sábado, 25 de janeiro de 2014

Mídia & ensino superior: na Botucúndia, nem Galileo escapa da desmoralização

Por Alberto Dines*
    
A grande mídia tem muito a ver com a débâcle da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, no Rio. O ensino superior privado é um fabuloso negócio. Prova disso é o tamanho da dívida do Grupo Galileo, mantenedor de ambas: 900 milhões de reais. Cerca de 400 milhões de dólares – padrão Fifa, coisa de gente grande.

(Foto Divulgação Internet)

Quantas advertências e denúncias contra arapucas universitárias apareceram em nossa imprensa ultimamente? No País dos Bacharéis é temerário colocar sob suspeita a fabricação de doutores. Grande parte dos ministros do STF ganha ricos pro-labores para dar aulas-magnas e conferências. A ninguém incomoda este ostensivo conflito de interesses.

Em suas edições da segunda-feira (20/1), dia normalmente fraco em publicidade, os dois jornalões paulistanos não tinham de que se queixar. Na Folha S.Paulo a Universidade Nove de Julho (Uninove, Sempre 10!), a FMU e a Faculdade Impacto compraram respectivamente uma página, meia página e um quarto de página para vender seus produtos no segmento de pós-graduação. Nesse mesmo dia, no Estado de S.Paulo, a Uninove comprou um grande rodapé na capa e uma página inteira no primeiro caderno, ambos dirigidos ao mesmo mercado.

O lobby do ensino superior privado foi sempre um bom freguês dos “cadernos de serviço”, “informes publicitários” e matérias pagas disfarçadas exaltando a qualidade da nascente indústria do diploma.

A mídia brasileira é unânime ao proclamar a necessidade de uma revolução em nossas universidades – cruzada legítima, vital para implementar nossos padrões de competitividade. Porém, à sombra das boas causas sempre viceja algum tipo de gangsterismo. Aqui, os pactos corporativos não permitem a separar o joio do trigo, se um jornal flagra as trapaças de uma universidade privada o segmento inteiro o boicota. O jornalista que ousa devassar as espúrias conexões entre políticos, acadêmicos e fabricantes de diplomas está ferrado. Tem peixe muito graúdo nesse balaio. O credenciamento de universidades sempre rendeu fabulosas propinas.

Fundos de pensão
A história desta aberração gramatical e educacional chamada UniverCidade começou com o “buraco da Delfin”, em 1983, nos estertores da ditadura, o primeiro grande escândalo financeiro da era moderna no Brasil. Ronald Levinsohn, o dono da financeira, não perdeu um tostão: manteve a sua magnífica cobertura em frente ao Central Park em Nova York e, para branquear seu currículo, comprou a Faculdade da Cidade e a transformou na UniverCidade (neste Observatório alcunhada de Univer$idade), onde desenvolvia sem fiscalização os delírios tirânicos e idiossincrasias fascistóides (ver “UniverCidade ou Univer$idade”).

Passou o abacaxi ao Grupo Galileo, que já estava com outro, mais apetitoso, a Universidade Gama Filho, com 70 anos de vida, antigo Colégio Piedade, um dos melhores da antiga Capital Federal – quase 30 mil alunos pagando religiosamente suas mensalidades. A meta no curto prazo era comprar outros abacaxis e alcançar um universo de 100 mil alunos.

O acionista majoritário do Grupo Galileo Educacional é o pastor Adenor Gonçalves dos Santos. Artífice da montagem do conglomerado, o advogado Márcio André Mendes Costa ficou com a presidência e convocou a TOTVS, especializada em soluções de informática e gestão de empresas de ensino superior, para montar a operação, apresentada em seu porfólio como um dos seus cases de sucesso.

