Com a presença do tenista Gustavo Kuerten, o Guga,
foi aberta oficialmente nesta quarta (26/9/2012), em Joinville, a edição catarinense
do evento Mundo Senai. Até esta sexta, as unidades da organização em Santa Catarina
estarão abertas à comunidade. "Às vezes, a gente não se dá conta, mas as
oportunidades estão próximas", afirmou Guga, ao defender que os jovens
precisam aproveitar as chances que surgem em suas vidas. Ele lembrou dos cursos
de tênis que fez quando se preparava para a carreira. "Eu sonhava ser,
talvez, o número um do Brasil. Acabei sendo o número um do mundo", disse.
Guga (centro): exemplo para a comunidade (Foto Zenilde Petri)
Em todo o país, cerca de 400 unidades do Senai participam
do evento e abrirão suas portas até amanhã (29/9/2012) para mostrar à população
as oportunidades da Educação profissional e tecnológica e o universo da
inovação e tecnologia industrial. Em palestras, minicursos, oficinas,
exposições e conversas com professores, os visitantes receberão orientações
para escolher uma profissão, buscar aperfeiçoamento profissional ou até mesmo
mudar de atividade.
São oportunidades que podem fazer a diferença na
vida das pessoas. O presidente do Sistema Fiesc, Glauco José Côrte, destaca,
citando pesquisa do Sistema Indústria, que "os alunos que realizam o
ensino médio e um curso técnico, como os do Senai, obtêm remuneração média 15%
superior à dos que concluem apenas o ensino médio". Côrte salientou que a
indústria brasileira precisa ampliar sua modernização, com a implantação de
novas tecnologias, o que só será possível com a existência de profissionais
qualificados para operar as novas máquinas. "Essa ampliação da
competitividade da indústria só será alcançada com a Educação".
O presidente do Sistema Fiesc explicou também que Kuerten
foi convidado a participar do evento pelo exemplo que transmite. "Guga não
é apenas um campeão no esporte, é um cidadão engajado na comunidade e que
valoriza a família. O Senai tem a preocupação de formar não apenas bons
profissionais, mas também bons cidadãos", disse.
Para o Mundo Senai em Santa Catarina são esperadas
100 mil pessoas. Em todo o país, a estimativa é que 500 mil pessoas conheçam o
Mundo Senai. Atualmente, as 809 unidades operacionais móveis e fixas da organização
espalhadas pelo país contabilizam cerca de 2,5 milhões de matrículas em 3 mil
cursos que preparam trabalhadores para 28 áreas industriais. Os cursos vão desde
a aprendizagem, incluem o ensino técnico de nível médio e chegam à formação
superior e à pós-graduação.
“Nossos jovens precisam ver a formação
profissional como uma excelente oportunidade para o mercado de trabalho”,
afirma o diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi. Segundo ele, na
Alemanha 53% dos jovens estão em cursos de formação profissional. No Brasil,
apenas 6,6% das pessoas com idade entre 15 e 19 anos buscam essa opção, apesar
da grande procura das empresas por profissionais com formação técnica ou de
média qualificação.
Pesquisa divulgada pelo Senai neste mês de
setembro revela que a indústria precisará formar 7,2 milhões profissionais para
atuarem no setor até 2015. O número diz respeito a técnicos e trabalhadores de
média qualificação. Do total dessa necessidade, 1,1 milhão será para jovens que
buscam o primeiro emprego.
Cavalcanti debate o futuro das nossas telecomunicações (Fotos Everton Amaro)
De um lado, uma vertiginosa evolução do setor de
telecomunicações do Brasil, com destaque para os mais de 250 milhões de chips
de telefonia móvel licenciados no país.
Do outro, salta aos olhos a
ineficiência dos instrumentos de regulação no Brasil, que atua com dinâmica
desproporcional à velocidade das tecnologias de informação e comunicação. A
avaliação é do diretor-titular do Departamento de Infraestrutura (Deinfra) do
Sistema Fiesp, Carlos Cavalcanti.
“Isso forma um ambiente regulatório permanentemente
desatualizado, às vezes omisso em relação a questões cruciais, impondo
obstáculos com relação ao desenvolvimento do setor [de telecomunicações] e do
país”, alertou Cavalcanti, em seu discurso de abertura do IV Seminário de
Telecomunicações da Fiesp – Qual o futuro das nossas telecomunicações?”, evento
que acontece nesta terça-feira (25/9/2012) na sede da organização.
Alvarez: qualidade do serviço inda tem um longo caminho a percorrer
Ao comentar a reivindicação do Sistema Fiesp, o
secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez, afirmou também
no evento que os regulamentos podem, sim, ficar defasados. Ele pondera, no
entanto, que faltou cuidado ao setor de telecomunicações na hora de mensurar o
consumo.
