terça-feira, 12 de novembro de 2013

Saúde: Fiocruz dá dicas sobre o uso correto de medicamentos

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está promovendo a cartilha Uso Correto de Medicamentos.

Nela, são apresentados, em 13 tópicos, ensinamentos e conselhos sobre receita, como tomar e onde guardar os medicamentos e o que fazer com os remédios vencidos.

Clique aqui é acesse a cartilha

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Inovação: resíduos industriais podem ser úteis para fabricar cerâmica

Pesquisa realizada na Escola Politécnica (Poli) da USP analisou a possibilidade de incorporar lodo de esgoto e lama vermelha, dois resíduos industriais, como matéria prima na fabricação de cerâmicas, conferindo um valor agregado a esses rejeitos. O trabalho foi realizado durante a dissertação de mestrado do engenheiro Cristian Camilo Hernández Díaz, sob a orientação do professor Antonio Carlos Vieira Coelho.

Segundo o engenheiro, as massas cerâmicas são usadas na fabricação de cerâmicas estruturais, ou seja, blocos maciços, tijolos e telhas. “Eles geralmente são fabricados com argilas comuns, com jazidas próximas à fabrica de produção.

Decidimos utilizar lodo de esgoto e lama vermelha porque a produção desses resíduos está aumentando consideravelmente”, conta. A pesquisa Estudo da possibilidade de uso de lodo de esgoto e lama vermelha como matérias primas cerâmicas foi apresentada na Poli em 3 de maio de 2013.


Clique aqui para ler, na íntegra, a reportagem da Agência USP.


Educação: ‘falta coragem política para melhorar qualidade da Educação’, diz professor de Harvard

Fryer: "é muito difícil aprender
matemática ou química, se você não
acredita que vá utilizar isso no
trabalho" (Foto José Paulo Lacerda)
Roland Fryer é professor de Economia na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Lá, coordena o Laboratório de Inovação em Educação, onde realiza pesquisas sobre impactos da qualidade da Educação.

Antes disso, coordenou a área de equidade do Departamento de Educação da cidade de Nova Iorque entre 2007 e 2008. Nesse período, ele desenvolveu e implementou uma série de ideias inovadoras voltadas à motivação de estudantes e ao pagamento de professores pela melhoria de seu desempenho.

Fryer defende que boas escolas podem corrigir diferenças entre estudantes e que os países sabem que estratégias adotar para melhorar a qualidade da educação que ofertam. O desafio, segundo ele, está em reunir coragem política para implementar as ações. 

Depois proferir a palestra magna no seminário que antecedeu a apresentação do projetoEducação para o Mundo do Trabalho, realizado pelo Sistema Indústria, em 30 de outubro, em Brasília, ele conversou com o Portal da Indústria. Acompanhe.

Portal – Assim como os Estados Unidos, o Brasil é um país de grandes dimensões e também grande diversidade. Quais são os principais desafios para promover a Educação nessa realidade?
Fryer: Nós sabemos o que e como devemos fazer. Não importa a diversidade que exista no país. Há diversidade de recursos, de escolas, da situação entre os estudantes. As crianças com que lido são as de escolas públicas e carentes, as crianças vêm de grupos minoritários e os resultados acadêmicos são muito parecidos os do Brasil. O que eu descrevo na minha pesquisa é que melhores professores e mais tempo ao ensino são o senso comum. Não se trata de uma mágica. São estratégias que podem ser adotadas em qualquer lugar do mundo nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países. O problema é que isso é politicamente complicado. Os Estados Unidos ficaram dando voltas e não enfrentaram o problema e isso é muito frustrante. O principal desafio é ter a coragem política para fazer.

Portal – Na sua apresentação, o senhor citou algumas medidas como pagar para que estudantes leiam livros, por exemplo. Aqui, o programa Bolsa Família coloca entre suas condicionalidades a matrícula na escola. Na sua opinião, qual o mais importante passo depois deste para se conseguir oferecer Educação de qualidade?
Fryer: Eu acredito que o Brasil e outros países da América Latina fizeram bem ao adotar esse tipo de política. Isso aumenta o acesso à Educação e isso é importante. A chave agora não é acesso, mas qualidade. Qualidade é difícil. É mais fácil garantir acesso à escola do que, por exemplo, ter professores fantásticos numa sala de aula.

