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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Rio+20: Começa hoje a conferência mundial para o desenvolvimento sustentável

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, começa nesta quarta (13/6/2012) e vai até o dia 22, no Rio de Janeiro, com a participação de cerca de 190 países. Na pauta debates sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde. Pelo menos 115 chefes de Estado e de Governo já confirmaram presença.







A presidenta Dilma Rousseff vai abrir o Pavilhão do Brasil às 11h, no Parque dos Atletas, em frente ao Riocentro, principal sede das atividades do megaevento Depois, Dilma só deve voltar à conferência no dia 20, quando começa a etapa decisiva da reunião, com a chegada de chefes de Estado, que negociarão um documento com resultados finais.

Para a presidenta Dilma, o grande desafio da Rio+20 é encontrar um modelo que combine desenvolvimento sustentável, crescimento econômico e inclusão social. “É possível ter um país que se desenvolva economicamente, que cresça e inclua sua população, que seja um desenvolvimento do ponto de vista social, com justiça, e que, ao mesmo tempo, respeite o meio ambiente. É esse o grande desafio dessa conferência Rio+20”.

No Pavilhão do Brasil, o governo deve apresentar inciativas e projetos do Executivo para promoção do desenvolvimento sustentável. Para o Brasil, é fundamental enfatizar como alternativa mundial o desenvolvimento da economia verde por meio de incentivos à melhoria da qualidade de vida das populações, erradicando a pobreza e estimulando a sustentabilidade. A alternativa deve ser associada aos programas de transferência de renda, como os adotados no país.

Uma das preocupações do governo brasileiro é incluir essa determinação no documento final. No texto estarão definidas as metas de desenvolvimento sustentável para as próximas duas décadas e que deverão ser adotadas por todos os participantes da Rio+20. A ideia é aprovar um documento como o definido pelas Nações Unidas, em 2000, quando foram estabelecidas as Metas do Milênio.

A Rio+20 ocorre duas décadas depois de outra conferência que marcou época, a Rio 92. O objetivo agora é definir um modelo internacional para os próximos 20 anos com base na preservação do meio ambiente, mas com foco na melhoria da qualidade de vida a partir da erradicação da pobreza, por meio de programas sociais, da economia verde e do desenvolvimento sustentável para uma governança mundial.

Uma plataforma remota para participação indireta na conferência foi criada com apoio da ONU e está disponível no www.futurewewant.org. Qualquer pessoa pode apresentar e compartilhar suas visões e expectativas para o futuro, sob a forma de textos, fotos, vídeos, desenhos etc.

O material recebido deverá ser compilado e utilizado na montagem de um espaço/conferência na Rio+20, e que depois seguirá sendo utilizado na formulação e compartilhamento de propostas coletivas on-line. A ONU ainda abriu um canal de consulta para a sociedade civil: www.un.org/sustainablefuture.


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Economia Verde: ela te inclui?

Por Irina Bokova, diretora-geral da Unesco, sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho

Sabemos o futuro que queremos para todos. Queremos um futuro onde cada menina e menino possa cumprir seus direitos e capacidades e fazer uma contribuição gratificante para a sociedade.

Queremos um futuro em que possamos viver em um ambiente saudável, com fortes laços com a natureza e uma rica diversidade de relações sociais. Para isso, precisamos de um ambiente florescente. Precisamos criar economias verdes.

Veja o vídeo do Desafio WED



Esta é a nossa mensagem para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2012. Essa é a bandeira que iremos içar na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável no Rio de Janeiro.

A Rio+20 deve redesenhar o mapa do desenvolvimento e definir novos rumos para a sustentabilidade – construção de novas formas de agricultura, novas fontes e usos de energia, novas formas de construção e transporte. Alcançar esses objetivos requer novas abordagens para a água doce e do mar, para as terras e para o clima.

Convoca para um novo pensamento sobre o significado de progresso. Exige novas fontes de inovação e de resistência que tenham raízes mais profundas que os recursos econômicos e materiais. Temos de construir economias verdes sobre as bases das sociedades verdes.

