quinta-feira, 4 de abril de 2013

Transformar 2013 – A Educação está em evolução


A Educação transforma o mundo. E a inovação transforma a Educação. Experiências inovadoras concretas, que já estão transformando a aprendizagem no Brasil e no mundo, compartilham suas metodologias e resultados no Transformar 2013. Aqui você acompanha o evento ao vivo, direto de São Paulo.



O encontro é promovido pela Fundação Lemann e pelo Inspirare/Porvir com o propósito de oferecer novas referências e apoiar a sociedade brasileira a continuar avançando no esforço de trazer a educação no país para o século XXI. 



Plano Inova Empresa: meta do governo é investir R$ 32,9 bilhões em pesquisa nas áreas industrial, agrícola e serviços


Lançado em meados de março de 2013, o Plano Inova Empresa evidencia a necessidade de criação de parques tecnológicos no país, diz o diretor executivo do Parque Tecnológico do Rio/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Guedes. O plano prevê investimentos de R$ 32,9 bilhões nos próximos dois anos para incentivar o desenvolvimento de pesquisas nos setores industrial, agrícola e de serviços.

Ao estruturar um programa para aumentar a capacidade de inovação da economia brasileira, o governo propiciará, indiretamente, a expansão do Parque Tecnológico do Rio, que poderá chegar a atrair investimentos adicionais de R$ 2 a R$ 3 bilhões nos próximos cinco anos, diz Guedes à Agência Brasil. Segundo ele, o tema "parques tecnológicos" está entrando com força total na agenda nacional.

"É importante que o país tenha um programa estruturado para aumentar a capacidade de inovação de sua economia, e o aumento da capacidade de inovação se dá com investimentos, integração com as universidades e formação de mestres e doutores. E o Brasil vem tendo uma evolução importante nestes últimos anos”, destaca.

Para este ano, lembra Guedes, o investimento federal em inovação está em torno de R$ 100 milhões em parques tecnológicos. Para ele, ainda é pouco, até porque existem hoje no Brasil propostas para criação de mais de 100 parques tecnológicos em todo o país, embora seja um avanço. A UFRJ faz sua parte, procurando expandir as áreas de atividade. “Estamos caminhando para a expansão de nossas fronteiras, negociando a entrada de novas empresas, agregando novas áreas territoriais para esse crescimento.”

De acordo com Guedes, o governo do estado está adquirindo uma área de propriedade do Exército, com 240 mil metros quadrados de extensão, na Ilha do Fundão, para atrair novas empresas para o Parque do Rio. Já existem empresas instalando-se na área e construindo centros globais de pesquisa, como a General Eletric (GE).

A empresa, que tem pesquisas em indústrias de petróleo, construção de turbinas de aviões, na área médica e em biotecnologia, está aplicando R$ 500 milhões nas obras do centro construção do centro, a ser inaugurado em março do próximo ano. Considerada uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, a L’Oréal também vai se instalar no polo, informa Guedes. "Chegaremos facilmente aos R$ 2 bilhões, R$ 3 bilhões em investimento nos próximos quatro a cinco anos. Praticamente, dobraremos, triplicaremos os investimentos que foram feitos de 2003 até hoje”, destaca Guedes.



Da Carta Capital: governo israelense implementa ciber-Educação nas escolas

A segurança cibernética vem se tornando uma preocupação maior em Israel, levando o governo a iniciar projeto de ciber-Educação para adolescentes. Os professores do curso foram todos treinados pela agência de inteligência israelense.



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Do G1: lei que cria Secretaria da Micro e Pequena Empresa é publicada


A pasta será o 39º ministério do governo federal

A presidente Dilma Rousseff publicou no Diário Oficial da União nesta segunda (1/4/2013) a lei que cria a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que terá status de ministério, o 39º do governo.

A nova pasta, segundo prevê a lei, formulará políticas de apoio a microempresas e empresas de pequeno porte e de artesanato. Cuidará, por exemplo, de promover a qualificação, aumentar a competitividade e incentivar as exportações de bens e serviços.



