quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Engenharia do futuro: conheça finalistas de concurso internacional de invenções



O Xarius foi desenvolvido na Alemanha. O objeto usa o vento para gerar energia, podendo depois ser usado para recarregar outros dispositivos, como um celular por exemplo (Foto James Dyson Award)

Vinte invenções foram pré-selecionadas para o prêmio James Dyson de engenharia deste ano. O vencedor ganhará o prêmio de 30 mil libras (R$ 105 mil).

Ao todo, 650 projetos competiram, de 18 países.

Entre os selecionados está o vencedor da rodada britânica, o gerador Renewable Wave Power, dispositivo que colhe energia das marés usando dois pistões.

O Biowool, que usa restos da indústria da lã e os transforma em material que pode ser usado como substituto para o plástico; o Cortex, um imobilizador impresso em 3D que pode ser usado como alternativa para o gesso; e o Mamori, um protetor de boca inteligente para atletas, equipado com sensores que pode alertar médicos caso seja detectado um alto risco de concussão.

O vencedor internacional será anunciado no dia 7 de novembro, juntamente com dois projetos que ficarão em segundo lugar.

Clique aqui para conhecer os indicados.

Fonte BBC Brasil


Cursos superiores de tecnologia: Senai-SP aceita inscrições em 16 faculdades com modelo inédito de financiamento

Vai até 25 de novembro o período das inscrições para 14 cursos superiores de tecnologia do Senai de São Paulo. Os candidatos aprovados podem se beneficiar de um modelo inédito de financiamento estudantil, aberto a alunos com renda familiar per capita de até três salários mínimos.

Para usufruir do benefício, os estudantes apenas se comprometem, sem a assinatura de nenhum instrumento jurídico, a pagar, após seis meses de formados, o equivalente à mensalidade em vigor.
 
Os estudantes também poderão solicitar bolsas de estudo por índice econômico familiar, monitoria ou iniciação científica. A partir deste processo seletivo, a organização também estendeu os benefícios para trabalhadores de empresas contribuintes. As bolsas são acumulativas e permitem descontos de até 48%.

Clique aqui para sabe mais sobre os cursos e as faculdades e fazer sua inscrição


Formação de professores: Impa abre inscrição para aperfeiçoamento gratuito de profissionais de matemática do ensino médio

Até 30 de novembro, estão abertas as inscrições para o Programa de Aperfeiçoamento para Professores de Matemática do Ensino Médio (Papmem), do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). O objetivo do curso é aprimorar o ensino de matemática nas escolas.
 
O treinamento é semestral e ocorre sempre nas férias escolares, com aulas presenciais no Rio de Janeiro e via internet em todos os estados. Segundo a coordenadora administrativa do programa, Maria Celano Maia, os cursos – que começaram a ser ministrados em 1990 – vão oferecer 5 mil vagas para o próximo módulo.
 
Maria diz que a deficiência no ensino de matemática é tão grave no país que afeta os cursos universitários, já que, segundo ela, a maioria dos professores que participam do curso no Impa não sabe a matéria que vai ensinar. “O que esse curso faz é rever os conteúdos do ensino médio. A gente propõe problemas para os professores reverem e treinarem esses assuntos. A gente vê que eles têm bastante deficiência nesses assuntos”.
 
De acordo com ela, a procura pelo curso vem mais de professores do interior dos estados. O curso é gratuito e o Impa oferece ajuda de custo para transporte e alimentação, além do material didático. As aulas também podem ser acompanhadas pela internet e os cursos anteriores estão disponíveis na página de downloads do instituto. Podem participar professores de matemática do ensino médio e formandos do curso de licenciatura em matemática.
 
De acordo com a publicação Anuário Brasileiro da Educação Básica 2013, do movimento Todos pela Educação, a principal deficiência no ensino brasileiro é justamente a matemática no ensino médio.
 
Segundo os dados da Prova ABC de 2011, último disponível, que avalia os conhecimentos das crianças de 8 anos, 42,8% dos estudantes atingiram o conhecimento esperado em matemática, variando de 28,3% na Região Norte a 55,7% na Região Sul. Na comparação entre as redes de ensino, 32,6% dos estudantes de escolas públicas demostraram o conhecimento esperado, enquanto entre os de escolas particulares a proporção ficou em 74,3%.
 