Não foi fácil: as duas universidades são entidades sem fins lucrativos, os antigos mantenedores precisavam ser reembolsados, os 100 milhões de reais em debêntures subscritos pelos fundos de pensão Petros (da Petrobras) e Postalis (Correios) destinados a sanear a Gama Filho foram utilizados para pagar a compra da UniverCidade, a patranha logo seria descoberta

Negócios suspeitos
E foi: a CPI do Ensino Superior criada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio denunciou o grupo, os responsáveis foram acusado de um monte de malfeitorias, inclusive lavagem de dinheiro. O noticiário não teve destaque, a greve dos professores e funcionários não repercutiu, nem os sucessivos protestos dos alunos. A ninguém interessava criar um caso nacional. Sobretudo aos lobistas do ensino superior que ganham comissões, escrevem nos jornais e não querem que o seu negócio fique sob suspeita.

Pobre Galileo Galilei: na Itália, o astrônomo foi condenado pela ignorância e pela Inquisição; no Brasil, denunciado por formação de quadrilha.




sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Cursos a distância: no Ceará, Senai deve abrir inscrições a partir do final de janeiro

O Senai do Ceará vai ministrar cursos a distância de iniciação, com 14 horas de duração, em áreas transversais, como Educação Ambiental, Tecnologia da Informação e Comunicação, Empreendedorismo, Legislação Trabalhista, Segurança do Trabalho e Propriedade Intelectual.

Ainda neste semestre, a organização oferecerá cursos a distância da modalidade aperfeiçoamento, e cursos técnicos a distância no segundo semestre.

Podem participar dos cursos a distâncias pessoas acima de 16 anos, que devem se inscrever pelo ead.senai-ce.org.br.


Ligue 4009 6300 para saber mais.


Agentes da Inovação: programa aproxima especialistas e empresas cearenses

O programa Agentes da Inovação concluirá, até o fim deste mês de janeiro, levantamento do potencial e da capacidade de inovação das empresas cearenses que aderiram à primeira fase a iniciativa. O próximo passo será o encaminhamento por parte do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi) das ações que possam transformar esse potencial em inovação propriamente dita. Um dos caminhos é a aproximação da indústria com especialistas que possam dar resposta aos desafios encontrados.

O programa deverá se expandir neste primeiro semestre. Doze empresas estão interessadas em aderir ao projeto. Elas começam a ser visitadas ainda em janeiro e algumas deverão ser conhecidas em fevereiro.

O programa, com dez consultores, suporta empresas, ou grupo de companhias, na identificação do potencial de inovação. A iniciativa pode promover a inovação, o apoio à participação em editais de subvenção e ajuda na identificação de um ou dois temas importantes às várias empresas do setor. O Agentes da Inovação atende atualmente cem empresas na Grande Fortaleza e no Vale do Jaguaribe.

Fonte Sistema Fiec


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Mercado de trabalho: o mito do apagão de engenheiros

Por Tory Oliveira

A demanda é por profissionais experientes e qualificados e o gargalo está em áreas específicas

Estudo realizado em conjunto por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da USP revela que o Brasil não corre o risco de sofrer um apagão de engenheiros – o que existe é uma falta de profissionais qualificados e experientes. Apesar de sinais de pressão no curto prazo no mercado de trabalho, o número de vagas de emprego e formados trabalhando na área vem crescendo desde 2000, puxados pelo crescimento econômico do País.

Atualmente, o Brasil forma em média 40 mil engenheiros por ano. As matrículas nos cursos de engenharia, nos últimos 12 anos, aumentaram quase 400. E os salários dos formados estão entre os dez maiores de todos os cursos superiores. A atratividade da carreira para os estudantes é explicada em parte pelo cenário econômico brasileiro atual. Na década de 1980, porém, as oportunidades para a carreira estavam em baixa, resultando em poucos engenheiros formados.

Para chegarem a essa conclusão, pesquisadores utilizaram informações da Engenharia Data, base de dados feita pelo Observatório de Inovação e Competitividade da USP, que utiliza dados sobre matrículas e número de formados do Censo da Educação Superior do MEC e informações do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) colhidas pelo Ministério do Trabalho.

