segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Inovação e tecnologia: Brasil começa a explorar energia limpa das ondas

Já existe nova forma de produzir energia elétrica proveniente de fontes limpas e a primeira grande experiência brasileira está em andamento: tirar energia das ondas do mar. Localizada no Porto de Pecém, no Ceará, a primeira usina para esse tipo de produção está em desenvolvimento.





 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Inovação e pesquisa: os problemas com a energia renovável na Alemanha

Opção por energia renovável também trouxe problemas à Alemanha

Considerada modelo devido à sua preocupação ambiental, Alemanha enfrenta hoje consequências da opção por energia renovável. Embora a produção seja alta, faltam redes de distribuição e locais para armazenar energia.

O sucesso às vezes pode se transformar em problema. Assim aconteceu com a questão energética na Alemanha. Até o ano de 2050, 80% do abastecimento do país deverá se dar através de energias renováveis. A decisão foi impulsionada pela catástrofe nuclear na japonesa Fukushima, em 2011. Naquele momento, os partidos no governo resolveram modificar sua política energética, decidindo-se pelo abandono completo da energia nuclear.

Desde então há um consenso entre os partidos políticos do país e também uma decisão do Parlamento a respeito: o mais tardar em 2022, não será mais produzida energia atômica na Alemanha. Para abastecer a demanda interna, a energia deverá vir do vento e de instalações fotovoltaicas, substituindo cada vez mais o carvão e o gás, nocivos ao ambiente.

A Alemanha já começou cedo, no ano 2000, a usar energias renováveis e incentivar sua produção. A Lei das Energias Renováveis garante desde então incentivos para os produtores de energias eólica, solar e de outras formas não nocivas ao meio ambiente – não importando se o produtor é uma grande empresa ou pessoa física. Isso gerou um verdadeiro boom de produção de energias renováveis. Em 13 anos, o percentual de energia produzida no país com fontes renováveis aumentou de 6% para 25%.

Altos preços da energia elétrica
O incentivo financeiro para a produção de energias renováveis não é pago pelo Estado, mas por cada cidadão através de sua conta mensal de energia. Para o consumidor alemão, o preço da energia aumentou consideravelmente nos últimos anos. Uma situação que gera, inclusive, discussões na campanha eleitoral.

Os grandes problemas hoje são a falta de redes de transporte da energia para o interior do país e de locais onde esta energia possa ser armazenada. De que adianta inaugurar enormes campos off shore no litoral norte, se não há como transportar esta energia até o consumidor, questionam-se os alemães. Por outro lado, os benefícios do governo às grandes consumidoras de energia provoca críticas.

Mobilidade e calefação: relegados a segundo plano
A mudança da política energética diz respeito também à emissão de poluentes, seja no trânsito ou na calefação doméstica. A euforia inicial sobre o uso de biodiesel parece ter passado, devido às críticas de que não se deve ampliar as áreas para plantar matérias primas em detrimento da produção de alimentos.

Também o boom dos carros elétricos dos anos 2009 e 2010 parece ter sido fogo de palha. A meta de ter em circulação um milhão de veículos elétricos até 2020 por enquanto é inalcançável. O problema é a falta de tecnologia para garantir que estes veículos rodem mais de 100 quilômetros sem recarregar as baterias.



Artigo de 2013, da Deutsche Welle, e publicado no blog Luis Nassif Online



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mercado de trabalho: indústria do MS precisa contratar mais 9 mil trabalhadores qualificados até 2015

A indústria de Mato Grosso do Sul precisará contratar cerca de 4,3 mil profissionais por ano para atender à demanda entre 2014 e 2015, o que corresponderia a quase 9 mil trabalhadores no período, segundo estudo do Sistema Indústria. O levantamento revela ainda que os três segmentos industriais sul-mato-grossenses que concentram a demanda por formação para novos empregos são construção civil, sucroenergético e alimentos e bebidas.

O segmento de alimentos e bebidas deve abrir
1,5 mil vagas em dois anos (foto divulgação internet)

Segundo a projeção do Mapa do Trabalho Industrial, juntos, esses segmentos respondem por 58,7% da demanda por formação para atender a novos empregos industriais nesses dois anos, ou seja, 2,5 mil trabalhadores. Ainda conforme o estudo, esses trabalhadores deverão ser contratados não apenas na indústria, mas também em outros segmentos da economia, como serviços, que também exigem profissionais com formação industrial, incluindo todos os tipos de ocupações (baixa e média qualificação, técnicos e profissionais de nível superior).