Recursos do Pronatec: MEC destina recursos ao Sistema S para oferta de cursos técnicos

A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação publicou na edição de hoje (1/4/2013) do Diário Oficial da União portaria que destina R$ 405 milhões a organizações do Sistema S para a oferta de cursos por meio do Pronatec. Vão receber os recursos Senac (comércio), Senai (indústria), Senar (rural) e Senat (transporte). O valor é destinado ao custeio das atividades ao longo de 2013.

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Os recursos são destinados ao custeio da ação Bolsa Formação do Pronatec que oferece cursos de Educação profissional técnica de nível médio e cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional.

O Pronatec foi criado em 2011 pelo governo federal com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica. Até 2014, a meta é oferecer cursos técnicos e de formação inicial e continuada a 8 milhões de estudantes e trabalhadores.



Mercado de trabalho: quase 90% dos egressos do Senai-RS estão empregados


Um ano após terminarem seus cursos técnicos 89,21% dos alunos do Senai do Rio Grande do Sul estão no mercado de trabalho, conforme levantamento feito pela organização entre 1,5 mil concluintes e egressos de 2010, entre 2011 e 2012. Com renda em média de 2,81 salários, estes estudantes tiveram um incremento na renda de 13,31% após o período de um ano.

A pesquisa, divulgada na última quarta (27/3/2013), analisa os impactos da Educação profissional em sua empregabilidade. Com base nessas informações, os programas educacionais serão adequados às expectativas dos futuros profissionais às exigências das empresas.

O estudo mostra ainda que muitos continuam estudando (38,27%), 89,52% estão no mercado formal, 83,4% trabalham na área de formação e 59,81%, no setor industrial. Os cursos técnicos são destinados a estudantes da segunda ou terceira séries do ensino médio ou a quem já tem esse nível de escolaridade completo. Com duração de 800 a 1,4 mil horas/aula (até dois anos), a formação do Senai-RS oferece conhecimentos teóricos e práticos em diversos segmentos da indústria e prepara para a entrada no mercado de trabalho.

A pesquisa apontou também que 93,75% das empresas preferem contratar egressos do Senai. "Os resultados demonstram a satisfação das indústrias com o trabalho do Senai", destaca o diretor regional da organização, José Zortéa. Ele lembra ainda que a nota média de satisfação dos alunos com a instituição é de 8,16 e que a taxa de estudantes fidelizados com a instituição alcança 54,17%.

Cursos via Pronatec
A cada ano, o Senai oferece em todo o Brasil cerca de 150 mil vagas em cursos técnicos. Neste ano, a organização deve abrir 2.950 vagas gratuitas somente dentro do Pronatec no Rio Grande do Sul.

Nesse caso, todo o curso é custeado pelo governo federal, assim como transporte, alimentação, material didático e uniformes dos estudantes. Os interessados devem estudar em escolas públicas ou em particulares com bolsa integral ou ter concluído o ensino médio em escola pública. É necessário entrar em contato com a Secretaria de Educação do Estado, que fica responsável por encaminhar os estudantes ao Senai, ou no pronatec.mec.gov.br.



Ciência e tecnologia: Senai capta know-how para o desenvolvimento das pequenas empresas


Desde 2012, o Senai de São Paulo envia especialistas a feiras de tecnologia e inovação dentro e fora do país para acompanhar os progressos do setor. O objetivo é o de apresentar as novidades para alunos do Senai e empresários, de acordo com Nivaldo de Freitas, representante da Diretoria Técnica (Ditec) da organização.

Freitas apresentou o método Observatório de Ciência e Tecnologia ao Conselho Superior de Inovação de Tecnologia (Conic) do Sistema Fiesp, em recente encontro: somente no ano de 2012, o Observatório envolveu 50 especialistas do Senai em visitas a mais de 10 feiras.

Em 2013, o plano é envolver 80 especialistas em exposições no Brasil e no exterior. O projeto busca disseminar o conhecimento adquirido nesses eventos aos alunos e às pequenas e médias empresas por meio de workshops. “A Alemanha, por exemplo, é uma referência mundial em desenvolvimento tecnológico e tem as feiras mais importantes mundialmente”, disse Freitas.

