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segunda-feira, 6 de maio de 2019

“Ilha das Flores” é eleito o melhor curta-metragem brasileiro de todos os tempos


Votação foi promovida pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema e servirá de base para livro realizado em parceria com Canal Brasil e Editora Letramento

Por Abraccine




No ano em que comemora três décadas de seu lançamento, o filme “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado, é eleito o melhor curta-metragem brasileiro de todos os tempos, em levantamento realizado pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) e que servirá de base para o livro “Curta Brasileiro – 100 Filmes Essenciais”, produzido em parceria com Canal Brasil e editora Letramento.

A produção gaúcha – disponível no Canal Brasil Play –, vencedora do Urso de Prata do 40º Festival de Berlim, em 1990, é a primeira colocada de uma lista 100 títulos, que abrange desde obras feitas em 1913 (“Os Óculos do Vovô”), de Francisco Santos, o mais antigo filme brasileiro ficcional ainda preservado, até curtas recentes como as animações “Torre” (2017), de Nádia Mangolini, e “Guaxuma” (2018), de Nara Normande.

Em segundo lugar na votação promovida pela Abraccine com críticos, professores e pesquisadores de todo o país, aparece “Di” (1977), de Glauber Rocha, ganhador do Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes, seguido por “Blábláblá” (1968), de Andrea Tonacci, “A Velha a Fiar” (1964), de Humberto Mauro, e “Couro de Gato” (1962), de Joaquim Pedro de Andrade.

Joaquim Pedro tem quatro filmes selecionados entre os 25 primeiros colocados – além de “Couro de Gato”, estão “Vereda Tropical” (15ª colocação), “O Poeta do Castelo” (21ª) e “Brasília, Contradições de uma Cidade Nova” (22ª). O cineasta com mais produções na lista, no entanto, é Aloysio Raulino, que, como diretor, construiu um corpo de obra muito mais prolífico e marcante no curta-metragem. Cinco de seus filmes foram destacados: “O Porto de Santos”, “O Tigre e a Gazela”, “Jardim Nova Bahia”, “Lacrimosa”, este codirigido com Luna Alkalay, e “Teremos Infância”.

Também ganha destaque na votação a filmografia de Ivan Cardoso no formato, com quatro títulos: “À Meia-noite com Glauber”, “Nosferato no Brasil”, “HO” e “Moreira da Silva”. Da produção mais recente, chamam a atenção Kleber Mendonça Filho (“Vinil Verde”, “Recife Frio” e “Eletrodoméstica”) e André Novais Oliveira (“Fantasmas”, “Quintal” e “Pouco Mais de um Mês”), cada um com três filmes.

Além de “Os Óculos da Vovô”, em 53º lugar, o primeiro cinema foi lembrado com “Rituais e Festas Bororo” (1917), do Major Thomaz Reis, em 80º, e “Exemplo Regenerador” (1919), de José Medina, em 99º. Pioneiro, Humberto Mauro está presente com três trabalhos: “A Velha a Fiar”, quarta posição, “Carro de Bois” (1974), na 48ª, e “Cantos de Trabalho” (1955), na 67ª.

A votação também levou em consideração os médias-metragens com até 50 minutos, produção feita em menor quantidade no país e que teve grande representatividade na lista. Entre eles estão “SuperOutro” (1989), de Edgard Navarro, na sétima posição. “Viramundo” (1965), de Geraldo Sarno, na 12ª, “Horror Palace Hotel” (1978), de Jairo Ferreira, em 41ª, e “Integração Racial” (1964), de Paulo Cezar Saraceni, na 81ª.

Organizado por Gabriel Carneiro e Paulo Henrique Silva, a publicação “Curta Brasileiro – 100 Filmes Essenciais” será lançada no segundo semestre de 2019. Produzida em formato de livro de luxo, contará com ensaios dedicados a cada um dos 100 títulos, escritos por autores diferentes ligados à crítica e à pesquisa de cinema. Terá ainda 20 artigos sobre a história do curta-metragem no Brasil.

“Curta Brasileiro” encerra a coleção “100 Melhores Filmes”, formada por “100 Melhores Filmes Brasileiros” (2016), “Documentário Brasileiro – 100 Filmes Essenciais” (2017) e “Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais” (2018), produzidos em conjunto por Abraccine, Canal Brasil e Editora Letramento. O de animação ainda teve a parceria da Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA) e patrocínio da Secretaria do Audiovisual.

Veja a lista completa com os 100 melhores curtas-metragens eleitos pela Abraccine:

