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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mercado de trabalho: emprego na construção deverá bater recorde histórico em 2014, diz SindusCon-SP

Pesquisa divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em 4/2/214, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que o emprego na construção civil deverá bater recorde histórico em 2014, com mais de 3,6 milhões empregados formais até junho deste ano.

Atualmente, o setor emprega 3,426 milhões de pessoas (Foto Divulgação Internet)
A melhor marca histórica do setor que é de 3,547 milhões de trabalhadores, registrada em setembro do ano passado. 

De acordo com a projeção, o crescimento do emprego em 2014, comparado ao ano passado, deverá ser de cerca de 3%. De acordo com a coordenadora de estudos de construção civil da FGV, Ana Maria Castelo, o indicador em dezembro de 2013 já indicava a recuperação do setor. “A taxa do emprego em relação aos últimos 12 meses de dezembro de 2013 comparado à de dezembro de 2012 foi de 1,54%, portanto, superior à média do ano para quase todos os segmentos”, afirma Castelo.

Vale lembrar que no fim de janeiro o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, destacou que o crescimento de dezembro de 2013 foi abaixo das expectativas. “De fato, para a construção, 2013 foi um ano que não deixará saudades, devido ao baixo crescimento da atividade do setor”, afirmou Watanabe.


Reportagem de Rodrigo Louzas, do Portal PINIweb


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Emprego x pobreza: 870 milhões de trabalhadores vivem com US$ 2 por dia

(Foto OIT/Kemal Jufri)
No Dia dos Direitos Humanos, em 10/12/2013, agências das Nações Unidas fizeram um apelo, entre outros, pelo fim da exclusão social.

O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho, OIT, Guy Ryder, lembrou que a Declaração de Viena, que completa 20 anos, pede o fim da pobreza extrema e coloca a justiça social no centro dos compromissos pelos direitos humanos.

Mas duas décadas depois, o mundo ainda tem 870 milhões de trabalhadores e suas famílias sobrevivendo, cada um, com US$ 2 por dia. Ryder destacou que deste total, 400 milhões vivem na pobreza extrema.

O chefe da OIT lamentou ainda que 20,9 milhões de pessoas estejam no trabalho forçado e que 168 milhões de crianças sejam obrigadas a trabalhar. Ryder explicou que a promoção do trabalho decente é reconhecida como um direito humano e precisa continuar sendo uma das prioridades globais.

Emprego e recuperação econômica
É provável que a persistente fraqueza da recuperação econômica aumente ainda mais a pressão sobre a situação mundial do emprego, advertiu o Diretor Geral da OIT, Guy Ryder.

Em discurso perante o Conselho de Administração da OIT, Ryder referiu-se aos dados publicados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em outubro, que revisou para baixo os números relativos ao crescimento mundial, de 3,2% previstos para 2013 para 2,9%, a taxa mais baixa desde 2010. As estimativas para 2014 também foram rebaixadas de 3,8% para 3,6%.

“Esta revisão das projeções reflete as dificuldades enfrentadas pelos principais componentes das economias avançadas, emergentes e em desenvolvimento. Além disso, reflete a difícil situação enfrentada pelas empresas e pelos trabalhadores na economia real”, acrescentou.

Ryder mencionou os níveis sem precedentes de desemprego, a estagnação dos salários em muitos países, um investimento privado abaixo dos níveis anteriores à crise e um setor público sob pressão para reduzir os gastos. “Estas tendências agravarão ainda mais a situação mundial do emprego”, assinalou.

A previsão é de que o desemprego juvenil, disse Ryder, permaneça alto em muitas regiões e que o trabalho informal continue aumentando, contribuindo para o aumento das desigualdades em muitos países.

Vários países adotaram uma estratégia de estímulo às exportações para compensar a fraqueza do consumo e dos investimentos internos, mas isto, assinalou o diretor geral da OIT, somente pode funcionar com um crescimento sustentado. “Necessitamos que a demanda cresça e também toda a economia, não de uma competição entre mercados cada vez menores”, disse.

