quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Educação: novo ministro fala em expansão do Prouni e do Fies

Ministro Paim, em foto de Fabio Pozzebom,
da Agência Brasil
Em sua posse, na terça (3/2/2014), como novo ministro da Educação, José Henrique Paim, exaltou as políticas desenvolvidas pela pasta nos últimos anos e disse que irá ampliar o Programa Universidade Para Todos (Prouni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). “Vamos continuar a expansão do Prouni e do Fies, que são patrimônios dos estudantes brasileiros e que serão preservados a partir da força regulatória do Ministério da Educação”.

Paim, que era secretário executivo do ministério desde 2006, renovou seu compromisso com a pasta, agora como ministro. Ele também agradeceu ao seu antecessor, Aloizio Mercadante, e disse “ter clareza da complexidade do processo educacional”. Ele destacou ainda o compromisso que o órgão deve ter com a formação de professores. “Nosso objetivo é fazer com que todos os professores tenham garantido seu direito à formação. Sabemos que a qualidade do processo educacional é determinado pela formação de professores”.

Em seu discurso de transmissão do cargo, Mercadante exaltou vários programas da pasta, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Prouni e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O agora ex-ministro, que assume a Casa Civil, elogiou Paim, a quem chamou de “exemplo de funcionário público”. Com a voz embargada, disse que sentirá saudade do MEC.

Paim, antes de assumir a secretaria executiva da pasta, presidiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo repasse de recursos para as políticas educacionais em todos os estados e municípios brasileiros. Ele também foi subsecretário da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República em 2003. Paim é graduado em economia e tem 47 anos.


Fonte Agência Brasil


Educação: 5 dicas para deixar a aula tão legal quanto um game

Por que será que os jovens passam tantas horas tentando vencer as fases de um game – e adoram? Parece mágica, mas não é. São apenas alguns truques usados pelos criadores de games para fazer com que eles sejam tão viciantes ao ponto que as pessoas não querem parar de jogá-los.

A boa notícia é que esses truques podem ser uados em sala de aula e nem é preciso ter muita tecnologia à disposição. Basta, para isso, criar uma atmosfera de jogo em sala de aula: estimular os alunos errar e escolher seus próprios caminhos.

Confira, a seguir, cinco dicas dos criadores de games que podem ser usados para deixar os alunos viciados em aprender:

Crédito ayelet_keshet / Fotolia.com

1 Criar eventos virtuais fora da escola
Faça sua aula ser um evento. Jogos como o FarmVille ou o Animal Crossing têm eventos acontecendo o tempo todo, mesmo que os jogadores não estejam on-line. Suas plantações precisam ser cultivadas e alguns dons especiais são entregues àqueles, por exemplo, que jogarem no dia do seu aniversário.

Nas escolas, por que o aprendizado não pode continuar quando o aluno vai para casa? Professores que conseguem mesclar conteúdo on-line e off-line fazem com que o processo de aprendizado seja mais dinâmico e continue para além do horário escolar. Um exemplo de atividade que o professor pode desenvolver fora da sala de aula é a marcação de eventos virtuais – com nome, data e horário –, em que os alunos assistem a alguns vídeos para discutir, ao vivo, com o professor, por meio de softwares de chamada, como o Skype ou o hangout,do Google+.

2 Medir ao longo do processo
Em alguns jogos, como o Angry Birds, os jogadores devem falhar muitas vezes antes de ter sucesso. Na sala de aula, tente fornecer maneiras para que os alunos cometam vários pequenos erros, em vez de impor grandes testes ou exames. Um jeito de fazer isso é por meio de ferramentas on-line, como o Socrative, para verificar a compreensão dos alunos durante uma unidade, ou durante cada aula. Ofereça aos alunos maneiras de dar e receber feedback.

