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terça-feira, 15 de julho de 2014

Ensino e futebol: derrota brasileira na Copa do Mundo pode ser usada para trabalhar habilidades não cognitivas com os alunos

Por Fernanda Kalena, para o Porvir

Fim de Copa do Mundo, Alemanha campeã, e o Brasil fora da grande festa da final após ser eliminado por um placar embaraçoso de 7×1. Na escola, tanto essa quanto qualquer outra derrota pode ser usada como gancho para trabalhar nas aulas de educação física habilidades socioemocionais que moldam o caráter e preparam os alunos para a vida, como aprender a lidar com perdas, trabalhar em equipe e aceitar e obedecer regras.

Para Fernando Lobo, gestor pedagógico da Rede de Ensino Desportivo (Rede),  instituição de ensino voltada para a capacitação de profissionais ligados a esportes, os grandes eventos esportivos são um bom pretexto para colocar em prática atividades que envolvem o desenvolvimento de questões não cognitivas. “Nos esportes em geral, sempre vai ter um perdedor e um vencedor. Nas aulas de educação física, algumas modalidades esportivas como o futebol podem ser usadas como ferramentas de desenvolvimento não só motor, mas também socioafetivo”.

(Foto Kungverylucky/Fotolia.com)

Segundo ele, preparar os alunos para lidar com vitórias e derrotas é papel do educador físico, que deve propor atividades com esse fim. “É importante deixar claro que perder é natural e que em um próximo jogo quem perdeu pode ganhar. Em uma atividade de jogo, o professor pode mesclar os alunos de forma que um time fique mais forte que o outro para que todos passem pela experiência de ganhar e perder”, explica Lobo, que ainda acrescenta  que cabe ao professor manipular e induzir situações para que todos os alunos vivenciem os dois lados da moeda.

“Crianças, em geral, mas principalmente as na primeira infância, têm dificuldade em perder, muitas vezes chegam a burlar regras para poderem vencer, e isso deve ser trabalhado”, explica o gestor. Ele também ressalta que outra questão importante a ser trabalhada é o seguimento de regras. “Regras são extremamente importantes como limitadores de atitudes”, completa.

O coordenador do curso de educação física do Colégio Presbiteriano Mackenzie, de São Paulo, Ronê Paiano, acrescenta que as regras devem ser trabalhadas em uma perspectiva reflexiva, que esclareça por que elas existem e abrindo espaço para que os alunos as questionem. “As regras do esporte podem ser transferidas para a vida em geral. Não existe convívio social sem regras”, afirma. “É interessante questionar os alunos se é possível jogar sem regras, pode até coloca-los para jogar alguma coisa sem regras, para faze-los entender a necessidade delas”, completa o coordenador, que ressalta que atividades regradas desenvolvem atitudes honestas e o falar a verdade.

Outro habilidade de grande importância que os esportes coletivos dão abertura para ser trabalhada é a colaboração, a importância do trabalho em equipe.

“Nos esportes coletivos, além da competição com o adversário, é necessário se relacionar com os colegas de time. Para que o grupo tenha sucesso, é fundamental aprender a trabalhar em conjunto e para isso é preciso respeitar as escolhas e as atitudes dos outros como, por exemplo, reconhecer quando é melhor passar a bola para um colega melhor posicionado ou mesmo compreender se alguém errar uma jogada”, explica Paiano.

Segundo ele, o professor pode instigar os alunos a perceberem que atitudes individualistas não são benéficas em atividades coletivas permitindo que a turma debata jogadas e estratégias em conjunto. “Os alunos têm que ser levados a essa reflexão, o professor pode incitar a conversa, mas entre adolescentes, por exemplo, é mais proveitoso o debate entre pares”, argumenta.

Os valores trabalhados e desenvolvidos através do esporte nas aulas de educação física, como colaboração e lealdade, são aprendizados que serão levados por toda a vida, segundo Lobo. “Todo mundo convive com vitórias e derrotas, no esporte e na vida. Trabalhar em equipe e colaborar com o outro, também. As crianças têm que interiorizar essas sensações, pois sempre estarão presentes em suas vidas”, conclui.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Projetos esportivos educacionais: você até 14 de julho pra inscrever

Fonte Blog Fatos e Dados/Petrobras

Estão abertas, até 14 de julho, as inscrições para a nossa seleção pública de projetos esportivos educacionais. Serão destinados, por dois anos, R$ 45 milhões a iniciativas de todo o país que estimulem a realização de atividades esportivas educacionais para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.