No entanto, Ryder assinalou alguns progressos. Diversos países emergentes ou em desenvolvimento demonstraram maior resistência em relação a crises anteriores. Alguns dos países europeus que foram mais afetados pela crise econômica podem começar a crescer novamente, acrescentou. “Mas, fundamentalmente, existe uma compreensão crescente no mundo sobre a importância de conceder maior prioridade às estratégias centradas no emprego”, indicou.

A discussão sobre a economia mundial e a situação do emprego foi realizada durante recente reunião do Conselho de Administração da OIT. Os delegados discutiram a contribuição que as políticas sociais e de emprego podem dar à recuperação econômica e ao crescimento sustentável.

Fonte OIT, com informações da Rádio ONU


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Educação: apagão de mão de obra qualificada afeta inovação na indústria

Por Carla Jiménez

No país em que foram gerados mais de 14 milhões de empregos entre 2002 e 2012, a falta de mão de obra qualificada transformou-se num problema real, que já afeta a capacidade de inovação do setor privado. Esse foi um dos principais obstáculos apontados por 72,5% das 128.699 empresas que responderam à Pesquisa de Inovação (Pintec) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para inovar no mercado. A maior barreira, em todo caso, para mais de 80% das indústrias, são os custos altos no Brasil.

Seja como for, a pesquisa do IBGE reaviva o fantasma do “apagão de mão de obra”, que rondou o Brasil quando o país cresceu 7,5% em 2010. A retração econômica nos anos seguintes dissipou esse temor, mas a Pintec aponta que a baixa qualificação dos empregados afeta a área mais cara para o Brasil, que é avançar em inovação e, consequentemente, em competitividade.

“A formação de recursos humanos para inovação integra uma das agendas prioritárias da indústria brasileira”, afirma Rodrigo de Araújo Teixeira, gerente executivo de inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo ele, menos de 30% dos engenheiros no país atuam de fato em inovação. “Para equilibrar a oferta e demanda de engenharia, trabalhamos pela revisão do currículo nas universidades de Exatas”, completa.

Cerca de 103.000 pessoas no Brasil, em 2011, em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), a maioria na indústria, um aumento de quase 50% na comparação com a Pintec realizada entre 2006 e 2008.

O estudo do IBGE, divulgado hoje, levantou informações entre 2009 e 2011. A pesquisa revela que a aquisição de máquinas e equipamentos foi prioridade para quase dois terços das empresas inovadoras. Treinamento foi uma preocupação para quase 60% das companhias entrevistadas, e a compra de software, para 33,2%.

Na comparação com a Pintec anterior, o número de indústrias que implementaram produtos ou serviços novos teve uma queda de 38,1% para 35,6%. Ao todo, as empresas industriais destinaram 0,71% de sua receita líquida de vendas para pesquisa e desenvolvimento em 2011, acima dos 0,62% registrados em 2008.

Na divisão por setores, 44,1% das empresas de eletricidade e gás inovaram, seguidas pelo setor de serviços, com 36,8%. O investimento total em processos e produtos inovadores foi de 64,9 bilhões de reais em 2011, 2,56% da receita líquida de vendas das empresas.

Os investimentos em P&D na fábrica ainda estavam restritos a um universo de cerca de 7.500 empresas inovadoras em 2011. Os gastos para esse fim, no investimento geral com inovação, subiram entre 2008 e 2011: de 24,5% para 29,8%.


Fonte El País


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Opinião: renda e emprego sustentam novos perfis de consumo

Por Rui Daher/Terra Magazine

Em quase cinco anos de Terra Magazine, várias vezes manifestei-me favorável aos programas governamentais de inserção social, independente de quem os rotulava como assistencialistas ou não.
 
Para mim, tanto fazia, faz e fará desde que tragam algum alívio na renda das populações mais pobres e formem um mercado interno vigoroso.
 
Hoje em dia, não vejo telas e folhas cotidianas, as mais adversativas em sua oposição, negarem tais fatos como reais e virtuosos.
 