“Para esses pequenos empresários é difícil [viajar com essa finalidade]. Então, se o Senai tem o recurso para mandar um especialista e pode trazer [esse conteúdo] principalmente para o pequeno empresário, é isso o que a gente quer oferecer”, completou.

Sugestões
Segundo o presidente do Conic, Rodrigo Rocha Loures, o Observatório da Ciência e Tecnologia é uma “boa notícia”, mas o programa precisa de uma estratégia de comunicação.

“O conselho nitidamente validou a iniciativa do Senai, mas fez algumas sugestões, como a necessidade de ter um plano de comunicação no sentido de ter uma imagem”, afirmou Loures.

Outras recomendações, segundo Loures, passam pela interação com outros modelos de observatórios praticados no país e a aproximação de empresários. “É importante despertar o conhecimento e o interesse dos empresários para esse aspecto”, disse. “O Senai tem recursos humanos e financeiros. Tem uma historia que o credencia para ser um agente promotor de inovação no Brasil.”



Mais Educação: prazo de recadastramento para as 32 mil escolas é 30 de abril


As 32 mil escolas que participam do Programa Mais Educação têm prazo até 30 de abril para realizar o recadastramento via internet na página do Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças (Simec) do Ministério da Educação. Sem o novo cadastramento, as escolas deixarão de receber recursos financeiros e material didático de apoio para a Educação integral, que amplia a jornada escolar para 35 horas semanais.

“Esse recadastramento é importante para que não haja em 2013 descontinuidade das ações que vêm sendo realizadas por meio do programa”, explicou Jaqueline Moll, diretora de currículos e Educação integral do MEC. Ela informou que o Mais Educação traz novidades para este ano letivo. Os macrocampos de atividades de cultura, lazer e de esporte foram agrupados em um eixo comum, chamado de orientação de estudos e de leitura.

O que se espera é que um estudante universitário, preferencialmente de um curso de pedagogia, atue como monitor para acompanhar os alunos do Mais Educação. “Um acompanhamento pedagógico orientado, em que haja diálogo entre professores e esses meninos e meninas que têm mais tempo na escola”, esclareceu Jaqueline Moll. “Terminadas as quatro horas habituais de aulas, é preciso ter um tempo a mais para retomar operações matemáticas que exigem um tempo maior de aprendizagem, assim como as atividades de leitura, principalmente no ciclo de alfabetização", ressalta.

O Mais Educação teve início em 2008, com a adesão de 1.380 escolas públicas. Atualmente já está presente em 32 mil unidades de ensino, incluindo quase 10 mil escolas do campo. O programa garante aos estudantes do primeiro ao nono ano das escolas públicas a participação em atividades orientadas no contraturno, inclusive com acompanhamento pedagógico.

As novas escolas, pré-selecionadas pelo MEC para aderir ao Mais Escola, teve até 31 de março para fazer o cadastramento na página do Simec. A meta é chegar até o final deste ano com 45 mil escolas públicas, situadas em regiões de vulnerabilidade social, participando do Mais Educação.



Defasagem no aprendizado: desempenho dos alunos do ensino médio ficou abaixo do nível adequado, revela pesquisa


Os alunos do ensino médio são os que apresentam maior defasagem no aprendizado. Menos de um terço, 29,2%, dos estudantes conhecem a língua portuguesa da forma adequada ao período de estudo e apenas 10,3% sabem matemática proporcionalmente ao ano de ensino. Os dados foram divulgados em 6/3/2013 no relatório De Olho nas Metas do movimento Todos pela Educação (TPE).

O estudo é divulgado anualmente pela entidade. Nele, o TPE monitora o cumprimento de cinco metas consideras fundamentais: o atendimento escolar à população de 4 a 17 anos, a alfabetização na idade correta, o desempenho dos alunos nos ensinos fundamental e médio, a conclusão dos estudos e o financiamento da Educação. Este ano, o desempenho dos estudantes do ensino médio chamou a atenção por se distanciar da meta considerada adequada pela entidade.