O educador pode criar projetos que incentivem os alunos a fazer protótipos para, em seguida, dar um feedback construtivo sobre todas as fases do processo de desenvolvimento. É importante que o professor não espere o trabalho ser concluído para dar sua opinião, mas que guie todo o processo, identificando os acertos, os erros e indicando o melhor caminho a seguir.

3 Criar diversos caminhos para alcançar o mesmo objetivo
Os primeiros jogos que surgiram só ofereciam uma maneira de vencer. O jogador precisava cumprir uma série de objetivos pré-determinados em uma determinada ordem: correr até a rampa para encontrar a chave que abrisse a porta para vencer o dragão. Se ficasse preso em algum momento, não poderia terminar o jogo. Já os jogos mais modernos, como o Mario 64 e a franquia GTA (Grand Theft Auto), proporcionam ambientes cheios de missões para completar e lugares para explorar, na ordem que cada jogador deseja. Ou seja, o final do jogo será sempre o mesmo, mas cada um pode escolher seu caminho para chegar até ele.

O educador precisa encontrar esse mesmo tipo de flexibilidade em seu próprio currículo. Na escola, as disciplinas seguem um programa conjunto que vai, ao final de cada ciclo, aprovar o aluno com base em sua progressão por meio de um conjunto linear de objetivos, como faziam os jogos velhos. Mas, em sala de aula, o educador precisa ser mais criativo ao construir esses caminhos. Em vez de oferecer uma “missão principal”, guie os alunos para um mesmo objetivo, proporcionar muitas “minimissões”, que permitem que os alunos investiguem ainda mais e, consequentemente, se aprofundem mais no conteúdo da disciplina.

4 Reconhecer o progresso
Os criadores de jogos sabem que os jogadores têm mais probabilidade de desistir nos primeiros minutos de um jogo. Se eles não são “viciados” na primeira oportunidade, há uma boa chance de ele sair e não voltar nunca mais. É por isso que a maioria dos jogos modernos começam com desafios mais simples. Isso permite aos jogadores construir novas habilidades de que vai precisar ao longo do jogo.

O mesmo pode acontecer com cada aluno nos níveis iniciais de seu curso. Tente oferecer um feedback positivo para a realização de cada uma das tarefas simples que, com o decorrer do tempo, vão ficar mais difíceis. Assim, os estudantes não se assustam e ficam gradativamente mais cativados pela proposta.

5 Propor atividades que façam sentido para os alunos
Alguns dos jogos mais bem sucedidos de todos os tempos, como Civilization e Minecraft, permitem que os jogadores definam seus próprios objetivos e são livres para expressar sua criatividade no processo de construção de uma missão difícil.

Da mesma forma, o professor deve encontre maneiras de envolver os alunos em iniciativas que façam sentido para ele e sua comunidade. O professor pode, por exemplo, propor uma economia de sala de aula que funcione com moeda projetada pelas próprias crianças ou organizar um projeto na comunidade para beneficiar instituições locais.

Dadas as cinco dicas, vale dizer que as crianças não precisam jogar games reais em sala de aula para se beneficiar da dinâmica do jogo. O professor também não precisa conhecer videogames para desenvolver um currículo estimulante e envolvente como os jogos. Antes de tudo, é importante criar um ambiente estimulante, criativo e, é claro, divertido.


Fonte Porvir


Marco Civil da Internet: ativistas dizem que fim da neutralidade põe em risco a inovação

A internet sem neutralidade funcionaria de forma similar a uma TV a cabo, na qual o pacote de programação comprado filtra o que pode ou não ser visto. É assim que ativistas da internet livre explicam a existência de uma rede com acesso controlado. Esse formato está em discussão no Congresso Nacional, no projeto do Marco Civil da Internet, que discute se a neutralidade será ou não um princípio da rede no país. O tema, que é um dos impasses para a aprovação do projeto, foi debatido (31/1/2014) no quinto dia da Campus Party.

Um dos pontos em discussão é proibir as empresas que viabilizam a conexão de privilegiar, por meio de acordos comerciais, sites que paguem para ter suas páginas acessadas com maior velocidade.

