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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Iniciação científica: alunos do Ciência Sem Fronteiras poderão fazer estágios nos EUA


Os estudantes que participam do programa de bolsas para iniciação científica Ciência sem Fronteiras terão apoio dos governos do Brasil e dos Estados Unidos para fazer estágios em empresas com atuação nos dois países.

O anúncio foi feito pelo subsecretário do Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DoC), Francisco Sanchez, e pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC), Tatiana Prazeres, em recente reunião (30/8/2012) com empresários na sede do Sistema Indústria, em Brasília.

A secretária informou que já existem 50 empresas brasileiras que atuam nos Estados Unidos interessadas em participar da iniciativa. Mas a expectativa do governo é elevar esse número. “O objetivo é aproximar os alunos brasileiros das tecnologias norte-americanas e vice-versa”, explicou Tatiana.

“Os Estados Unidos e o presidente Obama apoiam a iniciativa”, afirmou Sanchez. Ele anunciou que representantes de 66 universidades norte-americanas estão no Brasil para atrair estudantes e apoiar o Ciência sem Fronteiras, programa do governo brasileiro que financiará cem mil bolsas de iniciação científica no exterior em quatro anos. O Sistema Indústria apoia o programa financiando 6 mil das cem mil bolsas.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Ciência e tecnologia: falta de profissionais qualificados é o "calcanhar de aquiles" do Brasil

O déficit de profissionais brasileiros com conhecimento na área de ciência e tecnologia é o “calcanhar de aquiles” do desenvolvimento do país, na avaliação de especialistas ouvidos no recente Congresso Internacional do Centro Celso Furtado, cujo tema foi A Crise e os Desafios para um Novo Ciclo do Desenvolvimento.

De acordo com a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Tânia Bacelar, a falta de profissionais qualificados no mercado desafia a transição do Brasil para a sociedade do conhecimento. Principalmente, porque a migração implica mudanças no atual modelo industrial e de Educação. "Essa mudança desafia, sobretudo, a fragilidade e a insuficiência do sistema de Educação, ciência tecnologia".

Convidado para a palestra inaugural, o economista e professor da Universidade Jawaharlal Nehru, de Nova Deli, na Índia, Deepak Nayyar, destacou que a grande diferença entre o desenvolvimento das nações asiáticas e as da América Latina é o investimento em tecnologia.

Para o indiano, porém, além de investir nessa área, o Brasil precisa enfrentar a desigualdades de renda e a pobreza. Diante da crise econômica, a população (o mercado interno), na avaliação de Nayyar, é o grande ativo dos países em desenvolvimento. "Se estes alcançarem um o estado de bem-estar social, o céu é o limite. Do contrário, o mundo será mais do mesmo".

O diretor-presidente do Centro Celso Furtado e professor da Universidade de Brasília (UnB), Marcos Formiga, reforçou que a tecnologia é a aposta da humanidade para alavancar o desenvolvimento, calcado em avanços sociais, como a qualidade educacional. "Conhecimento é a chave. Não há dúvida, é a tecnologia que molda o futuro".
Fonte Agência Brasil

terça-feira, 31 de julho de 2012

Pesquisa e inovação: SBPC reitera críticas aos cortes no orçamento para ciência, tecnologia e inovação


A presidenta da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena Nader, criticou hoje (27/7/2012) os cortes no orçamento do governo para as áreas de ciência, tecnologia e inovação.

“O ministério [da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI] ganhou nova função e não é possível ficar com essa letra a mais [Inovação] mantendo o fluxo que é fazer ciência em qualquer país. Já são dois anos consecutivos com cortes no orçamento. No ano passado, alertei que o governo federal, ao cortar os recursos do MCTI, estaria sinalizando para os estados mudanças de atitude, isso já está acontecendo. As fundações de apoio já estão com menos dinheiro. Isso não está de acordo com o programa ousado, fantástico, que somos totalmente a favor, que é o Ciência sem Fronteiras”, disse à Agência Brasil.

O Brasil fica entre os 13 países com maior produção científica (ranking baseado na produção de artigos científicos publicados em revistas especializadas), mas ocupa o 47º lugar em inovação, pesquisa e desenvolvimento. O Estado é o principal investidor em pesquisa e desenvolvimento no país.

Em relação ao programa Ciência sem Fronteiras, Helena Nader questionou as garantias dadas para o retorno dos pesquisadores que fazem intercâmbio no exterior. “Temos que ter uma garantia para a volta com qualidade desses profissionais. Mercado não falta, principalmente nas áreas de engenharias e tecnologias, mas o retorno não é apenas para o mercado de trabalho, mas com relação ao financiamento (de pesquisas).”

Com o programa, o governo pretende enviar 101 mil profissionais e pesquisadores para diversos países em quatro anos. A ideia é o governo custear 75 mil bolsas de estudo e espera que a iniciativa privada viabilize mais 25 mil. O programa inclui desde bolsas do tipo sanduíche (em que parte do curso é feita no Brasil e outra parte no exterior) de graduação até pós-doutorado em 18 áreas de tecnologia, engenharia, biomedicina e biodiversidade.

