quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Inovação e tecnologia: Paraná ganha lei que estabelece benefícios e cooperação entre forças do estado


O governador do Paraná, Beto Richa, sancionou nesta segunda (24/9/2012) a Lei Estadual de Inovação. O texto, que foi aprovado na semana passada na Assembleia Legislativa, cria benefícios e estabelece mecanismos de cooperação entre os setores público, privado e academia para o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico no Estado. O Paraná era o único estado das regiões Sul e Sudeste que ainda não tinha aprovado uma lei de inovação. 

“O estado precisava de uma lei moderna para garantir a competitividade e o desempenho que o atual momento econômico brasileiro exige”, comentou o governador.

“A indústria paranaense concorre não apenas com outros estados, mas com a forte e muitas vezes desleal produção industrial dos outros países. A inovação traz algumas vantagens nessa competição e isso irá impactar não apenas no setor produtivo, mas também em toda a sociedade com a geração de renda, novos postos de trabalho e melhores produtos ou serviços”, destaca Rodrigo Martins, vice-presidente do Sistema Fiep.

O texto da Lei de Inovação do Paraná foi construído com base em audiências públicas que envolveram os principais interessados neste mecanismo de incentivo a produção cientifica e tecnológica. “A Lei é uma das principais pautas do Conselho Temático de Política Industrial, Inovação e Design criado pela Fiep e que reúne empresas, sindicatos empresariais do setor produtivo, universidades e centros de pesquisa e desenvolvimento. O objetivo deste conselho é, também, contribuir com a regulamentação da Lei a fim de garantir que os benefícios cheguem a todas as empresas que investem em P&D”, ressalta Martins.

A nova legislação prevê a participação do estado em fundos de investimentos de empresas paranaenses com perfil ou projetos de inovação tecnológica. Projetos aprovados pelo governo, por meio de empresas do Estado, como Tecpar, Iapar, fundação Araucária, entre outras, poderão ser beneficiados com subvenção econômica, financiamento ou participação societária do governo. 

Além disso, a nova lei permite a concessão de incentivos fiscais para o desenvolvimento de projetos inovadores. Para isso, haverá regulamentação específica. Outra medida prevista é que o Estado ceda servidores públicos, como mestres, doutores e pesquisadores, além de espaços apropriados para o incentivo à inovação nas empresas.

De acordo com a Lei, ao aplicar as medidas de incentivo o governo deverá dar prioridade a arranjos produtivos locais (APL) e às micros, pequenas e médias empresas de regiões menos desenvolvidas, que não possuem capacidade científica adequada.

Um dos capítulos do texto trata da construção de ambientes especializados e cooperativos de inovação, aproximando as empresas privadas das Instituições Científicas e Tecnológicas do Paraná (ICTPR). São órgãos da administração pública que têm por missão institucional executar, dentre outras, atividades de pesquisa básica ou aplicada. Essas instituições poderão, mediante remuneração, compartilhar laboratórios, equipamentos e materiais com empresas e outras organizações. Entre as instituições paranaenses classificadas como ICTPR estão o Tecpar e o Iapar.

“A Lei de Inovação do Paraná demorou para ser instituída, mas corrigiu grandes falhas da legislação federal e de outros estados. Agora é importante que o governo integre a proposta com as outras iniciativas do estado, como o programa Paraná Competitivo para dar velocidade aos projetos das empresas e da comunidade acadêmica. A inovação não é mais opção das empresas. Para serem competitivas, elas precisam investir em pesquisa e o apoio do governo é fundamental para isso”, assegura Martins.



Cursos do Pronatec: Senai tem 200 vagas em duas unidades do Distrito Federal

Estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal têm até amanhã (27/9/2012) para se inscreverem em cursos gratuitos de Educação profissional do Senai, que serão ministrados em parceria com o Pronatec. Os cursos são de nível técnico, com duração média de 1,2 mil horas. A seleção dos interessados é feita pela Secretaria de Estado de Educação do DF, e as inscrições devem ser realizadas via www.ieducar.se.df.gov.br/pronatec

Os cursos vão formar nas áreas de eletrotécnica, eletromecânica, redes, multimídia e segurança do trabalho (foto), nas unidades do Gama e de Taguatinga.

Para se candidatar, o interessado deve estar matriculado em uma das séries/modalidades: 2ª ou 3ª séries do ensino médio; 2ª ou 3ª etapas do 3º Segmento da Educação de Jovens e Adultos; Bloco 2 das turmas de Correção da Distorção da Idade/Série do Ensino Médio.

Serão aceitas inscrições online, realizadas até às 23h59 do dia 27 de setembro. Além disso, o candidato só pode se inscrever uma única vez, com opção para dois cursos. Haverá um sorteio eletrônico para selecionar os candidatos, após isso, uma lista será divulgada no sitewww.se.df.gov.br.

Os cursos técnicos que serão desenvolvidos pelo Senai-DF capacitam profissionais para trabalhar na indústria, em áreas demandas pelas empresas da Capital Federal. Desta forma, o aluno sai da capacitação com grande possibilidade de inserção no mercado de trabalho.