As ações devem estar alinhadas aos princípios do esporte educacional: inclusão, construção coletiva, Educação integral, diversidade e autonomia. Podem se inscrever projetos sob responsabilidade de pessoas jurídicas, de direito público ou de direito privado, sem fins lucrativos e com pelo menos um ano de funcionamento. As inscrições podem ser feitas pelo site www.petrobras.com.br/ppec2014.

Os interessados em inscrever projetos, que não puderam participar das oficinas de capacitação que realizamos em 26 estados e no Distrito Federal, ainda podem esclarecer dúvidas sobre o processo por meio da caravana virtual. O atendimento online é feito de segunda à sexta, de 8h às 20h, e sábado, de 8h às 14h, também pelo site.

Os projetos passarão por triagem administrativa, avaliação técnica e econômica, comissão de seleção e, em última instância, por um Conselho Deliberativo. Serão avaliados por nossos profissionais, além de técnicos e especialistas externos, representantes do Governo, do Terceiro Setor, de universidades e da imprensa. A divulgação dos resultados está prevista para o segundo semestre de 2014.

O Programa Petrobras Esporte & Cidadania foi lançado em outubro de 2010. Em seu segmento voltado para o esporte educacional, apoia projetos com foco no desenvolvimento integral de crianças e adolescentes por meio do esporte. Hoje, patrocinamos mais de 50 projetos de esporte educacional distribuídos nas cinco regiões do país.



sexta-feira, 26 de julho de 2013

Esporte: Educação adequada na primeira infância pode fazer a diferença em uma final olímpica?

A Educação e as experiências vividas na primeira infância podem ter influência no rendimento de um atleta de alto padrão? De acordo com a Neurociência, podemos apostar que sim.

Foto José Paulo Lacerda

Sabe-se que durante a primeira infância (faixa etária que vai do nascimento até os 6 anos), o cérebro está a todo vapor. É durante este período que são formadas conexões neurais que serão decisivas ao longo de toda a vida.

Em outras palavras, fornecer estímulos adequados a uma criança de até seis anos é atitude que vai garantir um melhor desenvolvimento cognitivo (intelectual), afetivo e social ao longo da vida adulta.

Portanto, um atleta que teve uma infância sadia e feliz – durante a qual contou com alimentação adequada, afeto e grande oferta de brincadeiras – certamente estará melhor preparado para enfrentar momentos de grande exigência física e emocional.

Não estranhe ter lido “brincadeiras” no parágrafo acima. O ato de brincar é fundamental para a criança, pois ajuda na formação do cérebro, no aprendizado para o convívio social e na consolidação das emoções. Não à toa, os filhotes de inúmeras espécies de animais precisam brincar para aprender a se virarem sozinhos.

A criança que não brinca, não se alimenta e não recebe afeto terá muito mais dificuldades na juventude e na vida adulta. Essa regra vale para os atletas, por que não? Talvez um “desperdício” neste período tão decisivo da vida resulte na perda de uma medalha olímpica.

Já “gastamos” um ano inteiro do novo ciclo olímpico, iniciado após os Jogos de Londres-2012. Mais uma vez, é crescente a sensação de que muito pouco vem sendo feito no sentido de transformar o Brasil em potência olímpica. A apenas três anos dos Jogos do Rio, discutimos cada vez mais a respeito de infraestrutura (o que é necessário, claro), mas esquecemos da formação humana.

Muito vem sendo dito a respeito da necessidade de investimentos e de um programa consolidado para o esporte olímpico nacional, mas já é hora de incluir os cuidados com a primeira infância no pacote de discussões. Caso contrário, vamos consolidar cada vez mais a hashtag #infelizmentenaodeu.

Leia mais sobre a primeira infância no site da Pupa e do Instituto Zero a Seis.



terça-feira, 23 de outubro de 2012

Exploração sexual nos esportes: Brasil e França debatem soluções em favor de crianças e adolescentes


A relação entre a exploração sexual infantojuvenil na Copa do Mundo de Futebol e nas Olimpíadas está sendo discutida nesta terça (23/10/2012), em Paris, no seminário A Exploração Sexual e os Grandes Eventos Esportivos.

Participam representantes de instituições do Terceiro Setor e dos governos brasileiro e francês. Dentre eles, a ministra brasileira de Direitos Humanos, Maria do Rosário; o presidente da ECPAT France, Xavier Emmanuelli; o presidente da Fundação Scelles, Yves Charpenel; o diretor do Escritório de Organização Internacional do Trabalho na França, Jean-François Trogrlic; e o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli. O evento é promovido pelo Conselho do Sesi em parceria com a Fundação Scelles e a rede ECPAT (sigla do inglês End Child Prostitution And Trafficking– Fim da Prostituição e Tráfico de Crianças).