Ilha das flores (1989), de Jorge Furtado
Di (1977), de Glauber Rocha
Blábláblá (1968), de Andrea Tonacci
A velha a fiar (1964), de Humberto Mauro
Couro de gato (1962), de Joaquim Pedro de Andrade
Aruanda (1960), de Linduarte Noronha
SuperOutro (1989), de Edgard Navarro
Maioria absoluta (1964), de Leon Hirszman
A entrevista (1966), de Helena Solberg
Arraial do Cabo (1959), de Paulo Cezar Saraceni e Mário Carneiro
Alma no olho (1973), de Zózimo Bulbul
Viramundo (1965), de Geraldo Sarno
Vinil verde (2004), de Kleber Mendonça Filho
Documentário (1966), de Rogério Sganzerla
Vereda tropical (1977), de Joaquim Pedro de Andrade
Recife frio (2009), de Kleber Mendonça Filho
Nelson Cavaquinho (1969), de Leon Hirszman
Zezero (1974), de Ozualdo Candeias
Sangue corsário (1980), de Carlos Reichenbach
O dia em que Dorival encarou a guarda (1986), de Jorge Furtado e José Pedro Goulart
O poeta do castelo (1959), de Joaquim Pedro de Andrade
Brasília, contradições de uma cidade nova (1967), de Joaquim Pedro de Andrade
Maranhão 66 (1966), de Glauber Rocha
O som ou tratado de harmonia (1984), de Arthur Omar
Subterrâneos do futebol (1965), de Maurice Capovilla
Mato eles? (1983), de Sérgio Bianchi
Guaxuma (2018), de Nara Normande
Meow! (1981), de Marcos Magalhães
Eletrodoméstica (2005), de Kleber Mendonça Filho
O rei do cagaço (1977), de Edgard Navarro
Fantasmas (2010), de André Novais Oliveira
Socorro Nobre (1995), de Walter Salles
À meia noite com Glauber (1997), de Ivan Cardoso
Dias de greve (2009), de Adirley Queirós
A pedra da riqueza (1975), de Vladimir Carvalho
Memória do cangaço (1965), de Paulo Gil Soares
O duplo (2012), de Juliana Rojas
Quintal (2015), de André Novais Oliveira
Fala Brasília (1966), de Nelson Pereira dos Santos
O porto de Santos (1978), de Aloysio Raulino
Horror Palace Hotel (1978), de Jairo Ferreira
Esta rua tão Augusta (1968), de Carlos Reichenbach
Muro (2008), de Tião
Manhã cinzenta (1969), de Olney São Paulo
O tigre e a gazela (1977), de Aloysio Raulino
Cinema inocente (1980), de Julio Bressane
…a rua chamada Triumpho 969/70 (1971), de Ozualdo Candeias
Carro de bois (1974), de Humberto Mauro
Olho por olho (1966), de Andrea Tonacci
Praça Walt Disney (2011), de Renata Pinheiro e Sergio Oliveira
Chapeleiros (1983), de Adrian Cooper
Juvenília (1994), de Paulo Sacramento
Os óculos do vovô (1913), de Francisco Santos
Dossiê Rê Bordosa (2008), de Cesar Cabral
Lampião, o rei do cangaço (1937), de Benjamin Abrahão
Animando (1983), de Marcos Magalhães
Jardim Nova Bahia (1971), de Aloysio Raulino
Partido alto (1982), de Leon Hirszman
Torre (2017), de Nádia Mangolini
Mauro, Humberto (1975), de David Neves
Ver ouvir (1966), de Antônio Carlos Fontoura
Congo (1972), de Arthur Omar
Caramujo-flor (1988), de Joel Pizzini
Lacrimosa (1970), de Aloysio Raulino e Luna Alkalay
Palíndromo (2001), de Philippe Barcinski
Um sol alaranjado (2002), de Eduardo Valente
Cantos de trabalho (1955), de Humberto Mauro
O guru e os guris (1973), de Jairo Ferreira
Nosferato no Brasil (1970), de Ivan Cardoso
Mulheres de cinema (1976), de Ana Maria Magalhães
Kbela (2015), de Yasmin Thayná
A voz e o vazio: a vez de Vassourinha (1998), de Carlos Adriano
Libertários (1976), de Lauro Escorel
Meu compadre Zé Ketti (2001), de Nelson Pereira dos Santos
Seams (1993), de Karim Aïnouz
Céu sobre água (1978), de José Agrippino de Paula
Dov’è Meneghetti? (1989), de Beto Brant
Teremos infância (1974), de Aloysio Raulino
Texas Hotel (1999), de Cláudio Assis
Rituais e festas Bororo (1917), de Major Thomaz Reis
Integração racial (1964), de Paulo Cezar Saraceni
HO (1979), de Ivan Cardoso
Kyrie ou o início do caos (1998), de Debora Waldman
Pouco mais de um mês (2013), de André Novais Oliveira
Cartão vermelho (1994), de Laís Bodanzky
Um dia na rampa (1960), de Luiz Paulino dos Santos
Moreira da Silva (1973), de Ivan Cardoso
Nada (2017), de Gabriel Martins
Nada levarei quando morrer aqueles que mim deve cobrarei no inferno (1981), de Miguel Rio Branco
O ataque das araras (1975), de Jairo Ferreira
Enigma de um dia (1996), de Joel Pizzini
Amor! (1994), de José Roberto Torero
Menino da calça branca (1961), de Sérgio Ricardo
Estado itinerante (2016), de Ana Carolina Soares
Amor só de mãe (2002), de Dennison Ramalho
Carolina (2003), de Jeferson De
Contestação (1969), de João Silvério Trevisan
Guida (2014), de Rosana Urbes
Exemplo regenerador (1919), de José Medina
Frankstein punk (1986), de Cao Hamburger e Eliana Fonseca


terça-feira, 22 de maio de 2012

Do Blog DOCVERDADE: Velho Recife Novo

Oito especialistas de diversas áreas – arquitetura e urbanismo, economia, engenharia, geografia, história e sociologia – opinam sobre a noção de espaço público na cidade do Recife e destacam temas como: a história do espaço público na cidade, o efeito dos projetos de grande impacto no espaço urbano, modos de morar recifense, a relação entre a rua e os edifícios, a qualidade dos espaços públicos, legislação urbana, gestão e políticas públicas e mobilidade.


O blog divulga documentários sobre a exploração laboral e infantil, a fome, a miséria, a guerra, a corrupção dos governos, a manipulação da mídia, a venda dos estados em favor das corporações, o monopólio econômico e midiático, a degradação ambiental, a contaminação química nos alimentos, o preconceito racial, social e sexual, a crueldade com as pessoas e com os animais e, claro, contra a injustiça social.


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