quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Tecnologia em alimentos: sorvete diferente é destaque em concurso de inovação

Tatiane Michele Bonavita é educadora física, Thayse Cristine Fernandes Nunes é bióloga e Paula Fernanda da Silva Irenti é fisioterapeuta. Em comum, a idade, 29 anos, e o desejo de fazer chegar ao consumidor uma opção diferente de sorvete, mais saudável e que pode ser consumido por quem tem intolerância à lactose. Tudo isso com muito sabor, claro.

Ex-alunas do Senai da Barra Funda, na capital paulista, Tatiane, Thayse e Paula, junto com Killian Colombo Maciel, criaram o gelado comestível simbiótico elaborado com extrato de arroz.

A equipe responsável pelo sorvete na escola da Barra Funda (Foto Everton Amaro/Fiesp)

Ou seja, um sorvete sabor chocolate preparado com o leite do grão em vez do leite de vaca. A ideia se destacou e venceu a edição paulista do Inova Senai 2013, na categoria Alimentos. A premiação foi realizada em setembro, no Anhembi, durante a São Paulo Skills, maior competição de Educação profissional e tecnológica do estado.

“A ideia é não caracterizar esse sorvete como um remédio ou uma alternativa para intolerantes à lactose, mas sim como uma opção saudável de alimento”, conta Thayse, explicando que o grupo “tentou chegar o mais próximo possível do sabor de um sorvete comum”.

E parece ter chegado. O gelado comestível tem a textura de um sorvete à base de leite de vaca, mas o sabor do chocolate nessa versão, por exemplo, é mais encorpado, com massa de cor mais escura.  O grupo optou pelo sabor chocolate por essa ser uma “preferência nacional”. “Pesquisamos e descobrimos que 70% do público brasileiro prefere o sabor chocolate”, afirma Tatiane.

A educadora física explica que a substituição do leite de vaca pelo extrato de arroz aumentou a eficiência do gelado na garantia de saúde e do bem estar. “A ideia era criar um alimento funcional também. A gente optou pelo leite de arroz por ele ser rico em cálcio e fibras, além de adicionar fibra de milho, aumentando o valor de fibra do sorvete e reduzindo o teor de gordura”, diz Tatiane.

Segundo a orientadora do grupo, a professora de alimentos no Senai Bárbara Mesquita, se comercializado, o sorvete com extrato de arroz faria parte da “categoria premium” de gelados. “Até porque o sabor dele é diferente dos tradicionais de chocolate, tem mais fibras e menos gordura”.

Loja de doces
Apesar de terem outras profissões, as meninas do sorvete de arroz também possuem formação em Técnico de Alimentos pelo Senai. Isso como forma de agregar valor à carreira.

A fisioterapeuta Paula, por exemplo, decidiu não seguir na área depois da experiência com manipulação de alimentos. Influenciada pela mãe, uma doceira que estava prestes a abrir sua loja, a mais tímida integrante do grupo resolveu ficar com o negócio da família e ser empreendedora. “Minha mãe trabalha há 30 anos com doces. E quando eu estava me formando na faculdade ela montou uma loja. Comecei a ajudar na loja e a fazer algumas coisas com chocolate”, lembra.

Fonte Portal Sistema Fiesp



Mercado de trabalho: Senai do Tocantins seleciona profissionais para suas unidades

As vagas são para instrutores, intérprete de Libras e motorista nas cidades de Araguaína e Colinas do Tocantins. A seleção para os cargos será por meio de exame de habilidades e conhecimentos, com as seguintes etapas eliminatórias: análise curricular, aplicação de prova objetiva, aula expositiva e entrevista técnica.

As oportunidades em Araguaína (clique aqui para ler o edital):
  • cargo 1: Instrutor – Corte e Costura;
  • cargo 2: Instrutor – Mecânico de Refrigeração;
  • cargo 3: Instrutor – Técnico em Segurança do Trabalho;
  • cargo 4: Instrutor – Tecnologia da Informação;
  • cargo 5: Intérprete de Línguas Visuais 1 – Libras;
  • cargo 6:  Motorista.

E em Colinas do Tocantins (clique aqui para ler o edital):
  • cargo 1: Instrutor 1 – Alimentos;
  • cargo 2: Instrutor 2 – Tecnologia da Informação. 