De acordo com o levantamento do Sistema Indústria, apenas o segmento de alimentos e bebidas deve abrir 1,5 mil vagas em dois anos, enquanto a indústria da construção civil oferecerá outras 757 vagas e o sucroenergético mais 297 postos de trabalho. Para atender essa demanda, o Senai vai oferecer somente neste ano mais de 80 mil vagas e outras cerca de 80 mil em 2015. Serão mais de 160 mil vagas, a maioria gratuita, em diversos cursos nas modalidades de nível superior, técnica, de qualificação, de aperfeiçoamento, de treinamento e de aprendizagem.

Dados nacionais
No Brasil, segundo as projeções do Mapa do Trabalho Industrial, até 2015 a necessidade é pela formação de 570 mil novos trabalhadores por ano para atender a novos postos. Os cinco segmentos que concentram a maior demanda são construção, alimentos e bebidas, automotiva, máquinas e equipamentos e produtos de minerais não-metálicos.

Juntos, esses segmentos devem responder por 53% da demanda por formação profissional. Se considerarmos o crescimento médio anual relativo projetado no emprego na indústria para os próximos anos destacam-se os seguintes segmentos: extração de petróleo e serviços relacionados, montagem de veículos automotores, extração de minerais metálicos, sucroenergética e celulose e papel.

A falta de profissionais qualificados é uma reclamação generalizada na indústria, porém é mais intensa entre trabalhadores de menor qualificação, que respondem pela maior parte do emprego na indústria. As queixas sobre a dificuldade em encontrar técnicos qualificados também são elevadas. Logo, os segmentos com maior proporção de trabalhadores de nível qualificado e técnicos, como construção civil e alimentação, são os que têm mais problemas de qualificação.



Inovação na cozinha: receitas de sobremesas do Cozinha Brasil fazem sucesso no verão

A estação mais quente do ano segue até março e a previsão é de muito calor. Nada melhor que piscina, praia, refeições leves.

O programa Sesi Cozinha Brasil tem receitas inovadoras para a estação, como Doce de Casca de Maracujá; Doce de Casca de Melancia; Docinho Colorido; Sorvete de Mandioca; Sorvete de Casca de Manga, Bolo Brasil e outras delícias.

Clique aqui para ver as dicas selecionadas pelo Portal Indústria

Além de saborosas, essas sobremesas são bastante saudáveis. Quem garante a qualidade das receitas é a nutricionista do Cozinha Brasil do Rio de Janeiro Fernanda Chaves. "Quando a gente pensa em sobremesa saudável e nutritiva, é importante evitar as receitas tradicionais que só contém açúcar, gordura e algum tipo de farinácio, chamamos isso de calorias vazias. Por isso pensamos em incluir frutas e hortaliças, pois elas agregam vitaminas, sais minerais e outros compostos capazes de prevenir ou tratar doenças".


Tecnologia da informação: as dez principais tendências em TI para 2014

Por Hu Yoshida*

Que tecnologias vão impactar a vida dos CIOs no próximo ano, na opinião do vice-presidente e CTO da Hitachi Data Systems

No final do ano passado, reuni meus pensamentos a respeito de quais são as tendências para 2014. Grande parte baseia-se no que escuto em visitas a clientes e por parte de analistas da indústria e blogueiros.

Na semana passada, meu colega Michael Hay publicou sua lista de ideias de memes que se autorreplicam, se transformam e respondem a pressões seletivas, parafraseando a Wikipedia.

O Gartner, por sua vez, publicou sua lista de tendências para 2014 em tecnologia estratégica, que inclui tecnologias como impressão em 3D e nuvem pessoal. Minhas tendências estão mais focadas em TI para este ano.

*Clique aqui para acessar a lista de dez tendências em TI elaborada por Yshida



Mercado de trabalho: emprego na construção deverá bater recorde histórico em 2014, diz SindusCon-SP

Pesquisa divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em 4/2/214, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o emprego na construção civil deverá bater recorde histórico em 2014, com mais de 3,6 milhões empregados formais até junho deste ano.

Atualmente, o setor emprega 3,426 milhões de pessoas (Foto Divulgação Internet)
A melhor marca histórica do setor que é de 3,547 milhões de trabalhadores, registrada em setembro do ano passado. 