“A neutralidade da rede é o princípio que preserva a essência do que é a internet. Questões políticas, culturais, religiosas, financeiras não podem fazer com que determinado tráfego seja privilegiado em detrimento de outro. Todos são iguais perante a rede”, defendeu Carlos Affonso Pereira de Souza, doutor em direito civil e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade.

O publicitário João Carlos Caribé, ativista pela inclusão digital, avalia que, caso não seja garantida a neutralidade da internet, estará sendo criado algo diferente do que existe hoje: "Vamos ter outra coisa, uma rede privada”, declarou. Para ele, a neutralidade é "um princípio basilar" da rede. Os ativistas apostam na internet como uma plataforma de propósito geral, de acesso e produção livre a todo usuário.

Carlos Affonso acredita que uma eventual imposição de limites pode afetar a inovação na rede, que é uma das características da internet. “Gera-se uma barreira econômica para que novos empreendimentos possam se estabelecer. Estamos cada vez mais empurrados para um quartinho murado na internet”, comparou. Ele explica que, em um quadro de ausência de neutralidade, somente empresas estabelecidas teriam uma condições de pagar aos provedores para trafegar com maior velocidade.

De acordo com os ativistas, os provedores iriam atuar como porteiros do que pode ou não ser visto na internet. Daí a similaridade com a TV a cabo. A cada faixa de plano de internet, o usuário acessaria determinado tipo de conteúdo, como redes sociais, ouvir músicas, utilizar e-mail, buscador, entre outros. Empresários do setor, no entanto, criticam a possibilidade de a neutralidade prejudicar os negócios e inviabilizar a venda de pacotes por diferentes velocidades.

Caribé lembra que a internet livre proporciona um debate aberto e amplo da sociedade, sem precisar de intermediários. “Isso é uma ameaça para o poder político, financeiro, para a indústria cultural”, destacou. Durante o debate, foram citadas muitas páginas de divulgação dos protestos de junho no país que foram apagadas das redes sociais.




sábado, 25 de janeiro de 2014

Moda e design: São Paulo lança tendências Primavera-Verão 2014/15 com apresentações itinerantes

Paulistas e interessados de todo o país em vestuário; calçados; artefatos de couro; joias folheadas e bijuterias poderão conhecer a partir de terça (28/1/2014) as tendências da estação Primavera-Verão 2014/2015. 

A iniciativa é do Senai de São Paulo, que vai promover palestras e oficinas e o lançamento de um box de inspirações, com cadernos que trazem análise das tendências.



O box é composto por cinco volumes, sendo um deles voltado para macrotendências de comportamento e consumo e os demais direcionados para cada um dos setores, com análises e tendências específicas.

As apresentações vão até 13 de fevereiro, nos principais polos produtivos relacionados aos setores de vestuário, calçados e acessórios do estado: São Paulo, Franca, Jaú, Birigui, Americana, Santo André, Limeira, Cerquilho, São José do Rio Preto e Araçatuba.

Em cada cidade haverá palestra de lançamento das tendências, com a participação de profissionais do Senai. Nas cidades de São Paulo, Franca, Jaú, Birigui, Americana e Limeira ainda serão abertas oficinas de design, gestão e processos elaboradas de acordo com o foco de cada polo produtor.


O box de inspirações e tendências será distribuído gratuitamente durante a palestra de lançamento, e será comercializado posteriormente pela Senai-SP Editora.

Fonte Agência Indusnet Fiesp


Cidadania: novo modelo de rolezinho estimula doação de sangue


Na carona dos rolezinhos, que têm dividido a opinião de brasileiros, um grupo de 15 pessoas de Brasília decidiu criar um movimento, nos mesmos moldes, para mobilizar pessoas dispostas a doar sangue. Apenas na manhã de hoje (25/1/2014), 20 pessoas conseguiram fazer a doação e aumentar o estoque do hemocentro da capital, que tem baixa neste período do ano.