As inscrições podem ser feitas até a próxima segunda (18/11/2013), tanto para Araguaina, com envio de currículo via selecaosenaiaraguaina@fieto.com.br, identificando o campo assunto como SENAI – Processo de Seleção – Comunicado 32/2013 e o número do cargo desejado; como para Colinas, com envio currículo para selecaosenaiaraguaina@fieto.com.br, preenchendo o assunto com SENAI – Processo de Seleção – Comunicado 33/2013 e o número do cargo desejado.

Fonte Portal Sistema Fieto


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Educação: Piaget e o desenvolvimento da inteligência

Jean Piaget (foto) nasceu em Neuchâtel, na Suíça, em 1896. Diplomou-se em ciências naturais aos 21 anos, doutorando-se no ano seguinte. Interessou-se pela psicologia, realizando estudos em Zurique e em Paris. Foi professor dessa matéria nas Universidades de Neuchâtel, Lausanne e Genebra e de psicologia genética na Sorbonne, de 1952 a 1963.

Presidente da Comissão Suíça na Unesco, foi enviado em missão a Beirute, Paris, Florença e Rio de Janeiro. A Unesco confiou-lhe a elaboração da obra O direito à Educação. Piaget tornou-se membro do Conselho Executivo da instituição.

Piaget abordou o desenvolvimento da inteligência através do processo de maturação biológica. Para ele, há duas formas de aprendizagem. A primeira, mais ampla, equivale ao próprio desenvolvimento da inteligência.

Este desenvolvimento é um processo espontâneo e contínuo que inclui maturação, experiência, transmissão social e desenvolvimento do equilíbrio. A segunda forma de aprendizagem é limitada à aquisição de novas respostas a situações específicas ou à aquisição de novas estruturas para algumas operações mentais específicas.


Clique aqui para ler, na íntegra, artigo de Nelson Valente, publicado no Caderno de Educação.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Inovação: indústria têxtil terá um novo Centro de Tecnologia

Como principal suporte ao fortalecimento da competitividade da indústria têxtil brasileira, o Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (Cetiqt), unidade do Senai instalada no Rio de Janeiro, vai aplicar mais de R$ 50 milhões em projetos de Educação profissional, tecnologia, conhecimento e inovação.

O valor é cinco vezes maior que os R$ 10 milhões registrados no triênio anterior.

Os investimentos para os próximos três anos fazem parte do Plano Estratégico 2013-2016. A meta é reforçar os serviços do Centro para o atendimento da indústria e das demandas dos consumidores.

Serão ampliadas para 33 mil as matrículas em programas de Educação profissional a distância e em cursos semipresenciais para atender a um leque maior de empresas em todo o país. Nos últimos três anos foram 24 mil inscritos.

Do investimento total, R$ 14 milhões vão para a ampliação e modernização dos laboratórios de ensaios, calibração e avaliação de performance, que fazem os testes laboratoriais de atendimento a requisitos legais e normativos. 

Mais R$ 18 milhões serão destinados ao desenvolvimento de programa de apoio ao setor de confecção, desenvolvido em parceria com o Sebrae. Outros R$ 18 milhões serão empregados na modernização das plantas-piloto de confecção, fiação e tecelagem e enobrecimento.

O foco é manter equipamentos e sistemas de produção compatíveis com as principais tecnologias empregadas na indústria.

Fundado em 1940, no bairro do Riachuelo, o Senai Cetiqt conta com plantas-piloto completas que reproduzem o ambiente fabril, além de rede integrada de laboratórios e área de inovação, estudos e pesquisas.

Também com unidade na Barra da Tijuca, O Centro tem cursos técnicos, de qualificação e aperfeiçoamento profissional, graduação e pós-graduação. As empresas contam com serviços técnicos e tecnológicos, como consultorias e design e testes laboratoriais.


Fonte Portal da Indústria


Cidadania: DF adota como política de estado programa para jovens vítimas de abuso sexual

O programa Vira Vida, do Conselho Nacional do Sesi (CNSesi), vai ser adotado pelo governo do Distrito Federal como política de estado. O programa deverá beneficiar adolescentes e jovens entre 14 e 21 anos incompletos vítimas de violência sexual. Eles terão acesso a apoio psicossocial, formação profissional e Educação básica e continuada para promover seu acesso ao mercado de trabalho.

