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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Inclusão social: estudantes e movimento negro pedem cotas na USP e desaprovam bônus

Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e membros do movimento negro protestaram nesta terça (2/7/2013) em favor da adoção de cotas nas vagas da universidade para pretos, pardos e indígenas. O grupo fez um ato em frente ao prédio da administração da universidade onde o Conselho Universitário (CO) decidiu aprovar a implementação de novas medidas de inclusão social no vestibular da instituição.

“Mais uma vez a USP demonstra que não quer discutir cotas. Todos os projetos que eles dizem ser para incluir a população pobre e preta não é cotas. A gente exige cotas, que é reserva de vagas. Ou seja, garantia de que vai ter população pobre e preta aqui dentro”, destacou Valéria Couto da Silva, estudante e membro do Núcleo de Consciência Negra da USP.


O Conselho Universitário (CO) da USP aprovou na terça a meta, para ser atingida até 2018, de que 50% das vagas de seus cursos, em cada turno, sejam preenchidas por alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Dos 50% oriundos de escolas estaduais, o percentual de pretos, pardos e indígenas deverá atingir o percentual verificado pelo último censo demográfico do IBGE. As medidas valem para o próximo vestibular. Até agora, o grupo não tinha bônus para o ingresso na universidade.

“A proposta para a gente é uma falsa inclusão. Esse processo não inclui nem a população pobre nem a população negra, isso só prejudica o debate. Não só os estudantes da USP, mas todo o movimento negro, que está apoiando essa manifestação, defendemos a cota racial”, destacou Cipriano Filho, da Uniafro Brasil.

Sobre os novos bônus, o conselho criou um bônus que pode elevar a nota em até 5% – a depender do resultado obtido na prova – dos vestibulandos que se declararem pretos, pardos ou indígenas e tenham cursado integralmente o ensino básico em escolas públicas, e aumentou de 8% para 12% a bonificação na nota dos alunos que tenham cursado o ensino médio em escola pública; elevou de 8% para 15% a bonificação dos candidatos que fizeram o ensino fundamental e integralmente o ensino médio na rede pública. Também aumentou de 15% para 20% o bônus para o aluno que cursou integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas.

Assim, o aluno preto, pardo e indígena que tiver cursado integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas pode chegar a ter até 25% de sua nota do vestibular aumentada pelos bônus recebidos, a depender do seu desempenho na prova.

“O núcleo de consciência negra pauta essa questão há mais de 20 anos dentro da universidade e nunca a universidade tinha sequer citado a palavra raça ou negro em algum documento interno relacionado a seleção de estudantes. Por esse aspecto, pela primeira vez, a USP admite que exite uma dívida histórica com o povo negro e por isso a existência desses tímidos 5%”, disse o representante dos estudantes de pós-graduação no Conselho Universitário, Leandro Salvático.

Em contrapartida a proposta da USP, o movimento negro propôs um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que prevê cotas para as vagas da universidade: 25% para população que se declara negra, parda e indígena; 20% para oriundos da escola pública; e 5% para pessoas com alguma deficiência.

Fonte Agência Brasil



Inclusão social: USP adota meta, para 2018, de 50% dos alunos serem egressos de escola pública

O Conselho Universitário (CO) da Universidade de São Paulo (USP) aprovou nesta terça (2/7/2013) a seguinte meta, para ser atingida até 2018: 50% das vagas de seus cursos, em cada turno, sejam preenchidas por alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

Para atingir a meta, a USP vai implementar o Plano Institucional da Universidade
que traz novas ações de inclusão social (Foto Wilson Dias/ABr)

Dos 50% oriundos de escolas estaduais, o percentual de pretos, pardos e indígenas deverá atingir o percentual verificado pelo último censo do IBGE. As medidas valem para o próximo vestibular. Até agora, o grupo não tinha bônus para o ingresso na universidade.