Com base em dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e da Prova Brasil de 2011, o TPE constatou a maior defasagem em matemática. No relatório divulgado em 2011, com dados de 2009, a porcentagem de estudantes com conhecimento adequado ao terceiro ano do ensino médio era 11%, inferior à meta de 14,3%. Neste ano, no entanto, além da redução da porcentagem (10,3%), a diferença para a meta do período (2011) aumentou: é de quase 10 pontos percentuais (19,6%).

Em português, a meta foi cumprida no último relatório, 28,9% dos estudantes tinham o conhecimento adequado e a meta era de 26,3%. Nesse ano, também houve piora. A porcentagem de estudantes teve um leve aumento, 29,2%, mas não foi suficiente para cumprir a meta para o período, que era de 31,5%.

“No ensino médio observamos um descolamento enorme. Para melhorar essa fase do ensino, é preciso melhorar todo o sistema de educação. A defasagem vem desde a Educação infantil e vai se acentuando”, explica a diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz.

A informação de Priscila pode ser comprovada pelos dados dos anos anteriores de ensino. No quinto ano do ensino fundamental, em português, 40% tem o conhecimento adequado diante da meta de 42,2%. Já em matemática, a meta de 35,4% foi superada por 36,3% dos alunos. No nono ano do ensino fundamental, em português, 27% dos estudantes detinham o conhecimento necessário e a meta era de 32%. Em matemática foram 16,9% para uma meta de 25,4%.

“Diversas pesquisas educacionais comprovam que alunos com maior defasagem tendem a apresentar desempenho escolar inferior ao dos que se encontram no ano adequado”, informa o relatório. Ainda segundo o estudo, “o problema da defasagem precisa ser combatido na partida. Ou seja, se os alunos aprendem o que têm direito de aprender, diminui a repetência e, consequentemente, a defasagem. Por sua vez, alunos que já estão defasados precisam ter acesso a reforço escolar”.

A entidade alerta para a diferença entre as regiões e entre os estados e o Distrito Federal. De acordo com Priscila, não se trata de algo recente, pelo contrário, foi observado em outros relatórios do TPE, no entanto “observamos pouco avanço no sentido de melhorar essa desigualdade. Se quisermos que as regiões mais pobres elevem o desempenho em vários setores, precisamos melhorar a Educação. Essa é uma grande preocupação”, diz.

O Rio de Janeiro é o estado com maior índice de alunos com conhecimento adequado de matemática no terceiro ano (16,6%), enquanto o Acre é a unidade da Federação com o menor índice (3%), uma diferença de 13,6 pontos percentuais.

*Fundado em 2006, o Todos Pela Educação é um movimento da sociedade civil brasileira que tem a missão de contribuir para que até 2022, ano do bicentenário da Independência do Brasil, o país assegure a todas as crianças e jovens o direito a educação básica de qualidade.



Rede de fibras óticas: última semana para inscrição de municípios no Cidades Digitais – PAC


Vai até sexta (5/4/2013) o prazo para inscrição de municípios no programa Cidades Digitais – PAC. Podem fazer o cadastro prefeituras de cidades com até 50 mil habitantes e que estejam a 50 km do backbone da Telebrás ou tenham compromisso de conexão com uma operadora de internet. O programa vai investir R$ 100 milhões para a modernização da gestão de cidades com esse perfil por meio da construção de uma rede de fibras óticas nesses locais.

Para se inscrever, é preciso conferir as informações no www.mc.gov.br/inclusao-digital/noticias-inclusao-digital/26398-aberta-nova-chamada-para-o-programa-cidades-digitais e acessar o sistema pela internet. A cidade é considerada cadastrada quando envia todas as informações ao Ministério das Comunicações (MinCom).

Até hoje, 1.528 municípios se inscreveram no sistema, mas somente 355 finalizaram o cadastro. As cidades que ainda não terminaram o procedimento devem ficar atentas para encaminharem todas as informações dentro do prazo.

O coordenador-geral de Infraestrutura para Inclusão Digital, José Tarcísio Trindade, afirma que o sistema para inscrição das cidades é explicativo e fácil de ser preenchido. "Não há nenhuma dificuldade. O portal do ministério traz todas as explicações, os manuais de como preencher o cadastro. As prefeituras têm uma grande oportunidade de participar desse programa".

