segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Inovação: usina de biogás vai tratar resíduos da Ceasa de Porto Alegre

Daqui há três anos, a Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), em Porto Alegre, terá em pleno funcionamento sua Estação de Manejo e Transbordo de Resíduos, que comportará uma Usina Modular de Biogás de 660 KVA. Esta unidade terá gerenciamento remoto, por meio automático ou humano, de acordo com os conceitos de Smartgrid.

O projeto, que tem as parcerias do Senai-RS e da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), dará destino energético a 7,2 milhões de toneladas/ano de resíduos da Ceasa.

A novidade está na tecnologia do Senai-RS, por meio do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL), do Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas (Ceta), da Escola Senai Nilo Bettanin e da Faculdade Senai de Tecnologia, que desenvolveu uma bactéria especificamente para deteriorar hortifrutigranjeiros.

Além da energia gerada (660KVA), suficiente para alimentar um condomínio com cerca de 250 habitantes, a usina vai acabar com o transporte dos resíduos para o aterro sanitário, evitando a emissão de 38 toneladas de carbono/ano.

O projeto é resultado de uma chamada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e faz parte dos investimentos que as distribuidoras de energia elétrica devem fazer na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). 

Além disso, em 2010 o Brasil aprovou a primeira Lei Nacional de Resíduos Sólidos, pela qual a partir de 2014 apenas os resíduos sem viabilidade econômica para a recuperação deverão ser depositados em aterros sanitários, e lixões a céu aberto e aterros controlados deverão ser fechados.

A usina dará destino energético a 7,2 mil toneladas/ano de resíduos da Ceasa. No ano passado, cerca de 38 toneladas/dia de resíduos foram produzidas, equivalente a produção diária de uma cidade de 50 mil habitantes.

Segundo o presidente da Ceasa, Paulino Donatti, "a meta com a construção da usina de biogás é aproveitar 70% do lixo orgânico produzido no complexo". Outro benefício apontado por ele é a contribuição do projeto da Ceasa-RS no acréscimo na matriz energética nacional. “Poderá servir de exemplo para uma política nacional para tratamento dos resíduos de hortigranjeiros nas 29 Centrais de Abastecimento existentes no Brasil”.

Smartgrid
O Smartgrid (rede inteligente) usa a tecnologia da informação associada a automação e infraestrutura de telecomunicações para sistemas que propiciem maior eficiência em processos.

O engenheiro Hermes Issamu Hirano, da IBM, destaca benefícios do Smartgrid:
  • Redução do pico de demanda de energia por meio do gerenciamento de consumo do cliente em horários de pouca demanda de energia;
  • Informação da energia consumida pelo consumidor, permitindo criar novos hábitos e procedimentos para economia de energia;
  • Aumento da eficiência operacional do sistema, uma vez que, com sensores e controle da rede, teremos mais facilidade de identificar, diagnosticar e corrigir problemas, assim como antecipar ações para evitar tais eventos e,
  • Aplicações de tecnologia mais limpa com o avanço dos eletrodomésticos, carros elétricos, uso de energia solar e eólica.


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A Educação que funciona: projeto lança livro com 13 iniciativas inovadoras de ensino


“Inspirar pessoas em busca de novos modelos de Educação, a partir de uma jornada de conhecimento por iniciativas transformadoras no mundo.” Este é o propósito do projeto Coletivo Educ-Ação, que acaba de lançar o livro Volta ao mundo em 13 escolas.

Segundo o site do projeto, “Foi com um olhar não acadêmico em busca de inspiração que encontramos escolas, espaços de aprendizado, cursos formais e não formais que estão propondo novos formatos. Foi assim que chegamos a diversos modelos mundo afora: na Índia, na Suécia, na Indonésia, na Espanha, na Inglaterra, nos Estados Unidos… e no Brasil.”



Tecnologia: ‘A escola precisa preparar os alunos para programar’, diz especialista em TI

Por Tatiana Klix

O pesquisador e engenheiro de software Silvio Meira é um dos principais pensadores brasileiros sobre a tecnologia da informação e seu impacto na sociedade. Ele escreve artigos científicos e para a imprensa, dá consultorias e profere palestras concorridíssimas em universidades e fora delas.

Paraibano de 58 anos, ele também nunca saiu da escola – Silvio é formado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, tem mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco, doutorado em Computação pela University of Kent at Canterbury, da Inglaterra, e é professor titular de Engenharia de Software da UFPE.

Mas tem convicção de que a tecnologia da informação está questionando a utilidade do sistema escolar clássico.

“O que a gente vê claramente acontecendo hoje é um processo em que nós entendemos – talvez de uma vez por todas – que se aprende por toda vida, não só na escola”, diz Silvio.

Aprende-se durante uma discussão na mesa de bar que suscita uma dúvida solucionada pelo Google, aprende-se russo pelo Google Translate durante uma viagem, aprende-se assistindo a vídeos pelo Youtube, exemplifica o pesquisador. “A tecnologia existe fora da escola, em larga escala, profundamente na sociedade”, disse em entrevista ao Porvir. “O mundo não está esperando pela escola, quem está atrasada é a escola”, acrescentou.