“O regulamento surge e depois é que a vida mostra
que precisa mudar ou adaptar. Mas percebendo o jeito que estava a curva do
consumo, [o setor] tinha que fazer mais rede, discutir com o governo, discutir
juntos no BNDES. Lamentavelmente, o setor foi imprevidente”, afirmou o
secretário a jornalistas após abertura do seminário.
O tema do seminário ganha destaque uma vez que as
atenções do setor estão voltadas para a votação do Marco Civil da Internet no
Congresso, adiada para outubro.
De acordo com Cavalcanti, a animosidade do sistema
regulatório e a excessiva burocracia explicam por que ainda não foi concluída a
implementação de tecnologia de terceira geração (3G). Segundo ele, os
instrumentos de regulação não atuaram devidamente para que “os investimentos
das concessionárias fossem feitos em tempo adequado”.
“O Brasil foi obrigado a acompanhar os avanços
tecnológicos da telefonia móvel 4G sem que o sistema 3G tivesse sido plenamente
implantado”, comentou Cavalcanti, acrescentando que a qualidade do serviço
ainda tem um caminho longo a percorrer.
“Sem falar na grande deficiência no atendimento ao
consumidor. Não é à toa que em várias enquetes realizadas neste ano constataram
a insatisfação de mais de 60% dos usuários, os quais consideram ruim ou péssima
a qualidade de banda larga móvel.”
Qualidade do serviço
Na visão do titular do Deinfra, para que a
prestação de serviços, sobretudo em telefonia móvel, seja eficiente e satisfaça
o consumidor, o governo deve atuar como planejador, regulador e fiscalizador
dos serviços públicos, enquanto os municípios têm papel importante na
desburocratização. Já o setor privado deve participar intensamente dos
investimentos e da prestação de serviços na medida em que o governo realiza
concessões ou autorizações.
“O governo federal, que representa o poder
concedente, precisa buscar o interesse social público em vez de assumir o papel
de agentes do mercado em atividades que poderiam e deveriam ser realizadas por
iniciativa privada”, ressaltou o diretor.
Cavalcanti classificou como “desproporcional e
polêmica” a medida adotada em julho deste ano pela Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel), que suspendeu a vendas de serviços de operadoras de
telefonia móvel por má qualidade.
A meta do Senai de Araguaína para este ano é
atender 3.310 pessoas por meio dos cursos do Pronatec. Em
outubro, os municípios de Angico, Ananás, Luzinópolis, Nazaré, Santa Terezinha,
Riachinho e Xambioá também receberão novos cursos, que serão ministrados nos
turnos matutino, vespertino e noturno.
Nesta quinta (27/9/2012), cerca de 600 pessoas
participaram em Tocantinópolis da aula inaugural dos cursos de Pedreiro de
Alvenaria, Auxiliar Administrativo e Costura Industrial do Vestuário, que o
Senai do Tocantins em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome. Participam pessoas cadastradas no CadÚnico da Assistência
Social.
Estão sendo atendidos cerca de 1.578 alunos em 16
municípios das regiões norte e extremo norte do Tocantins, beneficiando assim,
segundo o gerente do Senai de Araguaína, Evandro Lima, um dos objetivos do Pronatec:
levar ao interior programas de qualificação profissional. “Estamos cumprindo
esse objetivo e somos recebidos de forma muito positiva nos municípios, onde
tivemos apoio integral das prefeituras que, além de disponibilizarem os alunos,
oferecem todo o espaço físico e logístico para o pleno desenvolvimento dos
cursos”.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Gestão da inovação: Novo núcleo vai apoiar indústrias do Paraná
O Núcleo de Apoio à Gestão da Inovação (Nagi) do Paraná promoveu a última etapa do treinamento para formação de 34 profissionais que irão atuar como consultores nas empresas.
Criado para apoiar indústrias de diferentes portes e segmentos com foco na competitividade e sustentabilidade, o Nagi-PR é resultado de ampla parceria entre o Senai, que é o executor, e diversas organizações públicas e privadas. Indústrias de todo o estado podem se inscrever para receber as ações do programa.
Para estimular a adesão e garantir que o Núcleo possa ter grande repercussão no estado, o Senai promove palestras de sensibilização com empresários. Nos encontros, além de mostrar a importância da gestão da inovação como ferramenta para elevação da competitividade e sustentabilidade dos negócios, os especialistas detalham as ações do Nagi – que envolvem desde a identificação de oportunidades de inovação, capacitação e consultoria para a implantação de um plano de gestão da inovação.
Clique aqui para saber mais sobre o Nagi-PR e o processo de adesão.
O governador do Paraná, Beto Richa, sancionou
nesta segunda (24/9/2012) a Lei Estadual de Inovação. O texto, que foi aprovado
na semana passada na Assembleia Legislativa, cria benefícios e estabelece
mecanismos de cooperação entre os setores público, privado e academia para o
incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento científico e tecnológico no Estado. O
Paraná era o único estado das regiões Sul e Sudeste que ainda não tinha
aprovado uma lei de inovação.
“O estado precisava de uma lei moderna para
garantir a competitividade e o desempenho que o atual momento econômico
brasileiro exige”, comentou o governador.