O programa
O programa Cidades Digitais – PAC é a segunda chamada do programa Cidades Digitais. A primeira seleção escolheu 80 cidades para fazerem parte do projeto-piloto. O objetivo do programa é, por meio da construção de uma rede de fibras óticas nas cidades, modernizar a administração dos municípios e o acesso aos serviços públicos com o uso da internet, aplicativos de governo eletrônico e capacitação de servidores.



Parque Tecnológico do Rio: complexo completa 10 anos com investimentos de R$ 1 bi


Inaugurado em 2003 para estimular a interação entre a universidade – alunos e professores – e empresas, promovendo a transformação de conhecimento em riqueza, o Parque Tecnológico do Rio completará 10 anos, agora em 2013, chegando a R$ 1 bilhão em investimentos.

O Parque está instalado na Cidade Universitária da capital fluminense (Foto Divulgação)

“O ambiente de inovação garante às empresas um acesso diferenciado a laboratórios, profissionais de alta qualificação, e gera oportunidades de negócios e de pesquisas de ponta”, destaca Maurício Guedes, diretor executivo do parque.

O sucesso do empreendimento é medido pela presença de unidades de pesquisas de grandes organizações e de empresas inovadoras de pequeno e médio porte. Este movimento foi impulsionado pela presença de uma empresa âncora – a Petrobras, por meio de seu centro de pesquisas.

Além de abrigar centros de pesquisa de multinacionais, o parque gera oportunidades para empresas de base tecnológica de menor porte. Para ampliar o apoio ao setor, os dirigentes reservaram parte área para o desenvolvimento de projetos de incentivo às pequenas e médias empresas.

Uma delas é a Torre da Inovação, que vai abrigar uma centena de pequenas empresas de diversos setores. O objetivo é apoiar as nacionais em busca por novos mercados e as internacionais interessadas no mercado brasileiro.

Os planos de expansão da área física do parque incluem um terreno de 240 mil metros quadrados na Ilha do Bom Jesus, que virá se somar à área original. “A ocupação desta área seguirá um modelo ecologicamente sustentável, transformando o espaço no primeiro Polo Verde do país e criando um importante marco no avanço da economia verde”, ressalta Guedes.




quarta-feira, 27 de março de 2013

Pronatec na Copa do Mundo: programa de qualificação profissional será ampliado além das cidades-sede

O Ministério do Turismo vai levar o Pronatec Copa Turismo para 120 municípios. O objetivo é expandir o programa de qualificação profissional para além das cidades-sede da Copa do Mundo Fifa 2014 e atender a outras áreas de serviços essenciais para o setor, com a oferta de 75 cursos.

O anúncio foi feito nesta terça (26/3/2013), pelo secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Fabio Mota, em debate no Congresso Nacional de Hotéis (Conotel), em São Paulo. “Vamos firmar convênios com os municípios que estão fora do calendário dos grandes eventos para alcançar 100% dos serviços relacionados ao turismo”, disse o secretário.

Mota citou como exemplos áreas como a de segurança pública, do transporte urbano (especificamente táxi) e do comércio, entre as contempladas; e detalhou as três vertentes do programa Pronatec: Copa, na empresa e social. Este último voltado para pessoas em situação de vulnerabilidade. “Precisamos do apoio das entidades da hotelaria para o levantamento de demanda e treinamento nestas áreas. A participação do empresariado é fundamental para o sucesso do programa”, destacou.

Em resposta, o presidente da Associação Brasileira de Hotéis (Abih), Henrico Fermi, se colocou como interlocutor do MTur no esforço de mobilizar a rede hotelaria. “A Abih será proativa, convocando seus filiados a colaborarem com o ministério nesse amplo processo de qualificação”, disse.

O objetivo do Ponatec é treinar 240 mil profissionais até 2014. São cursos ofertados para profissionais do setor (Empresa); para pessoas que buscam oportunidades no mercado de trabalho do turismo (Copa); e para pessoas em situação de vulnerabilidade (Social).