Durante a conversa de quase uma hora, que evoluiu sobre questões relacionadas a processos de aprendizagem, problemas do ensino público brasileiro, ferramentas como Youtube e Bing, inovações na área educacional como o EdX (plataforma de cursos online de Harvard e MIT), games, robôs e programação, Silvio foi categórico em afirmar que  o “sistema educacional está falido de maneira catastrófica”.


Mas o engenheiro, que ainda é cientista chefe do centro privado de inovação C.E.S.A.R, acredita que mais difícil do que atualizar os professores ou as próprias instituições tecnologicamente é fazer com que a escola seja um ambiente de aprendizado de processos de percepção, interação, compreensão e de intervenção no mundo.

E já está preocupado com uma demanda futura, a necessidade de disseminar a cultura da programação. Para Sílvio, numa prazo de 30 a 40 anos será necessário, para exercer qualquer profissão, ter criatividade e capacidade de socialização com softwares de robôs. E é papel da escola preparar os alunos para essa realidade.

“O desafio de usar ou tecnologia da informação não existe mais. As pessoas já usam. Elas precisarão programar também”, prevê. Silvio é autor do recém lançado livro Novos negócios inovadores de crescimento empreendedor no Brasil, no qual trata do tema explicando porque o empreendedorismo virou moda no país.

Clique aqui para ler, na íntegra, a entrevista publicada no portal Porvir.


Tecnologia na Educação: na sala de aula, não!

Por Rogério Tuma

Para o aprendizado, computadores, tablets e celulares atrapalham mais do que ajudam.

Estudo aponta que o uso de aparelhos digitais em sala de aula quase nunca objetiva o aprendizado

O professor associado da Universidade de Nebraska em Lincoln Bernard McCoy entrevistou 777 alunos de seis universidades em cinco estados americanos durante o outono de 2012 e descobriu que o uso de aparelhos digitais, como celulares, computadores e tablets durante a aula é muito mais frequente do que se imagina. Seu uso quase nunca objetiva o aprendizado.

Mais de 80% dos alunos admitem utilizar as engenhocas durante as aulas, o que interfere negativamente no seu aprendizado a ponto de piorar as suas notas, relata o estudo, publicado na edição digital do Journal of Media Education. Pelos questionários respondidos pelos alunos ficou confirmado: apenas 8% deles não usavam os aparelhos durante as aulas, 35% utilizavam de uma a três vezes ao dia, 27% utilizavam de quatro a dez vezes, 16% utilizavam de 11 a 30 vezes e 15% utilizavam os aparelhos durante as aulas do dia mais de 30 vezes.

Em relação ao objetivo do uso, 86% disseram que conversavam por texto durante as aulas, 68% checavam e-mails, 66% visitavam as redes sociais enquanto o professor tentava ensiná-los, 38% simplesmente navegavam na internet e 8% (os mais caras de pau) jogavam algum tipo de game durante as aulas. Um dado para os fabricantes de relógio: entre os alunos, o objeto virou passado. Apenas 67% deles utilizavam o aparelho para checar as horas.

Os alunos acham vantajoso utilizar os equipamentos digitais durante as aulas, pois 70% queriam permanecer conectados, 55% combatiam a monotonia com os tablets, e 49% diziam fazer algo ligado à aula. A maior desvantagem citada por 90% dos alunos é não prestar atenção na aula: 80% perdiam instruções importantes dadas pelo mestre e 32% eram advertidos pelo professor pelo mau comportamento e mais de 50% disseram que foram distraídos pelo uso das engenhocas por algum colega na sala.

Clique aqui para ler, na íntegra, a reportagem publicada pela revista Carta Capital


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Educação e trabalho: Sistema Indústria lança projeto para melhorar qualificação profissional


“Temos que melhorar a Educação básica para melhorar a Educação para o trabalho. Para atingir essa Educação para o trabalho precisamos, não apenas da Educação técnica, mas também envolver as pessoas em um patamar de cidadania”. A afirmação é do empresário Jorge Gerdau, feita nesta quarta (30/10/2013), durante o lançamento do projeto Educação para o Mundo do Trabalho, na sede do Sistema Indústria, em Brasília.

O projeto pretende combater a falta de qualificação no mercado de trabalho, uma preocupação do setor industrial. Entre os profissionais que estão empregados na indústria, 5,6 milhões não têm o ensino médio, de acordo com dados do Sistema Indústria.

Clique aqui para saber mais sobre a agenda do projeto do Sistema Indústria

A meta do projeto é qualificar quem está prestes a ingressar no mercado de trabalho, como jovens do ensino médio, industriários e também pessoas entre 18 e 24 anos que não estudam e não trabalham. Entre as ações a de disseminar informações para a orientação profissional dos jovens, elevar o nível de escolaridade e ampliar o conhecimento de inglês e português dos profissionais e desenvolver cursos presenciais e a distância.

A mobilização para a construção do plano foi iniciada em agosto deste ano e as federações das indústrias de todos os estados encaminharam sugestões. As ações do projeto serão desenvolvidas ao longo de 2014.

Uma das metas do Educação para o Mundo de Trabalho é envolver empresários, pais, estudantes e professores na busca de melhorar a Educação no país.

Fonte Agência Brasil


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