Na Prova Brasil, avaliação aplicada pelo Ministério da Educação, 14,4% dos alunos tinham o conhecimento esperado para o 5º ano do ensino fundamental em 1999, número que passou para 36,3% em 2011, superando a meta de 35,4%. No 9º ano do ensino fundamental, o índice passou de 13,2% para 16,9%, além da meta de 25,4%. No 3º ano do ensino médio, no entanto, o percentual de estudantes com a aprendizagem esperada em matemática caiu de 11,9% em 1999 para 10,3% em 2011, abaixo da meta de 19,6%.
 
Maria destaca que muitos conteúdos ensinados estão distantes da realidade dos estudantes. “Seria bom se mudasse mesmo. A gente também procura ressaltar esse aspecto da praticidade, do uso da matemática nas coisas cotidianas. Hoje em dia, o ensino médio está voltado, praticamente, apenas para o Enem e para o vestibular, não é?”.
 
O curso do Impa será ministrado entre os dias 13 e 17 de janeiro. Foram oferecidas 150 vagas para professores no estado do Rio de Janeiro e entre 40 e 100 vagas para os centros multiplicadores nas universidades de todos os estados, que transmitem as aulas ao vivo, via internet. As inscrições podem ser feitas pela internet, em página do Impa.
 
Fonte Agência Brasil

sábado, 26 de outubro de 2013

Cursos a distância: 15 mil vagas abertas em diversos programas, inclusive gratuitos

 

O Senai está com as matrículas abertas para 15 mil vagas em cursos técnicos e de qualificação profissional, além de programas gratuitos de curta duração.

São diversas opções, como segurança do trabalho; redes de computadores e em automação industrial para formação de técnicos; ou desenhista de produção gráfica web, montador e reparador de microcomputadores e eletricista de automóveis, para o nível de qualificação profissional.

Se o seu interesse for formação profissional, selecione os cursos técnicos ou os cursos de qualificação; se já tenha uma profissão, selecione os cursos de aperfeiçoamento ou os cursos de pós-graduação; e se você ainda está se preparando para o mercado de trabalho, selecione os cursos de iniciação profissional. Tem inscrições que se encerrarão em novembro, dezembro e janeiro. As aulas terão início em 2014.

O primeiro passo é clicar aqui para conhecer as opções e fazer sua inscrição
Os conteúdos são apresentados com vídeos, animações, simulações e textos elaborados exclusivamente para as situações de aprendizagem dos cursos. As aulas práticas e avaliações, que correspondem a pelo menos 20% da carga horária, são ministradas em centros de Educação do Senai.
 
Cursos gratuitos
Estes serve para quem quer incrementar o currículo. Eles tratam de temas que desenvolvem capacidades para a iniciação no mundo do trabalho ou, no caso de quem já está trabalhando, para a atualização das competências profissionais.

Há cursos de Educação Ambiental, Empreendedorismo, TI e Comunicação, Propriedade Intelectual, Legislação Trabalhista e Segurança no Trabalho que podem ser iniciados ainda em 2013.

Fonte Senai Nacional

Financiamento da Educação: “recursos dos royalties não serão suficientes para cumprir meta de 10% do PIB para a Educação”, diz Mercadante

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta sexta (25/10/2013) que os recursos dos royalties do petróleo não serão suficientes para cumprir a meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação nos próximos dez anos, como consta no Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Senado Federal. A área de Libra, a maior do pré-sal e de onde virá a maior parte dos recursos, atingirá o auge da produção nos próximos 12 anos. Segundo Mercadante, apenas em um próximo PNE será possível atingir a meta.

Em setembro, a presidenta Dilma Rousseff sancionou a lei que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde. O primeiro repasse, de R$ 770 milhões, deverá ser feito ainda em 2013; chegando a R$ 19,96 bilhões, em 2022, e a um total de R$ 112,25 bilhões em dez anos.

"A receita do petróleo é a melhor receita que nós podíamos ter. Mas Libra, que é a maior parte dessa receita, pelo menos nos próximos cinco anos, não terá produção. Então não resolve o problema dos 10% do PIB. Não é problema fiscal que está resolvido no Orçamento", disse Mercadante.

