A presidenta Dilma Rousseff
disse nesta quinta (14/3/2013) que a Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial
(Embrapii) será a responsável por promover o “casamento” entre instituições
públicas de pesquisa e inovação e empresas privadas. A criação da empresa foi
anunciada hoje juntamente com o Plano Inova, que pretende tornar as empresas
brasileiras mais competitivas no mercado global por meio da inovação
tecnológica e aumento da produtividade.
A presidenta ressaltou que os recursos
serão investidos após análise do comitê gestor da Embrapii, formado pela Casa
Civil, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério da Fazenda e pela
Secretaria de Micro e Pequena Empresa (SMPE). “Nenhuma agência do governo tem
autorização, a partir de agora, para tratar como se fora seu o recurso da
inovação. Esse recurso é algo a ser decidido de forma compartilhada. Essa
questão é absolutamente essencial quando se trata desse plano. É nisso que
consiste o grande salto que nós tivemos.”
Ao todo, R$ 32,9 bilhões serão aplicados
em 2013 e 2014 e beneficiarão empresas de todos os portes dos setores
industrial, agrícola e de serviços. Para a presidenta, a inovação é essencial
para o país. “Inovar para o Brasil é uma questão de estar à altura do seu
potencial.”
O presidente do Sistema Indústria, Robson
de Andrade, disse que o desafio das medidas anunciadas pelo governo federal é
alavancar o desenvolvimento tecnológico do país. “O pacote é positivo. O Brasil
precisa desenvolver tecnologia e inovar para que a nossa indústria possa ser
mais competitiva não só no mercado interno, mas principalmente no exterior.”
Segundo Andrade, a iniciativa muda a
lógica atual de universidades buscarem parceria com empresas. “Agora, a empresa
tem a capacidade de ter o recurso e buscar o centro tecnológico ou a
universidade para trabalharem juntos”, analisou.
As linhas de financiamento serão
executadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e
pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse
que serão lançados editais em várias áreas, como petróleo e gás, etanol e
saúde, chamando projetos da iniciativa privada.
“É essa combinação que vai gerar uma
demanda de empréstimos na linha de inovação que vai permitir dobrar a escala do
que a gente já está fazendo hoje”, disse Coutinho. Segundo ele, atualmente, o
BNDES investe R$ 5 bilhões para programas de pesquisa e inovação.
Fonte Agência Brasil