quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Pesquisa e inovação: países ricos e pobres enfrentam o desafio de atrair jovens para a iniciação científica

Os desafios da Educação científica e a democratização da informação foram os tópicos mais abordados nesta segunda (25/11/2013) no primeiro dia de palestras da sexta edição do Fórum Mundial de Ciência, reunido no Rio. Em maior ou menor grau, países ricos e pobres são afetados pela dificuldade em atrair jovens para a iniciação científica por meio da Educação formal.

O evento, que reúne cerca de 600 cientistas de todo o mundo, termina nesta quarta (27/11/2013), com o temas Desigualdades como barreiras para a sustentabilidade, Políticas para a ciência e governança, Integridade científica e ética na ciência, bioenergia, Academia e empresas, entre outros. Clique aqui para assistir as sessões do fórum

De acordo com o presidente do Conselho de Ciências do Japão, Takashi Onishi, os investimentos em Educação científica em seu país são significativos, mas as escolas enfrentam concorrência desleal com a internet, quando o assunto é a atenção e dedicação do estudante. No Brasil, segundo o diretor da Academia Brasileira de Ciências, Luiz Davidovich, os problemas são mais complexos, porque incluem os baixos salários dos professores e a pouca valorização da Educação pela sociedade como um todo.

“É um tema extremamente importante que tem sido negligenciado há séculos na história do Brasil. A valorização significa aumentar os salários e promover a Educação continuada dos professores”, disse ele. “Sendo cientista, conheço o fascínio da ciência. Acho muito importante o processo pelo qual a fascinação da ciência chega às crianças. Os professores devem transmitir a magia da ciência”.

Um dos participantes do fórum, o professor de física Jorge Flores, da Universidade Nacional Autônoma de México, defendeu investimentos na Educação informal, para que o conhecimento seja repassado de maneira eficaz. “Pelo menos na América Latina, os sistemas educativos são incapazes de produzir um ensino correto das ciências”, disse ele. O professor acredita que “o uso de centros pequenos e interativos de ciência podem ajudar os estudantes a fazer experimentos”.

Para a assessora científica da União Europeia, Anne Glover, Educação e democratização da informação científica são parceiras na diminuição das desigualdades e na prosperidade das nações. “Não há futuro sem Educação. O mundo está mudando tanto que e a ciência, engenharia e tecnologia são o nosso futuro. Para permitir que o futuro chegue a todos os cidadãos, eles precisam entender a ciência, como ela funciona e o que ela tem a oferecer para escolher o que querem e o que não querem”, comentou ela.

A cientista ressaltou que a ciência traz enormes possibilidades aos seres humanos que vão além da conquista de um emprego ou avanços tecnológicos. “A ciência é parte da nossa cultura assim como a música, as artes plásticas, e pode proporcionar verdadeira alegria e muita diversão”, disse Glover.

A diretora do Centro de Políticas de Agricultura para Crianças da China, Linxiu Zhang, defendeu mais investimento em Educação e acesso à informação. Ela explicou que, embora ninguém passe fome em seu país, a dieta em alguns lugares é pobre devido à falta de informação. “Na China, a falta de uma dieta balanceada tem prejudicado a performance acadêmica de alguns alunos. Por isso, é importante Educar os pais para que eles saibam qual tipo de comida é boa para o filho”, explicou Zhang.

Para o subsecretário de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Ricardo Paes de Barros, o acesso universal ao conhecimento é sucesso inegável para a redução das desigualdades, bem como o livre fluxo mundial de conhecimento. “É muito importante o trabalho conjunto para problemas globais e o compartilhamento de tecnologias sociais. Está clara a necessidade de documentar-se melhor as tecnologias e torná-las mundialmente conhecidas”, declarou Barros.

Fonte Agência Brasil


Enem: 5 escolas públicas com melhor desempenho no Exame Nacional são escolas técnicas

As cinco escolas públicas estaduais com melhor desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012 estão em São Paulo, segundo planilha divulgada nesta terça (26/11/2013) pelo Ministério da Educação (MEC). Todas são escolas técnicas, ou seja, o estudante recebe formação específica em determinada área durante o ensino médio.