De acordo com a projeção, o crescimento do emprego em 2014, comparado ao ano passado, deverá ser de cerca de 3%. De acordo com a coordenadora de estudos de construção civil da FGV, Ana Maria Castelo, o indicador em dezembro de 2013 já indicava a recuperação do setor. “A taxa do emprego em relação aos últimos 12 meses de dezembro de 2013 comparado à de dezembro de 2012 foi de 1,54%, portanto, superior à média do ano para quase todos os segmentos”, afirma Castelo.

Vale lembrar que no fim de janeiro o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, destacou que o crescimento de dezembro de 2013 foi abaixo das expectativas. “De fato, para a construção, 2013 foi um ano que não deixará saudades, devido ao baixo crescimento da atividade do setor”, afirmou Watanabe.


Reportagem de Rodrigo Louzas, do Portal PINIweb


Energia heliotérmica: Ceará vai promover pesquisa para novos empreendimentos

Colocar o Ceará na ponta das pesquisas na área de energia heliotérmica e fomentar o surgimento de novos empreendimentos com uso de energia renovável.


Este é o objetivo de convênio que o Sistema Fiec e a Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit, da Alemanha, vão fechar nesta quarta (12/2/2014), às 9h, na Casa da Indústria, em Fortaleza.

O protocolo de entendimento definirá os termos de mútua colaboração entre as duas instituições.

Fonte Sistema Fiec


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Cidadania: "Os empregados têm carro e andam de avião. Eu estudei tanto pra quê?"

Se você, a exemplo dos professores que fizeram galhofa sobre homem "mal-vestido" no aeroporto, já se fez esta pergunta, parabéns: você não aprendeu nada

Por Matheus Pichonelli, na Carta Capital, em 7/2/2014

Professora universitária faz galhofa diante do rapaz que foi ao aeroporto sem roupa de gala.
 É o símbolo do país que vê a Educação como fator de distinção, e não de transformação

O condômino é, antes de tudo, um especialista no tempo. Quando se encontra com seus pares, desanda a falar do calor, da seca, da chuva, do ano que passou voando e da semana que parece não ter fim. À primeira vista, é um sujeito civilizado e cordato em sua batalha contra os segundos insuportáveis de uma viagem sem assunto no elevador. Mas tente levantar qualquer questão que não seja a temperatura e você entende o que moveu todas as guerras de todas as sociedades em todos os períodos históricos. Experimente. Reúna dois ou mais condôminos diante de uma mesma questão e faça o teste. Pode ser sobre um vazamento. Uma goteira. Uma reforma inesperada. Uma festa. E sua reunião de condomínio será a prova de que a humanidade não deu certo.

Dia desses, um amigo voltou desolado de uma reunião do gênero e resolveu desabafar no Facebook: “Ontem, na assembleia de condomínio, tinha gente 'revoltada' porque a lavadeira comprou um carro. ‘Ganha muito’ e ‘pra quê eu fiz faculdade’ foram alguns dos comentários. Um dos condôminos queria proibir que ela estacionasse o carro dentro do prédio, mesmo informado que a funcionária paga aluguel da vaga a um dos proprietários”.

Mais à frente, ele contava como a moça havia se transformado na peça central de um esforço fiscal. Seu carro-ostentação era a prova de que havia margem para cortar curtos pela folha de pagamento, a começar por seu emprego. A ideia era baratear a taxa de condomínio em 20 reais por apartamento.

Sem que se perceba, reuniões como esta dizem mais sobre nossa tragédia humana do que se imagina. A do Brasil é enraizada, incolor e ofuscada por um senso comum segundo o qual tudo o que acontece de ruim no mundo está em Brasília, em seus políticos, em seus acordos e seus arranjos. Sentados neste discurso, de que a fonte do mal é sempre a figura distante, quase desmaterializada, reproduzimos uma indigência humana e moral da qual fazemos parte e nem nos damos conta.

Dias atrás, outro amigo, nascido na Colômbia, me contava um fato que lhe chamava a atenção ao chegar ao Brasil. Aqui, dizia ele, as pessoas fazem festa pelo fato de entrarem em uma faculdade. O que seria o começo da caminhada, em condições normais de pressão e temperatura, é tratado muitas vezes como fim da linha pela cultura local da distinção. O ritual de passagem, da festa dos bixos aos carros presenteados como prêmios aos filhos campeões, há uma mensagem quase cifrada: “você conseguiu: venceu a corrida principal, o funil social chamado vestibular, e não tem mais nada a provar para ninguém. Pode morrer em paz”.