São duas oportunidades na área de TI, por exemplo. Para se ter uma ideia, o DF comporta, atualmente, cerca de 700 empresas deste setor, e emprega mais de 30 mil profissionais. O curso Técnico em Redes habilita pessoas para atuar em atividades de concepção, especificação, projeto, implementação, avaliação, suporte e manutenção de recursos para redes locais e remotas. Além disso, o aluno é capacitado a promover o gerenciamento de segurança de tecnologias de processamento e transmissão de dados e informações, incluindo hardware e software, aspectos organizacionais e humanos, visando aplicações na produção de bens, serviços e conhecimentos.

O técnico formado em multimídia estará apto a desenvolver projetos de programação visual para sites (planejamento, criação, diagramação e gestão da produção), considerando o rigor estético e as informações técnicas e tecnológicas de produção de site para web.

Há também uma opção não tanto conhecida, mas de extrema importância para o mundo atual e com grande carência de profissionais qualificados nas empresas em geral. Trata-se do técnico em segurança do trabalho. Neste curso, o profissional aprende a planejar, elaborar e aplicar normas e instruções de segurança do trabalho, assim como realizar auditorias, implementar ações educativas, preventivas e corretivas que eliminem ou minimizem os riscos de acidente em locais de trabalho.

Outra opção é o curso Técnico em Eletrotécnica. Neste caso, os estudantes saem habilitados para planejar, desenvolver e implantar projetos e sistemas elétricos de baixa tensão e de automação industrial, atuando com equipes multiprofissionais em processos de produção, comercialização, transmissão, instalação e manutenção de bens e serviços do setor elétrico industrial.

Ainda há a oportunidade do estudante da rede pública se capacitar no curso Técnico em Eletromecânica. A qualificação é voltada para os interessados em planejar e executar projetos de manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos eletromecânicos do setor industrial, aplicando normas ambientais e de segurança no trabalho.

Clique aqui para saber mais sobre o Senai-DF.

Do O Globo: bancos vão financiar mais de 6 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras*

Bancos vão financiar 6.500 bolsas de estudo do Programa Ciência sem Fronteiras nos próximos quatro anos. O investimento totalizará US$ 180,8 milhões, sendo que a primeira parcela, de 10%, será desembolsada já nesta semana pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O acordo para a doação foi assinado na sexta (21/9/2012) pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com a Febraban. Participarão do aporte financeiro 21 bancos.

*Clique aqui para ler a reportagem completa.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Curso de cervejeiro: Senai-PR abre vagas em centro de Curitiba


O Senai do Paraná abriu 13 vagas ao público externo – estudantes e profissionais de diversas áreas, como alimentos e biotecnologia – com interesse na produção de cervejas artesanais de alta qualidade, visando à produção de diferentes tipos de cervejas.

São 12 horas de estudos, entre teóricas e práticas, que começarão na próxima sexta (28/9/2012).

O candidato deverá ter mais que 18 anos e escolaridade mínima na oitava série do ensino fundamental. Clique aqui para saber mais.

Cursos do Pronatec: Bolsa-Formação supera meta de oferta de vagas ao longo do ano

(Foto Senai da Bahia)
A oferta da bolsa-formação pelo Pronatec chegou a 816 mil vagas este ano. Com isso, superou a meta prevista, de 690 mil. Desde janeiro, mais de 567 mil pessoas fizeram matrícula ou estão pré-matriculadas em cursos técnicos e de formação inicial e continuada por meio do programa.

A bolsa-formação consiste na oferta pública de vagas em cursos técnicos e de formação inicial e continuada na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e no Sistema S (Senai, Senat, Senar, Senac). Também contribuem para a oferta de cursos pelo Pronatec redes estaduais de ensino técnico do Acre, Amapá, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará e Piauí.

“Em menos de um ano de vigência do Pronatec, houve uma expansão significativa no número de vagas ofertadas e de instituições envolvidas na execução do programa”, destacou Marco Antônio de Oliveira, secretário de Educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação.

O acesso às vagas ocorre por meio de pré-inscrição, em até três cursos técnicos ou de formação inicial e continuada, no novo portal do Pronatec. Nele, estão disponíveis para consulta o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e o Guia Pronatec de Cursos FIC, além de orientações sobre a inscrição no programa. Após o cadastramento, o sistema indica cursos disponíveis e que correspondam ao perfil do candidato, na região onde ele mora. 

De acordo com Oliveira, mesmo com as possibilidades oferecidas pelo novo portal, as formas tradicionais para seleção serão mantidas. “Com mais uma forma de acesso ao programa, esperamos atingir o maior número possível de interessados e evitar que parte das vagas se perca pela dificuldade de preenchimento das turmas no prazo previsto para matrícula”, afirmou.