Segundo o ministro, atingir a marca de investimento de 10% do PIB significam R$ 240 bilhões a mais de prefeituras, estados e União. "Não há uma fonte segura que garanta esse recuso". Perguntado se a pasta tem outra fonte em vista, disse: "Penso nisso o dia inteiro".

O PNE estabelece metas para a Educação para os próximos dez anos. O plano tramita na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) antes de ser votado em plenário. De acordo com ele, a estimativa é que Libra gere um acréscimo de R$ 20 bilhões em média por ano nos próximos 30 anos para a Educação. "Daqui a 20 anos, provavelmente resolverá [os 10% do PIB], mas nesses primeiros dez anos não resolve", diz Mercadante.

Fonte Agência Brasil

Inovação: Rede Nacional Pesquisa terá tecnologia baseada na computação em nuvem

Tecnologia de computação em nuvem (conhecida também pelo termo em inglês cloud computing) da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) vai permitir que a Biblioteca Nacional e a Cinemateca ofereçam acervos digitalizados para consulta ao público a partir de fevereiro de 2014. O centro de dados compartilhados (CDC) que permitirá o armazenamento dessas informações será lançado em fase experimental. O conteúdo oferecido ainda será definido pelas instituições.

Na primeira etapa de construção, o CDC atenderá de forma mais restrita à comunidade acadêmica do país. A infraestrutura no início terá capacidade limitada, para que os usuários experimentem a plataforma. Entre os objetivos estão abrigar grandes volumes de informações e colaborar para a manutenção e a preservação de dados.
 
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De acordo com o diretor de serviços e soluções da RNP, José Luiz Ribeiro, a tecnologia permite a redução de custos de instalação, infraestrutura, equipamentos e recursos humanos, porque toda estrutura se concentra em um ou vários centros de informações (data centers), em geral à distância.
 
“A nuvem é um grande repositório onde são colocadas informações de todo tipo, como áudio, vídeo, dados e textuais. É um espaço onde se permite o processamento de informações. As informações que estão no computador são transferidas para a nuvem, onde uma empresa ou instituição é que vai armazenar os dados ou mesmo fornecer esse serviço de processamento de dados”, explicou Ribeiro à Agência Brasil.
 
Ribeiro destaca que a tecnologia de computação em nuvem necessita de conexão com internet, já que a infraestrutura, em geral, está localizada à distância. “Ela depende essencialmente da internet porque as informações estarão em outro lugar fisicamente, que pode estar na sua própria cidade como em um outro país, e a conexão com esse data center é feita por meio da internet”.
 
Apesar das facilidades oferecidas pela tecnologia, pode haver fragilidades na segurança das informações. Sobre a computação em nuvem no cotidiano no cidadão, Ribeiro ressalta que o usuário deve ter atenção ao contratar a plataforma de computação em nuvem. Informações sigilosas devem ser criptografadas para serem preservadas.
 
“O indivíduo precisa estar atento com a questão da privacidade das informações. Em uma nuvem pública, como é o caso da [oferecida pela] Google, Amazon e Microsoft, o usuário confia as suas informações a um terceiro, e não necessariamente essas informações estão seguras. Em alguns casos, pode estar previsto no contrato a divulgação das informações para o governo ou para um conjunto de empresas que vão querer, por exemplo, saber o seu perfil de consumo”, destaca.
 
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) também já trabalha com a tecnologia de computação em nuvem. Em iniciativa inédita, a empresa lançou no início deste mês a primeira nuvem do governo federal. O ambiente abriga sistemas para o Programa Cidades Digitais. A tecnologia oferece soluções de educação, atendimento médico hospitalar, gestão e comunicações para cerca de 80 municípios brasileiros.
 
De acordo com o superintendente de Produtos e Serviços do Serpro, José Gomes Júnior, a tecnologia permitirá que prefeituras brasileiras tenham estrutura para montar seus sites.
 
“Para cada prefeitura ter seu site e todos os sistemas, em um primeiro momento elas precisariam ter uma infraestrutura de processamento local, um minicentro de processamento de dados, servidores e licenciamento dos softwares. O que o Serpro está fazendo é levar toda essa tecnologia às prefeituras, elas não precisam mais se preocupar em ter essa infraestrutura do outro lado”, disse o superintendente à Agência Brasil.
 