Lembro-me, também, que um ano antes do final do segundo mandato de Lula, escrevi temer que o modelo de crescimento baseado no aumento do consumo das famílias estivesse nos estertores.
 
Seria necessário ampliar os investimentos públicos e privados, sobretudo em infraestrutura, e realizar as reformas política e tributária, sempre adiadas para atender à Federação de Corporações Brasil.
 
Penso que, a partir de 2010, Dilma Rousseff como presidente, a inação quanto a esses itens fez o País perder alguns pontos no crescimento econômico e pontas no desenvolvimento social.
 
Ainda assim, alegra-me ver que, para fora do Fla-Flu partidário que excita nossos comentaristas, várias análises sérias têm concordado com o que aqui escrevi.
 
A revista “The Economist” exagerou. Não era para tanto, em 2009, como não o é para hoje e futuro.
 
Quanto ao consumo dos brasileiros que entrou para o foco da elite econômica como pecado mortal, considerada a presença de pobres com celulares em aeroportos parecidos com rodoviárias, intriga-me um ponto. O do perfil do consumo.
 
Parece claro que por algumas décadas tivemos a demanda interna represada.
 
Antes, como efeito da inflação; depois, efeito dos pífios crescimentos de emprego e renda.
 
Se o primeiro fator foi amenizado com o Plano Real, os programas de inserção social, a recuperação no salário mínimo e uma situação perto do pleno emprego amenizaram o segundo.
 
O que estava represado vazou em borbotões. Para onde? Para o mais fácil, que estivesse mais perto das mãos, o premente: alimentos, vestuário, higiene, bens de consumo doméstico e aqueles fetichizados pela lógica capitalista.
 
Então, parou por aí? Mais ou menos. Ainda existem enormes contingentes populacionais sem renda para atender essa primeira etapa do consumo.
 
Cabe, no entanto, e é por isso ser necessário continuar incorporando emprego e renda à economia, dar vigor à segunda etapa do consumo, que expande os bens de mais difícil aquisição, porém mais valiosos.
 
A procura por instituições privadas de ensino e planos de saúde mais compensatórios, na ausência de aparelhos públicos qualificados, já mostrou isso.
 
O mesmo se deve matutar diante do fato de agosto ter registrado, em São Paulo, um aumento de 86% nas vendas de imóveis, 46% no acumulado do ano, em relação a 2012.
 
Não estaria na lógica das economias capitalistas, a partir de emprego e renda, a população fazer crescer o consumo na proporção direta de seu porvir? 

Cidadania e emprego: um dia especial para egressos do sistema prisional

O dia 16 de setembro foi especial na vida de uma turma de alunos do Senai da Barra Funda, na capital paulista, especializada na área de alimentos e panificação. Dez alunos – nove homens e uma mulher – deram o primeiro passo para o recomeço de suas vidas. Trata-se da primeira turma do curso de panificação formada por alunos egressos do sistema prisional.

Primeiro dia do projeto no Senai da Barra Funda
O curso, o primeiro nesses moldes no Estado de São Paulo, é fruto do projeto Empregabilidade, uma das iniciativas da parceria entre a ONG AfroRegae e o Sistema Fiesp.

A Fiesp mobiliza seus sindicatos filiados para que os alunos saiam do curso profissionalizante do Senai-SP com a possibilidade de emprego formal. A primeira entidade parceira é o Sindicato da Indústria de Panificação do estado (Sindipan-SP).

Na abertura do curso, o diretor do Departamento de Ação Regional do Sistema Fiesp, Sylvio Alves de Barros Filho, destacou que “a oportunidade é muito importante, não só pelo projeto piloto em si, mas, principalmente, por parte de vocês [alunos], que serão exemplos para que outras pessoas possam fazer o mesmo caminho”.

Os alunos contam com bolsa-auxílio, com base nos recursos do Pronatec, além de acompanhamento adequado à realidade dos alunos.