“A indústria paranaense concorre não apenas com
outros estados, mas com a forte e muitas vezes desleal produção industrial dos
outros países. A inovação traz algumas vantagens nessa competição e isso irá
impactar não apenas no setor produtivo, mas também em toda a sociedade com a
geração de renda, novos postos de trabalho e melhores produtos ou serviços”,
destaca Rodrigo Martins, vice-presidente do Sistema Fiep.
O texto da Lei de Inovação do Paraná foi construído
com base em audiências públicas que envolveram os principais interessados neste
mecanismo de incentivo a produção cientifica e tecnológica. “A Lei é uma das
principais pautas do Conselho Temático de Política Industrial, Inovação e
Design criado pela Fiep e que reúne empresas, sindicatos empresariais do setor
produtivo, universidades e centros de pesquisa e desenvolvimento. O objetivo
deste conselho é, também, contribuir com a regulamentação da Lei a fim de
garantir que os benefícios cheguem a todas as empresas que investem em
P&D”, ressalta Martins.
A nova legislação prevê a participação do estado
em fundos de investimentos de empresas paranaenses com perfil ou projetos de
inovação tecnológica. Projetos aprovados pelo governo, por meio de empresas do
Estado, como Tecpar, Iapar, fundação Araucária, entre outras, poderão ser
beneficiados com subvenção econômica, financiamento ou participação societária
do governo.
Além disso, a nova lei permite a concessão de incentivos fiscais
para o desenvolvimento de projetos inovadores. Para isso, haverá regulamentação
específica. Outra medida prevista é que o Estado ceda servidores públicos, como
mestres, doutores e pesquisadores, além de espaços apropriados para o incentivo
à inovação nas empresas.
De acordo com a Lei, ao aplicar as medidas de
incentivo o governo deverá dar prioridade a arranjos produtivos locais (APL) e
às micros, pequenas e médias empresas de regiões menos desenvolvidas, que não
possuem capacidade científica adequada.
Um dos capítulos do texto trata da construção de
ambientes especializados e cooperativos de inovação, aproximando as empresas
privadas das Instituições Científicas e Tecnológicas do Paraná (ICTPR). São
órgãos da administração pública que têm por missão institucional executar,
dentre outras, atividades de pesquisa básica ou aplicada. Essas instituições
poderão, mediante remuneração, compartilhar laboratórios, equipamentos e materiais
com empresas e outras organizações. Entre as instituições paranaenses
classificadas como ICTPR estão o Tecpar e o Iapar.
“A Lei de Inovação do Paraná demorou para ser
instituída, mas corrigiu grandes falhas da legislação federal e de outros
estados. Agora é importante que o governo integre a proposta com as outras
iniciativas do estado, como o programa Paraná Competitivo para dar velocidade
aos projetos das empresas e da comunidade acadêmica. A inovação não é mais
opção das empresas. Para serem competitivas, elas precisam investir em pesquisa
e o apoio do governo é fundamental para isso”, assegura Martins.
Cursos do Pronatec: Senai tem 200 vagas em duas unidades do Distrito Federal
Estudantes da rede pública de ensino do Distrito Federal têm até amanhã (27/9/2012) para se inscreverem em cursos gratuitos de Educação profissional do Senai, que serão ministrados em parceria com o Pronatec. Os cursos são de nível técnico, com duração média de 1,2 mil horas. A seleção dos interessados é feita pela Secretaria de Estado de Educação do DF, e as inscrições devem ser realizadas via www.ieducar.se.df.gov.br/pronatec
Os cursos vão formar nas áreas de eletrotécnica, eletromecânica, redes, multimídia e segurança do trabalho (foto), nas unidades do Gama e de Taguatinga.
Para se candidatar, o interessado deve estar matriculado em uma das séries/modalidades: 2ª ou 3ª séries do ensino médio; 2ª ou 3ª etapas do 3º Segmento da Educação de Jovens e Adultos; Bloco 2 das turmas de Correção da Distorção da Idade/Série do Ensino Médio.
Serão aceitas inscrições online, realizadas até às 23h59 do dia 27 de setembro. Além disso, o candidato só pode se inscrever uma única vez, com opção para dois cursos. Haverá um sorteio eletrônico para selecionar os candidatos, após isso, uma lista será divulgada no sitewww.se.df.gov.br.
Os cursos técnicos que serão desenvolvidos pelo Senai-DF capacitam profissionais para trabalhar na indústria, em áreas demandas pelas empresas da Capital Federal. Desta forma, o aluno sai da capacitação com grande possibilidade de inserção no mercado de trabalho.
São duas oportunidades na área de TI, por exemplo. Para se ter uma ideia, o DF comporta, atualmente, cerca de 700 empresas deste setor, e emprega mais de 30 mil profissionais. O curso Técnico em Redes habilita pessoas para atuar em atividades de concepção, especificação, projeto, implementação, avaliação, suporte e manutenção de recursos para redes locais e remotas. Além disso, o aluno é capacitado a promover o gerenciamento de segurança de tecnologias de processamento e transmissão de dados e informações, incluindo hardware e software, aspectos organizacionais e humanos, visando aplicações na produção de bens, serviços e conhecimentos.