A investigação sugeriu que não havia escassez generalizada de profissionais, mas sim um reflexo de um hiato geracional surgido na década de 1980. “Em entrevistas com gerentes de engenharia, percebemos que há falta de engenheiros líderes de projetos, mais experientes, que deveriam ter se formado nos anos 1980 e 1990”, explica Mario Sergio Salerno, professor titular da Escola Politécnica da USP e um dos autores do artigo.

Além do hiato geracional, o artigo “Uma proposta de sistematização do debate sobre falta de engenheiros no Brasil” aponta algumas hipóteses que podem explicar a percepção de certos agentes econômicos sobre a escassez de mão de obra na área.

As principais são os déficits de profissionais em áreas específicas, como a naval e a de petróleo e minas, as desigualdades regionais de distribuição de engenheiros e a qualidade dos profissionais formados. Segundo Bruno Cesar Araujo, pesquisador do Ipea e também autor do artigo, apenas um terço dos alunos de cursos de Engenharia está matriculado em faculdades de boa qualidade. “Não existe um contingente suficiente, com qualidade, para topar os desafios da profissão, que são cada dia mais complexos”, analisa.

A não existência de gargalos não significa, porém, que não haja necessidade de ampliação de investimentos no ensino de engenharia, em particular nas universidades públicas. Mario Sergio Salerno, da USP, explica que no Brasil apenas 6% do total de formados no Ensino Superior é oriundo de cursos ligados à Engenharia. Na Coreia, por exemplo, o porcentual chega a 25%. “Há uma relação positiva entre a renda per capita de um país e o número de profissionais atuando em carreiras científicas”, explica Araujo. Para ele, o atual desafio é a produtividade, que só poderá ser desenvolvida com novas tecnologias e soluções.

O trabalho em transição

Avanço tecnológico e recessão impõem novas demandas educacionais mesmo em áreas ondem faltam profissionais

“Enquanto minha geração teve de lutar pelos melhores cargos, a dos meus filhos terá de inventar os melhores empregos.” A afirmação de Brian Gonzalez, diretor de Educação da Intel, reflete uma condição tão urgente quanto repor a carência de trabalhadores em áreas tradicionais, como a engenharia: escola e programas pedagógicos precisam evoluir no mesmo ritmo que as demandas profissionais.

“O que vemos hoje (na escola) é principalmente a demanda por novas habilidades”, diz Fernando Veloso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.

Anthony Salcito, vice-presidente de educação da Microsoft, concorda: “Algumas habilidades ganharam importância: formas de pensar, como usar ferramentas de informação para tomar melhores decisões, meios de trabalhar em equipe e, em especial, como se beneficiar da tecnologia para ampliar os empregos”.

Para os especialistas, o descompasso entre a formação oferecida pelas escolas e as demandas do mercado de trabalho agrava-se em ­momentos de recessão econômica, como a que abateu os EUA e o mundo após 2008. Segundo Veloso, crises estreitam oportunidades e, por isso, requerem ritmo acelerado de inovação.

“As crises ­destroem empregos e às vezes de forma definitiva. Nos EUA, por exemplo, embora a taxa de desocupação tenha caído de 10% para pouco mais de 7%, há uma parcela significativa de trabalhadores parada há muito tempo”, afirma. Para o economista, uma das razões é a dificuldade de essas pessoas se adaptarem. “A realocação é bastante difícil, pois para muitos falta qualificação para migrar para setores mais dinâmicos.”

A dificuldade em remediar reforça a importância da prevenção na escola. “As novas tecnologias exigem mudanças frequentes no mercado de trabalho. O profissional deve ser capaz de se adaptar a empregos que nem se imagina que possam vir a existir”, afirma Veloso. Para o economista, esse caminho envolve flexibilizar o Ensino Médio: menos matérias obrigatórias, com foco em matemática, português e ciências, e um leque maior de disciplinas eletivas, “para dar liberdade aos alunos montarem suas trajetórias”.