A Escola Técnica Estadual de São Paulo lidera o ranking das estaduais, com uma média de 664,45, em uma escala que vai até 1.000. Em seguida, o Colégio Técnico de Campinas, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com uma média de 660,09.

Em terceiro lugar, o Colégio Técnico Industrial Professor Isaac Portal Roldan, com 645,59, e, em quarto, o Colégio Técnico Industrial de Guaratinguetá Professor Carlos Augusto Patrício Amorim, com 637,23, ambos da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Em quinto, a Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, com 630,53.

Para a elaboração da planilha, o MEC considerou 11,2 mil escolas, todas com mais de 50% de participação no exame. Para elaborar o ranking, a Agência Brasil considerou as médias nas quatro competências do exame: linguagens e códigos, matemática, ciências humanas, ciências da natureza, que seguem o mesmo critério de correção. A nota na redação não foi incluída no cálculo.

O 1º lugar ficou com um estabelecimento
de Minas Gerais (Foto Divulgação) 
Com base na seleção, é nas escolas estaduais que está a maioria dos concluintes que participaram do Enem, 65,53% dos estudantes. As escolas da rede representam 52,55% dos centros de ensino participantes.

No ranking geral, no entanto, as cinco primeiras escolas estaduais ocupam os 53º, 66º, 132º, 208º e 293º lugares. No topo do ranking geral estão as escolas privadas. Os mineiros Colégio Bernoulli, com uma média de 722,15 pontos e o Colégio Elite Vale do Aço, com uma média 720,88, aparecem em primeiro e segundo lugar. Em terceiro, o Colégio de São Bento, no Rio de Janeiro, com 712,79.

Em relação à redação, o Colégio São Bento aparece em primeiro lugar, com 810,53 pontos na média, seguido pelo Colégio Cruzeiro, Unidade Centro, também no Rio de Janeiro, com 798,35. Em terceiro, o Colégio Helyos, na Bahia, com 792,9 pontos. Os três são da rede privada.

Entre as públicas estaduais, os melhores desempenhos na redação são da Escola Técnica Estadual de São Paulo, com 695,14 pontos, seguida pelo paulista Colégio Técnico de Lorena, com uma média de 693,6 e pelo Colégio Técnico Industrial Professor Isaac Portal Roldan, com 680,78.

No ranking geral da redação, as estaduais ocupam posições inferiores às do ranking geral das provas objetivas. Estão nas 206ª, 221ª e 324ª posições.

Segundo o MEC, a intenção da divulgação é que as escolas possam identificar os pontos frágeis no aprendizado e com isso fazer uma revisão pedagógica. Desde ontem (25/11/2013), as escolas e os candidatos que fizeram as provas em 2012 podem consultar no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) um mapa detalhado do desempenho no Enem.


Fonte Agência Brasil


sábado, 16 de novembro de 2013

Tecnologia em alimentos: produção de uva sem sementes aumenta no Brasil

O produtor de uva no Brasil terá à sua disposição, a partir deste mês, mais uma variedade sem sementes da fruta. A Embrapa vai lançar a variedade Isis, que passará a ser o quinto tipo de uva sem sementes criada a partir de pesquisas do órgão. As outras são Clara, Linda e Morena, lançadas em 2003. No ano passado foi criada a variedade Vitória.

Uvas arroxeadas, como esta crimson,
têm na casca o resveratrol, um composto
fenólico cardioprotetor (Foto divulgação)
Alexandre Hoffmann, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, explica que todas elas foram desenvolvidas em Petrolina, Pernambuco, e permitem que o produtor possa contar com uma tecnologia gerada no próprio país. "O Brasil, como é vanguarda em diversas áreas de tecnologia, também é vanguarda nas variedades de uvas tanto com sementes quanto sem sementes, disponíveis aos produtores", disse à Agência Brasil.