A agenda é crescente. A Educação para o desenvolvimento sustentável deve promover os valores e comportamentos para uma nova cultura de sustentabilidade. Ciência, tecnologia e engenharia devem ser mobilizadas para encontrar respostas inovadoras para questões complexas.

A cultura deve ser integrada em todas as iniciativas de desenvolvimento. Os meios de comunicação devem ajudar a construir a conscientização e elaboração de políticas. Devemos promover a inclusão social através de políticas integradas. A sustentabilidade só virá se trabalhada em todos esses níveis. A Unesco atua em cada um deles.

Na ciência, tecnologia, inovação e engenharia, a Unesco incentiva soluções verdes para os desafios de hoje e de amanhã. A Organização está liderando a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014) para proporcionar a todos as ferramentas e habilidades para fazer a diferença.

Estamos trabalhando para reforçar a interface entre ciência e política, e apoiar ativamente a recém-criada Plataforma de Política da Ciência Intergovernamental sobre Serviços de Ecossistemas e Biodiversidade (IPBES, na sigla em inglês).

Economias verdes devem incluir todos. Nenhuma sociedade, nenhum homem ou mulher pode ser deixado para trás. Nós todos devemos proteger o planeta para o futuro que queremos.


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Da Agência Brasil: Economia Verde pode gerar 60 milhões de novos empregos em 20 anos*

Se todos os países adotarem uma economia mais verde como modelo de desenvolvimento, em 20 anos seriam criados entre 15 e 60 milhões de novos empregos no mundo. A conclusão está no relatório Rumo ao Desenvolvimento Sustentável: Oportunidades de Trabalho Decente e Inclusão Social em uma Economia Verde, divulgado nesta quinta (31/5/2012) pela Iniciativa Empregos Verdes.

O grupo, que reúne especialistas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), da OIT, da OIE e da Confederação Sindical Internacional (CSI), mostra que o atual modelo de desenvolvimento não é mais capaz de gerar emprego produtivo e trabalho decente.

Clique aqui para saber mais sobre economia verde
“Se a situação continuar como hoje, os níveis de produtividade dos países em 2030 serão 2,4% menores do que os atuais. Em 2050, esses níveis cairiam 7,2%. Os índices coincidem com estimativas de estudos sobre danos econômicos produzidos pela degradação do meio ambiente e a redução dos ecossistemas básicos”, sugere o relatório.

Em contrapartida, considerando apenas os empregos relacionados a produtos e serviços ambientais nos Estados Unidos, 3 milhões de pessoas já se beneficiam do novo padrão. Na União Europeia, existem 14,6 milhões de empregos diretos e indiretos na proteção da biodiversidade e recuperação dos recursos naturais e florestas, sendo mais de meio milhão só na Espanha.

Na Colômbia e no Brasil, os organismos internacionais destacaram a formalização e organização de quase 20 milhões de catadores informais. Ampliando as possibilidades de ocupação, o relatório aponta que o Brasil já criou cerca de 3 milhões de empregos com iniciativas sustentáveis, o que representa aproximadamente 7% do emprego formal.

De acordo com o estudo, é possível obter ganhos líquidos na taxa de emprego entre 0,5% e 2% do emprego total existente hoje. Mas os especialistas alertam que, para que o novo modelo funcione, é preciso combinar políticas.

As orientações indicadas no relatório elencam incentivos financeiros para estimular a mudança de padrões nas empresas, a adoção de um diálogo permanente com os diversos setores da sociedade e a garantia de políticas de mercado de trabalho que complementem políticas econômicas e socioambientais.

“A Lei Nacional de Garantia de Emprego Rural na Índia e na habitação social e os programas de bolsas verdes no Brasil são bons exemplos de políticas de proteção social que contribuem para o desenvolvimento sustentável”, destaca o documento.
*Reportagem de Carolina Gonçalves, com edição de Graça Adjuto/Agência Brasil



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