As áreas com maior número de matrículas efetuadas são as de gestão e negócios (113.130), controle e processos industriais (68.492), ambiente, saúde e segurança (46.929). O público-alvo dos cursos técnicos é formado por estudantes matriculados no ensino médio. O dos cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional, pelos trabalhadores em geral, beneficiários do seguro-desemprego e dos programas de transferência de renda do governo federal, entre outros grupos sociais.

O Pronatec foi criado pelo governo federal, em outubro de 2011, para democratizar o acesso ao ensino técnico e profissionalizante. A meta é oferecer 7,9 milhões de vagas até o fim de 2014. Para este ano, a meta é chegar a 1,6 milhão de vagas em todas as ações.


Ensino de qualidade: dados da Pnad não representam a realidade da Educação, diz especialista

Apesar dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada na última sexta (21/9/2012) pelo IBGE, apontarem pequenos avanços na área de Educação, a melhoria é muito lenta para o patamar de qualidade em que o Brasil se encontra.

A opinião é da diretora executiva do Movimento Todos pela Educação (MTE), Priscila Cruz, advogada que atua na defesa da Educação de qualidade há dez anos. Segundo ela, o critério usado pelo IBGE para definir analfabetismo não leva em conta o nível de proficiência dos alunos em leitura e escrita.

“Alfabetização é muito mais do que escolarização. O IBGE olha os jovens e adultos com mais de 15 anos, aqueles que têm quatro anos ou mais de escolaridade já é considerado alfabetizado. Mas como a gente tem uma qualidade de Educação muito ruim no Brasil, o que acontece é que tem muita criança de 11, 12 anos, jovem que está no ensino médio com 15, 17 anos, que ainda é analfabeto. Infelizmente isso ainda é uma realidade no nosso país”, explica Priscila.

Ela disse que uma das metas do MTE é que toda criança esteja plenamente alfabetizada aos 8 anos de idade, o que não ocorre atualmente. “A Prova ABC (uma parceria da Organização Não Governamental (ONG) Todos pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro, a Fundação Cesgranrio e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostrou que, das crianças de 8 anos no Brasil, só metade é plenamente alfabetizada. É um dado bem diferente daquele do IBGE. É diferente fazer a prova e testar ou perguntar quantos anos de estudo tem e ela ser considerada alfabetizada”.

Priscila admite que houve avanços. Porém, eles ocorrem muito devagar. “A gente vem melhorando só que num ritmo muito lento. Se a gente tivesse num patamar mais alto, melhorar lentamente não seria tão ruim. A gente está num patamar muito baixo e melhorando muito lentamente, vai demorar muito pra gente conseguir garantir o direito de todos os alunos a ter Educação de qualidade”.

A diretora da ONG aponta que, apesar de 98,2% da população de 6 a 14 anos, correspondente ao ensino fundamental, estarem na escola, se for levado em conta desde a educação infantil até o ensino médio, o Brasil tem 3,8 milhões de crianças e jovens fora da escola. A situação é pior entre os adolescentes de 15 a 17 anos, que deveriam estar no ensino médio. Nessa faixa etária, a taxa de escolarização caiu de 85,2% em 2009 para 83,7% em 2011.

“O ensino médio vive uma crise de identidade: esses alunos não veem sentido nesse ensino médio, acabam evadindo, saem antes do tempo de se formarem e a gente está perdendo esses jovens. São jovens que, na sociedade atual, século 21, sociedade do conhecimento, não concluíram nem o ensino médio, é ter aí um extermínio de jovens”, alerta Priscila.

A diretora executiva do Movimento Todos pela Educação lembra que existem experiências de outros países e também dentro do Brasil que apontam caminhos a serem seguidos para melhorar o desempenho dos alunos.

“Acho que tem de investir em professor: eles são muito mais formados para serem teóricos da Educação. Tem que ter um maior número de escolas em tempo integral, tem que ter avaliações que realmente ajudem os gestores a formularem suas políticas e incorporar a avaliação como ferramenta para avançar”.



Do Estadão: MEC lança pacto para alfabetizar aos 8 anos*

Municípios que apoiam proposta terão material didático e cursos de formação

Com quantos anos uma criança precisa saber ler e escrever? O Ministério da Educação lançará no mês que vem o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que estabelece que todos devem estar alfabetizados ao fim do 3.º ano do ensino fundamental, aos 8 anos de idade. É o que prevê, também, a meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso.

No País todo, 5.182 municípios (93,2% do total) aderiram ao pacto e receberão material didático e cursos de formação docente.

Uma notícia a ser comemorada? Em parte, afirmam os especialistas. O compromisso com a alfabetização é importante e é preciso, de fato, que o País se responsabilize por isso. A questão a ser discutida, questionam, é a idade estipulada para que esse processo se concretize.

*Leia aqui a reportagem de Ocimar Balmant na íntegra


domingo, 23 de setembro de 2012


Aprender e ensinar: concurso tem mais de mil professores inscritos

O 3º Concurso Aprender e Ensinar – Tecnologias Sociais já recebeu inscrições de 1.070 educadores de todo o Brasil. Podem participar professores da Educação básica, vinculados à rede pública, institutos federais, escolas técnicas públicas e espaços não formais de Educação, como EJA e ONGs. Os seis vencedores ganharão uma viagem para a Tunísia, onde vão participar do Fórum Social Mundial 2013, de 23 a 28 de março.