O técnico informa que o aumento do consumo de uvas sem sementes no Brasil provocou o crescimento da produção da fruta na região de Petrolina. Antes desse movimento, segundo ele, a maior parte da produção se destinava à exportação. "Houve um aumento da demanda e da concorrência no mercado externo. Isso fez com que aumentasse a oferta no mercado brasileiro. Isso significa a possibilidade de o consumidor, hoje, ter acesso a um produto de maior qualidade que há poucos anos, quando só encontrava com alto preço e importado".

Segundo Hoffmann, em 2012 foram produzidas no Brasil 1,5 milhão de toneladas de uvas com e sem sementes, sendo 600 mil toneladas destinadas ao consumo in natura. No caso das chamadas uvas de mesa, há produção também na Bahia, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul.

Com o aumento de produção, além do acesso a um produto de maior qualidade, o consumidor no Brasil passou a encontrar com mais facilidade nos mercados uma fruta considerada importante no combate a alguns tipos de doenças.

A chefe do Serviço de Nutrição do Instituto Nacional de Cardiologia, Andréa Damazio, diz que todas as qualidades de uvas são ricas em vitamina C e A, potássio e fibras. Por isso, é classificada de alimento funcional, com propriedades que favorecem o organismo e podem ser usadas para combater ou evitar doenças.

"O potássio é importante para evitar cãibras e para manter a pressão arterial normal. A vitamina A é importante para a visão, a constituição da pele, e é um antioxidante importante. A vitamina C está ligada ao combate a infecções e a resfriados. As fibras são importantes para o bom funcionamento intestinal. As propriedades antioxidantes combatem os radicais livres, o envelhecimento precoce e têm ação anticancerígena. As uvas arroxeadas têm ainda mais substâncias ativas que as verdes, como carotenos, catequinas, antocianina e flavonoides", explicou.

Andréa esclarece ainda que uvas do tipo arroxeadas, como a crimson, que também é uma qualidade sem semente produzida em Petrolina, mas de origem estrangeira, têm na casca o resveratrol, um composto fenólico cardioprotetor. "Devido à sua ação antiagregação plaquetária e redutora de triglicerídeos, e também da ação antioxidante, diminuindo a incidência de Alzheimer e reduzindo a oxidação das gorduras e as placas de arteriosclerose".

A nutricionista disse ainda que o indicado é consumir, por dia, uma porção de 100 gramas da fruta, o equivalente a 10 unidades.


Fonte Agência Brasil


Inovação e saúde: pesquisa de Nicolelis faz com que macacos movimentem braços virtuais com força do cérebro

Foto neuroanthropology 3/2011
Dois macacos aprenderam a controlar movimentos de ambos os braços de um corpo virtual usando apenas a atividade elétrica do cérebro. A descoberta está publicada na revista Science Translational Medicine e faz parte de estudo conduzido pelo laboratório do pesquisador brasileiro Miguel Nicolelis.

Para permitir que os macacos controlassem dois braços virtuais, os neurocientistas registraram simultaneamente a atividade elétrica de quase 500 neurônios, distribuídos por diversas áreas do cérebro de cada um dos animais. Essa amostragem representa o maior número de neurônios registrados e descritos na literatura até o momento, segundo o laboratório.

De acordo com a equipe do pesquisador, a descoberta representa “um avanço considerável nos esforços de se desenvolver neuropróteses que possam restabelecer movimentos bimanuais em pacientes portadores de graus devastadores de paralisia”. Os movimentos bimanuais são imprescindíveis em ações do cotidiano, como digitar em um teclado ou abrir uma lata.

O estudo, conhecido como interfaces cérebro-máquina, foi iniciado pelo Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke, nos Estados Unidos, no início dos anos 2000. No entanto, até agora todas as aplicações de interfaces cérebro-máquina envolviam o controle de apenas um braço artificial.