Portal – Como a indústria pode ajudar na construção de uma educação de mais qualidade no Brasil?
Fryer: Acredito que – com uma economia vibrante, que ajude os estudantes entenderem que existe um mundo diferente longe da academia – é muito difícil aprender matemática ou química, se você não acredita que vá utilizar isso no trabalho. É tolo pensar que as pessoas vão estudar apenas pelo fato de isso ser o certo. Elas vão estudar para comprar coisas, comprar sua casa. A indústria também pode estar mais envolvida nas políticas para aumentar a qualidade da Educação. Os empresários podem demandar melhores escolas, porque eles precisam de força de trabalho. Para o Brasil crescer e prosperar, vai precisar de capital humano de qualidade. O melhor investimento que um país pode fazer em relação a isso é em seu próprio povo e a indústria pode liderar esse processo.

Fonte Portal da Indústria


Inovação: usina de biogás vai tratar resíduos da Ceasa de Porto Alegre

Daqui há três anos, a Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), em Porto Alegre, terá em pleno funcionamento sua Estação de Manejo e Transbordo de Resíduos, que comportará uma Usina Modular de Biogás de 660 KVA. Esta unidade terá gerenciamento remoto, por meio automático ou humano, de acordo com os conceitos de Smartgrid.

O projeto, que tem as parcerias do Senai-RS e da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), dará destino energético a 7,2 milhões de toneladas/ano de resíduos da Ceasa.

A novidade está na tecnologia do Senai-RS, por meio do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL), do Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas (Ceta), da Escola Senai Nilo Bettanin e da Faculdade Senai de Tecnologia, que desenvolveu uma bactéria especificamente para deteriorar hortifrutigranjeiros.

Além da energia gerada (660KVA), suficiente para alimentar um condomínio com cerca de 250 habitantes, a usina vai acabar com o transporte dos resíduos para o aterro sanitário, evitando a emissão de 38 toneladas de carbono/ano.

O projeto é resultado de uma chamada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e faz parte dos investimentos que as distribuidoras de energia elétrica devem fazer na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). 

Além disso, em 2010 o Brasil aprovou a primeira Lei Nacional de Resíduos Sólidos, pela qual a partir de 2014 apenas os resíduos sem viabilidade econômica para a recuperação deverão ser depositados em aterros sanitários, e lixões a céu aberto e aterros controlados deverão ser fechados.

A usina dará destino energético a 7,2 mil toneladas/ano de resíduos da Ceasa. No ano passado, cerca de 38 toneladas/dia de resíduos foram produzidas, equivalente a produção diária de uma cidade de 50 mil habitantes.

Segundo o presidente da Ceasa, Paulino Donatti, "a meta com a construção da usina de biogás é aproveitar 70% do lixo orgânico produzido no complexo". Outro benefício apontado por ele é a contribuição do projeto da Ceasa-RS no acréscimo na matriz energética nacional. “Poderá servir de exemplo para uma política nacional para tratamento dos resíduos de hortigranjeiros nas 29 Centrais de Abastecimento existentes no Brasil”.

Smartgrid
O Smartgrid (rede inteligente) usa a tecnologia da informação associada a automação e infraestrutura de telecomunicações para sistemas que propiciem maior eficiência em processos.

O engenheiro Hermes Issamu Hirano, da IBM, destaca benefícios do Smartgrid:
  • Redução do pico de demanda de energia por meio do gerenciamento de consumo do cliente em horários de pouca demanda de energia;
  • Informação da energia consumida pelo consumidor, permitindo criar novos hábitos e procedimentos para economia de energia;
  • Aumento da eficiência operacional do sistema, uma vez que, com sensores e controle da rede, teremos mais facilidade de identificar, diagnosticar e corrigir problemas, assim como antecipar ações para evitar tais eventos e,
  • Aplicações de tecnologia mais limpa com o avanço dos eletrodomésticos, carros elétricos, uso de energia solar e eólica.


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A Educação que funciona: projeto lança livro com 13 iniciativas inovadoras de ensino


“Inspirar pessoas em busca de novos modelos de Educação, a partir de uma jornada de conhecimento por iniciativas transformadoras no mundo.” Este é o propósito do projeto Coletivo Educ-Ação, que acaba de lançar o livro Volta ao mundo em 13 escolas.

Segundo o site do projeto, “Foi com um olhar não acadêmico em busca de inspiração que encontramos escolas, espaços de aprendizado, cursos formais e não formais que estão propondo novos formatos. Foi assim que chegamos a diversos modelos mundo afora: na Índia, na Suécia, na Indonésia, na Espanha, na Inglaterra, nos Estados Unidos… e no Brasil.”



Tecnologia: ‘A escola precisa preparar os alunos para programar’, diz especialista em TI

Por Tatiana Klix

O pesquisador e engenheiro de software Silvio Meira é um dos principais pensadores brasileiros sobre a tecnologia da informação e seu impacto na sociedade. Ele escreve artigos científicos e para a imprensa, dá consultorias e profere palestras concorridíssimas em universidades e fora delas.

