Mostrando postagens com marcador livro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador livro. Mostrar todas as postagens

domingo, 24 de agosto de 2014

Dica de livro: Senai-SP Editora lança publicação sobre nanociência e nanotecnologia

No primeiro dia da Bienal do Livro de São Paulo (22 a 31 de agosto de 2014, no Anhembi), a Senai-SP Editora lançou a obra Introdução a Nanociência e a Nanotecnologia.


Elaborado por profissionais do Sesi-SP e do Senai-SP, a publicação reúne textos teóricos, exercícios e experiências práticas nas áreas da física, química e biologia.

A obra está sendo vendida com 50% de desconto na Bienal (Foto Tâmna Waqued/Fiesp)

O livro foi feito para apoiar as atividades dos alunos do ensino médio do Sesi-SP e dos técnicos em formação pelo Senai-SP, que têm acesso ao Programa Sesi Senai de Educação em Nanociência e Nanotecnologia, mas pode interessar a qualquer pessoa.

“Estamos democratizando os conhecimentos dessa área com alunos de outras escolas e com toda a sociedade. E a proposta é essa: motivar e incentivar as pessoas a descobrir mais sobre a nanotecnologia”, afirma o gerente de inovação e tecnologia do Senai-SP, Osvaldo Lahoz Maia.

De acordo com Maia, que participou da produção de conteúdo do livro, a nanotecnologia é uma ciência transversal, que já tem aplicação práticas em várias áreas da nossa vida e aumenta seu alcance a cada dia.

“O primeiro enfoque do programa do Sesi-SP e do Senai-SP é fazer uma imersão e alfabetização dos alunos no tema. Mas há também o objetivo de preparar técnicos para o mercado mundial de nanotecnologia, que é crescente. Áreas como cosméticos, farmácia e alimentação já têm influência da nanotecnologia.”

Durante toda a Bienal do Livro, que vai até o dia 31 de agosto, o livro “Introdução a Nanociência e a Nanotecnologia” é uma das publicações da Senai-SP Editora que estará sendo vendido com 50% de desconto.

Unidade móvel
Além do estande das editoras, o Sesi-SP e o Senai-SP também levaram ao Anhembi uma unidade móvel de Nanociência e Nanotecnologia. Em uma visita ao espaço, pode-se saber mais sobre as aplicações práticas dessas ciências, com a ajuda de monitores.


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tecnologia e Educação: livros eletrônicos poderão ter benefícios fiscais


Os livros eletrônicos poderão ser equiparados aos livros tradicionais na legislação brasileira, inclusive no que se refere à isenção de impostos. É o que estabelece o Projeto de Lei do Senado (PLS), 114/2010, do senador licenciado Acir Gurgacz, que está na pauta da reunião de terça (28/8/2012) da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).


Segundo o projeto, passam a ser equiparados a livro periódicos impressos no sistema Braille, dedicados a pessoas com deficiência visual, e equipamentos cuja “função exclusiva ou primordial seja a leitura de textos em formato digital ou a audição de textos em formato magnético ou ótico, estes apenas para o acesso de deficientes visuais”.

O projeto modifica a Lei 10.753/03, que institui a Política Nacional do Livro. A definição de livro contida nessa lei, de acordo com o autor, não é compatível com os avanços tecnológicos que se registraram nos últimos anos, especialmente no que se refere aos leitores eletrônicos.

Como observa em seu voto favorável o relator do projeto, senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), o projeto poderá levar à imunidade de impostos dos novos produtos, além da redução a zero das alíquotas do PIS-Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Essa medida, na opinião do relator, é compatível com o benefício tributário concedido por meio da Medida Provisória 534/2011 aos tablets produzidos no país.

- Se a tributação sobre tablets é mais branda, também deve ser a daqueles equipamentos cuja função exclusiva ou primordial seja a leitura de textos em formato digital ou a audição de textos em formato magnético ou ótico – compara Arruda em seu voto favorável.

A pauta da comissão inclui ainda 12 outros itens, entre projetos de lei e requerimentos. Um deles é o PLS 706/2007, de autoria do então senador Arthur Virgílio, que estabelece porcentagens mínimas, nas universidades, para doutores, mestres e docentes com regimes de trabalho em tempo integral. Um dos requerimentos em pauta, de autoria do senador João Capiberibe (PSB-AP), pede a realização de audiência pública com a participação de atletas olímpicos que obtiveram medalhas nos Jogos de Londres.


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Editora Senai-SP: lançamento de seis livros da série Engenharia Formação Profissional marca os 70 anos da organização

Os 70 anos de atividades do Senai de São Paulo serão tema de debate na 22ª Bienal Internacional do Livro, nesta sexta (10/8/2012), a partir das 19h. O encontro será realizado no estande da recém-criada editora da organização, com a presença de empresários e docentes que fazem parte da evolução educacional e tecnológica da entidade. Logo após o debate, às 20h, serão lançados seis livros da Série Engenharia de Formação Profissional.