De acordo com o autor do estudo, Miguel Nicolelis, futuras aplicações das interfaces cérebro-máquina criadas para restaurar a mobilidade de pacientes paralisados terão que incorporar o controle de múltiplos membros – superiores e inferiores – para realmente beneficiar a população.

No estudo, a equipe investiga como registros da atividade elétrica de neurônios podem servir como fonte de sinais para o controle de movimentos em um corpo virtual. Os macacos foram treinados em um ambiente de realidade virtual no qual eles podiam visualizar, em uma tela de computador colocada à sua frente, braços e mãos virtuais, de um “avatar” de macaco. Durante o treinamento, os animais foram encorajados a colocar as mãos virtuais dentro de alvos específicos que apareciam na tela para a execução de uma tarefa bimanual.

Na primeira etapa da pesquisa, os macacos utilizaram dois joysticks para controlar os movimentos dos braços e das mãos virtuais. Em seguida, os animais aprenderam a usar apenas a atividade elétrica dos cérebros para moverem os membros virtuais sem que para isso precisassem mover os seus próprios braços. À medida que os animais melhoravam o controle mental dos movimentos dos braços virtuais, os cientistas observaram um alto grau de plasticidade cerebral em múltiplas áreas do cérebro desses animais.

Os resultados sugerem que os cérebros dos animais incorporaram os braços virtuais do "avatar" como uma extensão do corpo.

Os resultados do estudo têm sido incorporados no projeto Andar de Novo, uma colaboração internacional que vai construir o primeiro exoesqueleto robótico de corpo inteiro controlado por uma interface cérebro-máquina. A promessa dos pesquisadores é fazer com que um cidadão brasileiro paraplégico levante-se de uma cadeira de rodas para dar 25 passos e inaugurar com um pontapé a Copa do Mundo de Futebol, no dia 12 de junho de 2014. O cientista já apresentou a simulação do chute inicial em uma rede social.

O projeto Andar de Novo é apoiado pela Agência Brasileira de Inovação, antiga Finep, com cerca de R$ 33 milhões em recursos não reembolsáveis, que estão sendo liberados em etapas. A última parcela está prevista para o começo de 2014.

As pesquisas são feitas no Instituto Internacional de Neurociência de Natal Edmond e Lily Safra, localizado em Macaíba, na periferia de Natal, e na Universidade de Duke, onde Nicolelis é pesquisador.


Fonte Agência Brasil


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Tecnologia em alimentos: sorvete diferente é destaque em concurso de inovação

Tatiane Michele Bonavita é educadora física, Thayse Cristine Fernandes Nunes é bióloga e Paula Fernanda da Silva Irenti é fisioterapeuta. Em comum, a idade, 29 anos, e o desejo de fazer chegar ao consumidor uma opção diferente de sorvete, mais saudável e que pode ser consumido por quem tem intolerância à lactose. Tudo isso com muito sabor, claro.

Ex-alunas do Senai da Barra Funda, na capital paulista, Tatiane, Thayse e Paula, junto com Killian Colombo Maciel, criaram o gelado comestível simbiótico elaborado com extrato de arroz.

A equipe responsável pelo sorvete na escola da Barra Funda (Foto Everton Amaro/Fiesp)

Ou seja, um sorvete sabor chocolate preparado com o leite do grão em vez do leite de vaca. A ideia se destacou e venceu a edição paulista do Inova Senai 2013, na categoria Alimentos. A premiação foi realizada em setembro, no Anhembi, durante a São Paulo Skills, maior competição de Educação profissional e tecnológica do estado.

“A ideia é não caracterizar esse sorvete como um remédio ou uma alternativa para intolerantes à lactose, mas sim como uma opção saudável de alimento”, conta Thayse, explicando que o grupo “tentou chegar o mais próximo possível do sabor de um sorvete comum”.

E parece ter chegado. O gelado comestível tem a textura de um sorvete à base de leite de vaca, mas o sabor do chocolate nessa versão, por exemplo, é mais encorpado, com massa de cor mais escura.  O grupo optou pelo sabor chocolate por essa ser uma “preferência nacional”. “Pesquisamos e descobrimos que 70% do público brasileiro prefere o sabor chocolate”, afirma Tatiane.