Não importa se, muitas e tantas vezes, o curso é ruim. Se o professor é picareta. Se não há critério pedagógico. Se não é preciso ler duas linhas de texto para passar na prova. Ou se a prova é mera formalidade.

O sujeito tem motivos para comemorar quando entra em uma faculdade no Brasil porque, com um diploma debaixo do braço, passará automaticamente a pertencer a uma casta superior. Uma casta com privilégios inclusive se for preso. Por isso comemora, mesmo que saia do curso com a mesma bagagem que entrou e com a mesma condição que nasceu, a de indigente intelectual, insensível socialmente, sem uma visão minimamente crítica ou sofisticada sobre a sua realidade e seus conflitos. É por isso que existe tanto babeta com ensino superior e especialização. Tanto médico que não sabe operar. Tanto advogado que não sabe escrever. Tanto psicólogo que não conhece Freud. Tanto jornalista que não lê jornal.

Função social? Vocação? Autoconhecimento? Extensão? Responsabilidade sobre o meio? Conta outra. Com raras e honrosas exceções, o ensino superior no Brasil cumpre uma função social invisível: garantir um selo de distinção.

Por isso comemora-se também à saída da faculdade. Já vi, por exemplo, coordenador de curso gritar, em dia de formatura, como líder de torcida em dia de jogo: “vocês, formandos, são privilegiados. Venceram na vida. Fazem parte de uma parcela minoritária e privilegiada da população”; em tempo: a formatura de um curso de odontologia, e ninguém ali sequer levantou a possibilidade de que a batalha só seria ganha quando deixássemos de ser um país em que ter dente é, por si, um privilégio.

Por trás desse discurso está uma lógica perversa de dominação. Uma lógica que permite colocar os trabalhadores braçais em seu devido lugar. Por aqui, não nos satisfazemos em contratar serviços que não queremos fazer, como lavar, passar, enxugar o chão, lavar a privada, pintar as unhas ou dar banho em nossos filhos: aproveitamos até as últimas conseqüências o gosto de dizer “estou te pagando e enquanto estou pagando eu mando e você obedece”. Para que chamar a atenção do garçom com discrição se eu posso fazer um escarcéu se pedi batata-fria e ele me entregou mandioca frita? Ao lembrá-lo de que é ele quem serve, me lembro, e lembro a todos, que estudei e trabalhei para sentar em uma mesa de restaurante e, portanto, MEREÇO ser servido. Não é só uma prestação de serviço: é um teatro sobre posições de domínio. Pobre o país cujo diploma serve, na maioria dos casos, para corroborar estas posições.

Por isso o discurso ouvido por meu amigo em seu condomínio é ainda uma praga: a praga da ignorância instruída. Por isso as pessoas se incomodam quando a lavadora, ou o porteiro, ou o garçom, “invade” espaços antes cativos. Como uma vaga na garagem de prédio. Ou a universidade. Ou os aeroportos.

Neste caldo cultural, nada pode ser mais sintomático da nossa falência do que o episódio da professor que postou fotos de um “popular” no saguão do aeroporto e se questionaram no Facebook: “Viramos uma rodoviária? Cadê o glamour?”. (Sim, porque voar, no Brasil, também é, ou era, mais do que se deslocar ao ar de um local a outro: é lembrar os que rastejam por rodovias quem pode e quem não pode pagar para andar de avião).

Esses exemplos mostram que, por aqui, pobre pode até ocupar espaços cativos (não sem nossos protestos), mas nosso diploma e nosso senso de distinção nos autorizam a galhofa: “lembre-se, você não é um de nós”. Triste que este discurso tenha sido absorvido por quem deveria ter como missão a detonação, pela base e pela Educação, dos resquícios de uma tragédia histórica construída com o caldo da ignorância, do privilégio e da exclusão.


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Pronatec: Dilma quer chegar a 8 milhões de matrículas em 2014

A presidenta Dilma Rousseff disse na terça (3/2/2014) que o Pronatec já conta com 5,7 milhões de matrículas, das quais 4 milhões feitas nos cursos de qualificação profissional e 1,7 milhão, nos cursos técnicos. “Até o final do ano, vamos chegar aos 8 milhões de matrículas que tínhamos nos comprometido quando lançamos esse programa”, disse.