A mobilização, iniciada a partir de uma página no Facebook criada pelo grupo, conseguiu atrair mais de 200 pessoas na última quarta-feira (22), mas apenas 70 cumpriam todos os requisitos para a doação. Com o lema Bora ali, bora? Fazer um rolezinho no Hemocentro de Brasília”, o grupo reuniu mais de 500 participantes que acompanham as campanhas pelo site.

“Não é uma crítica [aos rolezinhos]”, explicou Paula Matos, organizadora da campanha. “Nossa ideia é transformar esse movimento em uma ação para o bem. Esta é uma época de férias, muitos doadores tradicionais viajam e os estoques de sangue ficam baixos”, completou.

Segundo Paula Matos, a maior parte das pessoas que aderiu já tinha doado sangue. Para quem se dispôs à primeira experiência, o grupo organizou informações na página do Facebook, baseadas nas orientações do hemocentro, e contou com as equipes do próprio órgão no local.

A campanha atraiu muitos jovens, como o estudante Euler Idelfonso, de 18 anos, que nunca havia doado. “Não estou com medo. Li as orientações”, garantiu, enquanto aguardava sua vez de doar. Ele disse que chamou outros amigos, mas como muitos decidiram sair na noite de ontem (24), não puderam participar. “Eu já queria doar e ontem fez muito frio. Isso me ajudou a ficar em casa e a me preparar”.

De acordo com assessores do hemocentro, apesar de a mobilização ser bem-vinda, as doações não estão sendo contabilizadas como resultado de uma campanha. Como o volume de doações está sendo contabilizado como iniciativas individuais voluntárias, o órgão não consegue apontar quanto o movimento foi responsável por aumentar o estoque de sangue.

No Rio de Janeiro, outro grupo de pessoas organiza movimento semelhante, marcado para o próximo dia 1º de fevereiro. A iniciativa fluminense, em uma página do Facebook, tenta atrair voluntários com frases de protesto como Aqui não tem discriminação e racismo. Os organizadores justificam o rolezinho do Hemorio  como um apoio à galera que está nos hospitais, contra toda forma de opressão e as doenças que atingem negros, pobres, brancos ou ricos, especialmente contra "a brutal e covarde ação diária da morte no Brasil e no mundo”.


Para doar, o hemocentro orienta as pessoas a se alimentar bem. O doador precisa ter entre 16 e 67 anos, não estar fazendo uso de medicamentos, pesar acima de 50 quilos, ter dormido mais de seis horas, não praticar exercícios físicos ou ingerir bebida alcóolica nas 12 horas anteriores à doação.


Mídia & ensino superior: na Botucúndia, nem Galileo escapa da desmoralização

Por Alberto Dines*
    
A grande mídia tem muito a ver com a débâcle da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, no Rio. O ensino superior privado é um fabuloso negócio. Prova disso é o tamanho da dívida do Grupo Galileo, mantenedor de ambas: 900 milhões de reais. Cerca de 400 milhões de dólares – padrão Fifa, coisa de gente grande.

(Foto Divulgação Internet)

Quantas advertências e denúncias contra arapucas universitárias apareceram em nossa imprensa ultimamente? No País dos Bacharéis é temerário colocar sob suspeita a fabricação de doutores. Grande parte dos ministros do STF ganha ricos pro-labores para dar aulas-magnas e conferências. A ninguém incomoda este ostensivo conflito de interesses.

Em suas edições da segunda-feira (20/1), dia normalmente fraco em publicidade, os dois jornalões paulistanos não tinham de que se queixar. Na Folha S.Paulo a Universidade Nove de Julho (Uninove, Sempre 10!), a FMU e a Faculdade Impacto compraram respectivamente uma página, meia página e um quarto de página para vender seus produtos no segmento de pós-graduação. Nesse mesmo dia, no Estado de S.Paulo, a Uninove comprou um grande rodapé na capa e uma página inteira no primeiro caderno, ambos dirigidos ao mesmo mercado.