A educadora física explica que a substituição do leite de vaca pelo extrato de arroz aumentou a eficiência do gelado na garantia de saúde e do bem estar. “A ideia era criar um alimento funcional também. A gente optou pelo leite de arroz por ele ser rico em cálcio e fibras, além de adicionar fibra de milho, aumentando o valor de fibra do sorvete e reduzindo o teor de gordura”, diz Tatiane.

Segundo a orientadora do grupo, a professora de alimentos no Senai Bárbara Mesquita, se comercializado, o sorvete com extrato de arroz faria parte da “categoria premium” de gelados. “Até porque o sabor dele é diferente dos tradicionais de chocolate, tem mais fibras e menos gordura”.

Loja de doces
Apesar de terem outras profissões, as meninas do sorvete de arroz também possuem formação em Técnico de Alimentos pelo Senai. Isso como forma de agregar valor à carreira.

A fisioterapeuta Paula, por exemplo, decidiu não seguir na área depois da experiência com manipulação de alimentos. Influenciada pela mãe, uma doceira que estava prestes a abrir sua loja, a mais tímida integrante do grupo resolveu ficar com o negócio da família e ser empreendedora. “Minha mãe trabalha há 30 anos com doces. E quando eu estava me formando na faculdade ela montou uma loja. Comecei a ajudar na loja e a fazer algumas coisas com chocolate”, lembra.

Fonte Portal Sistema Fiesp



Mercado de trabalho: Senai do Tocantins seleciona profissionais para suas unidades

As vagas são para instrutores, intérprete de Libras e motorista nas cidades de Araguaína e Colinas do Tocantins. A seleção para os cargos será por meio de exame de habilidades e conhecimentos, com as seguintes etapas eliminatórias: análise curricular, aplicação de prova objetiva, aula expositiva e entrevista técnica.

As oportunidades em Araguaína (clique aqui para ler o edital):
  • cargo 1: Instrutor – Corte e Costura;
  • cargo 2: Instrutor – Mecânico de Refrigeração;
  • cargo 3: Instrutor – Técnico em Segurança do Trabalho;
  • cargo 4: Instrutor – Tecnologia da Informação;
  • cargo 5: Intérprete de Línguas Visuais 1 – Libras;
  • cargo 6:  Motorista.

E em Colinas do Tocantins (clique aqui para ler o edital):
  • cargo 1: Instrutor 1 – Alimentos;
  • cargo 2: Instrutor 2 – Tecnologia da Informação. 

As inscrições podem ser feitas até a próxima segunda (18/11/2013), tanto para Araguaina, com envio de currículo via selecaosenaiaraguaina@fieto.com.br, identificando o campo assunto como SENAI – Processo de Seleção – Comunicado 32/2013 e o número do cargo desejado; como para Colinas, com envio currículo para selecaosenaiaraguaina@fieto.com.br, preenchendo o assunto com SENAI – Processo de Seleção – Comunicado 33/2013 e o número do cargo desejado.

Fonte Portal Sistema Fieto


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Educação: Piaget e o desenvolvimento da inteligência

Jean Piaget (foto) nasceu em Neuchâtel, na Suíça, em 1896. Diplomou-se em ciências naturais aos 21 anos, doutorando-se no ano seguinte. Interessou-se pela psicologia, realizando estudos em Zurique e em Paris. Foi professor dessa matéria nas Universidades de Neuchâtel, Lausanne e Genebra e de psicologia genética na Sorbonne, de 1952 a 1963.

Presidente da Comissão Suíça na Unesco, foi enviado em missão a Beirute, Paris, Florença e Rio de Janeiro. A Unesco confiou-lhe a elaboração da obra O direito à Educação. Piaget tornou-se membro do Conselho Executivo da instituição.