Chinaider Pinheiro, coordenador de inclusão no mercado de trabalho da ONG AfroReggae, explicou porque levou o projeto para São Paulo, pois recebia muitos pedidos de pais e mães de ex-detentos que não conseguiam oportunidades de empregos. “Sabia que iria ser difícil, mas fiquei encorajado quando soube pelo José Junior [coordenador executivo do AfroReggae] que aqui havia outra instituição por trás nos fortalecendo, que é a Fiesp”.

Segundo Pinheiro, os alunos da turma inicial são protagonistas de uma nova história. “São vocês que conquistarão o espaço do projeto ‘Empregabilidade’ no estado de São Paulo. São vocês que vão trazer esperança para cada família de egresso que passa dificuldade na vida social.” Leia mais.


o rosto dos alunos, a emoção era visível. Em especial para M., a única mulher do grupo, e W., o mais velho da turma. Entre sorrisos e lágrimas, eles afirmaram, em entrevista à reportagem, que não vão desperdiçar a oportunidade. E garantem: vão fazer história. Seus nomes completos foram preservados, a pedido deles, que dizem sofrer preconceito. Leia mais.


Abraçar a iniciativa é uma ação de responsabilidade social para as empresas do setor de panificação, acredita, com conhecimento de causa, o diretor técnico do Sindipan-SP, Luís Carlos de Souza. Ele citou sua bem sucedida experiência de empregar um egresso do sistema prisional e fala da importância da confiança neles, já que todos têm o direito a uma oportunidade.

Para, diretor do Comitê dos Jovens Empreendedores (CJE) da Fiesp, Ciro Bueno, o projeto reflete a responsabilidade social de empresários empreendedores, como os do setor da panificação. “Essa turma de panificação é o primeiro caso de sucesso, mas temos certeza que terão vários outros e a gente vai atingir o êxito total nesse projeto”.

Fonte Sistema Fiesp/Agência Indusnet




terça-feira, 9 de julho de 2013

Emprego: apesar de menos vagas, economista da FGV avalia que mercado de trabalho continua aquecido

Apesar do baixo crescimento da economia nos últimos meses e da alta taxa de juros, o mercado de trabalho continua aquecido. A avaliação é do economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou nesta segunda (8/7/2013) indicador sobre emprego no país.

Ao comentar o recuo de 1,3% do Indicador Antecedente de Emprego em junho, depois de um leve aumento em maio, o economista explicou que o mercado de trabalho, puxado principalmente pelo setor de serviços, tem contratado menos, porque os postos já estão ocupados e o contingente de pessoas à procura de emprego tem sido menor. O índice busca antecipar a tendência do cenário  de trabalho nos próximos meses, com base em entrevistas com empresários da indústria e do setor de serviços, além de consumidores.

"O mercado de trabalho continua aquecido, apesar de a gente estar gerando menos vagas que antes, porque a gente gerou muito emprego, durante muito tempo, enquanto o desemprego era alto", disse. Segundo ele, manter um ritmo de contratação de 2,5 milhões de pessoas, como em 2010, é insustentável.

De acordo com o economista, o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que registrou abertura de 72 mil vagas em maio - alta de 0,18% em relaçao ao mês anterior - confirma o crescimento mais lento do mercado de trabalho, porém estável.

Para ampliar as contratações, acredita que a economia precisa ser alavancada. "Com inflação em aceleração, com previsão de aumento de juro, acho difícil", ponderou. Ele explicou que desoneração da folha de pagamento refletirá, no momento atual, em ganhos salariais, mas não em novas vagas.

Sobre a taxa de desemprego para junho, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o economista da FGV projeta uma pequena redução, para 5,7%. Nos meses anteriores, abril e maio, o indicador ficou em 5,8%.


Fonte Agência Brasil


quarta-feira, 3 de julho de 2013

Mercado de trabalho: profissionais de tecnologia da informação têm maior chance de emprego, avalia Ipea

A maior quantidade de postos de trabalho que demandam diploma de ensino superior abertos entre 2009 e 2012 foi para as atividades relacionadas à tecnologia da informação. Dos mais de 300 mil postos abertos no período, 49,5 mil estão nessa área, o que corresponde a 16% do total. Os dados são do estudo Radar: Perspectivas Profissionais – Níveis Técnico e Superior, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado hoje (3/7/2013).



