segunda-feira, 7 de abril de 2014

A Educação que funciona: Veja destaca ensino técnico e tecnológico como contraponto ao ensino superior

Reportagem enfatiza o contraponto histórico existente no Brasil entre o ensino superior e o ensino técnico profissionalizante.

O Senai é destaque em reportagem especial da revista Veja na edição de 29/3/2014. A matéria Educação Técnicos, com muito orgulho, escrita por Cecilia Ritto, Cintia Thomaz e Helena Borges, mostra que a faculdade não é a única via para alcançar realização profissional e altos salários.

Clique aqui para ler a reportagem na íntegra

Até 2015, ressalta a reportagem, 7,2 milhões de vagas surgirão no país em cargos técnicos, sendo 1,1 milhão de novas posições, conforme Mapa do Trabalho Industrial do Senai.

O Senai de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, é um dos destaques da matéria como a escola de ensino técnico que melhor prepara profissionais na área metalmecânica no país, segundo avaliação das próprias empresas.

A revista elegeu o caso de Kreice Kinelt, 30 anos, de Jaraguá do Sul. Formada no Senai local, Kreice hoje comanda a linha de montagem de motores da Weg, composta por 30 funcionários. Ela começou operando máquinas e fez o curso técnico à revelia da família, que queria vê-la costureira, como a mãe. "No princípio desconfiavam de mim, mas mostrei que sou capaz", afirma, a respeito de como foi recebida pelos colegas de trabalho.

A reportagem enfatiza o contraponto histórico existente no Brasil entre o ensino superior e o ensino técnico profissionalizante. "Quanto mais se implantam novas tecnologias nas fábricas, mais vai perdendo o sentido contrapor ensino superior a ensino técnico, como se o primeiro fosse a única e determinante mola de ascensão social", afirma a revista. A publicação ressalta que, quando se se trata de Educação universitária no Brasil "há diplomas e diplomas".

A criação indiscriminada de cursos resultou numa "miríade de escolas de baixíssima qualidade". O texto cita estudo da Universidade de Stanford, Estados Unidos, sobre a expansão do ensino superior nos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Um dos coordenadores do estudo, o russo Isak Froumin, afirma que "o mercado está aprendendo a discernir entre excelência e Educação de segunda classe; a primeira nunca foi tão valorizada e a outra, tão malvista".

Outro estudo citado pela reportagem, de autoria da Fundação Getúlio Vargas, mostra que a cada ano de estudo os técnicos somam 14% ao salário. Além disso, 72% dos técnicos e tecnólogos formados no país têm emprego certo. "Estamos falando de um diploma com muito mais liquidez dos que os oferecidos por universidades de quinta", afirmou o sociólogo Simon Schwartzman.

Outra constatação é de que, apesar do crescimento de 74% no número de alunos em cursos técnicos na última década, menos de 10% dos brasileiros de 15 a 19 anos estão nesta modalidade educacional. Um índice muito abaixo do percebido em outros países: Alemanha (53%), Coreia do Sul (65%), França (44%), China (42%), Estados Unidos (40%) e Chile (37%).

A matéria especial também destaca os centros de tecnologia Senai Cetind, da Bahia; CTGas&ER, do Rio Grande do Norte; e CTS do Maracanã, no Rio de Janeiro.


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