Piaget abordou o desenvolvimento da inteligência através do processo de maturação biológica. Para ele, há duas formas de aprendizagem. A primeira, mais ampla, equivale ao próprio desenvolvimento da inteligência.

Este desenvolvimento é um processo espontâneo e contínuo que inclui maturação, experiência, transmissão social e desenvolvimento do equilíbrio. A segunda forma de aprendizagem é limitada à aquisição de novas respostas a situações específicas ou à aquisição de novas estruturas para algumas operações mentais específicas.


Clique aqui para ler, na íntegra, artigo de Nelson Valente, publicado no Caderno de Educação.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Inovação: indústria têxtil terá um novo Centro de Tecnologia

Como principal suporte ao fortalecimento da competitividade da indústria têxtil brasileira, o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Cetiqt), unidade do Senai instalada no Rio de Janeiro, vai aplicar mais de R$ 50 milhões em projetos de Educação profissional, tecnologia, conhecimento e inovação.

O valor é cinco vezes maior que os R$ 10 milhões registrados no triênio anterior.

Os investimentos para os próximos três anos fazem parte do Plano Estratégico 2013-2016. A meta é reforçar os serviços do Centro para o atendimento da indústria e das demandas dos consumidores.

Serão ampliadas para 33 mil as matrículas em programas de Educação profissional a distância e em cursos semipresenciais para atender a um leque maior de empresas em todo o país. Nos últimos três anos foram 24 mil inscritos.

Do investimento total, R$ 14 milhões vão para a ampliação e modernização dos laboratórios de ensaios, calibração e avaliação de performance, que fazem os testes laboratoriais de atendimento a requisitos legais e normativos. 

Mais R$ 18 milhões serão destinados ao desenvolvimento de programa de apoio ao setor de confecção, desenvolvido em parceria com o Sebrae. Outros R$ 18 milhões serão empregados na modernização das plantas-piloto de confecção, fiação e tecelagem e enobrecimento.

O foco é manter equipamentos e sistemas de produção compatíveis com as principais tecnologias empregadas na indústria.

Fundado em 1940, no bairro do Riachuelo, o Senai Cetiqt conta com plantas-piloto completas que reproduzem o ambiente fabril, além de rede integrada de laboratórios e área de inovação, estudos e pesquisas.

Também com unidade na Barra da Tijuca, O Centro tem cursos técnicos, de qualificação e aperfeiçoamento profissional, graduação e pós-graduação. As empresas contam com serviços técnicos e tecnológicos, como consultorias e design e testes laboratoriais.


Fonte Portal da Indústria


Cidadania: DF adota como política de estado programa para jovens vítimas de abuso sexual

O programa Vira Vida, do Conselho Nacional do Sesi (CNSesi), vai ser adotado pelo governo do Distrito Federal como política de estado. O programa deverá beneficiar adolescentes e jovens entre 14 e 21 anos incompletos vítimas de violência sexual. Eles terão acesso a apoio psicossocial, formação profissional e Educação básica e continuada para promover seu acesso ao mercado de trabalho.

De acordo com o presidente do CNSesi, Jair Menegheli, o Conselho já vinha se articulando com governos estaduais e o governo federal para implementar o programa como política de estado. “O principal ganho com isso é que o estado pode ampliar a cobertura de beneficiários. Continuaremos, mesmo no DF, como parceiros, só que agora seremos demandados pelo governo”.

O Vira Vida foi criado em 2008 para atender especificamente jovens com histórico de abusos e exploração sexual. É desenvolvido em 23 cidades de 19 estados, entre elas Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Dos 3,7 mil matriculados, 1,8 mil concluíram cursos de formação profissional e 1,2 mil estão em sala de aula. Dos formados, 1,1 mil estão no mercado de trabalho.


O programa é desenvolvido pelo Sesi e outras organizações do Sistema S.


Saúde: Fiocruz dá dicas sobre o uso correto de medicamentos

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está promovendo a cartilha Uso Correto de Medicamentos.

Nela, são apresentados, em 13 tópicos, ensinamentos e conselhos sobre receita, como tomar e onde guardar os medicamentos e o que fazer com os remédios vencidos.

