A necessidade de ganhos de produtividade
em um cenário de concorrência acirrada e de participação crescente dos países
emergentes na economia mundial está levando as empresas a enxergar a
necessidade de inovar em caráter permanente, integrar e internacionalizar suas
atividades de pesquisa e desenvolvimento - além de adotar mecanismos para
controlar e mensurar o processo.
Nesse contexto, as instituições
acadêmicas brasileiras têm aumentado a oferta de programas de educação e
treinamento voltados para a gestão da inovação.
"Nos últimos anos tem sido grande a
demanda nessa área", afirma Ruy Quadros, coordenador do curso de gestão
estratégica da inovação, especialização do departamento de política científica
e tecnológica da Unicamp. Segundo ele, o objetivo das empresas é fazer mais e
melhor em uma área de recursos nem sempre fartos e de resultados incertos.
O programa da Unicamp está em sua sétima
turma, sem contar as versões "in company", e tem sido aperfeiçoado
para ganhar perfil cada vez mais "mão na massa", como define seu
coordenador. "É um curso muito prático, que discute os desafios das
empresas na gestão de pesquisa e desenvolvimento (P&D)". Voltado para
profissionais com experiência, ele funciona como uma espécie de laboratório, no
qual são simuladas, testadas e debatidas questões como custeio à pesquisa,
acesso ao financiamento e relacionamento com órgãos de fomento, além da
interface com outras áreas, unidades ou empresas. Além de professores
especialistas da própria instituição, alguns módulos são ministrados por
professores convidados e profissionais de empresas inovadoras.