Clique aqui para saber tudo sobre

No programa semanal Café com a Presidenta, Dilma informou que 60% das matrículas do Pronatec foram feitas por jovens com idade entre 17 e 29 anos, o que, segundo ela, mostra que eles veem no programa a oportunidade de melhorar a formação e conseguir um bom emprego. “[Isso] também é ótimo para o Brasil, que precisa, cada vez mais, de técnicos e de trabalhadores qualificados, para aumentar a produtividade nas nossas empresas e a competitividade da economia brasileira”, acrescentou. Ela destacou que, em 2013, os cursos do Pronatec podiam ser encontrados em 3.200 municípios e que, este ano, chegarão a 4.260 cidades.

Dilma explicou que o Pronatec oferece cursos técnicos que podem durar até dois anos, e cursos de qualificação com duração menor, de até quatro meses. Os cursos técnicos são oferecidos para quem está fazendo ou já terminou o Ensino Médio, disse. “Até o final de 2014, estarão em funcionamento mais 208 escolas técnicas federais. Já no início de março, teremos, em funcionamento, mais 151 escolas técnicas”, acrescentou. A presidente informou que o governo fez parceria com o Sistema S, como o Senai e o Senac, para a formação de técnicos nas mais variadas áreas.

Nos cursos de qualificação profissional, mais de 4 milhões de trabalhadores fizeram a matrícula para melhorar a capacitação, dos quais 900 mil eram beneficiários do Programa Brasil sem Miséria. “Esse esforço tem sido especialmente importante para a indústria”, disse. Com o Pronatec, o governo oferece mais de 300 mil vagas em cursos em setores estratégicos, como petróleo e gás, tecnologia da informação, construção civil, energias renováveis, entre outros.

A presidenta Dilma também lembrou que, em março, serão abertas as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada da Educação Profissional e Tecnológica (Sisutec), que seleciona jovens e adultos que já concluíram o Ensino Médio para as vagas dos cursos técnicos do Pronatec.

Mais de 32 mil vagas para presos e egressos
O Pronatec vai abrir 32.722 vagas para presos e egressos em cursos de capacitação no primeiro semestre de 2014. São mais de 600 cursos diferentes e haverá turmas de presos em regime fechado, semiaberto e provisório. Egressos (pessoas que já cumpriram pena) e cumpridores de penas alternativas terão turmas específicas.

As vagas serão distribuídas por todo o país. Os estados de Minas Gerais e São Paulo são recordistas de vagas, com 6.887 e 6.539, respectivamente. O processo de seleção de interessados vai considerar a escolaridade mínima exigida pelo curso, além de verificar se a previsão de progressão de pena (de regime fechado para o semiaberto, por exemplo) é superior à duração do curso.

Os participantes terão pena reduzida em um dia por cada período de 12 horas cursadas. “Os cursos proporcionam à população carcerária e aos egressos uma perspectiva melhor. Além disso, a remissão da pena pelo estudo antecipa a saída do sistema e possibilita a redução da superpopulação nos presídios”, disse o diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Augusto Rossini, ao site do Ministério da Justiça.

O Pronatec foi criado pelo governo federal em 2011 com o objetivo de oferecer cursos de educação profissional e tecnológica. Desde 2013, após parceria entre os ministérios da Educação e Justiça, o programa também alcança os presos e egressos.


Fonte Agência Brasil



Educação: novo ministro fala em expansão do Prouni e do Fies

Ministro Paim, em foto de Fabio Pozzebom,
da Agência Brasil
Em sua posse, na terça (3/2/2014), como novo ministro da Educação, José Henrique Paim, exaltou as políticas desenvolvidas pela pasta nos últimos anos e disse que irá ampliar o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). “Vamos continuar a expansão do Prouni e do Fies, que são patrimônios dos estudantes brasileiros e que serão preservados a partir da força regulatória do Ministério da Educação”.

Paim, que era secretário executivo do ministério desde 2006, renovou seu compromisso com a pasta, agora como ministro. Ele também agradeceu ao seu antecessor, Aloizio Mercadante, e disse “ter clareza da complexidade do processo educacional”. Ele destacou ainda o compromisso que o órgão deve ter com a formação de professores. “Nosso objetivo é fazer com que todos os professores tenham garantido seu direito à formação. Sabemos que a qualidade do processo educacional é determinado pela formação de professores”.