De acordo com o presidente do CNSesi, Jair Menegheli, o Conselho já vinha se articulando com governos estaduais e o governo federal para implementar o programa como política de estado. “O principal ganho com isso é que o estado pode ampliar a cobertura de beneficiários. Continuaremos, mesmo no DF, como parceiros, só que agora seremos demandados pelo governo”.

O Vira Vida foi criado em 2008 para atender especificamente jovens com histórico de abusos e exploração sexual. É desenvolvido em 23 cidades de 19 estados, entre elas Brasília, Fortaleza, Salvador, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. Dos 3,7 mil matriculados, 1,8 mil concluíram cursos de formação profissional e 1,2 mil estão em sala de aula. Dos formados, 1,1 mil estão no mercado de trabalho.


O programa é desenvolvido pelo Sesi e outras organizações do Sistema S.


Saúde: Fiocruz dá dicas sobre o uso correto de medicamentos

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está promovendo a cartilha Uso Correto de Medicamentos.

Nela, são apresentados, em 13 tópicos, ensinamentos e conselhos sobre receita, como tomar e onde guardar os medicamentos e o que fazer com os remédios vencidos.

Clique aqui é acesse a cartilha

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Inovação: resíduos industriais podem ser úteis para fabricar cerâmica

Pesquisa realizada na Escola Politécnica (Poli) da USP analisou a possibilidade de incorporar lodo de esgoto e lama vermelha, dois resíduos industriais, como matéria prima na fabricação de cerâmicas, conferindo um valor agregado a esses rejeitos. O trabalho foi realizado durante a dissertação de mestrado do engenheiro Cristian Camilo Hernández Díaz, sob a orientação do professor Antonio Carlos Vieira Coelho.

Segundo o engenheiro, as massas cerâmicas são usadas na fabricação de cerâmicas estruturais, ou seja, blocos maciços, tijolos e telhas. “Eles geralmente são fabricados com argilas comuns, com jazidas próximas à fabrica de produção.

Decidimos utilizar lodo de esgoto e lama vermelha porque a produção desses resíduos está aumentando consideravelmente”, conta. A pesquisa Estudo da possibilidade de uso de lodo de esgoto e lama vermelha como matérias primas cerâmicas foi apresentada na Poli em 3 de maio de 2013.


Clique aqui para ler, na íntegra, a reportagem da Agência USP.


Educação: ‘falta coragem política para melhorar qualidade da Educação’, diz professor de Harvard

Fryer: "é muito difícil aprender
matemática ou química, se você não
acredita que vá utilizar isso no
trabalho" (Foto José Paulo Lacerda)
Roland Fryer é professor de Economia na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Lá, coordena o Laboratório de Inovação em Educação, onde realiza pesquisas sobre impactos da qualidade da Educação.

Antes disso, coordenou a área de equidade do Departamento de Educação da cidade de Nova Iorque entre 2007 e 2008. Nesse período, ele desenvolveu e implementou uma série de ideias inovadoras voltadas à motivação de estudantes e ao pagamento de professores pela melhoria de seu desempenho.

Fryer defende que boas escolas podem corrigir diferenças entre estudantes e que os países sabem que estratégias adotar para melhorar a qualidade da educação que ofertam. O desafio, segundo ele, está em reunir coragem política para implementar as ações. 

Depois proferir a palestra magna no seminário que antecedeu a apresentação do projetoEducação para o Mundo do Trabalho, realizado pelo Sistema Indústria, em 30 de outubro, em Brasília, ele conversou com o Portal da Indústria. Acompanhe.

Portal – Assim como os Estados Unidos, o Brasil é um país de grandes dimensões e também grande diversidade. Quais são os principais desafios para promover a Educação nessa realidade?
Fryer: Nós sabemos o que e como devemos fazer. Não importa a diversidade que exista no país. Há diversidade de recursos, de escolas, da situação entre os estudantes. As crianças com que lido são as de escolas públicas e carentes, as crianças vêm de grupos minoritários e os resultados acadêmicos são muito parecidos os do Brasil. O que eu descrevo na minha pesquisa é que melhores professores e mais tempo ao ensino são o senso comum. Não se trata de uma mágica. São estratégias que podem ser adotadas em qualquer lugar do mundo nos Estados Unidos, no Brasil e em outros países. O problema é que isso é politicamente complicado. Os Estados Unidos ficaram dando voltas e não enfrentaram o problema e isso é muito frustrante. O principal desafio é ter a coragem política para fazer.