O concurso é promovido pela Revista Fórum e Fundação Banco do Brasil, para reconhecer, apoiar e disseminar o uso de tecnologias sociais na Educação.

Para Claiton Mello, gerente de Educação e Tecnologia Inclusiva da Fundação Banco do Brasil (FBB), o concurso “representa a disseminação de conhecimentos, traz ao professor a oportunidade de discutir temas relevantes que não têm espaço, muitas vezes, na agenda escolar.”

Clique aqui para saber mais e se inscrever.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Educação e saúde: Cozinha Brasil terá cursos para prevenção de doenças crônicas não transmissíveis

Diabetes, hipertensão, obesidade e colesterol alto são doenças crônicas não transmissíveis que vêm crescendo entre a população brasileira. São causadas, principalmente, por alimentação inadequada e sedentarismo. Para prevenir novos casos e ajudar no tratamento dessas enfermidades, o Sesi promoverá, a partir do próximo ano, cursos de Educação alimentar específicos para esses tipos de doença, por meio do programa Cozinha Brasil.


As aulas incluirão orientações de nutricionistas, cartilhas com informações e receitas. Os cursos, que serão abertos à comunidade em geral, estão sendo elaborados por um comitê formado por nutricionistas do Sesi de Mato Grosso, Piauí, Rondônia, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte e Amazonas.

A coordenadora do comitê, Cecília Lopes, explica que a integração entre as profissionais dos sete estados foi proposital: “são realidades e culturas diferentes que nos ajudarão a produzir um material rico, a partir das experiências de cada um”. Segundo ela, o novo produto – que ainda não foi batizado – é inspirado no programa Sabor na Medida Certa, desenvolvido pelo Sesi de São Paulo. A iniciativa oferece cursos com duração de 10 horas, em que são apresentadas receitas específicas, técnicas dietéticas e informações nutricionais, sempre com o foco na alimentação saudável.

Cecília Lopes conta que a ideia surgiu da demanda de algumas indústrias com altos índices de trabalhadores obesos e hipertensos. “Uma alimentação adequada traz inúmeros benefícios, tanto para um trabalhador da indústria, quanto para qualquer pessoa. Ela melhora a qualidade de vida, aumenta a produtividade e reduz o absenteísmo [faltas ao trabalho]”, destaca. De acordo com ela, entre os industriários, mais de 90% das doenças não infecciosas tem como causa a má alimentação.

Mas o problema é nacional. Dados de relatório divulgado este ano pelo Ministério da Saúde (MS) mostram o crescimento das doenças crônicas. Segundo a diretora do Departamento de Análise de Situação em Saúde do MS, Deborah Malta, o conjunto das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, é responsável por 72% dos óbitos no Brasil.

De acordo com o relatório da Vigitel 2011 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), o excesso de peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos no Brasil. A proporção de pessoas acima do peso no país avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.

O levantamento também mostrou uma tendência ao crescimento do diabetes. Foram entrevistados mais de 54 mil adultos em todas as capitais e também no Distrito Federal. Desse total, 5,6% declarou ter a doença.

Cozinha Brasil
O programa beneficiou quase um milhão de pessoas, a maioria mulheres que recebem até um salário mínimo e moram nas cidades. Além disso, o Cozinha Brasil foi exportado para o Uruguai e Moçambique e está em fase de implementação em El Salvador, Honduras e Guatemala. 

Recentemente, técnicos da Guatemala estiveram no Paraná para conhecer, na prática, a metodologia do Cozinha Brasil. Eles sinalizaram que, naquele país, o programa será implantado como política pública inserido no Pacto Hambre Cero Guatemala, que seguiu o modelo do programa Fome Zero, do governo brasileiro.

Clique aqui para saber mais sobre o Cozinha Brasil


Design Brasil 2: Mostra destaca importância da cadeira no dia a dia do brasileiro

A Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, vai abrigar de 4 a 23 de outubro, a Mostra 1 pessoa 10 cadeiras. Promovida pelo Centro Tecnológico da Madeira e do Mobiliário do Senai de Minas Gerais e Sindimov-MG, a mostra é parte integrante das atividades da IV Bienal Brasileira de Design.

A exposição foi estruturada a partir de pesquisa sobre quantos assentos são utilizados por dia, em média, por um cidadão brasileiro, da hora em que sai de casa até a hora em que vai dormir. “A cadeira é um clássico do design e a mostra vai evidenciar a importância da relação do design com o mobiliário no cotidiano da sociedade”, explica o curador da mostra, Sérgio Lourenço.

“Durante toda a vida, fazemos uma espécie de ‘dança das cadeiras’, começamos em cadeiras de balanço para bebês, passamos para cadeiras mais altas, carteiras escolares, cadeiras de escritório e poltronas confortáveis, até voltarmos para as cadeiras de balanço.” (Introdução – Como criar uma cadeira – Gutenberg).