O objetivo é alertar as autoridades francesas e brasileiras, profissionais de turismo, sindicatos e organizações não governamentais, sobre os riscos do aumento da exploração sexual de crianças e adolescentes, em função do fluxo turístico que será gerado durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, no Brasil. A ideia é construir estratégias comuns de prevenção.

Na pauta do evento a apresentação de diagnóstico sobre as causas da exploração sexual no Brasil e dos fatores que levam os estrangeiros a praticarem o chamado “turismo sexual” nos países em desenvolvimento. Haverá ainda a apresentação de relatório sobre as consequências econômicas do fenômeno para os países de origem e de destino.

As conclusões e os compromissos assumidos no seminário serão apresentados na manhã desta quarta (24/10), pela manhã, em encontro com a imprensa e convidados. Em segui será lançada campanha de conscientização contra o turismo sexual, que será veiculada na Europa, de 2013 até o término da Copa do Mundo de 2014, e replicada no Brasil pelo Sesi.

Estima-se que dois milhões de crianças se prostituam no mundo, segundo relatório da Fundação Scelles. De acordo com a pesquisa divulgada no início do ano, mais de 40 milhões de pessoas no mundo se prostituem atualmente e a grande maioria (75%) são mulheres com idades entre 13 e 25 anos. A entidade analisou o fenômeno em 24 países e revela quase a metade das vítimas de redes de tráfico humano são crianças e jovens com menos de 18 anos.

Para apoiar a luta contra o fenômeno no Brasil, o Conselho Nacional do SESI criou em 2008 o projeto ViraVida. Por meio do programa, jovens de 16 a 21 anos que sofreram abuso ou exploração sexual recebem capacitação profissional, atendimento psicossocial, educação básica e inserção no mercado de trabalho. O projeto é desenvolvido em parceria com o Sistema S em 16 estados e está em fase de implementação mais quatro.

A Rede ECPAT é uma coalizão internacional de organizações da sociedade civil que trabalham pelo fim da exploração sexual de crianças e adolescentes, compreendendo quatro dimensões: prostituição, pornografia, tráfico e turismo sexual. A rede existe desde 1990 e, atualmente, está presente em 85 países.

A Fundação Scelles, é uma entidade da sociedade civil criada em 1993, que também luta contra a prostituição, o tráfico de seres humanos, o turismo sexual e a pornografia infantil. A fundação promove debates, ações de conscientização e prevenção da exploração sexual.


Esporte e design: pesquisa revela oportunidades de negócios em eventos esportivos

Resultado da pesquisa Design e Macro Eventos Esportivos no Brasil revela que é de R$ 86 bilhões a previsão de impacto no PIB brasileiro com as oportunidades geradas nos setores de construção civil, infraestrutura, mídia, tecnologia de informação, turismo e segurança, entre outros.


A pesquisa, contratada pela Apex-Brasil e pelo Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), pretende contribuir para o desenvolvimento do design brasileiro enquanto instrumento de agregação de valor aos produtos e serviços brasileiros. Resultado da pesquisa será apresentado nesta quarta (24/10/2012), na sede do Sistema Fiemg.

O estudo revela que outros países que já sediaram a Copa do Mundo conseguiram potencializar os resultados dos investimentos de forma a transformar a economia local. A Coréia, quatro anos antes de sediar os jogos, registrava um PIB negativo de -5,71%, passando para 5,18% após quatro anos de sua realização. A Alemanha passou de 0,02% nos quatro anos que antecederam a competição, para 3,50% no mesmo período pós-torneio.

“Queremos promover a mobilização e sensibilização de representantes do poder público estadual e municipal, de designers e de empresas nessas cidades, de forma que todos estejam preparados para aproveitar as oportunidades que estes eventos trarão para nosso país”, comenta Marco Aurélio Lobo, coordenador da Unidade de Inovação e Design da Apex-Brasil.

Segundo o estudo, o Brasil conta com 900 designers espalhados pelas cidades-sede da Copa, e dentre as atividades econômicas que causarão maior impacto sobre o PIB estão a construção civil e infraestrutura (R$ 53,4 bilhões), turismo (R$ 6,8 bilhões), mídia (R$ 6,5 bilhões) e tecnologia de informação (R$ 5,3 bilhões).

A pesquisa também aponta as potencialidades locais das cidades-sede da Copa do Mundo 2014, como Manaus, que oferece oportunidades nos setores de fitoterápicos e fitocosméticos, móveis e artigos em madeira e ecoturismo, entre outros. Brasília  destaca-se pela construção civil, serviços financeiros e alimentos, enquanto Porto Alegre é referencial para alimentos, confecções e calçados.

Clique aqui para saber mais sobre a divulgação da pesquisa.


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