Entre as carreiras que passaram a oferecer mais vagas, nos últimos anos, estão enfermagem – 27,2 mil – e as de relações públicas, de publicidade e de mercado e negócios, com 20,8 mil postos de trabalho. Em relação aos ganhos salariais, o Ipea constatou que os peritos criminais foram os que tiveram os maiores ganhos acima da inflação no período analisado: os rendimentos aumentaram 523,7%.

De acordo com o instituto, isso é uma consequência das políticas de valorização da carreira pública, o que, segundo o Ipea, pode ou não estar relacionado à escassez de profissionais na respectiva área. Depois dos peritos, os profissionais ligados à administração de serviços de segurança foram os que tiveram mais ganhos salariais no período apurado, totalizando 174,4%. Praticamente com o mesmo percentual de ganho apurado estão os auditores fiscais da Previdência Social, outra carreira pública que teve aumentos decorrentes dessa política governamental.

O Ipea observou que para as atividades de nível superior, no setor privado, em que há mais demanda, como tecnologia da informação, enfermagem e relações públicas, os salários de admissão foram mais altos do que os de demissão. Isso, para o Ipea, demonstra a escassez de profissionais no mercado e dá uma resposta ao fenômeno da rotatividade no Brasil, quando há muitas demissões. Em compensação, também existem muitas contratações nesses períodos, segundo pode ser verificado, mensalmente, nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

"Para essas ocupações, pode-se prever uma continuidade, no futuro próximo, dos aumentos salariais recentes pois as empresas estão enfrentando dificuldades para substituir, nas mesmas condições salariais, os profissionais desligados", informa o estudo.

De acordo com os dados do Ipea, os delegados de polícia foram os profissionais com nível superior que tiveram as maiores perdas salariais: -64,4% entre 2009 e 2012; seguidos por engenheiros ambientais, com redução de mais da metade do ganho real (-52,6%) e por chefs de cozinha (-37,3%).

Em relação a cursos de nível técnico, os que mais abriram vagas no período analisado estão no setor da saúde, como técnicos e auxiliares de enfermagem, técnicos em próteses ou em imobilizações ortopédicas, técnicos em odontologia, técnicos em óptica e em optometria, e tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas. Nessa área, foram criados quase 100 mil postos, 25% das praticamente 400 mil vagas abertas em atividades de nível técnico. Em eletroeletrônica e fotônica – profissões relacionadas à geração e à transmissão de energia -, foram abertas quase 50 mil vagas. Em áreas de operações comerciais, pouco mais de 40 mil.

"Mapas feitos a partir desses números são bastante úteis para formuladores de política que se veem diante da decisão sobre onde está a maior demanda por formação profissional para cada tipo de qualificação, bem como para cidadãos interessados em saber onde pode haver maior quantidade de novas vagas surgindo em sua profissão", avaliam os técnicos responsáveis pelo estudo do Ipea.

Os maiores ganhos salariais entre as atividades que demandam certificado de curso técnico são os de operadores de câmera fotográfica, de cinema e de televisão (51,1%), seguidos pelos profissionais de inspeção, fiscalização e coordenação administrativa (41,6%) e de laboratórios (29,3%). Os técnicos em biologia, necropsia e taxidermia e apoio em pesquisa e desenvolvimento de produtos tiveram queda de ganho nos rendimentos de -26,1%, - 15% e -9,3%, respectivamente.

Fonte Agência Brasil


Ciência sem Fronteiras: portal divulga vagas de emprego em 35 empresas

Em um ambiente virtual criado para integrar interessados no Programa Ciência sem Fronteiras, 35 empresas oferecem cerca de 60 oportunidades de trabalho a bolsistas e ex-bolsistas do programa. O Portal Estágios e Emprego é uma das estratégias para garantir vagas de trabalho no país aos bolsistas que adquiriram experiência em renomadas instituições do exterior.