O técnico formado em multimídia estará apto a desenvolver projetos de programação visual para sites (planejamento, criação, diagramação e gestão da produção), considerando o rigor estético e as informações técnicas e tecnológicas de produção de site para web.
Há também uma opção não tanto conhecida, mas de extrema importância para o mundo atual e com grande carência de profissionais qualificados nas empresas em geral. Trata-se do técnico em segurança do trabalho. Neste curso, o profissional aprende a planejar, elaborar e aplicar normas e instruções de segurança do trabalho, assim como realizar auditorias, implementar ações educativas, preventivas e corretivas que eliminem ou minimizem os riscos de acidente em locais de trabalho.
Outra opção é o curso Técnico em Eletrotécnica. Neste caso, os estudantes saem habilitados para planejar, desenvolver e implantar projetos e sistemas elétricos de baixa tensão e de automação industrial, atuando com equipes multiprofissionais em processos de produção, comercialização, transmissão, instalação e manutenção de bens e serviços do setor elétrico industrial.
Ainda há a oportunidade do estudante da rede pública se capacitar no curso Técnico em Eletromecânica. A qualificação é voltada para os interessados em planejar e executar projetos de manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos eletromecânicos do setor industrial, aplicando normas ambientais e de segurança no trabalho.
Do O Globo: bancos vão financiar mais de 6 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras*
Bancos vão financiar 6.500 bolsas de estudo do Programa Ciência sem Fronteiras nos próximos quatro anos. O investimento totalizará US$ 180,8 milhões, sendo que a primeira parcela, de 10%, será desembolsada já nesta semana pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O acordo para a doação foi assinado na sexta (21/9/2012) pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com a Febraban. Participarão do aporte financeiro 21 bancos.
O Senai do Paraná abriu 13 vagas ao público
externo –
estudantes e profissionais de diversas áreas, como alimentos e biotecnologia – com interesse na produção de cervejas artesanais
de alta qualidade, visando à produção de diferentes tipos de cervejas.
São 12
horas de estudos, entre teóricas e práticas, que começarão na próxima sexta (28/9/2012).
O candidato deverá ter mais que 18 anos e
escolaridade mínima na oitava série do ensino fundamental. Clique aqui
para saber mais.
Cursos do Pronatec: Bolsa-Formação supera meta de oferta de vagas ao longo do ano
(Foto Senai da Bahia)
A oferta da bolsa-formação pelo Pronatec chegou a 816 mil vagas este ano. Com isso, superou a meta prevista, de 690 mil. Desde janeiro, mais de 567 mil pessoas fizeram matrícula ou estão pré-matriculadas em cursos técnicos e de formação inicial e continuada por meio do programa.
A bolsa-formação consiste na oferta pública de vagas em cursos técnicos e de formação inicial e continuada na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e no Sistema S (Senai, Senat, Senar, Senac). Também contribuem para a oferta de cursos pelo Pronatec redes estaduais de ensino técnico do Acre, Amapá, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará e Piauí.
“Em menos de um ano de vigência do Pronatec, houve uma expansão significativa no número de vagas ofertadas e de instituições envolvidas na execução do programa”, destacou Marco Antônio de Oliveira, secretário de Educação profissional e tecnológica do Ministério da Educação.
O acesso às vagas ocorre por meio de pré-inscrição, em até três cursos técnicos ou de formação inicial e continuada, no novo portal do Pronatec. Nele, estão disponíveis para consulta o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos e o Guia Pronatec de Cursos FIC, além de orientações sobre a inscrição no programa. Após o cadastramento, o sistema indica cursos disponíveis e que correspondam ao perfil do candidato, na região onde ele mora.
De acordo com Oliveira, mesmo com as possibilidades oferecidas pelo novo portal, as formas tradicionais para seleção serão mantidas. “Com mais uma forma de acesso ao programa, esperamos atingir o maior número possível de interessados e evitar que parte das vagas se perca pela dificuldade de preenchimento das turmas no prazo previsto para matrícula”, afirmou.
As áreas com maior número de matrículas efetuadas são as de gestão e negócios (113.130), controle e processos industriais (68.492), ambiente, saúde e segurança (46.929). O público-alvo dos cursos técnicos é formado por estudantes matriculados no ensino médio. O dos cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional, pelos trabalhadores em geral, beneficiários do seguro-desemprego e dos programas de transferência de renda do governo federal, entre outros grupos sociais.
O Pronatec foi criado pelo governo federal, em outubro de 2011, para democratizar o acesso ao ensino técnico e profissionalizante. A meta é oferecer 7,9 milhões de vagas até o fim de 2014. Para este ano, a meta é chegar a 1,6 milhão de vagas em todas as ações.
