O Ministério da Educação (MEC) entregou nesta quinta (12/12/213) os
prêmios aos vencedores do 7º Prêmio Professores do Brasil, que reconhece o
mérito dos profissionais da rede pública de ensino. Para o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, os escolhidos são educadores que, com iniciativas
simples, fazem a diferença na sala de aula.
Uma das vencedoras foi Verenice Gonçalves de Oliveira, de São João
Evangelista, em Minas Gerais, premiada na categoria de temas livres. O projeto
Vó Me Conta, de sua autoria, incentiva a produção literária dos alunos do
ensino médio. “Já estamos na terceira edição do projeto e do livro, que busca
reunir as histórias antigas da nossa região, contadas pelos avós, através das
gerações”, disse Verenice. A professora explicou que o livro é o produto final,
mas que há todo um esforço interdisciplinar para incentivar o registro da
cultura regional.
O Prêmio Professores do Brasil tem como objetivo resgatar e valorizar
o papel dos profissionais de ensino como agentes no processo de formação do
cidadão e dar visibilidade às experiências pedagógicas, que podem ser
replicadas por outros professores e inseridas no sistema de ensino.
Na cerimônia, Mercadante destacou os investimentos feitos pelo MEC em
todos os anos da Educação básica, como a construção de creches e a
alfabetização na idade certa. “Quinze por cento das crianças brasileiras não
são alfabetizadas até os 8 anos de idade, e isso é decisivo para formar as
habilidades cognitivas e determinante para a vida escolar e profissional do aluno.
Por isso, hoje temos 94% das crianças de 4 e 5 anos na escola”, disse o
ministro.
Segundo Mercadante, com a expansão da jornada escolar e a
informatização ao alcance dos professores, com a entrega de tablets para os que
lecionam nos anos finais e no ensino médio. “A nova geração é toda digital e
informatizada, mas essas ferramentas não substituem o professor: ele é o
mediador e o líder do processo de aprendizagem. Por isso, estamos começando
sempre com o professor.”
O Prêmio Professores do Brasil vai ao encontro dessa ideia. Neste ano,
o certame recebeu 3.221 inscrições e relatos de experiências de educadores que
trabalham em escolas da educação básica pública em todos os estados. O número
de inscrições vem crescendo desde 2005, na primeira edição do prêmio, que
contou com 1.131 experiências.
No entanto, ressaltou o ministro, apesar desses esforços, a Educação
brasileira ainda é subfinanciada e precisa de mais recursos. De acordo com
Mercadante, o Estado brasileiro, entre todos os analisados pela Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é o que mais investe em Educação,
com 18,13% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços
produzidos no país).
“Porém, o nosso PIB per capita corresponde a um terço do dos outros
países da OCDE. Então, se nós investimos US$ 2,5 mil ao ano por aluno, eles
investem US$ 9,5 mil na União Europeia. Então, estamos fazendo um esforço muito
grande, com recursos próprios, para avançar”, disse Mercadante. Para ele, uma
das vitórias foi a vinculação de 75% dos royalties do petróleo e de 50% do
Fundo Social, que chegará a R$ 1 trilhão em 30 anos.
Fonte Agência
Brasil