Portal – Na sua apresentação, o senhor citou algumas medidas como pagar para que estudantes leiam livros, por exemplo. Aqui, o programa Bolsa Família coloca entre suas condicionalidades a matrícula na escola. Na sua opinião, qual o mais importante passo depois deste para se conseguir oferecer Educação de qualidade?
Fryer: Eu acredito que o Brasil e outros países da América Latina fizeram bem ao adotar esse tipo de política. Isso aumenta o acesso à Educação e isso é importante. A chave agora não é acesso, mas qualidade. Qualidade é difícil. É mais fácil garantir acesso à escola do que, por exemplo, ter professores fantásticos numa sala de aula.

Portal – Como a indústria pode ajudar na construção de uma educação de mais qualidade no Brasil?
Fryer: Acredito que – com uma economia vibrante, que ajude os estudantes entenderem que existe um mundo diferente longe da academia – é muito difícil aprender matemática ou química, se você não acredita que vá utilizar isso no trabalho. É tolo pensar que as pessoas vão estudar apenas pelo fato de isso ser o certo. Elas vão estudar para comprar coisas, comprar sua casa. A indústria também pode estar mais envolvida nas políticas para aumentar a qualidade da Educação. Os empresários podem demandar melhores escolas, porque eles precisam de força de trabalho. Para o Brasil crescer e prosperar, vai precisar de capital humano de qualidade. O melhor investimento que um país pode fazer em relação a isso é em seu próprio povo e a indústria pode liderar esse processo.

Fonte Portal da Indústria


Inovação: usina de biogás vai tratar resíduos da Ceasa de Porto Alegre

Daqui há três anos, a Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS), em Porto Alegre, terá em pleno funcionamento sua Estação de Manejo e Transbordo de Resíduos, que comportará uma Usina Modular de Biogás de 660 KVA. Esta unidade terá gerenciamento remoto, por meio automático ou humano, de acordo com os conceitos de Smartgrid.

O projeto, que tem as parcerias do Senai-RS e da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE), dará destino energético a 7,2 milhões de toneladas/ano de resíduos da Ceasa.

A novidade está na tecnologia do Senai-RS, por meio do Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL), do Centro de Excelência em Tecnologias Avançadas (Ceta), da Escola Senai Nilo Bettanin e da Faculdade Senai de Tecnologia, que desenvolveu uma bactéria especificamente para deteriorar hortifrutigranjeiros.

Além da energia gerada (660KVA), suficiente para alimentar um condomínio com cerca de 250 habitantes, a usina vai acabar com o transporte dos resíduos para o aterro sanitário, evitando a emissão de 38 toneladas de carbono/ano.

O projeto é resultado de uma chamada da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e faz parte dos investimentos que as distribuidoras de energia elétrica devem fazer na área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). 

Além disso, em 2010 o Brasil aprovou a primeira Lei Nacional de Resíduos Sólidos, pela qual a partir de 2014 apenas os resíduos sem viabilidade econômica para a recuperação deverão ser depositados em aterros sanitários, e lixões a céu aberto e aterros controlados deverão ser fechados.

A usina dará destino energético a 7,2 mil toneladas/ano de resíduos da Ceasa. No ano passado, cerca de 38 toneladas/dia de resíduos foram produzidas, equivalente a produção diária de uma cidade de 50 mil habitantes.

Segundo o presidente da Ceasa, Paulino Donatti, "a meta com a construção da usina de biogás é aproveitar 70% do lixo orgânico produzido no complexo". Outro benefício apontado por ele é a contribuição do projeto da Ceasa-RS no acréscimo na matriz energética nacional. “Poderá servir de exemplo para uma política nacional para tratamento dos resíduos de hortigranjeiros nas 29 Centrais de Abastecimento existentes no Brasil”.

Smartgrid
O Smartgrid (rede inteligente) usa a tecnologia da informação associada a automação e infraestrutura de telecomunicações para sistemas que propiciem maior eficiência em processos.