“Expandir o alcance do conhecimento tornou-se crucial porque a complexidade dos problemas cresce exponencialmente”, afirma Gonzalez. Para ele, o mais importante hoje não é expandir o acesso a dispositivos digitais, mas certificar-se de que esses aparatos serão usados para ampliar vagas de trabalho: “Vou ao dentista e ele tem toda uma gama de apetrechos ultratecnológicos, mas a escola de meus filhos, em São Francisco, é igualzinha à minha de 30 anos atrás”. O americano preocupa-se por concluir que “a tecnologia está comprometendo mais as crianças com o jogo, como no Xbox e no iPad, do que com o aprendizado”.  – Por Rafael Gregório




Educação: “Com 1,2 milhão de bolsas, ProUni é o maior programa de inclusão universitária da nossa história”, destaca presidenta

A presidenta Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter para lembrar que, a partir desta segunda (13/1/2014), estão abertas as inscrições para a primeira edição de 2014 do Programa Universidade para Todos (ProUni), que dá bolsas em instituições particulares de ensino superior para estudantes que não têm condição de pagar a mensalidade. O prazo para cadastro vai até sexta (17/1/2014).

Clique aqui para saber tudo sobre e fazer sua inscrição

“O governo federal já concedeu 1,2 milhão de bolsas, no maior programa de inclusão universitária da nossa história. Nesta edição, serão mais 190 mil bolsas. Podem fazer a inscrição os candidatos com mínimo 450 pontos na média das notas objetivas e acima de zero na redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para concorrer à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar por pessoa de até 1,5 salário mínimo”, explicou.

Dilma afirmou que os bolsistas parciais de 50% (com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa) ainda têm acesso aos empréstimos subsidiados do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para custear os outros 50% da mensalidade. A meta é oferecer financiamento a 400 mil estudantes.

“Estamos, portanto, formando um tripé para sustentar uma grande transformação na Educação brasileira. O primeiro vértice é o esforço pessoal do estudante, que está dando duro para se aprimorar e construir seu melhor futuro. Depois, vem o apoio e o suporte da família. E, finalmente, programas do governo federal, como o ProUni, o Fies, o Sisu, além do maior orçamento da história do Ministério da Educação. A Educação é o eixo do Brasil que queremos”, destacou.

Fonte Blog do Planalto



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Inovação e cidadania: Brasil 4D será testado no Distrito Federal em fevereiro

A partir de 15 de fevereiro, 300 famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família no Distrito Federal vão usar a televisão para acessar benefícios e serviços dos governos federal e distrital. Poderão fazer consultas a vagas de emprego, oportunidades de capacitação profissional; ter acesso ao calendário de vacinação, além de acessar conteúdos e serviços bancários e de aposentadoria. Tudo pelo controle remoto da TV.

O primeiro teste do Brasil 4D foi em João Pessoa (foto divulgação)

As famílias farão um teste do Projeto Brasil 4D, coordenado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A expectativa é que em dez anos o projeto alcance as mais de 13 milhões de famílias beneficiárias do programa. O teste será acompanhado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que irá fazer uma pesquisa de campo e divulgar um documentário sobre o projeto.

Os testes começaram no ano passado em João Pessoa, onde 100 famílias tiveram acesso à plataforma Ginga, criada e desenvolvida no Brasil. Por meio de um conversor, na tela da TV, os moradores tiveram acesso às ofertas de empregos, aos cursos de capacitação e a orientações para obtenção de documentos, além de informações sobre serviços e benefícios do governo federal, como aposentadoria, campanhas de saúde e os programas Bolsa Família e Brasil Carinhoso, entre outros.