Acesse o conteúdo do portal

“Se quisermos ser competidores globais temos que incentivar essa demanda natural. Não queremos ver essas pessoas trabalhado fora do Brasil”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, em recente edição do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

No portal, o candidato seleciona as áreas de interesse para definir as sugestões automáticas de vagas. O Ciência sem Fronteiras é um programa governamental que oferece bolsas de estudo no exterior. Criado em 2011, tem a meta de qualificar 101 mil estudantes e pesquisadores brasileiros até 2015.

O objetivo do programa é promover a mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores e incentivar a visita de jovens pesquisadores qualificados e professores experientes ao Brasil. As áreas prioritárias são: ciências exatas (matemática e química), engenharias, tecnologias e da saúde. O Ciência sem Fronteiras mantém parcerias em 35 países.


Fonte Agência Brasil


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Mais empregos: seis setores da indústria devem criar 625 mil vagas até 2015


Construtoras, prestadoras de serviços à indústria, montadoras de veículos e as fábricas de máquinas e equipamentos, de alimentos e bebidas e de roupas e acessórios serão responsáveis por 52% das vagas que devem ser criadas na indústria até 2015. Isso significa a criação de 625 mil postos de trabalho, informa o novo recorte do Mapa do Trabalho Industrial 2012, lançado pelo Senai, que revela os setores da economia com maior demanda por novos profissionais.


A pesquisa estima que a indústria brasileira vai criar 1,1 milhão de empregos para profissionais de nível técnico e de média qualificação nos próximos três anos.  Além disso, prevê que o setor precisará qualificar 6,1 milhões de trabalhadores para acompanhar os avanços tecnológicos. “A criação das novas vagas depende da continuidade da estabilidade econômica e da retomada do crescimento no país. Assim, os setores de maior demanda são aqueles intimamente ligados ao consumo das famílias”, explica o diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi.

O Mapa do Trabalho foi elaborado pelo Senai para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional da instituição. A pesquisa também pode apoiar os jovens brasileiros na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho.

Entre os profissionais de nível técnicos, a ocupação que lidera a demanda, com mais de 16 mil vagas, é a de técnico em construção civil. Esse profissional é responsável por desenvolver levantamentos topográficos, elaborar planilhas de orçamento e controle, e supervisionar a construção de edificações.

Importante fato revelado nesse recorte do Mapa do Trabalho Industrial é que as três ocupações de nível técnico com maior demanda por trabalhadores qualificados exigem conhecimento de matemática e programação em computador. A necessidade por esse perfil profissional segue a tendência de aumento da demanda por qualificação, que, para o período 2012-2015, é 24% maior que a registrada em 2008-2011, quando a necessidade de profissionais ficou em 5,8 milhões.

Já entre os profissionais cuja formação é feita em cursos profissionalizantes com mais de 200 horas, a maior necessidade é por operadores de máquinas de vestuário (25 mil vagas), seguidos dos operadores de instalações e máquinas de produtos plásticos e de borracha (11 mil vagas) e dos marceneiros (10 mil).


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Cidadania e emprego: Senai e Sesi vão preparar trabalhadores em 23 cidades do Paraná

Caminhos da Profissão é a mais nova aposta do Governo do Paraná para responder às demandas por profissionais qualificados e cidadania em 23 municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O programa, que é oferecido pelo Senai, com capacitação profissional, e pelo Sesi, com formação cidadã, vai beneficiar 920 trabalhador.

Serão ministrados 11 cursos de qualificação profissional nas áreas de informática, marcenaria, administrativa, manutenção predial e eletricidade predial e de formação cidadão, com aulas de relações interpessoais, saúde e segurança no trabalho, meio ambiente, ética e cidadania.
O governo paranaense vai entrar com a infraestrutura para as aulas teóricas, que serão realizadas nos telecentros conhecidos como Espaços Cidadão. As aulas práticas serão ministradas em equipamentos sociais das cidades.