O gerenciamento da tecnologia ficará sob a responsabilidade do Serpro em um centro de dados da própria instituição. O espaço para armazenamento e processamento de dados será dado de acordo com a necessidade do usuário. Gomes Júnior explica que a ferramenta de computação em nuvem do Serpro está disponível apenas para entes governamentais.
 
Fonte Agência Brasil

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Financial Times destaca Petrobras, Embraer e Embrapa por inovação


Petrobras criou fluidos sintéticos que facilitam extração de petróleo (Foto Agência Brasil)

Dois dias depois do leilão do Campo de Libra, que deve requerer US$ 180 bilhões de investimentos – boa parte dedicada ao desenvolvimento de tecnologia para a exploração de petróleo a 7 mil metros de profundidade no mar –, o Financial Times (FT) traz nesta quarta, (23/10/2013), suplemento de quatro páginas sobre inovação e pesquisa no Brasil.

 
 

Design: estampas e paisagens

Já reparou como algumas paisagens dariam belas estampas? O inglês Joseph Ford já. O fotógrafo é responsável pela série Aerial fashion & aerial landscapes, onde compara vistas aéreas com detalhes de estampas variadas.


Clique aqui para ver o trabalha de Ford

Entre os aspectos mais interessantes do trabalho de Ford, está a preferência por paisagens não necessariamente deslumbrantes, mas com aspectos visuais fortes que possam ser postas lado a lado com peças comuns ao nosso dia a dia.

Cidadania: “Ajudei minha família a romper o ciclo de pobreza”

Por Paula Adamo Idoeta, da BBC Brasil

Lucineide do Nascimento, 44, nasceu nos arredores de Natal, trabalhou na roça desde cedo e, se tudo tivesse corrido como o planejado pelo seu pai, teria casado cedo e continuado com a vida humilde no campo.

Lucineide é uma das entrevistadas da BBC na série 100 Mulheres – Vozes de Meio Mundo,
que aborda os anseios e as conquistas das mulheres atuais
 
"Mas eu era atrevida e bati de frente com meus pais", diz ela. Aos 17 anos, decidiu ir para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como empregada doméstica e depois, já em São Paulo, como representante comercial, vendendo utensílios domésticos.

Em 2007, em busca de mais autonomia, decidiu abrir um negócio próprio, de sacolas reutilizáveis de algodão cru – justamente a matéria-prima que plantava e colhia em sua juventude no Rio Grande do Norte.

Sua história retrata algumas das transformações do Brasil na última década, da ascensão de milhões de pessoas à classe média às mudanças que isso desencadeia na dinâmica das famílias e do mercado de trabalho – sobretudo entre o sexo feminino.

Hoje, a potiguar é a dona da empresa que sustenta sua família e emprega seu marido e um dos dois filhos (de 15 e 17 anos), produzindo 10 mil sacolas por mês, na zona sul de São Paulo. Ela diz que aprendeu a delegar tarefas da casa para poder dar conta do crescimento da empresa e "para poder ter tempo de encontrar as amigas".

E ajudou a mudar a realidade de seus parentes no Nordeste.

"Somos uma família enorme, de sete filhos, muito humilde. A gente não tinha nem energia elétrica. Meu pai tinha medo que fôssemos para a cidade grande, queria que eu casasse (enquanto) nova e ficasse na roça, tendo uma vidinha pacata.

Eu fui a ovelha negra, mas hoje sou o orgulho da família. Todos moram na cidade, decidiram estudar, muitos estão se formando na faculdade. Ajudei eles a sair do ciclo de pobreza."

BBC Brasil - Você veio de um ambiente rural e de outro em mutação, que é o do trabalho doméstico. Viveu machismo ou preconceito?
Lucineide do Nascimento - Cheguei a ser humilhada por patrões por ser nordestina e, como representante comercial, sofria com cantadas. Mas hoje me sinto respeitada. Brinco que, quando subo no salto, não há quem me enfrente!

Aqui no Brasil ainda existe preconceito, (muitos) acham que a mulher veio ao mundo para cuidar do lar, e mesmo em empregos iguais, ganha menos que o homem. Isso está mudando aos poucos, nós mesmas somos as maiores responsáveis por quebrar isso. O que pensei é: se tenho capacidade, por que não abrir meu próprio negócio?