Segundo o coordenador e idealizador do Projeto Brasil 4D, superintendente de Suporte da EBC, André Barbosa, na cidade foi constatada economia de R$ 12 mensais por família. "As famílias economizaram por não ter que pegar ônibus e ir até os lugares para procurar emprego ou capacitação, conseguir informações. Fizeram tudo pela TV", explica. Ele calcula que, quando o projeto estiver em vigor, a economia possa chegar, em dez anos, a um total de R$ 7 bilhões.

A intenção é levar os benefícios da internet a famílias de baixa renda que ainda não têm acesso à banda larga, explica Barbosa. O projeto funciona em parceria com empresas de telefonia, pela tecnologia 3G, usada em telefones móveis. Tudo deve ser custeado pelo governo.

O Projeto Brasil 4D deve ser testado na cidade de São Paulo entre abril e maio. Os temas oferecidos serão saúde e educação. Os usuários poderão agendar consultas no Sistema Único de Saúde (SUS). Participarão do teste 2,5 mil famílias no primeiro semestre e mais 2,5 mil no segundo semestre.

Entre os parceiros no projeto estão o Banco do Brasil, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Caixa Econômica Federal, o DataSUS, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Totvs, HMATV, Oi, a Telebras e o governo do Distrito Federal.


Fonte Agência Brasil


Pesquisa: construção civil ganha centro de tecnologia para certificar a qualidade de técnicas e produtos

A adoção de novos produtos e técnicas de construção civil será facilitada para as indústrias catarinenses a partir de fevereiro. Nessa data, o Instituto Senai de Tecnologia em Materiais, de Criciúma, Santa Catarina, vai começar a avaliar a qualidade destes itens. A homologação de produtos e serviços é exigência do governo para todos os fornecedores de projetos de habitação que recebem verbas públicas.

Rochas ornamentais é um dos itens na lista de análise do instituto (foto internet)

Hoje, apenas oito instituições no Brasil estão autorizadas a realizar estas análises e homologar produtos, nenhuma delas em Santa Catarina. Assim, as empresas locais, como, por exemplo, as do polo cerâmico do Sul do Estado, têm que recorrer a entidades em Curitiba, São Paulo e até Recife para terem seus novos produtos aptos para programas como o Minha Casa, Minha Vida.

Em um primeiro momento, o Senai de Criciúma – que passará a integrar o Sistema Nacional de Avaliação Técnica (Sinat), do Ministério das Cidades.
– poderá fazer análise de qualidade de peças de concreto para pavimentação, placas de concreto para revestimento, rochas ornamentais, tubos de PVC, agregados, concreto e telhas, placas e blocos cerâmicos e de concreto.


Além de fazer as avaliações para o Sinat, o Instituto de Tecnologia em Materiais oferecerá outros serviços. "Podemos criar parcerias com as indústrias para desenvolver novos produtos e aplicações em nossos laboratórios", afirma, diretor do Senai de Criciúma, Silvio Bittencourt da Silva.

Fonte Sistema Fiesc


Inovação: baseado na técnica do Origami, estudante de design cria embalagem inovadora para ovos

Gil Rodrigues, estudante de design português, desenvolveu o conceito do que pode ser uma nova embalagem para acomodar os ovos que compramos com frequência nos supermercados.

Rodrigues se inspirou nos origamis para criar uma embalagem dobrável e que ainda por cima é mais amigável com o meio ambiente.

Amigável pois, feita a partir de cartolina, pode substituir as tradicionais embalagens de isopor e plástico. O projeto também é inovador ao permitir, justamente por ser dobrável, que cada ovo seja embalado individualmente, o que aumentaria a proteção do produto.


De acordo com o site da revista Fast Company, o principal problema da inovação de Rodrigues é justamente a maneira como ela foi desenvolvida. A embalagem é totalmente dobrável e não há colas ou emendas. E isso pode dificultar a aplicação comercial do produto.


