O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou nesta
segunda (19/9/2013) a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN), um
conjunto de ações que vai criar, integrar e fortalecer atividades
governamentais e agentes ancorados na nanociência e nanotecnologia, para
promover o desenvolvimento científico e tecnológico do setor, com foco na
inovação.
“Este é um programa de política pública composto de várias ações
estratégias para que a nanotecnologia torne a indústria brasileira mais
inovadora. E, portanto, mais forte e mais competitiva, de modo também a
fortalecer e aumentar a competitividade da economia nacional”, disse o ministro
Marco Antonio Raupp. Estão previstos investimentos de aproximadamente R$ 440
milhões em 2013 e 2014.
A IBN visa aproximar a infraestrutura acadêmica e as empresas,
fortalecendo os laços entre pesquisa, conhecimento e setor privado. “A
iniciativa está alinhada com a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação [Encti], de autoria do nosso ministério. O objetivo central da Encti é
colocar ciência, tecnologia e inovação como eixo do desenvolvimento do país”,
disse Raupp.
O ministro ressaltou que o MCTI dedica atenção especial a três áreas
consideradas fundamentais para o fortalecimento da base científica brasileira,
para o incremento do desenvolvimento tecnológico e para a geração de produtos,
serviços e processos inovadores. São elas: tecnologias da informação,
biotecnologia e nanotecnologia.
“Estamos colocando a inovação no centro da economia brasileira, de
modo a termos uma produção majoritária de bens com alto valor agregado. Estamos
também construindo um modelo de desenvolvimento que seja sustentado não só em
termos econômicos, mas também em termos ambientais, sociais e culturais”,
destacou o ministro.
SisNano
Durante o lançamento, também foram anunciadas as unidades que irão
compor o Sistema de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), uma das
principais ações da Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN).
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Os laboratórios terão prioridade nas políticas públicas de apoio à
infraestrutura e formação de recursos humanos. Das 50 propostas apresentadas
por instituições e universidades de todo o país, 26 foram selecionadas para
integrar o sistema.
Instituído pela Portaria 245, de 5 de abril de 2012, o SisNano é
composto por unidades especializadas e multiusuárias de laboratórios,
direcionadas a PD&I em nanociências e nanotecnologias. O sistema visa
mobilizar as empresas instaladas no Brasil e apoiar suas atividades, além de
reforçar a infraestrutura existente e universalizar esse acesso à comunidade
científica do país.
O SisNano é formado por duas categorias. Os laboratórios estratégicos,
ligados ao MCTI e aos órgãos públicos, nas quais 50% do tempo de uso dos
equipamentos deverá ser disponibilizado a usuários externos. E os laboratórios
associados, localizados em universidades e em institutos de pesquisa, deverão
oferecer 15% do tempo a pesquisadores e empresas de fora da instituição.
Os laboratórios terão liberdade na operação do processo, mas as
atividades seguirão diretrizes do Comitê Interministerial de Nanotecnologia
(CIN). Criado pela portaria 510, de 10 de julho de 2012, o CIN é integrado por
representantes dez ministérios e coordenado pelo MCTI. O grupo atua na
assessoria de integração da gestão e no aprimoramento das políticas e ações
voltadas ao desenvolvimento das nanotecnologias no Brasil.
Fonte MCTI