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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Bienal do Livro: escritores garantem que internet não diminuiu a importância do romance

Links, vídeos, imagens, textos e comentários, esse é o ambiente que a internet proporciona a seus usuários. Tudo atrelado à rapidez e à cada vez mais fácil perda de interesse em qualquer tipo de conteúdo. Nada mais natural pensar que o predomínio da ferramenta levaria à morte do romance. Não foi o que aconteceu, defendem os autores Alexandre Marino, Daniel Galera, Joca Terron e André Giusti, na 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura.

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"A literatura evoluiu segundo critérios que já existiam. A lista de livros mais vendidos é semelhante à que era antes da internet. Os romances ainda estão lá. Os livros com mais de 500 páginas ainda são best-sellers", diz o escritor e tradutor Daniel Galera. Para Galera, a internet é uma ferramenta necessária à literatura, faz parte da escrita como faz parte de qualquer outro trabalho. Prova disso é que os títulos lançados atualmente tem a versão digital também à venda nas livrarias. "O que mudou foi o suporte [computadores, tablets], mas não a literatura".

O escritor conta que, quando começou a escrever, a internet ainda estava em evolução. Como não havia publicadores, blogs ou redes sociais, usava o e-mail para veicular uma revista distribuída a 1,5 mil assinantes. Muito do que foi produzido naquela época, ele diz que ajudou a compor o primeiro livro, Dentes Guardados, lançado em 2001.

Já Alexandre Marino, que pertence à geração anterior à internet, quando publicar era luxo e passar pela censura da ditadura, uma batalha, acredita que a internet não vai acabar nem mesmo com os livros de papel. "Com a internet, ganhou-se alcance, mas com ela veio também uma tecnologia que facilitou a impressão de livros", diz.

Nenhum dos autores sabe prever por quais mudanças a literatura ainda vai passar, mas dentre as que já passaram, André Giusti destaca a troca com os leitores, os comentários, a facilidade de divulgação. Poeta e usuário da internet, ele utiliza o blog e as redes sociais para publicar. "Recentemente, em um dia, tive mais de 60 curtidas no Facebook em um poema. Quando, com um livro, teria mais de 60 leitores em um dia?", questiona.

Joca Terron, poeta, prosador, artista gráfico e editor brasileiro, valoriza as facilidades da internet, mas diz que é preciso cautela. "Para mim, a internet é a perfeição atingida do que é literatura: processo coletivo", diz. E explica que a internet traz também a ilusão de que se é lido em um ambiente onde "todo mundo fala e pouquíssima gente escuta". O escritor passa a ser mais um perfil na internet em busca de um clique "curtir" dos leitores.

O assunto foi debatido no seminário Internet - Estética, Difusão e Mercado, na 2ª Bienal do Livro, em Brasília. O evento tem entrada franca e prossegue até a próxima segunda (21/4/2014)l.

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Fonte Agência Brasil


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Biblioteca multimeios: Nordeste terá mais unidades do Indústria do Conhecimento

Seis municípios do Maranhão e três municípios do Rio Grande do Norte vão ganhar nos próximos dias unidades da Indústria do Conhecimento. A primeira inauguração será em Arari, na quarta (27/6/2012), cidade com de 27 mil habitantes e a 165 quilômetros de São Luís. As outras cidades maranhenses são Matões do Norte, Rosário, Caxias, Codó e Imperatriz.

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Com as obras praticamente concluídas, as inaugurações no Rio Grande do Norte devem ocorrer até meados de julho, em Jardim do Seridó, Serra Negra e Martins. As unidades da Indústria do Conhecimento, programa nacional do Sesi, são centros multimeios com biblioteca, DVDteca, CDteca, gibiteca e acesso à internet. Os usuários podem acessar informações, consultar livros e sites, com orientação de profissionais capacitados.

“A ampliação deste programa é importante, porque permite acesso à cultura em diversos locais onde há dificuldade nessa área. Assim, a indústria avança no sentido de se aproximar da comunidade, de contribuir para o desenvolvimento e para a formação da cidadania”, destaca o presidente do Sistema Fiern, Amaro Sales.


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