Tive uma trajetória muito difícil, de muito sofrimento. Vim (do RN) muito ingênua. Mas meu pai diz que eu sempre fui atrevida. Enquanto era profissional autônoma, comecei a buscar informações sobre o que era ecologicamente correto, liguei para (a ONG ambiental) Greenpeace. Aprendi que, para substituir as sacolas de plástico, o melhor eram sacolas de algodão cru, (tecido) que se decompõe.

Comecei comprando no atacado e vendendo as minhas sacolas para escolas ou para empresas de brindes, que eram intermediários. Agora vendo direto para o consumidor final e quero triplicar minha produção. O negócio cresceu no boca a boca.

Que papel a Educação, formal ou informal, teve na sua formação?
Só estudei até o terceiro colegial, mas fiz um curso de capacitação no Sebrae.

Meus pais sempre me disseram que confiavam em mim. Isso me fez enxergar que era uma pessoa de muito potencial. Então sempre me cobrei muito, me achei no direito de crescer.

Para os meus filhos, a lição que eu quero passar é de superação e integridade. Eles são motivo de orgulho para mim porque têm a cabeça boa, são preocupados com o futuro. Eles me dizem, "mãe, te admiro. Você é uma mulher forte". Um deles vai cursar engenharia na faculdade.

Na roça, (minha família) antes só queria ter filhos, havia muita ignorância. (Falava para eles) que a educação e o conhecimento são importantes. Ajudei a minha irmã em Santa Cruz do Rio Grande do Norte, que fazia marmitas, a fazer o negócio dela crescer. Comprei um terreno para ela, que montou uma cozinha e um salão. Agora, eles têm planos de abrir uma churrascaria.

E quais seus principais desafios como mulher hoje?
No profissional, acho que é fazer a minha empresa (Edilu Sacolas Ecológicas) se tornar uma marca (conhecida), porque está ficando sólida nesse mercado sustentável.

No pessoal, tento delegar bastante as funções entre a família, porque eu dedico boa parte do meu tempo à Edilu. Eles passaram a me ajudar a lavar louça, fazer comida e administrar suas próprias responsabilidades, como ir no dentista, no inglês, estudar para prova.

Porque teve uma época muito difícil, em que eu tocava a empresa de noite enquanto ainda era representante comercial de dia. Fiquei doente de estresse, tinha tremedeira, cansaço. Achei que era problema do coração, mas o médico falou que eu tinha sintomas de depressão. Eu queria fazer tudo ao mesmo tempo, não tinha descanso.
 
Daí eu me tratei, passei a delegar. Hoje (meu desafio) é que sobre tempo para as minhas coisas de mulher, sair para bater papo com as amigas. Aprendi com o tempo que a vida não é só trabalho e família.


Semana Design Rio: ‘O design social cria soluções para a pobreza’, afirma curadora de museu em Nova York

Designer de formação, e ativista de direitos humanos e justiça social de longa data, a americana Cynthia Smith encontrou em um museu de Nova York o lugar ideal para conjugar sua dupla atuação.
 

Cynthia apresentará palestra na Semana Design Rio,
na sexta (25/10/2013) Foto Agência O Globo

No Smithsonian Cooper-Hewitt, National Design Museum, único nos Estados Unidos dedicado ao design contemporâneo e à história da atividade, Cynthia se tornou curadora de design socialmente responsável em 2009, dois anos depois de ter realizado lá a exposição 'Design para os outros 90%', uma referência à parcela da população que não costuma ser atendida por esse tipo de projeto.

Antes de chegar ao Cooper-Hewitt, ela passou mais de dez anos fazendo projetos de design e planejamento multidisciplinar para instituições culturais. Em seu engajamento político, chegou a disputar uma eleição para líder distrital.
 
Decidida a integrar seus interesses, a designer voltou a estudar e se formou na Harvard University’s Kennedy School of Government. Hoje, Cynthia é uma referência para quem busca uma visão e uma atuação engajadas no universo do design.

Clique aqui para continuar lendo a reportagem completa no O Globo, e aqui para saber mais sobre a Semana Design Rio.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Educação: as agruras de ser menina

Por Carol Nunes

Campanha chama a atenção para a exclusão de gênero que atinge meninas do mundo inteiro

No mundo, há 34 milhões de meninas de 6 a 14 anos fora da escola, sendo que dessas, 17 milhões não têm sequer expectativas de estudar. Uma das concorrentes ao Nobel da Paz de 2013 era Malala Yousafzai, paquistanesa que sobreviveu ao ataque de um grupo Talibã em ofensiva à sua luta pelo acesso à Educação das meninas de seu país.