Apesar dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad) 2011, divulgada na última sexta (21/9/2012) pelo IBGE,
apontarem pequenos avanços na área de Educação, a melhoria é muito lenta para o
patamar de qualidade em que o Brasil se encontra.
A opinião é da diretora executiva do Movimento
Todos pela Educação (MTE), Priscila Cruz, advogada que atua na defesa da Educação
de qualidade há dez anos. Segundo ela, o critério usado pelo IBGE para definir
analfabetismo não leva em conta o nível de proficiência dos alunos em leitura e
escrita.
“Alfabetização é muito mais do que escolarização.
O IBGE olha os jovens e adultos com mais de 15 anos, aqueles que têm quatro
anos ou mais de escolaridade já é considerado alfabetizado. Mas como a gente
tem uma qualidade de Educação muito ruim no Brasil, o que acontece é que tem
muita criança de 11, 12 anos, jovem que está no ensino médio com 15, 17 anos,
que ainda é analfabeto. Infelizmente isso ainda é uma realidade no nosso país”,
explica Priscila.
Ela disse que uma das metas do MTE é que toda
criança esteja plenamente alfabetizada aos 8 anos de idade, o que não ocorre
atualmente. “A Prova ABC (uma parceria da Organização Não Governamental (ONG)
Todos pela Educação com o Instituto Paulo Montenegro, a Fundação Cesgranrio e o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) mostrou que, das
crianças de 8 anos no Brasil, só metade é plenamente alfabetizada. É um dado
bem diferente daquele do IBGE. É diferente fazer a prova e testar ou perguntar
quantos anos de estudo tem e ela ser considerada alfabetizada”.
Priscila admite que houve avanços. Porém, eles
ocorrem muito devagar. “A gente vem melhorando só que num ritmo muito lento. Se
a gente tivesse num patamar mais alto, melhorar lentamente não seria tão ruim.
A gente está num patamar muito baixo e melhorando muito lentamente, vai demorar
muito pra gente conseguir garantir o direito de todos os alunos a ter Educação
de qualidade”.
A diretora da ONG aponta que, apesar de 98,2% da
população de 6 a 14 anos, correspondente ao ensino fundamental, estarem na
escola, se for levado em conta desde a educação infantil até o ensino médio, o
Brasil tem 3,8 milhões de crianças e jovens fora da escola. A situação é pior
entre os adolescentes de 15 a 17 anos, que deveriam estar no ensino médio.
Nessa faixa etária, a taxa de escolarização caiu de 85,2% em 2009 para 83,7% em
2011.
“O ensino médio vive uma crise de identidade:
esses alunos não veem sentido nesse ensino médio, acabam evadindo, saem antes
do tempo de se formarem e a gente está perdendo esses jovens. São jovens que,
na sociedade atual, século 21, sociedade do conhecimento, não concluíram nem o
ensino médio, é ter aí um extermínio de jovens”, alerta Priscila.
A diretora executiva do Movimento Todos pela
Educação lembra que existem experiências de outros países e também dentro do
Brasil que apontam caminhos a serem seguidos para melhorar o desempenho dos
alunos.
“Acho que tem de investir em professor: eles são
muito mais formados para serem teóricos da Educação. Tem que ter um maior
número de escolas em tempo integral, tem que ter avaliações que realmente
ajudem os gestores a formularem suas políticas e incorporar a avaliação como
ferramenta para avançar”.
Municípios que apoiam proposta terão material
didático e cursos de formação
Com quantos anos uma criança precisa saber ler e
escrever? O Ministério da Educação lançará no mês que vem o Pacto Nacional pela
Alfabetização na Idade Certa, que estabelece que todos devem estar
alfabetizados ao fim do 3.º ano do ensino fundamental, aos 8 anos de idade. É o
que prevê, também, a meta 5 do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação
no Congresso.
No País todo, 5.182 municípios (93,2% do total)
aderiram ao pacto e receberão material didático e cursos de formação docente.
Uma notícia a ser comemorada? Em parte, afirmam os
especialistas. O compromisso com a alfabetização é importante e é preciso, de
fato, que o País se responsabilize por isso. A questão a ser discutida, questionam,
é a idade estipulada para que esse processo se concretize.
*Leia aqui a reportagem de Ocimar Balmant na íntegra
domingo, 23 de setembro de 2012
Aprender e ensinar: concurso tem mais de mil professores inscritos
O 3º Concurso Aprender e Ensinar – Tecnologias Sociais já recebeu inscrições de 1.070 educadores de todo o Brasil. Podem participar professores da Educação básica, vinculados à rede pública, institutos federais, escolas técnicas públicas e espaços não formais de Educação, como EJA e ONGs. Os seis vencedores ganharão uma viagem para a Tunísia, onde vão participar do Fórum Social Mundial 2013, de 23 a 28 de março.