A presidenta da SBPC destacou também que a entidade não é contrária ao sistema de cotas adotado pelas universidades públicas. No entanto, discorda de projeto de lei que prevê reserva de 50% das vagas em universidades a estudantes de escolas públicas por ferir a autonomia das instituições de ensino.

“O que realmente nos preocupa bastante é o Projeto de Lei nº 180 de 2008, que está para ser votado no Senado. Ele fere a autonomia universitária, por subordinar 50% do ingresso no ensino superior aos critérios de cada escola de ensino médio e tira da universidade o direito de opinar sobre o perfil de seu aluno. A SBPC nunca foi contra as cotas, até porque as universidades já adotam o sistema há mais de oito anos”, explicou, no encerramento da 64ª Reunião da SBPC, em São Luís, Maranhão.
Fonte Agência Brasil


domingo, 20 de maio de 2012

Da Agência Brasil: comissão do CNPq que analisará fraudes em pesquisas científicas investiga primeiras denúncias*

No próximo mês (junho de 2012), a Comissão de Integridade na Atividade Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai examinar quatro denúncias de fraude em pesquisas científicas no Brasil. Essa será a primeira reunião da comissão instituída no ano passado e que funcionará como auxiliar à diretoria executiva do CNPq.

Os processos estão sendo analisados sob sigilo pelas áreas técnicas do CNPq. A comissão foi criada para apurar se ocorreram, em pesquisas conduzidas no país, casos de falsificação e invenção de dados, plágio e autoplágio (quando o autor repete texto escrito e publica como fosse inédito).

De acordo com Paulo Sérgio Lacerda Beirão, coordenador da comissão e diretor de Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde do CNPq, o problema “sempre existiu”, mas “deixou de ser pontual e passou a ser um problema que as agências e os institutos de pesquisa têm que cuidar”.

Beirão avalia que a aparição dessas denúncias já é efeito da criação da comissão e destaca que o número de acusações é baixo levando-se em conta que o CNPq lida com 21 mil bolsistas. “Não é um número proporcionalmente significativo, mas é significativo que haja denúncias”, avaliou.

Se for comprovado algum problema em parecer técnico apreciado pela comissão, poderá ser sugerida à direção do CNPq desde a advertência do autor e correção de erro até a suspensão de bolsas e financiamentos concedidos pelo conselho.

Eventualmente, um processo administrativo poderá ser levado à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para tomada de contas especial, que apura responsabilidades (com direito de resposta) por ocorrência de dano e visa ao ressarcimento à administração pública. Responsáveis pelo problema poderão até ser inscritos no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).

Segundo Beirão, as fraudes nas pesquisas tendem a ser desmascaradas. “A virtude da ciência é que nada é tomado como definitivo, sempre estão verificando”, apontou. Ele ponderou, no entanto, que, até a descoberta da fraude, a produção científica pode ser induzida ao erro. “Isso implica custo, desvio. [A pesquisa] Começa a investigar uma linha que, na verdade, está errada. Está desperdiçando recurso humano, tempo, dinheiro”.

O diretor do CNPq observa que a ocorrência de fraudes em pesquisas científicas existe há alguns anos e em várias partes do mundo, não é algo novo. “A pesquisa científica é uma atividade sujeita às grandezas e vilezas [baixeza] do ser humano”, enfatizou.

Relatório da comissão de integridade disponível no site do CNPq enumera vários casos de fraude pelo mundo, entre eles o caso do Homem de Pitdown, “uma montagem de ossos humanos e de orangotango [falsamente descoberta no início do século 20, na Inglaterra] convenientemente manipulados, que alegadamente, seria 'o elo perdido' na evolução da humanidade”.

A farsa foi descoberta na década de 1950, quando foi possível fazer a datação da mandíbula e do crânio por meio de carbono radioativo e descobrir que os ossos tinham origens diferentes.

O CNPq faz parte, como membro da comissão executiva, do Global Research Council, órgão internacional recentemente criado pelas principais agências de fomento à pesquisa no mundo para, entre outras funções, tratar de problemas de integridade das investigações científicas em todo o planeta. Em maio do ano que vem, em Berlim, a capital alemã, o Global Research Council elaborará um documento que poderá servir para todas as agências como referência de normas contra a fraude científica.

Além de Beirão, fazem parte da comissão Jailson Bittencourt de Andrade, da Universidade Federal da Bahia; Silke Weber, da Universidade Federal de Pernambuco; Alaor Silvério Chaves, da Universidade Federal de Minas Gerais; e Walter Colli, da Universidade de São Paulo. As diretrizes básicas para a integridade na atividade científica estão disponíveis no site do CNPq.
*Reportagem de Gilberto Costa/Agência Brasil


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