O Brasil, apesar de ter uma carta de leis exclusiva para assegurar os direitos de crianças e adolescentes e um número crescente de crianças na escola, enfrenta dificuldades em quebrar o ciclo da pobreza associado ao gênero feminino.

Para chamar a atenção sobre a fragilidade social de garotas entre 6 e 14 anos, a Plan International Brasil lançou o vídeo da campanha Por Ser Menina, como parte da celebração do Dia Internacional da Menina, estabelecido pela ONU em 2012.


A peça mostra de forma lúdica as diferenças entre os anseios de desenvolvimento de uma garota pobre e as dificuldades encontradas por ela ao ter seus direitos negados.

Promover a Educação de mulheres é um dos investimentos mais poderosos para desenvolvimento social, de acordo com a Plan International. Segundo Anette Trompeter, gerente geral da organização, cada ano a mais na escola representa de 15 a 20% a mais na renda da mulher. Esse aumento da renda se reflete automaticamente no bem-estar familiar: “enquanto os homens investem cerca de 30% da renda na família e na comunidade, as mulheres colocam 90%, acabando com o ciclo da pobreza, inclusive dos seus próprios filhos”.

Trabalho doméstico e estagnação social
A frequência escolar, no entanto, não tem tanto poder de transformação se não há qualidade de ensino nem foco no estudo. Anette destaca que essa é a principal consequência do trabalho infantil doméstico, que retira boa parte do tempo que deveria ser dedicado ao estudo e à brincadeira.

Em muitos casos, o trabalho infantil doméstico evolui como forma de renda, mas por não ter conseguido se qualificar, a garota tem menos perspectivas de evolução no mercado de trabalho. A não-priorização da escolaridade por conta do trabalho doméstico gira a engrenagem da pobreza intergeracional: “as filhas das mulheres provavelmente vão estudar menos porque a mãe que sempre foi trabalhadora doméstica entende que isso não é tão importante assim”, explica Anette.

Pesquisa divulgada pela Plan International, com mais de mil meninas em 5 estados brasileiros, aponta que 76,8% das meninas entrevistadas lavam a louça em casa, enquanto apenas 12,5% dos meninos fazem a mesma tarefa. No cuidado com a família, o desequilíbrio se mantém: as mães são o ente familiar que mais cuida da família (76%). Essa desigualdade perpetua a percepção de que o cuidado com o lar é uma responsabilidade essencialmente feminina que deve, portanto, ser retransmitida às meninas desde cedo. “Enquanto o menino chega da escola e vai brincar, a menina vai cuidar da casa” – exemplifica Anette – “esse ciclo não deve ser culturalmente aceito”.

Educação de qualidade
A Educação de qualidade é outro turning point para o desenvolvimento social desse grupo. Os principais motivos de evasão escolar de garotas são o casamento ou união informal e a gravidez na adolescência. Para quebrar esse ciclo, é necessário investir no acesso a informações sobre direitos sexuais e reprodutivos. “O que conseguimos ver claramente em nossos projetos é que os jovens, quando expostos a essas informações, passam a ter consciência, por exemplo, de que a gravidez pode ser uma grande ruptura no crescimento pessoal”, declara Anette.

Meninas com acesso à Educação de qualidade têm não só mais chances de alcançar os objetivos pessoais e profissionais, mas também confiança para lutar por seus próprios direitos. Esse empoderamento é essencial para o combate à violência doméstica.

Entre as entrevistadas pela pesquisa, 57,3% acreditam que “meninas sofram mais violência por serem meninas” e 20% conhecem alguma menina que já sofreu violência. “Esses dados confirmam que as violências de gênero são agravadas pelo desconhecimento de seus direitos. Para compreender, por exemplo, uma violência verbal ou entender que o trabalha doméstico não é tarefa só de meninas, mas de ambos os sexos, as meninas primeiro precisam entender que aquilo não é uma condição natural apenas por elas serem meninas”, afirma Célia Bonilha, assessora de Gênero e Segurança Econômica da Plan.

Fonte Página 22

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