A proposta é fomentar a discussão a respeito do design e do mobiliário, enfatizando a importância do setor no convívio social, aliado a aspectos históricos e culturais. “A temática evidenciará a pluralidade e diversidade brasileira, alinhada às propostas da IV Bienal de provocar o interesse pelo design e ampliar o conhecimento do público”, avalia Lourenço.

A Mostra 1 Pessoa 10 Cadeiras expõe a necessidade de se criar móveis que agreguem valores de uso a peças de design. Essa preocupação da indústria moveleira aborda aspectos que vão além da vertente estética do design. “O design está entre as estratégias de competitividade das empresas, gerando valor agregado e oportunidades de exportação”, diz Lourenço. A mostra também evidencia a busca por móveis de qualidade, mas com funcionalidade e praticidade, com produtos que não sejam apenas ornamentais, com estética agradável. “É dentro deste contexto que o Sistema Fiemg busca incentivar e estreitar relações entre indústria e design” reforça.

Segundo o presidente do Sindimov-MG, Carlos Alberto Homem, a mostra 1 Pessoa 10 Cadeiras, além de proporcionar ao público a oportunidade de conhecer um pouco da história do setor, vai expor uma coletânea de assentos do cotidiano e o que de melhor se produz atualmente. “O público poderá também desenhar e sonhar com a mobília do futuro na sala interativa”, diz. O sindicato também vai lançar o Caderno do Mobiliário.

Durante a Mostra serão realizadas mesas redondas debatendo sobre os temas cultura do mobiliário, ergonomia e design no mobiliário, mobiliário essencial, horizontes do design e do mobiliário, acompanhadas de mostras temáticas e workshops.

Descritivo da Mostra:
  • Espaço 1 – Linha do Tempo – Assentos no Brasil e no Mundo – Assentos de diferentes épocas retratando períodos importantes da história.
  • Espaço 2 – 1 Pessoa, 10 Cadeiras – Assentos diversos de uso cotidiano, onde o público pode circular e interagir com as peças expostas.
  • Espaço 3 – Empresas – Mobiliário de empresas e indústrias brasileiras que investem em inovação.
  • Espaço 4 – Sala Interativa – Proposta de interação com o público e discussão sobre o futuro do mobiliário.
  • Espaço 5 – Auditório – Espaço para palestras e workshops.
  • Espaço 6 – Caderno de Mobiliário – Exposição do processo de pesquisa e o resultado do projeto desenvolvido em 2012 para a publicação Caderno de Mobiliário, promovido pelo Senai. O lançamento oficial da publicação será feito durante a Bienal. Para a pesquisa foram utilizadas técnicas de pesquisa etnográfica, aplicadas em visita a 100 casas, em 10 estados brasileiros. Um extenso e importante banco de fotografias estará exposto, retratando a realidade das casas no Brasil. Com base nessa pesquisa, foram desenvolvidos projetos de mobiliários para empresas nacionais (Itatiaia/MG e Colibri/PR) que também estarão expostos espaço.
  • Espaço 7 - Corque Design – Exposição da empresa portuguesa Corque, que produz mobiliário de cortiça.
  • Espaço 8 - Mobiliário Essencial – Peças de mobiliário sustentável.
  • Espaço 9 – Novos Designers – Peças de novos profissionais de design.
  • Espaço 10 – De Madeira a Cadeira – Apresentação do processo de produção desde a extração da madeira até a finalização do móvel.


Design Brasil 1: Bienal debate diversidade e desenvolvimento econômico

Desde uma pequena colher de chá até uma aeronave de última geração, o design está presente e é o grande responsável por dar identidade e caracterização aos objetos produzidos pelo homem. No Brasil, o design, uma atividade cujos limites de atuação são quase irrestritos, começa a se profissionalizar e assumir suas próprias características.

Com o tema “Diversidade Brasileira”, a IV Bienal Brasileira de Design, que acontece pela primeira vez em Belo Horizonte, coloca em evidência até 31 de outubro, o design produzido em Minas e do país. Além disso, estimulará o debate sobre a geração de ideias e conhecimento, a inserção do design na indústria e a profissionalização da profissão.


Para o reitor da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e coordenador geral local da IV Bienal Brasileira de Design, Dijon Moraes Júnior, o estímulo é muito bem-vindo. Segundo ele, o tema começou a ganhar força e a se profissionalizar no Brasil há cerca de 15 anos e, hoje, o país já é um “fenômeno” no assunto. “Perdemos apenas para a China e os Estados Unidos no número de cursos de design: hoje, são 530 cursos em todo o país. Isso quer dizer que o tema está ganhando cada vez mais importância e que a procura está aumentando”, ele afirma.

