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sobre Sahlberg (Foto Divulgação)
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... "Em
Lições Finlandesas: O que o mundo pode aprender com as mudanças educacionais na
Finlândia?, Pasi Sahlberg explica
como as escolas do país se tornaram bem-sucedidas. Autoridade de governo,
pesquisador e ex-professor de matemática e de ciências, Sahlberg atribui a
melhoria das escolas finlandesas a decisões ousadas tomadas nos anos 1960 e 1970.
A história da Finlândia é importante, ele escreve, “porque traz esperança àqueles
que estão perdendo a fé na Educação pública”.
Detratores
dizem que a Finlândia tem boa performance acadêmica porque é etnicamente
homogênea, mas Sahlberg responde que “o mesmo vale para o Japão, Xangai ou
Coreia”, que são admiradas pelos reformistas corporativos por sua ênfase nos
testes de múltipla escolha. Para os detratores que dizem que a Finlândia, com
sua população de 5,5 milhões, é muito pequena para servir de modelo, Sahlberg
responde que “cerca de 30 estados dos Estados Unidos têm uma população parecida
ou menor que a da Finlândia”.
Sahlberg
fala diretamente sobre a sensação de crise educacional que existe nos Estados
Unidos e em outras nações. Os formuladores de políticas dos Estados Unidos
procuram soluções baseadas no mercado, propondo “competição mais dura, obtenção
de mais dados, abolição dos sindicatos de professores, criação de mais escolas
charter ou adoção de modelos de gerenciamento do mundo corporativo”.
Em
contraste, a Finlândia gastou os últimos 40 anos desenvolvendo um sistema
educacional diferente, focado em melhorar a qualidade dos professores, limitar
os testes a um mínimo necessário, colocar responsabilidade e confiança antes de
cobranças e entregar a liderança das escolas e dos distritos escolares a
profissionais da Educação.
Para
um observador norte-americano, o fato mais marcante da educação finlandesa é
que os estudantes não fazem testes-padrão até o fim da escola secundária. Eles
fazem exames, mas os exames são desenvolvidos pelos próprios professores, não
por uma corporação multinacional de ensino. A escola básica finlandesa de nove
anos é uma “zona livre de testes-padrão”, onde as crianças são encorajadas a
“saber, criar e sustentar sua curiosidade natural”...