entrevistas, artigos, notícias e documentários, disponíveis em www.acordacultura.org.br– material importante que ressalta a diversidade cultural da sociedade brasileira.

Outro importante material sobre a história da África, o qual os professores poderão utilizar como suporte teórico para a compreensão da diversidade étnica que constitui o continente africano, é a coleção História Geral da África, que tem aproximadamente dez mil páginas, distribuídas em oito volumes. Criada e reeditada por iniciativa da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), a coleção aborda desde a pré-história do continente africano até os anos 1980, e está disponível para download gratuito em www.dominiopublico.gov.br.

O ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, após a aprovação da Lei 10.639/03, fez-se necessário para garantir uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira. Portanto, os professores exercem importante papel no processo da luta contra o preconceito e a discriminação racial no Brasil.

Fonte Canal do Educador


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