Clique aqui é acesse a cartilha

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Inovação: resíduos industriais podem ser úteis para fabricar cerâmica

Pesquisa realizada na Escola Politécnica (Poli) da USP analisou a possibilidade de incorporar lodo de esgoto e lama vermelha, dois resíduos industriais, como matéria prima na fabricação de cerâmicas, conferindo um valor agregado a esses rejeitos. O trabalho foi realizado durante a dissertação de mestrado do engenheiro Cristian Camilo Hernández Díaz, sob a orientação do professor Antonio Carlos Vieira Coelho.

Segundo o engenheiro, as massas cerâmicas são usadas na fabricação de cerâmicas estruturais, ou seja, blocos maciços, tijolos e telhas. “Eles geralmente são fabricados com argilas comuns, com jazidas próximas à fabrica de produção.

Decidimos utilizar lodo de esgoto e lama vermelha porque a produção desses resíduos está aumentando consideravelmente”, conta. A pesquisa Estudo da possibilidade de uso de lodo de esgoto e lama vermelha como matérias primas cerâmicas foi apresentada na Poli em 3 de maio de 2013.


Clique aqui para ler, na íntegra, a reportagem da Agência USP.


Educação: ‘falta coragem política para melhorar qualidade da Educação’, diz professor de Harvard

Fryer: "é muito difícil aprender
matemática ou química, se você não
acredita que vá utilizar isso no
trabalho" (Foto José Paulo Lacerda)
Roland Fryer é professor de Economia na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Lá, coordena o Laboratório de Inovação em Educação, onde realiza pesquisas sobre impactos da qualidade da Educação.

Antes disso, coordenou a área de equidade do Departamento de Educação da cidade de Nova Iorque entre 2007 e 2008. Nesse período, ele desenvolveu e implementou uma série de ideias inovadoras voltadas à motivação de estudantes e ao pagamento de professores pela melhoria de seu desempenho.

Fryer defende que boas escolas podem corrigir diferenças entre estudantes e que os países sabem que estratégias adotar para melhorar a qualidade da educação que ofertam. O desafio, segundo ele, está em reunir coragem política para implementar as ações. 

Depois proferir a palestra magna no seminário que antecedeu a apresentação do projetoEducação para o Mundo do Trabalho, realizado pelo Sistema Indústria, em 30 de outubro, em Brasília, ele conversou com o Portal da Indústria. Acompanhe.

Portal – Assim como os Estados Unidos, o Brasil é um país de grandes dimensões e também grande diversidade. Quais são os principais desafios para promover a Educação nessa realidade?
Fryer: Nós sabemos o que e como devemos fazer. Não importa a diversidade que exista no país. Há diversidade de recursos, de escolas, da situação entre os estudantes. As crianças com que lido são as de escolas públicas e carentes, as crianças vêm de grupos minoritários e os resultados acadêmicos são muito parecidos os do Brasil. O que eu descrevo na minha pesquisa é que melhores professores e mais tempo ao ensino são o senso comum. Não se trata de uma mágica. São estratégias que podem ser adotadas em qualquer lugar do mundo nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países. O problema é que isso é politicamente complicado. Os Estados Unidos ficaram dando voltas e não enfrentaram o problema e isso é muito frustrante. O principal desafio é ter a coragem política para fazer.

Portal – Na sua apresentação, o senhor citou algumas medidas como pagar para que estudantes leiam livros, por exemplo. Aqui, o programa Bolsa Família coloca entre suas condicionalidades a matrícula na escola. Na sua opinião, qual o mais importante passo depois deste para se conseguir oferecer Educação de qualidade?
Fryer: Eu acredito que o Brasil e outros países da América Latina fizeram bem ao adotar esse tipo de política. Isso aumenta o acesso à Educação e isso é importante. A chave agora não é acesso, mas qualidade. Qualidade é difícil. É mais fácil garantir acesso à escola do que, por exemplo, ter professores fantásticos numa sala de aula.