Segundo o reitor da UEMG, o design é também um grande aliado do desenvolvimento econômico, por seu potencial de agregar valor a produtos locais. Neste aspecto, ele diz esperar que a IV Bienal Brasileira de Design, que terá mostras em diversos pontos da capital mineira, seja uma oportunidade de conscientizar os empreendedores sobre a importância deste ofício. “O design é uma atividade que possibilita o alto empreendimento e gera amplas possibilidades. Queremos aproximar o designer do produtor industrial”, explica.

Doutor em Pesquisa em Design pela Universidade Politécnico de Milão, autor de vários livros, contemplado três vezes com o prêmio Museu da Casa Brasileira e premiado também no exterior, Dijon Moraes concedeu com exclusividade a seguinte entrevista para a Agência Minas:

Esta é a quarta bienal brasileira de design. Como se deu a escolha de Minas para esta edição?
É a primeira vez que a bienal ocorre em Minas Gerais. A primeira bienal de design, em 2006, aconteceu em São Paulo. A segunda, em 2008, em Brasília, e a terceira, em 2010, em Curitiba. Há dois anos, portanto, o Estado de Minas Gerais se candidatou para realizar a edição de 2012 do evento e venceu. Acredito que isso tenha ocorrido por Minas ser a terceira maior economia do Brasil, uma região estratégica, com espaços adequados e apoio em massa do governo e dos parceiros envolvidos.

O tema deste ano da Bienal é “Diversidade Brasileira”. Por que esta escolha?
Confesso que fiquei muito feliz com este tema. Sempre houve uma grande busca pela identidade do design brasileiro. Depois de muitas reflexões e amadurecimento, chegou-se à conclusão de que a riqueza do design do nosso país não estava em uma única identidade, mas em sua diversidade. A diversidade brasileira é uma marca do nosso design, da nossa identidade em diversos segmentos da indústria e da produção. E isto é um fator positivo, que enaltece a produção de design no país.

Desta diversidade, quais matizes você destaca como sendo particularidades do design brasileiro?
O design brasileiro, ao contrário do que vemos em alguns países mais tradicionais, não tem nenhuma tradição do passado. Ele é um design livre para o futuro, para se inventar. Em algumas culturas, o design é muito rígido em termos de estética, de forma. Mas no Brasil, temos a leveza, a suavidade, que é encontrada em obras como as curvas de Niemeyer por exemplo. Temos uma abundância de cores e volumes e exploramos isso sem culpa. É um design colorido, despojado, que tem alegria, frescor e suavidade, características que você encontra em qualquer lugar do Brasil. Na IV Bienal, é possível identificar esta particularidade em mostras que vão desde automóveis a jóias e acessórios. E cada uma dessas peças tem esta brasilidade, que é a nossa riqueza e nosso diferencial hoje no mercado global.

De onde veio a inspiração para a principal mostra da Bienal, intitulada “Da Mão à Máquina”?
Esta mostra foi concebida pela curadora da Bienal, Maria Helena Estrada. Ela propõe mostrar que a riqueza da diversidade brasileira vai desde o artesanato até a produção industrial, da mais alta tecnologia. E isso diz muito sobre o Brasil, sobre as realidades distintas do nosso país, que o design reflete e aproveita. Desta criatividade que vai do produto mais básico ao mais sofisticado.

Como a iniciativa da Bienal estimula o fazer artístico e a produção do design em Minas e no Brasil?
Esperamos que a Bienal deixe suas marcas em Minas. Queremos que ela se torne um fator de estímulo para a consolidação da inserção do design no parque produtivo mineiro. Porque tanto em Minas quanto no Brasil, o design ainda não está consolidado; ele não é empregado de forma concisa em todas as empresas. Algumas aplicam, outras não. Um evento deste porte, com várias mostras e atividades, faz com que as pessoas vejam de perto, respirem design. Vamos mostrar cases de sucesso ao empresário e ao consumidor, para que eles vejam o tamanho do diferencial que o design agrega a um produto.

Como o senhor, como um especialista nesta área, avalia o posicionamento do design mineiro e do brasileiro hoje, no Brasil e no mundo?
É um tema muito recente. O design brasileiro começou a aparecer de forma mais concreta, como uma atividade passível de produção em série e exportação, de apenas 15 anos pra cá. Por isso, ainda existe uma lacuna muito grande entre as escolas, os designers e as empresas. Esta lacuna está começando a se reduzir agora e esperamos que a Bienal seja um estímulo para reduzir estas distâncias.

A programação da Bienal dedica algumas ações voltadas também aos próprios designers e estudantes de design. Qual a importância da profissionalização desta atividade?
Esta é uma grande novidade. Pela primeira vez, atividades acadêmicas aparecem como destaque na programação da Bienal. Juntamos a universidade com o parque produtor. Teremos encontros com presença de designers internacionais, incluindo um grande fórum no Auditório da Escola Guignard com palestrantes de oito países. Isso é importante, pois aproxima o designer das empresas, democratiza o assunto e contribui para a qualidade do trabalho. O design é transversal, passa por diversas áreas do conhecimento, e por isso exige muito estudo e preparo.