O concurso é promovido pela Revista Fórum e Fundação Banco do Brasil, para reconhecer, apoiar e disseminar o uso de tecnologias sociais na Educação.
Para Claiton Mello, gerente de Educação e Tecnologia Inclusiva da Fundação Banco do Brasil (FBB), o concurso “representa a disseminação de conhecimentos, traz ao professor a oportunidade de discutir temas relevantes que não têm espaço, muitas vezes, na agenda escolar.”
Diabetes, hipertensão, obesidade e colesterol alto
são doenças crônicas não transmissíveis que vêm crescendo entre a população
brasileira. São causadas, principalmente, por alimentação inadequada e
sedentarismo. Para prevenir novos casos e ajudar no tratamento dessas
enfermidades, o Sesi promoverá, a partir do próximo ano, cursos de Educação
alimentar específicos para esses tipos de doença, por meio do programa Cozinha
Brasil.
As aulas incluirão orientações de nutricionistas,
cartilhas com informações e receitas. Os cursos, que serão abertos à comunidade
em geral, estão sendo elaborados por um comitê formado por nutricionistas do Sesi
de Mato Grosso, Piauí, Rondônia, Tocantins, Maranhão, Rio Grande do Norte e Amazonas.
A coordenadora do comitê, Cecília Lopes, explica
que a integração entre as profissionais dos sete estados foi proposital: “são
realidades e culturas diferentes que nos ajudarão a produzir um material rico,
a partir das experiências de cada um”. Segundo ela, o novo produto – que ainda
não foi batizado – é inspirado no programa Sabor na Medida Certa, desenvolvido
pelo Sesi de São Paulo. A iniciativa oferece cursos com duração de 10 horas, em
que são apresentadas receitas específicas, técnicas dietéticas e informações
nutricionais, sempre com o foco na alimentação saudável.
Cecília Lopes conta que a ideia surgiu da demanda
de algumas indústrias com altos índices de trabalhadores obesos e hipertensos.
“Uma alimentação adequada traz inúmeros benefícios, tanto para um trabalhador
da indústria, quanto para qualquer pessoa. Ela melhora a qualidade de vida,
aumenta a produtividade e reduz o absenteísmo [faltas ao trabalho]”, destaca.
De acordo com ela, entre os industriários, mais de 90% das doenças não infecciosas
tem como causa a má alimentação.
Mas o problema é nacional. Dados de relatório
divulgado este ano pelo Ministério da Saúde (MS) mostram o crescimento das
doenças crônicas. Segundo a diretora do Departamento de Análise de Situação em
Saúde do MS, Deborah Malta, o conjunto das Doenças Crônicas Não Transmissíveis,
é responsável por 72% dos óbitos no Brasil.
De acordo com o relatório da Vigitel 2011
(Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico), o excesso de peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos
no Brasil. A proporção de pessoas acima do peso no país avançou de 42,7%, em
2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de
11,4% para 15,8%.
O levantamento também mostrou uma tendência ao
crescimento do diabetes. Foram entrevistados mais de 54 mil adultos em todas as
capitais e também no Distrito Federal. Desse total, 5,6% declarou ter a doença.
Cozinha Brasil
O programa beneficiou quase um milhão de pessoas,
a maioria mulheres que recebem até um salário mínimo e moram nas cidades. Além
disso, o Cozinha Brasil foi exportado para o Uruguai e Moçambique e está em
fase de implementação em El Salvador, Honduras e Guatemala.
Recentemente,
técnicos da Guatemala estiveram no Paraná para conhecer, na prática, a
metodologia do Cozinha Brasil. Eles sinalizaram que, naquele país, o programa
será implantado como política pública inserido no Pacto Hambre Cero Guatemala,
que seguiu o modelo do programa Fome Zero, do governo brasileiro.
Clique
aqui para saber mais sobre o Cozinha Brasil
A Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, vai
abrigar de 4 a 23 de outubro, a Mostra 1 pessoa 10 cadeiras. Promovida pelo Centro
Tecnológico da Madeira e do Mobiliário do Senai de Minas Gerais e Sindimov-MG,
a mostra é parte integrante das atividades da IV Bienal Brasileira de Design.
A exposição foi estruturada a partir de pesquisa
sobre quantos assentos são utilizados por dia, em média, por um cidadão
brasileiro, da hora em que sai de casa até a hora em que vai dormir. “A cadeira
é um clássico do design e a mostra vai evidenciar a importância da relação do
design com o mobiliário no cotidiano da sociedade”, explica o curador da
mostra, Sérgio Lourenço.
“Durante toda a vida, fazemos uma espécie de
‘dança das cadeiras’, começamos em cadeiras de balanço para bebês, passamos
para cadeiras mais altas, carteiras escolares, cadeiras de escritório e
poltronas confortáveis, até voltarmos para as cadeiras de balanço.” (Introdução
– Como criar uma cadeira – Gutenberg).