Para ampliar a sinergia com os setores produtivos que atende, a entidade da indústria criou sua própria editora, que levará conhecimento e conteúdo técnico e tecnológico para a sociedade. Os seis livros da Série Engenharia de Formação Profissional abordam temas como o sistema de avaliação e aprendizado do Senai-SP, método pedagógico do ensino profissionalizante, inclusão de profissionais com limitações físicas no mercado de trabalho, desenvolvimento humano e os personagens e a metodologia que marcaram a solidificação do ensino profissional no país.

Criado em janeiro de 1942, o Senai é considerado referência de excelência na formação profissional para a indústria, sendo responsável por capacitar mais de 55 milhões de pessoas em todo o país.

Dentre a legião de alunos que passaram pelas oficinas e laboratórios da entidade estão o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, formado em São Paulo pela Escola Senai Roberto Simonsen, a primeira unidade da entidade no país, construída no bairro do Brás; Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro; e o tricampeão de Fórmula 1, Nelson Piquet.

Nacionalmente, o Senai é responsável por 809 unidades operacionais, sendo 471 fixas e 338 móveis. Somente o estado de São Paulo é detentor de rede com 165 escolas.
Segundo Walter Vicioni, diretor regional do Senai-SP e superintendente do Sesi-SP, poucas instituições nasceram para durar. “Só chegamos aos 70 anos porque fomos portadores de uma boa obra e nossos dirigentes tiveram visão de futuro.”

Confira a programação
Mesa de debates:
Composição: José Juarez Guerra, diretor da Finder Componentes Ltda;  Ricardo Olivati, coordenador de Treinamento em Serviços e Vendas da Ford Motor Company Brazil; Aline Vali, produtora gráfica da Editora Cosac Naify. Mediação: Osvaldo Luiz Padovan, diretor da Escola Senai Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle.

Lançamentos da Série Engenharia de Formação Profissional:
- Peare – Autora: Léa Depresbiteris – Tema: planejamento e avaliação pedagógica nas escolas do Senai-SP
- Provei – Autora: Célia Maria Vasques Miraldo – Tema: sistema de avaliação de aprendizado criado e utilizado pelo Senai-SP
- SMO – Autoria: vários, com organização do Senai-SP – Tema: método pedagógico desenvolvido no Senai
- Além da Teoria – Autoria: vários, com organização do Senai – Tema: desenvolvimento humano como meta educacional, utilizado no ensino de ciências aplicadas nas escolas da entidade
- Caminhos da Inclusão – Autora: Marta Gil – O papel do Senai na inclusão de profissionais com limitações físicas na indústria
- De Homens e Máquinas – Autor: Senai-SP – Tema: resgate da história e dos personagens que marcaram a trajetória da entidade.


terça-feira, 19 de junho de 2012

Da Radioagência: Feira em Osasco distribui livros para professores e estudantes da rede pública*


Vai até a próxima segunda (25/6/2012) a 2ª Feira do Livro de Osasco, São Paulo, na Biblioteca Municipal. Durante o evento, são distribuídos vales-livro para professores e alunos da rede pública de ensino.

Clique aqui para saber mais
Segundo a prefeitura de Osasco, mais de 30 mil estudantes receberão o chamado Dinheiro de Leitura, que corresponde a R$ 30. Aproximadamente 4.500 professores e gestores ganharão o valor de R$ 100 como vale.

A feira também está disponibilizando mais de 7 mil títulos com descontos. Além de contar com a presença de cerca de 50 editoras. Segundo os organizadores da exposição, o objetivo é democratizar a leitura.

Os visitantes podem participar também de atividades culturais como debates, oficinas, saraus e lançamento de livros das editoras presentes. Para as crianças, a programação oferece contação de histórias, musicais, teatro de bonecos e espetáculo circense. O horário de funcionamento da feira é das 8h às 20h e a entrada é gratuita.
*Clique aqui para ouvir a reportagem de Daniele Silveira/Radioagência NP.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

A Educação que funciona 2 – A Casa Meio Norte abre o futuro

Crônica de Ignáciode Loyola Brandão para o Estado de São Paulo

A cada passo, o espanto. Por fora me parecia uma escola normal, o muro alto vedando a visão. Transposto o portão, o inesperado, a absoluta limpeza. Logo, outro assombro, não há uma só grade. Antes de ser apresentado à diretora, fui ao banheiro. Imaculado. Não estava entendendo. Não é uma escola pública em um dos bairros mais afastados da capital do Piauí? Um dos bairros mais violentos, abandonados? Não me disseram que é uma escola para alunos carentes, aqueles a quem a vida pouco dá, ao contrário, com o correr dos anos vai tirando? Nenhuma grade para proteger do mundo exterior, nenhum grafite nas paredes e nem uma janela quebrada.