Do Valor Econômico: escolas investem em cursos de inovação voltados para gestão


A necessidade de ganhos de produtividade em um cenário de concorrência acirrada e de participação crescente dos países emergentes na economia mundial está levando as empresas a enxergar a necessidade de inovar em caráter permanente, integrar e internacionalizar suas atividades de pesquisa e desenvolvimento - além de adotar mecanismos para controlar e mensurar o processo.

Nesse contexto, as instituições acadêmicas brasileiras têm aumentado a oferta de programas de educação e treinamento voltados para a gestão da inovação.

"Nos últimos anos tem sido grande a demanda nessa área", afirma Ruy Quadros, coordenador do curso de gestão estratégica da inovação, especialização do departamento de política científica e tecnológica da Unicamp. Segundo ele, o objetivo das empresas é fazer mais e melhor em uma área de recursos nem sempre fartos e de resultados incertos.

O programa da Unicamp está em sua sétima turma, sem contar as versões "in company", e tem sido aperfeiçoado para ganhar perfil cada vez mais "mão na massa", como define seu coordenador. "É um curso muito prático, que discute os desafios das empresas na gestão de pesquisa e desenvolvimento (P&D)". Voltado para profissionais com experiência, ele funciona como uma espécie de laboratório, no qual são simuladas, testadas e debatidas questões como custeio à pesquisa, acesso ao financiamento e relacionamento com órgãos de fomento, além da interface com outras áreas, unidades ou empresas. Além de professores especialistas da própria instituição, alguns módulos são ministrados por professores convidados e profissionais de empresas inovadoras.



Emprego e salário: curso técnico aumenta em 24% renda do profissional


Estudo realizado com técnicos formados no Senai mostra que, um ano depois de obterem o diploma, esses profissionais conseguem aumentar sua renda em 24%. O levantamento – feito pela organização entre 2010 e 2012 – acompanhou metade das quase 40 mil pessoas que terminaram os cursos em 2010 buscando analisar os impactos da Educação profissional na empregabilidade. Com base nessas informações, é possível adequar os programas educacionais às expectativas profissionais dos estudantes e às exigências do mercado de trabalho.

(Foto Sistema Fieb)
A pesquisa aponta ainda que 72% dos ex-alunos dos cursos técnicos conseguem trabalho no primeiro ano depois da formatura e têm renda média de 2,6 salários mínimos, o que, na época do estudo equivalia a R$ 1,6 mil. Além disso, 73% estão ocupados em atividades relacionadas à área de formação. A renda média desses profissionais é 19% maior do que a os ocupados em outras áreas. Já na Bahia, o resultado ainda é maior, pois mais de 77% dos egressos do Senai-BA estão no mercado de trabalho, e deste número, mais 75% atuam na área de formação e 52% estão no setor industrial.

Os cursos técnicos são destinados a estudantes da segunda ou terceira séries do ensino médio ou a quem já tem esse nível de escolaridade completo. Com duração de até dois anos, a formação do Senai oferece conhecimentos teóricos e práticos em diversos setores da indústria e prepara para a entrada no mercado de trabalho.

“Os resultados reforçam a ideia de que o ensino técnico pode sim ser uma escolha para os jovens brasileiros”, afirma o diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi. Ele destaca que hoje apenas 17,6% dos jovens de 18 a 24 anos seguem para a universidade. Um contingente de 5,3 milhões não trabalha e nem estuda – e formam o que demógrafos chamam de “geração nem nem”. “Para esses jovens, especialmente, a Educação técnica é uma chance de entrar no mercado de trabalho de forma qualificada, em uma carreira promissora e estável, sem que isso signifique um caminho que exclui a universidade”, diz Lucchesi, referindo-se ao fato de que 42% das pessoas estavam estudando no ano seguinte à conclusão do curso técnico.

A pesquisa também consultou as empresas nas quais os ex-alunos do Senai estão empregados. Quarenta e dois por cento dos supervisores entrevistados consideram esses trabalhadores superiores aos demais empregados. Além disso, 94% das empresas contatadas preferem contratar profissionais formados na instituição.