A proposta é fomentar a discussão a respeito do
design e do mobiliário, enfatizando a importância do setor no convívio social,
aliado a aspectos históricos e culturais. “A temática evidenciará a pluralidade
e diversidade brasileira, alinhada às propostas da IV Bienal de provocar o
interesse pelo design e ampliar o conhecimento do público”, avalia Lourenço.
A Mostra 1 Pessoa 10 Cadeiras expõe a necessidade
de se criar móveis que agreguem valores de uso a peças de design. Essa
preocupação da indústria moveleira aborda aspectos que vão além da vertente
estética do design. “O design está entre as estratégias de competitividade das
empresas, gerando valor agregado e oportunidades de exportação”, diz Lourenço.
A mostra também evidencia a busca por móveis de qualidade, mas com
funcionalidade e praticidade, com produtos que não sejam apenas ornamentais,
com estética agradável. “É dentro deste contexto que o Sistema Fiemg busca
incentivar e estreitar relações entre indústria e design” reforça.
Segundo o presidente do Sindimov-MG, Carlos
Alberto Homem, a mostra 1 Pessoa 10 Cadeiras, além de proporcionar ao público a
oportunidade de conhecer um pouco da história do setor, vai expor uma coletânea
de assentos do cotidiano e o que de melhor se produz atualmente. “O público
poderá também desenhar e sonhar com a mobília do futuro na sala interativa”,
diz. O sindicato também vai lançar o Caderno do Mobiliário.
Durante a Mostra serão realizadas mesas redondas
debatendo sobre os temas cultura do mobiliário, ergonomia e design no
mobiliário, mobiliário essencial, horizontes do design e do mobiliário, acompanhadas
de mostras temáticas e workshops.
Descritivo da Mostra:
Espaço 1 – Linha do Tempo – Assentos no Brasil e
no Mundo – Assentos de diferentes épocas retratando períodos importantes da
história.
Espaço 2 – 1 Pessoa, 10 Cadeiras – Assentos
diversos de uso cotidiano, onde o público pode circular e interagir com as
peças expostas.
Espaço 3 – Empresas – Mobiliário de empresas e
indústrias brasileiras que investem em inovação.
Espaço 4 – Sala Interativa – Proposta de interação
com o público e discussão sobre o futuro do mobiliário.
Espaço 5 – Auditório – Espaço para palestras e
workshops.
Espaço 6 – Caderno de Mobiliário – Exposição do
processo de pesquisa e o resultado do projeto desenvolvido em 2012 para a
publicação Caderno de Mobiliário, promovido pelo Senai. O lançamento oficial da
publicação será feito durante a Bienal. Para a pesquisa foram utilizadas
técnicas de pesquisa etnográfica, aplicadas em visita a 100 casas, em 10
estados brasileiros. Um extenso e importante banco de fotografias estará
exposto, retratando a realidade das casas no Brasil. Com base nessa pesquisa,
foram desenvolvidos projetos de mobiliários para empresas nacionais
(Itatiaia/MG e Colibri/PR) que também estarão expostos espaço.
Espaço 7 - Corque Design – Exposição da empresa
portuguesa Corque, que produz mobiliário de cortiça.
Espaço 8 - Mobiliário Essencial – Peças de
mobiliário sustentável.
Espaço 9 – Novos Designers – Peças de novos
profissionais de design.
Espaço 10 – De Madeira a Cadeira – Apresentação do
processo de produção desde a extração da madeira até a finalização do móvel.
Desde uma pequena colher de chá até uma aeronave
de última geração, o design está presente e é o grande responsável por dar
identidade e caracterização aos objetos produzidos pelo homem. No Brasil, o
design, uma atividade cujos limites de atuação são quase irrestritos, começa a
se profissionalizar e assumir suas próprias características.
Com o tema “Diversidade Brasileira”, a IV Bienal
Brasileira de Design, que acontece pela primeira vez em Belo Horizonte,
coloca em evidência até 31 de outubro, o design produzido em
Minas e do país. Além disso, estimulará o debate sobre a geração de ideias e
conhecimento, a inserção do design na indústria e a profissionalização da
profissão.
Para o reitor da Universidade do Estado de Minas
Gerais (UEMG) e coordenador geral local da IV Bienal Brasileira de Design,
Dijon Moraes Júnior, o estímulo é muito bem-vindo. Segundo ele, o tema começou
a ganhar força e a se profissionalizar no Brasil há cerca de 15 anos e, hoje, o
país já é um “fenômeno” no assunto. “Perdemos apenas para a China e os Estados
Unidos no número de cursos de design: hoje, são 530 cursos em todo o país. Isso
quer dizer que o tema está ganhando cada vez mais importância e que a procura
está aumentando”, ele afirma.
Segundo o reitor da UEMG, o design é também um
grande aliado do desenvolvimento econômico, por seu potencial de agregar valor
a produtos locais. Neste aspecto, ele diz esperar que a IV Bienal Brasileira de
Design, que terá mostras em diversos pontos da capital mineira, seja uma
oportunidade de conscientizar os empreendedores sobre a importância deste
ofício. “O design é uma atividade que possibilita o alto empreendimento e gera
amplas possibilidades. Queremos aproximar o designer do produtor industrial”,
explica.