Mercado de trabalho: indústria precisará de 7,2 milhões de técnicos até 2015, indica estudo do Senai

O Brasil terá de formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível técnico e em áreas de média qualificação para atuarem em profissões industriais até 2015. Essa necessidade produzirá oportunidades em 177 ocupações, que vão desde trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais) e padeiros até supervisores de produção de indústrias químicas e petroquímicas.

Mapa do Trabalho Industrial 2012 mostra que demanda por profissionais mais capacitados aumentou.
Do total da necessidade, 1,1 milhão será por trabalhadores para novas vagas (Fotos José Paulo Lacerda)

No Paraná, por exemplo, a demanda até 2015 é por 477,5 mil profissionais capacitados, o que corresponde a 6,7% de todo o país. As ocupações com maior demanda no estado para profissionais de nível técnico (cursos com até dois anos de duração), são para controle da produção; em eletrônica; em eletricidade e eletrotécnica; mecânicos na fabricação e montagem de máquinas, sistemas e instrumentos; em operação e monitoração de computadores.

Os dados fazem parte do Mapa do Trabalho Industrial 2012, elaborado pelo e apresentado nesta quinta-feira (20/9/2012), em São Paulo, durante o lançamento da 7ª Olimpíada do Conhecimento. A competição é disputada por cerca de 600 alunos dos centros de Educação profissional e tecnológica do Senai de todo o país como forma de avaliar a qualidade de cursos de qualificação em mais de 50 ocupações.

O Mapa do Trabalho Industrial foi elaborado para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional do Senai. A pesquisa inédita também pode apoiar os jovens na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho.

No Brasil, do total da demanda, 1,1 milhão será por trabalhadores para ingressarem em novas oportunidades no mercado. O restante já está trabalhando e precisa manter-se qualificado para acompanhar os avanços tecnológicos da indústria.

“Apenas 6,6% dos brasileiros entre 15 e 19 anos estão em cursos de Educação profissional. Na Alemanha, esse índice é de 53%. Nossos jovens precisam ver a formação profissional como uma excelente oportunidade para o mercado de trabalho”, afirma o diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi.

Entre as ocupações que necessitam de cursos profissionalizantes com mais de 200 horas, a maior demanda está no setor de alimentos, que precisará de 174,6 mil trabalhadores (cozinheiros industriais) entre 2012 e 2015 em todo o Brasil. No mesmo período, o país precisará de 88,6 mil operadores de máquinas para costura de peças do vestuário e 81,7 mil preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil.

Já entre as ocupações técnicas de nível técnico, o técnico de controle da produção lidera o ranking com demanda de 88.766 profissionais. Atrás, vem a de técnicos em eletrônica com 39.919 e a de técnicos de eletricidade e eletrotécnica, com 27.972.

A análise da demanda mostra ainda que os profissionais das ocupações operacionais precisam ser polivalentes, com capacidade para desempenhar várias funções. Vem aumentando também a importância de características como visão sistêmica do fluxo produtivo e capacidade de gerenciamento.

Apesar de não figurarem no topo da lista da demanda, algumas profissões têm ganhado espaço no mercado de trabalho industrial. Entre elas estão agentes de meio ambiente, pela utilização de tecnologias mais limpas e preocupação com a conservação dos recursos naturais, e os trabalhadores do campo da logística, desde os operadores até os técnicos.

A maior necessidade por profissionais capacitados nesses dois grupos se concentra nas regiões Sul (1,50 milhão de profissionais ou 20,9% do total) e Sudeste (4,13 milhão, 57,6% do total) especialmente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná.

A pesquisa também identifica as principais demandas por profissionais qualificados em todos os estados. No grupo de ocupações que requerem mais de 200 horas de qualificação, a de cozinheiro industrial lidera em 25 unidades da federação. Já entre as profissões de nível técnico, a necessidade maior será por técnicos de controle da produção, técnicos em eletrônica e técnicos em eletricidade e eletrotécnica.

A demanda por profissionais de nível técnico para os próximos trêsanos é 24% maior que a registrada
para o período 2008-2011, quando a necessidade de profissionais ficou em 5,8 milhões

Para Lucchesi, conhecer essa necessidade por estado, por setor, por tipo de ocupação é crucial para o planejamento da formação profissional. “Um país que ainda investe pouco em educação, como o Brasil, deve lançar um olhar à frente para dimensionar e direcionar a aplicação dos recursos sejam públicos ou privados”, avalia.

A boa notícia é que o Brasil tem capacidade para preparar os trabalhadores e, assim, transformar essa demanda em oportunidade de emprego para pessoas devidamente qualificadas. O Senai oferece, a cada ano, 2,5 milhões de vagas. A maioria delas é para cursos de aprendizagem, aperfeiçoamento profissional, qualificação profissional e cursos técnicos de nível médio.

Do ponto de vista dos trabalhadores, a qualificação profissional possibilita melhores chances de colocação no mercado e salários. Pesquisa realizada pelo Senai em 2011 mostrou que 80% dos formados nos cursos técnicos da organização em 2010 estavam trabalhando em 2011 e recebiam, em média, 2,47 salários mínimos, o equivalente, na época, a R$ 1.346,15 ao mês.