Fonte original O Estado de São Paulo


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Inovação e tecnologia: Centro de São José dos Campos receberá investimentos de 50 milhões de euros

O presidente do Sistema Fiesp,  Paulo Skaf; e o diretor regional do Senai-SP, Walter Vicioni Gonçalves, assinaram memorando de entendimento com a ministra do Ensino Superior e da Pesquisa da França, Geneviève Fioraso, em dezembro passado (13/12/2013), para dois convênios: um com o Senai-SP e outro com o Sistema Firjan


“Haverá investimento de 50 milhões de euros no Centro de Inovação e Tecnologia de São José dos Campos. Essa parceria também inclui o Sistema Firjan, com a formação de mão de obra para o setor naval, mais especificamente em submarinos. O Senai-SP focará na formação profissional para o setor aéreo”, explicou Skaf.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Qualificação profissional: Senai-ES oferece mais de duas mil vagas em cursos de verão

Já pensou em começar o ano aproveitando o Verão e investindo em qualificação profissional?

O Senai do Espírito Santo está oferecendo mais de duas mil vagas em cursos gratuitos ou com baixo custo. Os cursos terão início em janeiro e fevereiro, e duração que varia entre 16 e 240 horas.

Eletricista industrial é um dos cursos oferecidos no Espírito Santo (Foto Divulgação) 

Há vagas nas unidades do Senai em Vitória, Serra, Vila Velha, Colatina, São Mateus, Linhares, Cachoeiro de Itapemirim e Aracruz.

Clique aqui para conferir a lista de cursos e o contato das unidades.


Pesquisa e Inovação: especialista diz que até a geladeira pode denunciar o dono na internet

O brasileiro descobriu em 2013 que não existe privacidade na internet. As denúncias do site Wikileaks, de Julian Assange, e as de Edward Snowden, ex-analista de inteligência norte-americano, mostraram que vários programas dos Estados Unidos e de outros países fazem, há muito tempo, vigilância eletrônica dos cidadãos ao redor do mundo.
Charge de 1993

Agora, a troca do protocolo que permite a identificação de cada dispositivo na internet, o chamado Internet Protocol (IP), é uma nova mudança que deve deixar em alerta os usuários da rede. O Ipv4, padrão atual, que até então gerou pouco mais de 4 bilhões de endereços diferentes, já é insuficiente para mapear as máquinas do planeta – computadores, tablets, smartphones, por exemplo. Ele está sendo substituído pelo Ipv6, que permite um número infinitamente maior de endereços – 340 tera (34x10 elevado a 13ª potência) – abrindo espaço para que cada objeto possa ter seu próprio endereço na internet e, por isso, viabilizar o IP das coisas.

Demi Getschko, um dos membros do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), lembra que, já no final dos anos 90 do século passado, ficou claro que o IPv4 deveria ser extinto, pois não haveria mais IP suficiente. “Não se extinguiu e chegamos a 2013, mas vai de fato se extinguir no ano que vem, porque a internet se defende com algumas gambiarras.”

O cientista cita medidas como a que permite a escolha de um endereço válido para esconder vários outros endereços inválidos na internet, como os IPs usados nas redes domésticas por computadores e smartphones. Na prática, são endereços reservados para o usuário internamente, mas que não são visíveis externamente. Então, todo mundo pode usar vários IPs, teoricamente invisíveis para o ambiente externo em casa, mas precisará de um outro endereço (IPv4) válido para fazer a conexão com a internet.

“Tudo estará ligado com as coisas boas e ruins que isso traz. As boas coisas, de que todos falarão: conforto para todo mundo e conectividade ampla. Coisas ruins? Privacidade em alto risco. Tudo que você faz pode ser conhecido. Tudo que seus equipamentos fazem entre si poderá ser passado para outros equipamentos. São coisas complicadas. Nossa privacidade pode estar em risco”, alerta Getschko, que participou em dezembro de seminário em João Pessoa.