Doutor em Pesquisa em Design pela Universidade
Politécnico de Milão, autor de vários livros, contemplado três vezes com o
prêmio Museu da Casa Brasileira e premiado também no exterior, Dijon Moraes
concedeu com exclusividade a seguinte entrevista para a Agência Minas:
Esta é a quarta bienal brasileira de design. Como
se deu a escolha de Minas para esta edição?
É a primeira vez que a bienal ocorre em Minas
Gerais. A primeira bienal de design, em 2006, aconteceu em São Paulo. A
segunda, em 2008, em Brasília, e a terceira, em 2010, em Curitiba. Há dois
anos, portanto, o Estado de Minas Gerais se candidatou para realizar a edição
de 2012 do evento e venceu. Acredito que isso tenha ocorrido por Minas ser a
terceira maior economia do Brasil, uma região estratégica, com espaços
adequados e apoio em massa do governo e dos parceiros envolvidos.
O tema deste ano da Bienal é “Diversidade
Brasileira”. Por que esta escolha?
Confesso que fiquei muito feliz com este tema. Sempre
houve uma grande busca pela identidade do design brasileiro. Depois de muitas
reflexões e amadurecimento, chegou-se à conclusão de que a riqueza do design do
nosso país não estava em uma única identidade, mas em sua diversidade. A
diversidade brasileira é uma marca do nosso design, da nossa identidade em
diversos segmentos da indústria e da produção. E isto é um fator positivo, que
enaltece a produção de design no país.
Desta diversidade, quais matizes você destaca como
sendo particularidades do design brasileiro?
O design brasileiro, ao contrário do que vemos em
alguns países mais tradicionais, não tem nenhuma tradição do passado. Ele é um
design livre para o futuro, para se inventar. Em algumas culturas, o design é
muito rígido em termos de estética, de forma. Mas no Brasil, temos a leveza, a
suavidade, que é encontrada em obras como as curvas de Niemeyer por exemplo.
Temos uma abundância de cores e volumes e exploramos isso sem culpa. É um
design colorido, despojado, que tem alegria, frescor e suavidade,
características que você encontra em qualquer lugar do Brasil. Na IV Bienal, é
possível identificar esta particularidade em mostras que vão desde automóveis a
jóias e acessórios. E cada uma dessas peças tem esta brasilidade, que é a nossa
riqueza e nosso diferencial hoje no mercado global.
De onde veio a inspiração para a principal mostra
da Bienal, intitulada “Da Mão à Máquina”?
Esta mostra foi concebida pela curadora da Bienal,
Maria Helena Estrada. Ela propõe mostrar que a riqueza da diversidade
brasileira vai desde o artesanato até a produção industrial, da mais alta
tecnologia. E isso diz muito sobre o Brasil, sobre as realidades distintas do
nosso país, que o design reflete e aproveita. Desta criatividade que vai do
produto mais básico ao mais sofisticado.
Como a iniciativa da Bienal estimula o fazer
artístico e a produção do design em Minas e no Brasil?
Esperamos que a Bienal deixe suas marcas em Minas.
Queremos que ela se torne um fator de estímulo para a consolidação da inserção
do design no parque produtivo mineiro. Porque tanto em Minas quanto no Brasil,
o design ainda não está consolidado; ele não é empregado de forma concisa em
todas as empresas. Algumas aplicam, outras não. Um evento deste porte, com
várias mostras e atividades, faz com que as pessoas vejam de perto, respirem
design. Vamos mostrar cases de sucesso ao empresário e ao consumidor, para que
eles vejam o tamanho do diferencial que o design agrega a um produto.
Como o senhor, como um especialista nesta área,
avalia o posicionamento do design mineiro e do brasileiro hoje, no Brasil e no
mundo?
É um tema muito recente. O design brasileiro
começou a aparecer de forma mais concreta, como uma atividade passível de
produção em série e exportação, de apenas 15 anos pra cá. Por isso, ainda
existe uma lacuna muito grande entre as escolas, os designers e as empresas.
Esta lacuna está começando a se reduzir agora e esperamos que a Bienal seja um
estímulo para reduzir estas distâncias.
A programação da Bienal dedica algumas ações
voltadas também aos próprios designers e estudantes de design. Qual a importância
da profissionalização desta atividade?
Esta é uma grande novidade. Pela primeira vez,
atividades acadêmicas aparecem como destaque na programação da Bienal. Juntamos
a universidade com o parque produtor. Teremos encontros com presença de
designers internacionais, incluindo um grande fórum no Auditório da Escola
Guignard com palestrantes de oito países. Isso é importante, pois aproxima o
designer das empresas, democratiza o assunto e contribui para a qualidade do
trabalho. O design é transversal, passa por diversas áreas do conhecimento, e
por isso exige muito estudo e preparo.