Na primeira etapa de construção, o CDC atenderá de forma mais restrita à comunidade acadêmica do país. A infraestrutura no início terá capacidade limitada, para que os usuários experimentem a plataforma. Entre os objetivos estão abrigar grandes volumes de informações e colaborar para a manutenção e a preservação de dados.
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De acordo com o diretor de serviços e soluções da RNP, José Luiz
Ribeiro, a tecnologia permite a redução de custos de instalação,
infraestrutura, equipamentos e recursos humanos, porque toda estrutura se
concentra em um ou vários centros de informações (data centers), em geral à
distância.
“A nuvem é um grande repositório onde são colocadas informações de
todo tipo, como áudio, vídeo, dados e textuais. É um espaço onde se permite o
processamento de informações. As informações que estão no computador são
transferidas para a nuvem, onde uma empresa ou instituição é que vai armazenar
os dados ou mesmo fornecer esse serviço de processamento de dados”, explicou
Ribeiro à Agência Brasil.
Ribeiro destaca que a tecnologia de computação em nuvem necessita de
conexão com internet, já que a infraestrutura, em geral, está localizada à
distância. “Ela depende essencialmente da internet porque as informações
estarão em outro lugar fisicamente, que pode estar na sua própria cidade como
em um outro país, e a conexão com esse data center é feita por meio da
internet”.
Apesar das facilidades oferecidas pela tecnologia, pode haver
fragilidades na segurança das informações. Sobre a computação em nuvem no
cotidiano no cidadão, Ribeiro ressalta que o usuário deve ter atenção ao
contratar a plataforma de computação em nuvem. Informações sigilosas devem ser
criptografadas para serem preservadas.
“O indivíduo precisa estar atento com a questão da privacidade das
informações. Em uma nuvem pública, como é o caso da [oferecida pela] Google,
Amazon e Microsoft, o usuário confia as suas informações a um terceiro, e não
necessariamente essas informações estão seguras. Em alguns casos, pode estar
previsto no contrato a divulgação das informações para o governo ou para um
conjunto de empresas que vão querer, por exemplo, saber o seu perfil de
consumo”, destaca.
O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) também já
trabalha com a tecnologia de computação em nuvem. Em iniciativa inédita, a
empresa lançou no início deste mês a primeira nuvem do governo federal. O
ambiente abriga sistemas para o Programa Cidades Digitais. A tecnologia oferece
soluções de educação, atendimento médico hospitalar, gestão e comunicações para
cerca de 80 municípios brasileiros.
De acordo com o superintendente de Produtos e Serviços do Serpro, José
Gomes Júnior, a tecnologia permitirá que prefeituras brasileiras tenham
estrutura para montar seus sites.
“Para cada prefeitura ter seu site e todos os sistemas, em um primeiro
momento elas precisariam ter uma infraestrutura de processamento local, um
minicentro de processamento de dados, servidores e licenciamento dos softwares.
O que o Serpro está fazendo é levar toda essa tecnologia às prefeituras, elas
não precisam mais se preocupar em ter essa infraestrutura do outro lado”, disse
o superintendente à Agência Brasil.
O gerenciamento da tecnologia ficará sob a responsabilidade do Serpro
em um centro de dados da própria instituição. O espaço para armazenamento e
processamento de dados será dado de acordo com a necessidade do usuário. Gomes
Júnior explica que a ferramenta de computação em nuvem do Serpro está
disponível apenas para entes governamentais.
Fonte Agência Brasil