O lobby do ensino superior privado foi sempre um bom freguês dos “cadernos de serviço”, “informes publicitários” e matérias pagas disfarçadas exaltando a qualidade da nascente indústria do diploma.

A mídia brasileira é unânime ao proclamar a necessidade de uma revolução em nossas universidades – cruzada legítima, vital para implementar nossos padrões de competitividade. Porém, à sombra das boas causas sempre viceja algum tipo de gangsterismo. Aqui, os pactos corporativos não permitem a separar o joio do trigo, se um jornal flagra as trapaças de uma universidade privada o segmento inteiro o boicota. O jornalista que ousa devassar as espúrias conexões entre políticos, acadêmicos e fabricantes de diplomas está ferrado. Tem peixe muito graúdo nesse balaio. O credenciamento de universidades sempre rendeu fabulosas propinas.

Fundos de pensão
A história desta aberração gramatical e educacional chamada UniverCidade começou com o “buraco da Delfin”, em 1983, nos estertores da ditadura, o primeiro grande escândalo financeiro da era moderna no Brasil. Ronald Levinsohn, o dono da financeira, não perdeu um tostão: manteve a sua magnífica cobertura em frente ao Central Park em Nova York e, para branquear seu currículo, comprou a Faculdade da Cidade e a transformou na UniverCidade (neste Observatório alcunhada de Univer$idade), onde desenvolvia sem fiscalização os delírios tirânicos e idiossincrasias fascistóides (ver “UniverCidade ou Univer$idade”).

Passou o abacaxi ao Grupo Galileo, que já estava com outro, mais apetitoso, a Universidade Gama Filho, com 70 anos de vida, antigo Colégio Piedade, um dos melhores da antiga Capital Federal – quase 30 mil alunos pagando religiosamente suas mensalidades. A meta no curto prazo era comprar outros abacaxis e alcançar um universo de 100 mil alunos.

O acionista majoritário do Grupo Galileo Educacional é o pastor Adenor Gonçalves dos Santos. Artífice da montagem do conglomerado, o advogado Márcio André Mendes Costa ficou com a presidência e convocou a TOTVS, especializada em soluções de informática e gestão de empresas de ensino superior, para montar a operação, apresentada em seu porfólio como um dos seus cases de sucesso.

Não foi fácil: as duas universidades são entidades sem fins lucrativos, os antigos mantenedores precisavam ser reembolsados, os 100 milhões de reais em debêntures subscritos pelos fundos de pensão Petros (da Petrobras) e Postalis (Correios) destinados a sanear a Gama Filho foram utilizados para pagar a compra da UniverCidade, a patranha logo seria descoberta

Negócios suspeitos
E foi: a CPI do Ensino Superior criada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio denunciou o grupo, os responsáveis foram acusado de um monte de malfeitorias, inclusive lavagem de dinheiro. O noticiário não teve destaque, a greve dos professores e funcionários não repercutiu, nem os sucessivos protestos dos alunos. A ninguém interessava criar um caso nacional. Sobretudo aos lobistas do ensino superior que ganham comissões, escrevem nos jornais e não querem que o seu negócio fique sob suspeita.

Pobre Galileo Galilei: na Itália, o astrônomo foi condenado pela ignorância e pela Inquisição; no Brasil, denunciado por formação de quadrilha.




sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Cursos a distância: no Ceará, Senai deve abrir inscrições a partir do final de janeiro

O Senai do Ceará vai ministrar cursos a distância de iniciação, com 14 horas de duração, em áreas transversais, como Educação Ambiental, Tecnologia da Informação e Comunicação, Empreendedorismo, Legislação Trabalhista, Segurança do Trabalho e Propriedade Intelectual.