De acordo com Gestschko, com a nova geração de IPs, um televisor, por exemplo, poderá estar conectado ao fabricante e, quando pifar, poderá ser consertado remotamente. Mas, por outro lado, não se sabe o que o fabricante fará com os dados coletados, como suas preferências, os programas e horários, entre outras possibilidades.

Durante sua explanação no seminário, bem-humorado, Getschko lembrou de uma charge que trazia um cachorro, em 1993, dizendo a outro que, na internet, ninguém sabia que ele era um cachorro, indicando a possibilidade de privacidade. As coisas mudaram e agora, em 2013, todo mundo sabe que, na ponta, tem um cachorro, sabe a raça, que ração consome e o nome do veterinário, disse o cientista, atualizando a charge.

Esse falso anonimato, que se dizia existir em 1993, nunca foi real. “Agora, quebra-se de vez, com todo mundo conectado e todos os equipamentos plugados”, destacou. O representante do CGI.br disse ainda que não é verdade que existam novos delitos na internet. Segundo Getschko, o que existe são novas possibilidades de investigação.

Getschko, que é considerado um dos precursores da internet do Brasil, é de opinião que o Marco Civil da Internet*, discutido no Congresso Nacional, é uma vacina para futuros problemas, pois na internet tudo que se faz pode ser notado por alguém. O cientista acredita que, se não houver limite, por ser uma rede técnica, a internet sempre permitirá que se vasculhe a vida de qualquer um.

“O pessoal que não gosta de IPv6 diz que agora todo mundo terá um endereço fixo, todos saberão o que cada um faz. Eu também tenho uma impressão digital, que é fixa e também não posso trocar. Porém, isso não quer dizer que ela tenha que ser recolhida por todo mundo”, disse o cientista, ao defender o marco civil. Para ele, existem formas de impedir a invasão de privacidade que independem da tecnologia usada. “A tecnologia pode ser invasiva, mas a lei tem que impedir isso.”

Outro ponto relevante é o uso de ferramentas que, aparentemente, não deixam traços [rastros] na internet, como o Projeto TOR, que promete navegação anônima. "Tudo isso é algo falacioso. Não deixam traço porque alguém transformou seu IP em outro IP. Mas quem transformou tem a possibilidade de guardar essa transformação”, ressaltou. Segundo Getschko, a maioria dos roteadores da Onion [do Projeto TOR] é rodada em trechos de domínio do Departamento de Estado dos Estados Unidos. “E eles querem ter aquilo na mão”, concluiu.

*Marco Civil da Internet é "vacina" contra problemas
O Marco Civil da Internet deve ser considerado "uma vacina" contra eventuais problemas, explica Demi Getschko. Para ele, é uma pena a “postergação da votação do marco civil”. Ele destacou que o Brasil ganhou notoriedade mundial ao mostrar que criou sua forma de gestão na rede mundial de computadores, que é multiparticipativa. “Criamos sem regulação, e coisas pesadas, na área. O Marco Civil da Internet, ao contrário do que alguns dizem, é contra a regulação pesada na internet. É uma vacina contra eventuais problemas."

O especialista admite que a rede tem seus problemas, que precisam ser consertados. "São problemas que ninguém gostaria que existissem, como a crescente invasão de privacidade." Por isso, é importante impor uma barreira, pois as coisas passaram dos limites, disse o representante do CGI.br.

“Se não houver um limite na cerca, a internet sempre permite que você vasculhe a vida de qualquer um, porque é uma rede técnica. Tudo que você faz tem que ganhar um IP, que permite saber o que fez, onde entrou ou deixou de entrar”, enfatizou. O IP é o um protocolo que permite a identificação de um dispositivo (computador, smartphone, tablet) nas redes privadas ou públicas.