“A aprovação do projeto de inclusão da USP é um marco no sentido que a universidade aceita metas de 50% de inclusão para algumas categorias até 2018. E os meios que são colocados para se chegar a estas metas serão anualmente calibrados”, disse o reitor da USP, João Grandino Rodas. “De maneira nenhuma a universidade ficará pior ou menos boa do que ela é, pelo fato de entrarem essas pessoas”, completou o reitor.

Para atingir a meta, o Conselho Universitário aprovou o Plano Institucional da Universidade que traz novas ações de inclusão social na USP. O plano será implantado no vestibular deste ano. Ele inclui quatro medidas: o aumento e a criação de bônus do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), a criação do Programa de Preparação para o Vestibular da USP, o aperfeiçoamento do Programa Embaixadores USP e a ampliação dos locais de prova do vestibular.

Sobre os novos bônus, o conselho aumentou de 8% para 12% a bonificação na nota dos alunos que tenham cursado o ensino médio em escola pública; elevou de 8% para 15% a bonificação dos candidatos que fizeram o ensino fundamental e integralmente o ensino médio na rede pública. Também aumentou de 15% para 20% o bônus para o aluno que cursou integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas.

Assim, o aluno preto, pardo e indígena que tiver cursado integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas pode chegar a ter até 25% de sua nota do vestibular aumentada pelos bônus recebidos, a depender do seu desempenho na prova.

“O aproveitamento dessas pessoas é importante porque o diferencial que se procura se fazer no Estado de São Paulo e na USP, em particular, é que essas pessoas também façam a sua parte. Ou seja, que seja uma inclusão com mérito. Pode ser um mérito menor que dos outros”, disse Rodas. “Não podemos prescindir absolutamente do mérito, porque senão nós estaremos realmente entregando a essas pessoas que entram nada mais do que aquela porta giratória, entra pela porta e sai por ela porque não tem condição de acompanhar”, destacou.


Fonte Agência Brasil


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Inclusão: para senador, Educação federalizada combate desigualdades


A proposta de federalização da educação básica no Brasil voltou a ser defendida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) na última sexta (12/4/2013), em recente debate no Interlegis. O parlamentar salientou que "a Educação desigual é a mãe de todas as desigualdades", o que, em sua avaliação, demanda a substituição do atual sistema educacional por uma rede de ensino federal com bons equipamentos e bons salários.

Buarque classificou como vergonhosa e imoral a Educação no Brasil, alertando que a situação prejudica a competitividade do país e resulta em "importação de conhecimento". Ele ressaltou que, diferentemente do que ocorre no futebol, as oportunidades na Educação não são iguais para todos os brasileiros:

- O Brasil tem os melhores craques de futebol do mundo e não tem um Prêmio Nobel - lamentou.

O senador citou melhorias na Educação brasileira nas últimas décadas, como o aumento do número de estudantes, a disseminação da merenda escolar e a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mas considera os avanços lentos demais para as mudanças que o país precisa. Ele acredita que em 20 ou 30 anos será possível trocar o sistema escolar atual por um no qual o professor fará parte de uma carreira da União capaz de "pagar bem e exigir muito".

Buarque também chamou a atenção para a precariedade das escolas, opinando que a descentralização, por meio da transferência de recursos da União aos estados e municípios, "tem mantido pobres os pobres e ricos os ricos". O senador afirmou que “não dá para ensinar num prédio feio, desconfortável e sem equipamento”.

Ainda segundo Buarque, com um salário de R$ 9 mil – um valor que considera factível "na sexta maior economia do mundo" – será possível atrair bons professores para as novas escolas. Ele acrescentou que a reforma na Educação vai liberar dinheiro dos municípios, que poderão usar os recursos para outros fins, observando, no entanto, que a gestão das escolas deve ser independente das decisões de Brasília. Cristovam prevê que uma proposta de Educação igualitária sofrerá oposição por aumentar a concorrência intelectual contra a classe média, mas acredita que é possível um convencimento a favor da matéria.

Participaram do debate, através de videoconferência, representantes do setor educacional de vários estados.

Fonte Agência Senado


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