Segundo o governador Beto Richa, a parceria com o programa Caminhos da Profissão é fundamental para atender a oferta de empregos que o estado dispõe. “O emprego existe. O que falta é mão de obra qualificada. Por isso buscamos parceiros como o Sesi e o Senai que detém o know how de educação profissional e formação social dos trabalhadores.”

De acordo com o secretário estadual de Assuntos Estratégicos, Edson Casagrande, que coordena os Telecentros Espaços Cidadão, a procura por cursos de capacitação e formação profissional cresceu significativamente desde o ano passado. A meta, segundo Casagrande, é atingir todos os municípios paranaenses até 2014.

Mais informações, a partir da próxima sexta (10/8/2012): www.seae.pr.gov.br.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Carteira assinada: melhoria da Educação do brasileiro contribui para forte crescimento do emprego formal


A formação nem sempre é de qualidade, mas o aumento do número de anos estudados tem contribuído de forma relevante para a geração de empregos com carteira assinada. Pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, revela que 60% da queda da informalidade entre 2002 e 2009 decorrem da maior escolarização do brasileiro.

Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, os pesquisadores dividiram a queda da informalidade em dois componentes. O efeito composição está relacionado à formação Educacional. O efeito nível mede os demais fatores, como crescimento da economia, expansão do crédito e medidas de estímulo pelo governo. A predominância da Educação surpreendeu os pesquisadores.

“Esse resultado nos causou perplexidade, e mostra, acima de tudo, que a Educação está mudando diversos aspectos da economia do país, inclusive a estrutura do mercado de trabalho”, diz Rodrigo Moura, que fez a pesquisa com o professor Fernando Holanda Barbosa Filho. O estudo considerou como trabalhadores informais apenas os empregados sem carteira assinada. Profissionais que trabalham por conta própria, como eletricistas e encanadores, foram enquadrados como trabalhadores formalizados.

Pelo critério dos pesquisadores, a taxa de informalidade entre os trabalhadores caiu de 43,6% em 2002 para 37,4% em 2009. No mesmo período, foram criados cerca de 9 milhões de empregos com carteira assinada em todo o país. Em todas as faixas educacionais, a taxa de informalidade caiu. Esse recuo está ligado ao efeito nível porque, para um mesmo nível de escolaridade, a economia criou mais empregos formais.

O efeito composição aparece ao comparar o tempo de estudo ao total da força de trabalho. De 2002 a 2009, a parcela de trabalhadores sem o ensino médio completo caiu de 66% para 53%. Nesse caso, o mero ganho de anos de estudo impulsiona significativamente a formalização, porque a proporção de trabalhadores informais é bem maior na população de menor escolaridade.

Com ensino médio completo, o vendedor Rodrigo Castro, 21 anos, trabalha em uma banca de produtos de informática na Feira dos Importados, em Brasília. Ele acredita que o estudo foi determinante para conseguir emprego com carteira assinada. “A Educação não me qualificou muito bem, mas ajudou”, diz. Antes do primeiro emprego formal, Rodrigo trabalhou por cerca de um ano e meio sem carteira assinada em uma lan house no interior da Bahia.

Para Rodrigo Moura, coautor da pesquisa da FGV, depois de elevar o tempo de estudo da população, o próximo desafio do país será a melhoria da qualidade do ensino. “O Brasil hoje tem maior proporção de trabalhadores com nível médio e superior, mas o percentual de instituições privadas de ensino superior de alta qualidade é bem baixo”, diz.

Apesar da qualidade questionável de boa parte das instituições de ensino superior, a gerente de lanchonete Fernanda dos Santos, 30 anos, não pretende desistir de estudar. Atualmente no primeiro emprego formal, ela tem o ensino médio completo, mas pretende cursar administração para conseguir um trabalho melhor e se adaptar a um mercado cada vez mais exigente. “Hoje, boa parte dos empregadores só aceita quem tem nível superior”, constata.
Fonte Agência Brasil


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