Em seu discurso de transmissão do cargo, Mercadante exaltou vários programas da pasta, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Prouni e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O agora ex-ministro, que assume a Casa Civil, elogiou Paim, a quem chamou de “exemplo de funcionário público”. Com a voz embargada, disse que sentirá saudade do MEC.

Paim, antes de assumir a secretaria executiva da pasta, presidiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo repasse de recursos para as políticas educacionais em todos os estados e municípios brasileiros. Ele também foi subsecretário da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República em 2003. Paim é graduado em economia e tem 47 anos.


Fonte Agência Brasil


Educação: 5 dicas para deixar a aula tão legal quanto um game

Por que será que os jovens passam tantas horas tentando vencer as fases de um game – e adoram? Parece mágica, mas não é. São apenas alguns truques usados pelos criadores de games para fazer com que eles sejam tão viciantes ao ponto que as pessoas não querem parar de jogá-los.

A boa notícia é que esses truques podem ser uados em sala de aula e nem é preciso ter muita tecnologia à disposição. Basta, para isso, criar uma atmosfera de jogo em sala de aula: estimular os alunos errar e escolher seus próprios caminhos.

Confira, a seguir, cinco dicas dos criadores de games que podem ser usados para deixar os alunos viciados em aprender:

Crédito ayelet_keshet / Fotolia.com

1 Criar eventos virtuais fora da escola
Faça sua aula ser um evento. Jogos como o FarmVille ou o Animal Crossing têm eventos acontecendo o tempo todo, mesmo que os jogadores não estejam on-line. Suas plantações precisam ser cultivadas e alguns dons especiais são entregues àqueles, por exemplo, que jogarem no dia do seu aniversário.

Nas escolas, por que o aprendizado não pode continuar quando o aluno vai para casa? Professores que conseguem mesclar conteúdo on-line e off-line fazem com que o processo de aprendizado seja mais dinâmico e continue para além do horário escolar. Um exemplo de atividade que o professor pode desenvolver fora da sala de aula é a marcação de eventos virtuais – com nome, data e horário –, em que os alunos assistem a alguns vídeos para discutir, ao vivo, com o professor, por meio de softwares de chamada, como o Skype ou o hangout,do Google+.

2 Medir ao longo do processo
Em alguns jogos, como o Angry Birds, os jogadores devem falhar muitas vezes antes de ter sucesso. Na sala de aula, tente fornecer maneiras para que os alunos cometam vários pequenos erros, em vez de impor grandes testes ou exames. Um jeito de fazer isso é por meio de ferramentas on-line, como o Socrative, para verificar a compreensão dos alunos durante uma unidade, ou durante cada aula. Ofereça aos alunos maneiras de dar e receber feedback.

O educador pode criar projetos que incentivem os alunos a fazer protótipos para, em seguida, dar um feedback construtivo sobre todas as fases do processo de desenvolvimento. É importante que o professor não espere o trabalho ser concluído para dar sua opinião, mas que guie todo o processo, identificando os acertos, os erros e indicando o melhor caminho a seguir.

3 Criar diversos caminhos para alcançar o mesmo objetivo
Os primeiros jogos que surgiram só ofereciam uma maneira de vencer. O jogador precisava cumprir uma série de objetivos pré-determinados em uma determinada ordem: correr até a rampa para encontrar a chave que abrisse a porta para vencer o dragão. Se ficasse preso em algum momento, não poderia terminar o jogo. Já os jogos mais modernos, como o Mario 64 e a franquia GTA (Grand Theft Auto), proporcionam ambientes cheios de missões para completar e lugares para explorar, na ordem que cada jogador deseja. Ou seja, o final do jogo será sempre o mesmo, mas cada um pode escolher seu caminho para chegar até ele.

O educador precisa encontrar esse mesmo tipo de flexibilidade em seu próprio currículo. Na escola, as disciplinas seguem um programa conjunto que vai, ao final de cada ciclo, aprovar o aluno com base em sua progressão por meio de um conjunto linear de objetivos, como faziam os jogos velhos. Mas, em sala de aula, o educador precisa ser mais criativo ao construir esses caminhos. Em vez de oferecer uma “missão principal”, guie os alunos para um mesmo objetivo, proporcionar muitas “minimissões”, que permitem que os alunos investiguem ainda mais e, consequentemente, se aprofundem mais no conteúdo da disciplina.