Portal – Como a indústria pode ajudar na construção de uma educação de mais qualidade no Brasil?
Fryer: Acredito que – com uma economia vibrante, que ajude os estudantes entenderem que existe um mundo diferente longe da academia – é muito difícil aprender matemática ou química, se você não acredita que vá utilizar isso no trabalho. É tolo pensar que as pessoas vão estudar apenas pelo fato de isso ser o certo. Elas vão estudar para comprar coisas, comprar sua casa. A indústria também pode estar mais envolvida nas políticas para aumentar a qualidade da Educação. Os empresários podem demandar melhores escolas, porque eles precisam de força de trabalho. Para o Brasil crescer e prosperar, vai precisar de capital humano de qualidade. O melhor investimento que um país pode fazer em relação a isso é em seu próprio povo e a indústria pode liderar esse processo.

Fonte Portal da Indústria


Inovação: usina de biogás vai tratar resíduos da Ceasa de Porto Alegre

Daqui há três anos, a Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), em Porto Alegre, terá em pleno funcionamento sua Estação de Manejo e Transbordo de Resíduos, que comportará uma Usina Modular de Biogás de 660 KVA. Esta unidade terá gerenciamento remoto, por meio automático ou humano, de acordo com os conceitos de Smartgrid.

O projeto, que tem as parcerias do Senai-RS e da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), dará destino energético a 7,2 milhões de toneladas/ano de resíduos da Ceasa.

A novidade está na tecnologia do Senai-RS, por meio do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL), do Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas (Ceta), da Escola Senai Nilo Bettanin e da Faculdade Senai de Tecnologia, que desenvolveu uma bactéria especificamente para deteriorar hortifrutigranjeiros.

Além da energia gerada (660KVA), suficiente para alimentar um condomínio com cerca de 250 habitantes, a usina vai acabar com o transporte dos resíduos para o aterro sanitário, evitando a emissão de 38 toneladas de carbono/ano.

O projeto é resultado de uma chamada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e faz parte dos investimentos que as distribuidoras de energia elétrica devem fazer na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). 

Além disso, em 2010 o Brasil aprovou a primeira Lei Nacional de Resíduos Sólidos, pela qual a partir de 2014 apenas os resíduos sem viabilidade econômica para a recuperação deverão ser depositados em aterros sanitários, e lixões a céu aberto e aterros controlados deverão ser fechados.

A usina dará destino energético a 7,2 mil toneladas/ano de resíduos da Ceasa. No ano passado, cerca de 38 toneladas/dia de resíduos foram produzidas, equivalente a produção diária de uma cidade de 50 mil habitantes.

Segundo o presidente da Ceasa, Paulino Donatti, "a meta com a construção da usina de biogás é aproveitar 70% do lixo orgânico produzido no complexo". Outro benefício apontado por ele é a contribuição do projeto da Ceasa-RS no acréscimo na matriz energética nacional. “Poderá servir de exemplo para uma política nacional para tratamento dos resíduos de hortigranjeiros nas 29 Centrais de Abastecimento existentes no Brasil”.

Smartgrid
O Smartgrid (rede inteligente) usa a tecnologia da informação associada a automação e infraestrutura de telecomunicações para sistemas que propiciem maior eficiência em processos.

O engenheiro Hermes Issamu Hirano, da IBM, destaca benefícios do Smartgrid:
  • Redução do pico de demanda de energia por meio do gerenciamento de consumo do cliente em horários de pouca demanda de energia;
  • Informação da energia consumida pelo consumidor, permitindo criar novos hábitos e procedimentos para economia de energia;
  • Aumento da eficiência operacional do sistema, uma vez que, com sensores e controle da rede, teremos mais facilidade de identificar, diagnosticar e corrigir problemas, assim como antecipar ações para evitar tais eventos e,
  • Aplicações de tecnologia mais limpa com o avanço dos eletrodomésticos, carros elétricos, uso de energia solar e eólica.


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