Ainda neste semestre, a organização oferecerá cursos a distância da modalidade aperfeiçoamento, e cursos técnicos a distância no segundo semestre.

Podem participar dos cursos a distâncias pessoas acima de 16 anos, que devem se inscrever pelo ead.senai-ce.org.br.


Ligue 4009 6300 para saber mais.


Agentes da Inovação: programa aproxima especialistas e empresas cearenses

O programa Agentes da Inovação concluirá, até o fim deste mês de janeiro, levantamento do potencial e da capacidade de inovação das empresas cearenses que aderiram à primeira fase a iniciativa. O próximo passo será o encaminhamento por parte do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi) das ações que possam transformar esse potencial em inovação propriamente dita. Um dos caminhos é a aproximação da indústria com especialistas que possam dar resposta aos desafios encontrados.

O programa deverá se expandir neste primeiro semestre. Doze empresas estão interessadas em aderir ao projeto. Elas começam a ser visitadas ainda em janeiro e algumas deverão ser conhecidas em fevereiro.

O programa, com dez consultores, suporta empresas, ou grupo de companhias, na identificação do potencial de inovação. A iniciativa pode promover a inovação, o apoio à participação em editais de subvenção e ajuda na identificação de um ou dois temas importantes às várias empresas do setor. O Agentes da Inovação atende atualmente cem empresas na Grande Fortaleza e no Vale do Jaguaribe.

Fonte Sistema Fiec


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Mercado de trabalho: o mito do apagão de engenheiros

Por Tory Oliveira

A demanda é por profissionais experientes e qualificados e o gargalo está em áreas específicas

Estudo realizado em conjunto por pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e da USP revela que o Brasil não corre o risco de sofrer um apagão de engenheiros – o que existe é uma falta de profissionais qualificados e experientes. Apesar de sinais de pressão no curto prazo no mercado de trabalho, o número de vagas de emprego e formados trabalhando na área vem crescendo desde 2000, puxados pelo crescimento econômico do País.

Atualmente, o Brasil forma em média 40 mil engenheiros por ano. As matrículas nos cursos de engenharia, nos últimos 12 anos, aumentaram quase 400. E os salários dos formados estão entre os dez maiores de todos os cursos superiores. A atratividade da carreira para os estudantes é explicada em parte pelo cenário econômico brasileiro atual. Na década de 1980, porém, as oportunidades para a carreira estavam em baixa, resultando em poucos engenheiros formados.

Para chegarem a essa conclusão, pesquisadores utilizaram informações da Engenharia Data, base de dados feita pelo Observatório de Inovação e Competitividade da USP, que utiliza dados sobre matrículas e número de formados do Censo da Educação Superior do MEC e informações do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) colhidas pelo Ministério do Trabalho.

A investigação sugeriu que não havia escassez generalizada de profissionais, mas sim um reflexo de um hiato geracional surgido na década de 1980. “Em entrevistas com gerentes de engenharia, percebemos que há falta de engenheiros líderes de projetos, mais experientes, que deveriam ter se formado nos anos 1980 e 1990”, explica Mario Sergio Salerno, professor titular da Escola Politécnica da USP e um dos autores do artigo.

Além do hiato geracional, o artigo “Uma proposta de sistematização do debate sobre falta de engenheiros no Brasil” aponta algumas hipóteses que podem explicar a percepção de certos agentes econômicos sobre a escassez de mão de obra na área.

As principais são os déficits de profissionais em áreas específicas, como a naval e a de petróleo e minas, as desigualdades regionais de distribuição de engenheiros e a qualidade dos profissionais formados. Segundo Bruno Cesar Araujo, pesquisador do Ipea e também autor do artigo, apenas um terço dos alunos de cursos de Engenharia está matriculado em faculdades de boa qualidade. “Não existe um contingente suficiente, com qualidade, para topar os desafios da profissão, que são cada dia mais complexos”, analisa.