Para ele, se não for tomada nenhuma medida, "se isso ficar solto, qualquer sujeito da cadeia que o cidadão usa para chegar à internet, poderá recolher informações de pessoas e empresas. Isso não é bom. Então, o marco civil deve ser algo profilático. Algo preventivo contra futuros problemas na rede. Então, neste sentido, pelas medidas que sugerimos, e isso ficou claro quando a presidenta Dilma falou na ONU [Organização das Nações Unidas], é uma pena isso estar se arrastando no Congresso Nacional".

Deixando claro que é bom o Brasil e para a democracia que o Congresso Nacional decida as coisas no país, pois faz parte da regra do jogo, mesmo assim, Getschko reclamou do atraso e lembra que, no primeiro semestre deste ano, o Brasil pode promover um evento internacional para discutir os direitos das pessoas que usam a internet. Porém, para ele, será um fiasco se o marco civil não for aprovado até lá.

“Se não for aprovado, nós vamos estar em uma situação muito desagradável, muito incômoda, ao sediar um encontro sobre princípios, sem ter aprovado a nossa carta de princípios. Espero que não seja alguma coisa embaraçosa para o Brasil”, afirmou.

Fonte Agência Brasil


Educação: Sisu alcança 607.210 inscritos no início da tarde

Com as inscrições abertas na madrugada desta segunda (6/1/2014), o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) registrou 607.210 inscritos até as 12h30. A inscrição é feita exclusivamente pela internet e vai até o dia 10. Na primeira edição de 2014, o Sisu oferece 171.401 vagas em 4.723 cursos de 115 instituições públicas de Educação superior.

Clique aqui para saber tudo sobre

Pode concorrer às vagas do Sisu quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 e não tirou nota 0 na redação. Para se inscrever, o estudante vai precisar do número de inscrição e da senha no Enem. Quem estiver sem esses dois números pode recuperá-los no site do exame.

O resultado da primeira chamada do Sisu será divulgado no dia 13 de janeiro e o da segunda, no dia 27. O prazo para a matrícula de quem foi selecionado na primeira chamada vai de 17 a 21 de janeiro e a matrícula da segunda chamada de 31 de janeiro a 4 de fevereiro.

Ao se inscrever no Sisu, o participante pode escolher até duas opções de curso, por ordem de preferência. O candidato que não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso nas chamadas regulares ou for selecionado somente para a segunda opção poderá aderir à lista de espera entre os dias 27 de janeiro e 7 de fevereiro. A convocação pelas instituições dos candidatos em lista de espera vai ocorrer a partir do dia 11 de fevereiro.

Mais vagas
Nesta edição do Sisu, 54 das 59 universidades federais do país abriram vagas pelo programa. No ano passado, foram 43 as instituições que aderiram ao Sisu. Houve, também, a expansão de 32,5% no número de vagas, que passou de 129.319 em 2013 para 171.401 este ano.

As vagas estão distribuídas assim: Nordeste, 39,6%; Sudeste, 28,1%; Sul, 13%; Centro-Oeste, 12,6%; e Norte, 6,7%.

O Sisu teve a adesão de um total de 115 instituições públicas de Educação superior. Na primeira edição de 2013 foram 101 adesões. Além das 54 universidades federais, também há vagas para o Sisu em 20 universidades estaduais, 40 institutos federais e uma faculdade federal.

Houve, também, a expansão de 26% na oferta de cursos. Para 2014, são 4.723 cursos, frente a 3.752 no ano passado. Pedagogia, administração e matemática são os cursos com mais vagas oferecidas no Sisu. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou o crescimento na oferta de vagas nos cursos de medicina. “Tivemos forte crescimento das vagas para medicina, passando de 1.830 no ano passado, para 2.925. Isso representa uma expansão de 59,8%”, disse.

As universidades com maior número de vagas disponíveis para o Sisu são as Universidades Federais da Paraíba (UFPB), do Ceará (UFC) e da Bahia (UFBA). Os estados com maior oferta de vagas são Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia.


Fonte Agência Brasil


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