Os técnicos também foram muito bem avaliados por seus supervisores nas empresas. Em uma escala de zero a dez, receberam 8,4 no quesito competências básicas e 8,3 em competências específicas e de gestão.

Metodologia do Mapa do Trabalho Industrial
O Senai, a partir de cenários que estimam o comportamento/crescimento da economia brasileira e dos seus setores, projeta o impacto sobre o mercado de trabalho e estima a demanda por formação profissional industrial (novos empregos e formação continuada).

O método utilizado é o Insumo-Produto de Liontief, que considera o fluxo de bens e serviços entre os vários setores da economia e seu efeito multiplicador sobre o volume de emprego. A metodologia foi desenvolvida com a colaboração das melhores universidades do país, como a Universidade São Paulo (USP), a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

As projeções e estimativas são desagregadas no campo geográfico, setorial e ocupacional, e servem como parâmetro para o planejamento da oferta de cursos do Senai.

Olimpíada do Conhecimento
Os cursos de aprendizagem e técnicos do Senai são avaliados, a cada dois anos pares, na maior competição de Educação profissional e tecnológica das Américas. A sétima edição das disputas ocorrerá de 12 e 18 de novembro, em São Paulo, com a participação de 638 estudantes de até 21 anos.

Eles disputarão o título de melhores do país em 54 ocupações e a oportunidade de conquistar vagas para o torneio mundial do próximo ano, o WorldSkills, competição internacional que reunirá, em julho de 2013, em Leipzig, na Alemanha, jovens de mais de 50 países. O Brasil obteve na edição de 2011, em Londres, o segundo lugar entre 51 países, atrás apenas da Coréia do Sul.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Inovação e pesquisa: Paraíba tem 3 projetos aprovados no concurso Inova Senai


O Senai da Paraíba reafirma potencial na elaboração de soluções inovadoras para a indústria. A organização acaba de emplacar três projetos na Mostra Inova Senai, tornando-se, ao lado da Bahia, os dois estados do Nordeste com a maior aprovação de propostas no concurso anual.

O Inova Senai destaca projetos de inovação desenvolvidos por competências internas e/ou externas, de acordo com as demandas da indústria e do mercado. Todas as etapas do projeto – concepção, planejamento, execução e demonstração – são realizadas por alunos, técnicos e docentes do Senai.

A apresentação dos trabalhos envolve demonstração audiovisual, funcionamento de protótipos/maquetes e explicação teórica. Dos três projetos da Paraíba, dois são do Centro Stenio Lopes, de Campina Grande. O primeiro – Válvula de Controle Direcional Modular e Programável Acionada por Motor de Passo –, de autoria de Vinicius de Moraes (docente) e Pedro Ivo (aluno), consiste em um bloco de válvulas de controle direcional programável, que oferece solução simples para comandar o sistema pneumático, a partir de várias funções integradas em um único elemento.

Com o título Agente de Simulação Conversacional para NR-10, o segundo projeto do Senai Stenio Lopes apresenta um aplicativo multimídia, destinado às ações educacionais para a área de Segurança no Trabalho, mais especificamente sobre a Norma Regulamentadora 10. O projeto é assinado por Rony Marcolino, Widson Gomes (ambos professores) e Ezequiel de Sousa (aluno).

A terceira ideia inovadora da Paraíba foi concebida no Centro Odilon Ribeiro Coutinho, de João Pessoa, sob o título Estufa Portátil com Seletor e Dispensador Automático de Eletrodos. De autoria dos professores Antônio Felipe e Martim Luiz, em parceria com o aluno Adjair Alves, o projeto busca aumentar a produtividade na troca dos consumíveis de soldagem, utilizando um dispositivo automático que expele o eletrodo sem a necessidade de abrir a estufa.

A coordenadora de Inovação do Senai-PB, Cláudia Lopes, destaca que os projetos vão representar o talento, a criatividade, a capacidade produtiva e empreendedora dos docentes e discentes da organização, “que, trabalhando em equipe e sintonizados com as demandas da indústria nacional, desenvolvem novas tecnologias e novos produtos e processos”.

O Senai Nacional selecionou 50 projetos de todo o país, que serão apresentados em São Paulo, de 12 a 17 de novembro, durante a 7ª Olimpíada do Conhecimento. As propostas estão divididas nas categorias Produto Inovador, Processo Inovador e Serviço Inovador. Durante a Mostra, as ideias serão avaliadas por uma comissão julgadora, formada por empresários e representantes de entidades parceiras do Senai, além do público em geral.

Os vencedores das categorias Produto e Processo Inovador (1° a 3° lugar) vão ganhar com artigos de até R$ 3 mil. Na categoria Serviço Inovador, a proposta melhor pontuada receberá um orçamento de até R$ 300 mil para implementação do projeto.

Clique aqui para ver os 50 projetos que participarão do Inova Senai Nacional.


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