A não existência de gargalos não significa, porém, que não haja necessidade de ampliação de investimentos no ensino de engenharia, em particular nas universidades públicas. Mario Sergio Salerno, da USP, explica que no Brasil apenas 6% do total de formados no Ensino Superior é oriundo de cursos ligados à Engenharia. Na Coreia, por exemplo, o porcentual chega a 25%. “Há uma relação positiva entre a renda per capita de um país e o número de profissionais atuando em carreiras científicas”, explica Araujo. Para ele, o atual desafio é a produtividade, que só poderá ser desenvolvida com novas tecnologias e soluções.

O trabalho em transição

Avanço tecnológico e recessão impõem novas demandas educacionais mesmo em áreas ondem faltam profissionais

“Enquanto minha geração teve de lutar pelos melhores cargos, a dos meus filhos terá de inventar os melhores empregos.” A afirmação de Brian Gonzalez, diretor de Educação da Intel, reflete uma condição tão urgente quanto repor a carência de trabalhadores em áreas tradicionais, como a engenharia: escola e programas pedagógicos precisam evoluir no mesmo ritmo que as demandas profissionais.

“O que vemos hoje (na escola) é principalmente a demanda por novas habilidades”, diz Fernando Veloso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.

Anthony Salcito, vice-presidente de educação da Microsoft, concorda: “Algumas habilidades ganharam importância: formas de pensar, como usar ferramentas de informação para tomar melhores decisões, meios de trabalhar em equipe e, em especial, como se beneficiar da tecnologia para ampliar os empregos”.

Para os especialistas, o descompasso entre a formação oferecida pelas escolas e as demandas do mercado de trabalho agrava-se em ­momentos de recessão econômica, como a que abateu os EUA e o mundo após 2008. Segundo Veloso, crises estreitam oportunidades e, por isso, requerem ritmo acelerado de inovação.

“As crises ­destroem empregos e às vezes de forma definitiva. Nos EUA, por exemplo, embora a taxa de desocupação tenha caído de 10% para pouco mais de 7%, há uma parcela significativa de trabalhadores parada há muito tempo”, afirma. Para o economista, uma das razões é a dificuldade de essas pessoas se adaptarem. “A realocação é bastante difícil, pois para muitos falta qualificação para migrar para setores mais dinâmicos.”

A dificuldade em remediar reforça a importância da prevenção na escola. “As novas tecnologias exigem mudanças frequentes no mercado de trabalho. O profissional deve ser capaz de se adaptar a empregos que nem se imagina que possam vir a existir”, afirma Veloso. Para o economista, esse caminho envolve flexibilizar o Ensino Médio: menos matérias obrigatórias, com foco em matemática, português e ciências, e um leque maior de disciplinas eletivas, “para dar liberdade aos alunos montarem suas trajetórias”.

“Expandir o alcance do conhecimento tornou-se crucial porque a complexidade dos problemas cresce exponencialmente”, afirma Gonzalez. Para ele, o mais importante hoje não é expandir o acesso a dispositivos digitais, mas certificar-se de que esses aparatos serão usados para ampliar vagas de trabalho: “Vou ao dentista e ele tem toda uma gama de apetrechos ultratecnológicos, mas a escola de meus filhos, em São Francisco, é igualzinha à minha de 30 anos atrás”. O americano preocupa-se por concluir que “a tecnologia está comprometendo mais as crianças com o jogo, como no Xbox e no iPad, do que com o aprendizado”.  – Por Rafael Gregório




Educação: “Com 1,2 milhão de bolsas, ProUni é o maior programa de inclusão universitária da nossa história”, destaca presidenta

A presidenta Dilma Rousseff usou sua conta no Twitter para lembrar que, a partir desta segunda (13/1/2014), estão abertas as inscrições para a primeira edição de 2014 do Programa Universidade para Todos (ProUni), que dá bolsas em instituições particulares de ensino superior para estudantes que não têm condição de pagar a mensalidade. O prazo para cadastro vai até sexta (17/1/2014).