4 Reconhecer o progresso
Os criadores de jogos sabem que os jogadores têm mais probabilidade de desistir nos primeiros minutos de um jogo. Se eles não são “viciados” na primeira oportunidade, há uma boa chance de ele sair e não voltar nunca mais. É por isso que a maioria dos jogos modernos começam com desafios mais simples. Isso permite aos jogadores construir novas habilidades de que vai precisar ao longo do jogo.

O mesmo pode acontecer com cada aluno nos níveis iniciais de seu curso. Tente oferecer um feedback positivo para a realização de cada uma das tarefas simples que, com o decorrer do tempo, vão ficar mais difíceis. Assim, os estudantes não se assustam e ficam gradativamente mais cativados pela proposta.

5 Propor atividades que façam sentido para os alunos
Alguns dos jogos mais bem sucedidos de todos os tempos, como Civilization e Minecraft, permitem que os jogadores definam seus próprios objetivos e são livres para expressar sua criatividade no processo de construção de uma missão difícil.

Da mesma forma, o professor deve encontre maneiras de envolver os alunos em iniciativas que façam sentido para ele e sua comunidade. O professor pode, por exemplo, propor uma economia de sala de aula que funcione com moeda projetada pelas próprias crianças ou organizar um projeto na comunidade para beneficiar instituições locais.

Dadas as cinco dicas, vale dizer que as crianças não precisam jogar games reais em sala de aula para se beneficiar da dinâmica do jogo. O professor também não precisa conhecer videogames para desenvolver um currículo estimulante e envolvente como os jogos. Antes de tudo, é importante criar um ambiente estimulante, criativo e, é claro, divertido.


Fonte Porvir


Marco Civil da Internet: ativistas dizem que fim da neutralidade põe em risco a inovação

A internet sem neutralidade funcionaria de forma similar a uma TV a cabo, na qual o pacote de programação comprado filtra o que pode ou não ser visto. É assim que ativistas da internet livre explicam a existência de uma rede com acesso controlado. Esse formato está em discussão no Congresso Nacional, no projeto do Marco Civil da Internet, que discute se a neutralidade será ou não um princípio da rede no país. O tema, que é um dos impasses para a aprovação do projeto, foi debatido (31/1/2014) no quinto dia da Campus Party.

Um dos pontos em discussão é proibir as empresas que viabilizam a conexão de privilegiar, por meio de acordos comerciais, sites que paguem para ter suas páginas acessadas com maior velocidade.

“A neutralidade da rede é o princípio que preserva a essência do que é a internet. Questões políticas, culturais, religiosas, financeiras não podem fazer com que determinado tráfego seja privilegiado em detrimento de outro. Todos são iguais perante a rede”, defendeu Carlos Affonso Pereira de Souza, doutor em direito civil e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade.

O publicitário João Carlos Caribé, ativista pela inclusão digital, avalia que, caso não seja garantida a neutralidade da internet, estará sendo criado algo diferente do que existe hoje: "Vamos ter outra coisa, uma rede privada”, declarou. Para ele, a neutralidade é "um princípio basilar" da rede. Os ativistas apostam na internet como uma plataforma de propósito geral, de acesso e produção livre a todo usuário.

Carlos Affonso acredita que uma eventual imposição de limites pode afetar a inovação na rede, que é uma das características da internet. “Gera-se uma barreira econômica para que novos empreendimentos possam se estabelecer. Estamos cada vez mais empurrados para um quartinho murado na internet”, comparou. Ele explica que, em um quadro de ausência de neutralidade, somente empresas estabelecidas teriam uma condições de pagar aos provedores para trafegar com maior velocidade.

De acordo com os ativistas, os provedores iriam atuar como porteiros do que pode ou não ser visto na internet. Daí a similaridade com a TV a cabo. A cada faixa de plano de internet, o usuário acessaria determinado tipo de conteúdo, como redes sociais, ouvir músicas, utilizar e-mail, buscador, entre outros. Empresários do setor, no entanto, criticam a possibilidade de a neutralidade prejudicar os negócios e inviabilizar a venda de pacotes por diferentes velocidades.

Caribé lembra que a internet livre proporciona um debate aberto e amplo da sociedade, sem precisar de intermediários. “Isso é uma ameaça para o poder político, financeiro, para a indústria cultural”, destacou. Durante o debate, foram citadas muitas páginas de divulgação dos protestos de junho no país que foram apagadas das redes sociais.




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