Veja no vídeo abaixo a prática das ideias da Casa Meio Norte 

A admiração cresceria a cada passo, revelando-me a diversidade brasileira, nossas incoerências e contradições. O absurdo tornado realidade, felizmente. Percorri classes, recebido por alunos sorridentes, de alto astral, orgulhosos, que me cantaram canções alegres. Já fui a muita escola de periferia em São Paulo e pelo Brasil. Alunos tristes, sem auto estima, professores desiludidos, agredidos, desrespeitados, humilhados. Instalações precárias, banheiros sujos, falta de carteiras, de material, paredes repletas de inscrições ininteligíveis, grades para evitar roubos e depredações, cozinhas precárias, merendas destinadas a fomentar a subnutrição.

Retrato do ensino brasileiro. Mas aqui, nesta escola chamada Casa Meio Norte, não! Tudo é diferente, e como! Por que decidi vir, abandonando outros compromissos? Racém-chegado de Berlim, ainda no aeroporto, me disseram: nessa escola, cada aluno lê entre 20 e 30 livros por mês. Vamos lá, eu disse!

Não acreditei, até chegar e descobrir que é verdade. Na Casa Meio Norte, na Cidade Leste, as crianças têm paixão por livros e pela escrita. Cada sala de aula tem uma sacola com 40 livros. As crianças descobriram que, por meio da literatura, podem escapar da dura realidade em que estão envolvidos e à qual fatalmente seriam levados. Um futuro não futuro, tornado futuro pela leitura e pela escrita. Cidade Leste vive sob o domínio da violência, há todo tipo de foras da lei, do traficante ao ladrão, ao ladrãozinho, ao futuro ladrão.

Esses meninos da Casa estariam destinados a se tornarem “mulas”, levando drogas, ou estariam nas ruas pedindo esmolas. Estariam soltos, abandonados, fadados a morte prematura. Há pais aqui que são do tráfico, da delinquência. Há quem não conheça o pai, há quem não saiba quem é sua mãe.

Todavia, quando entramos e vemos aqueles rostos, sabemos, tudo indica, estão salvos. Nessa Casa comem quatro refeições por dia, quando o normal, fora dessas paredes, seria não comerem nenhuma. Para ajudar a manter a Casa, o Jornal Meio Norte, do Grupo de Comunicação Meio Norte, um dos principais de Teresina, entra com apoio, patrocina uma série de coisas, alicerça realizações. Responsabilidade social pode gerar mudanças.

Quando entrei, uma menina de 10 anos, Mariana Garcês, disse que gostaria de ler um poema para mim. Se você do vicio consegue sair fecha a porta para eu não entrar. Se você na escola conseguir entrar deixe a porta aberta para eu passar. Contei minha história, a do Menino que Vendia Palavras, meu livro infantil. Disse que também fui pobre, lia muito, escrevia. Isso nos igualou. Em parte, claro.

A cada passo, um aluno queria me mostrar um texto. Numa das classes, Anderson, tido como dos mais tímidos da escola, teve coragem, veio à frente, me disse também um poema. Não conseguiu terminar, chorou de emoção. Todos queriam falar do livro que leram, e foram tantos. Vi a relação dos titulos retirados e devolvidos a cada dia. A turma — são 680 alunos — lê mais do que muito universitário da USP ou da PUC, do que muito menino de classe média e média alta do ensino privado.

Eles gostam de ouvir e de contar histórias. Muitos não sabem se verão o pai no dia seguinte, habituados ao cotidiano de violência que permeia lá fora. Muitos desses pais são aqueles que garantem a “segurança” da Casa Meio Norte. Certo dia, uma gangue de outro bairro roubou equipamentos. Dois dias depois os equipamentos “estavam de volta”, foram resgatados. Há um conceito que corre: Não mexa com a escola!



Muitas vezes, na reunião de pais e mestres, professores deparam com sujeitos vestidos corretamente, camisas de mangas compridas para esconder tatuagens ou cicatrizes, participando, dando opinião, perguntando. Eles não querem que os filhos sejam como eles. E os filhos não querem ser. Essa escola de ensino aplicado, que existe há dez anos, está realizando aquilo que todos desejam, e responde a pergunta que ouvimos pelo Brasil inteiro: como fazer a criança ler? Como tirá-las das ruas, dar identidade, ensinar cidadania? Aquela meninada sabe mais de cidadania do que milhares de parlamentares federais, estaduais, municipais, envolvidos em maracutaias sem fim.

Seminários, convenções, simpósios, debates de “alto nível”, comissões de governo. Nada tem adiantado ao longo de décadas. Basta vir a Teresina e conversar com os 28 professores da Casa, um grupo de abnegados apaixonados. Os olhos daqueles professores são iluminados. Aqui entra o paradoxo, a estranha maneira pela qual tudo funciona no Brasil e que nenhum ministro, secretário, educador, técnico, profissional consegue alcançar, entender. Há um Brasil aparente e um Brasil oculto com pessoas admiráveis sobre as quais não cai um foco de luz e elas não precisam, são alimentadas por sonhos e ideais. É o Brasil que caminha.

Saiba mais sobre a Casa Meio Norte no 7 idéias para melhorar a escola, no site Educar para Crescer.



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Visualizações