Clique aqui para saber tudo sobre e fazer sua inscrição

“O governo federal já concedeu 1,2 milhão de bolsas, no maior programa de inclusão universitária da nossa história. Nesta edição, serão mais 190 mil bolsas. Podem fazer a inscrição os candidatos com mínimo 450 pontos na média das notas objetivas e acima de zero na redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para concorrer à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar por pessoa de até 1,5 salário mínimo”, explicou.

Dilma afirmou que os bolsistas parciais de 50% (com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa) ainda têm acesso aos empréstimos subsidiados do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para custear os outros 50% da mensalidade. A meta é oferecer financiamento a 400 mil estudantes.

“Estamos, portanto, formando um tripé para sustentar uma grande transformação na Educação brasileira. O primeiro vértice é o esforço pessoal do estudante, que está dando duro para se aprimorar e construir seu melhor futuro. Depois, vem o apoio e o suporte da família. E, finalmente, programas do governo federal, como o ProUni, o Fies, o Sisu, além do maior orçamento da história do Ministério da Educação. A Educação é o eixo do Brasil que queremos”, destacou.

Fonte Blog do Planalto



sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Inovação e cidadania: Brasil 4D será testado no Distrito Federal em fevereiro

A partir de 15 de fevereiro, 300 famílias atendidas pelo Programa Bolsa Família no Distrito Federal vão usar a televisão para acessar benefícios e serviços dos governos federal e distrital. Poderão fazer consultas a vagas de emprego, oportunidades de capacitação profissional; ter acesso ao calendário de vacinação, além de acessar conteúdos e serviços bancários e de aposentadoria. Tudo pelo controle remoto da TV.

O primeiro teste do Brasil 4D foi em João Pessoa (foto divulgação)

As famílias farão um teste do Projeto Brasil 4D, coordenado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A expectativa é que em dez anos o projeto alcance as mais de 13 milhões de famílias beneficiárias do programa. O teste será acompanhado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que irá fazer uma pesquisa de campo e divulgar um documentário sobre o projeto.

Os testes começaram no ano passado em João Pessoa, onde 100 famílias tiveram acesso à plataforma Ginga, criada e desenvolvida no Brasil. Por meio de um conversor, na tela da TV, os moradores tiveram acesso às ofertas de empregos, aos cursos de capacitação e a orientações para obtenção de documentos, além de informações sobre serviços e benefícios do governo federal, como aposentadoria, campanhas de saúde e os programas Bolsa Família e Brasil Carinhoso, entre outros.

Segundo o coordenador e idealizador do Projeto Brasil 4D, superintendente de Suporte da EBC, André Barbosa, na cidade foi constatada economia de R$ 12 mensais por família. "As famílias economizaram por não ter que pegar ônibus e ir até os lugares para procurar emprego ou capacitação, conseguir informações. Fizeram tudo pela TV", explica. Ele calcula que, quando o projeto estiver em vigor, a economia possa chegar, em dez anos, a um total de R$ 7 bilhões.

A intenção é levar os benefícios da internet a famílias de baixa renda que ainda não têm acesso à banda larga, explica Barbosa. O projeto funciona em parceria com empresas de telefonia, pela tecnologia 3G, usada em telefones móveis. Tudo deve ser custeado pelo governo.

O Projeto Brasil 4D deve ser testado na cidade de São Paulo entre abril e maio. Os temas oferecidos serão saúde e educação. Os usuários poderão agendar consultas no Sistema Único de Saúde (SUS). Participarão do teste 2,5 mil famílias no primeiro semestre e mais 2,5 mil no segundo semestre.

Entre os parceiros no projeto estão o Banco do Brasil, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Caixa Econômica Federal, o DataSUS, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Totvs, HMATV, Oi, a Telebras e o governo do Distrito Federal.


Fonte Agência Brasil


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