Paraibano de 58 anos, ele também nunca saiu da escola – Silvio é formado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, tem mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco, doutorado em Computação pela University of Kent at Canterbury, da Inglaterra, e é professor titular de Engenharia de Software da UFPE.

Mas tem convicção de que a tecnologia da informação está questionando a utilidade do sistema escolar clássico.

“O que a gente vê claramente acontecendo hoje é um processo em que nós entendemos – talvez de uma vez por todas – que se aprende por toda vida, não só na escola”, diz Silvio.

Aprende-se durante uma discussão na mesa de bar que suscita uma dúvida solucionada pelo Google, aprende-se russo pelo Google Translate durante uma viagem, aprende-se assistindo a vídeos pelo Youtube, exemplifica o pesquisador. “A tecnologia existe fora da escola, em larga escala, profundamente na sociedade”, disse em entrevista ao Porvir. “O mundo não está esperando pela escola, quem está atrasada é a escola”, acrescentou.

Durante a conversa de quase uma hora, que evoluiu sobre questões relacionadas a processos de aprendizagem, problemas do ensino público brasileiro, ferramentas como Youtube e Bing, inovações na área educacional como o EdX (plataforma de cursos online de Harvard e MIT), games, robôs e programação, Silvio foi categórico em afirmar que  o “sistema educacional está falido de maneira catastrófica”.


Mas o engenheiro, que ainda é cientista chefe do centro privado de inovação C.E.S.A.R, acredita que mais difícil do que atualizar os professores ou as próprias instituições tecnologicamente é fazer com que a escola seja um ambiente de aprendizado de processos de percepção, interação, compreensão e de intervenção no mundo.

E já está preocupado com uma demanda futura, a necessidade de disseminar a cultura da programação. Para Sílvio, numa prazo de 30 a 40 anos será necessário, para exercer qualquer profissão, ter criatividade e capacidade de socialização com softwares de robôs. E é papel da escola preparar os alunos para essa realidade.

“O desafio de usar ou tecnologia da informação não existe mais. As pessoas já usam. Elas precisarão programar também”, prevê. Silvio é autor do recém lançado livro Novos negócios inovadores de crescimento empreendedor no Brasil, no qual trata do tema explicando porque o empreendedorismo virou moda no país.

Clique aqui para ler, na íntegra, a entrevista publicada no portal Porvir.


Tecnologia na Educação: na sala de aula, não!

Por Rogério Tuma

Para o aprendizado, computadores, tablets e celulares atrapalham mais do que ajudam.

Estudo aponta que o uso de aparelhos digitais em sala de aula quase nunca objetiva o aprendizado

O professor associado da Universidade de Nebraska em Lincoln Bernard McCoy entrevistou 777 alunos de seis universidades em cinco estados americanos durante o outono de 2012 e descobriu que o uso de aparelhos digitais, como celulares, computadores e tablets durante a aula é muito mais frequente do que se imagina. Seu uso quase nunca objetiva o aprendizado.

Mais de 80% dos alunos admitem utilizar as engenhocas durante as aulas, o que interfere negativamente no seu aprendizado a ponto de piorar as suas notas, relata o estudo, publicado na edição digital do Journal of Media Education. Pelos questionários respondidos pelos alunos ficou confirmado: apenas 8% deles não usavam os aparelhos durante as aulas, 35% utilizavam de uma a três vezes ao dia, 27% utilizavam de quatro a dez vezes, 16% utilizavam de 11 a 30 vezes e 15% utilizavam os aparelhos durante as aulas do dia mais de 30 vezes.

Em relação ao objetivo do uso, 86% disseram que conversavam por texto durante as aulas, 68% checavam e-mails, 66% visitavam as redes sociais enquanto o professor tentava ensiná-los, 38% simplesmente navegavam na internet e 8% (os mais caras de pau) jogavam algum tipo de game durante as aulas. Um dado para os fabricantes de relógio: entre os alunos, o objeto virou passado. Apenas 67% deles utilizavam o aparelho para checar as horas.

Os alunos acham vantajoso utilizar os equipamentos digitais durante as aulas, pois 70% queriam permanecer conectados, 55% combatiam a monotonia com os tablets, e 49% diziam fazer algo ligado à aula. A maior desvantagem citada por 90% dos alunos é não prestar atenção na aula: 80% perdiam instruções importantes dadas pelo mestre e 32% eram advertidos pelo professor pelo mau comportamento e mais de 50% disseram que foram distraídos pelo uso das engenhocas por algum colega na sala.

Clique aqui para ler, na íntegra, a reportagem publicada pela revista Carta Capital


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