A cada ano, o Senai abre cerca de 150 mil vagas em cursos técnicos. Neste ano, a organização deve abrir mais 83 mil vagas gratuitas somente dentro do Pronatec. Neste caso, todo o curso é custeado pelo governo federal, assim como transporte, alimentação, material didático, uniformes dos estudantes. Os interessados devem estudar em escolas públicas ou em particulares com bolsa integral ou ter concluído o ensino médio em escola pública. É necessário entrar em contato com a Secretaria de Educação do Estado, que fica responsável por encaminhar os estudantes ao Senai, ou pelo site do Pronatec.

Na Bahia
No próximo semestre, o Senai-BA está abrir 1.030 vagas nos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio. As inscrições podem ser realizadas até 30 de abril, a taxa de inscrição para o Processo Seletivo é R$ 15 e a prova será realizada em 19 de maio.

Já em Salvador, os beneficiários do Bolsa Família ainda podem realizar a inscrição nos cursos de qualificação gratuitos oferecidos pela prefeitura da capital baiana por meio do Pronatec. No Senai-BA, são 400 vagas para diversos cursos. As matrículas devem ser realizadas na unidade Mouraria, onde os cursos serão ministrados, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Os candidatos devem ter entre 16 e 59 anos de idade, ensino fundamental incompleto e Número de Inscrição Social (NIS).

Cursos oferecidos: Auxiliar de transporte, movimentação e distribuição de cargas; Operador de Edit. Eletrônica; Estofador de móveis; Desenhista de móveis; Modelista; Montador de móveis; Operador de Equip. de guindar; Aplicador de Revest. cerâmico; Confeiteiro; Encanador instalador predial; Confeccionador de Lingerie e moda praia; Açougueiro; Prod. de Frutas e Hort. Proc. pelo uso de calor; Ajustador mecânico; Operador de computador; Eletricista de automóveis; Montador e reparador de computadores; Agente de inspeção de Qualidade; Bombeiro Civil; Caldeireiro; Mecânico de transmissão manual automotiva; Assist. de Planej. e controle de produção; Instalador e reparador de redes de computadores; Operador de tele atendimento; Almoxarife; Mecânico de Máquinas Industriais; Mecânico de Sist. de freios, susp. e dir. de veículos leves; Eletricista de automóveis; Mecânico de automóveis leves; Agente de observação de segurança; Eletricista Inst. predial de baixa tensão; Operador de Petróleo e Gás; Instalador de refrigeração/climatização doméstica; Auxiliar de fiscalização ambiental.


Pronatec: programa oferece 860 mil vagas para beneficiários do Bolsa Família


O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Brasil Sem Miséria), executado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com o Ministério da Educação (MEC), oferece este ano 863 mil vagas para beneficiários do Bolsa Família. No ano passado, o programa teve 266,7 mil inscritos.

São 448 cursos diferentes em 2.034 cidades de todo o país. Entre eles, auxiliar administrativo, eletricista, manicure e pedicuro, pedreiro, operador de computador, montagem e manutenção de computadores, almoxarife, instalador predial de baixa tensão e auxiliar de pessoal. Para participar dos cursos, o candidato deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo.


As prefeituras podem aderir ao programa a qualquer momento. Segundo o diretor de Inclusão Produtiva do MDS, Luiz Müller, o trabalho dos municípios é fundamental para que as pessoas extremamente pobres tenham acesso aos cursos. “Em cada município, a assistência social tem um papel muito importante no processo de mobilização para acessar as vagas.”

Além da mobilização, a assistência social é responsável pela articulação entre o Sistema S (Senai, Sesi, Senac, Sesc, Sest e Senar, entre outros), escolas técnicas e empresários para definir os postos de trabalho disponíveis no município. “Cada município tem sua particularidade. Há oportunidades especificas de emprego em cada um”, destaca Müller. “Com o Brasil Sem Miséria, passamos a olhar localmente [a demanda de mão de obra] e conseguimos detectar possibilidades de inclusão produtiva das pessoas nesses mercados específicos.”

De acordo com Müller, a cada trimestre o governo fará um processo de repactuação, com objetivo de identificar novos mapas de oportunidades e especificidades locais. Isso pode resultar na abertura de mais vagas.


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