O engenheiro Hermes Issamu Hirano, da IBM, destaca benefícios do Smartgrid:
  • Redução do pico de demanda de energia por meio do gerenciamento de consumo do cliente em horários de pouca demanda de energia;
  • Informação da energia consumida pelo consumidor, permitindo criar novos hábitos e procedimentos para economia de energia;
  • Aumento da eficiência operacional do sistema, uma vez que, com sensores e controle da rede, teremos mais facilidade de identificar, diagnosticar e corrigir problemas, assim como antecipar ações para evitar tais eventos e,
  • Aplicações de tecnologia mais limpa com o avanço dos eletrodomésticos, carros elétricos, uso de energia solar e eólica.


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A Educação que funciona: projeto lança livro com 13 iniciativas inovadoras de ensino


“Inspirar pessoas em busca de novos modelos de Educação, a partir de uma jornada de conhecimento por iniciativas transformadoras no mundo.” Este é o propósito do projeto Coletivo Educ-Ação, que acaba de lançar o livro Volta ao mundo em 13 escolas.

Segundo o site do projeto, “Foi com um olhar não acadêmico em busca de inspiração que encontramos escolas, espaços de aprendizado, cursos formais e não formais que estão propondo novos formatos. Foi assim que chegamos a diversos modelos mundo afora: na Índia, na Suécia, na Indonésia, na Espanha, na Inglaterra, nos Estados Unidos… e no Brasil.”



Tecnologia: ‘A escola precisa preparar os alunos para programar’, diz especialista em TI

Por Tatiana Klix

O pesquisador e engenheiro de software Silvio Meira é um dos principais pensadores brasileiros sobre a tecnologia da informação e seu impacto na sociedade. Ele escreve artigos científicos e para a imprensa, dá consultorias e profere palestras concorridíssimas em universidades e fora delas.

Paraibano de 58 anos, ele também nunca saiu da escola – Silvio é formado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica, tem mestrado em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco, doutorado em Computação pela University of Kent at Canterbury, da Inglaterra, e é professor titular de Engenharia de Software da UFPE.

Mas tem convicção de que a tecnologia da informação está questionando a utilidade do sistema escolar clássico.

“O que a gente vê claramente acontecendo hoje é um processo em que nós entendemos – talvez de uma vez por todas – que se aprende por toda vida, não só na escola”, diz Silvio.

Aprende-se durante uma discussão na mesa de bar que suscita uma dúvida solucionada pelo Google, aprende-se russo pelo Google Translate durante uma viagem, aprende-se assistindo a vídeos pelo Youtube, exemplifica o pesquisador. “A tecnologia existe fora da escola, em larga escala, profundamente na sociedade”, disse em entrevista ao Porvir. “O mundo não está esperando pela escola, quem está atrasada é a escola”, acrescentou.

Durante a conversa de quase uma hora, que evoluiu sobre questões relacionadas a processos de aprendizagem, problemas do ensino público brasileiro, ferramentas como Youtube e Bing, inovações na área educacional como o EdX (plataforma de cursos online de Harvard e MIT), games, robôs e programação, Silvio foi categórico em afirmar que  o “sistema educacional está falido de maneira catastrófica”.


Mas o engenheiro, que ainda é cientista chefe do centro privado de inovação C.E.S.A.R, acredita que mais difícil do que atualizar os professores ou as próprias instituições tecnologicamente é fazer com que a escola seja um ambiente de aprendizado de processos de percepção, interação, compreensão e de intervenção no mundo.

E já está preocupado com uma demanda futura, a necessidade de disseminar a cultura da programação. Para Sílvio, numa prazo de 30 a 40 anos será necessário, para exercer qualquer profissão, ter criatividade e capacidade de socialização com softwares de robôs. E é papel da escola preparar os alunos para essa realidade.

“O desafio de usar ou tecnologia da informação não existe mais. As pessoas já usam. Elas precisarão programar também”, prevê. Silvio é autor do recém lançado livro Novos negócios inovadores de crescimento empreendedor no Brasil, no qual trata do tema explicando porque o empreendedorismo virou moda no país.

Clique aqui para ler, na íntegra, a entrevista publicada no portal Porvir.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Visualizações