quarta-feira, 3 de julho de 2013

Ciência sem Fronteiras: portal divulga vagas de emprego em 35 empresas

Em um ambiente virtual criado para integrar interessados no Programa Ciência sem Fronteiras, 35 empresas oferecem cerca de 60 oportunidades de trabalho a bolsistas e ex-bolsistas do programa. O Portal Estágios e Emprego é uma das estratégias para garantir vagas de trabalho no país aos bolsistas que adquiriram experiência em renomadas instituições do exterior.

Acesse o conteúdo do portal

“Se quisermos ser competidores globais temos que incentivar essa demanda natural. Não queremos ver essas pessoas trabalhado fora do Brasil”, disse o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, em recente edição do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

No portal, o candidato seleciona as áreas de interesse para definir as sugestões automáticas de vagas. O Ciência sem Fronteiras é um programa governamental que oferece bolsas de estudo no exterior. Criado em 2011, tem a meta de qualificar 101 mil estudantes e pesquisadores brasileiros até 2015.

O objetivo do programa é promover a mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores e incentivar a visita de jovens pesquisadores qualificados e professores experientes ao Brasil. As áreas prioritárias são: ciências exatas (matemática e química), engenharias, tecnologias e da saúde. O Ciência sem Fronteiras mantém parcerias em 35 países.


Fonte Agência Brasil


Pesquisa e inovação: nova tecnologia brasileira cria fibra de carbono mais barata

Fabricar fibra de carbono mais barata e tão resistente quanto às comercializadas no mercado internacional. Este é o resultado da pesquisa realizada pelo Exército Brasileiro, em parceria com a Petrobras, que usa o piche de petróleo para a criação do material. Muito empregada na indústria da aeronáutica e automobilística a fibra de carbono diminui o peso dos materiais sem perder a resistência.

A fibra de carbono de piche é produzida comercialmente no Japão e nos Estados Unidos, porém com piche de alcatrão ou sintético (substâncias químicas puras), e com o preço de comercialização variando entre US$ 50 e US$ 1 mil o quilo. O alto custo faz com que o material, que substitui sobretudo o aço e alumínio, seja mais usado em carros de Fórmula-1, veículos de luxo, em aviões e foguetes.

O alto custo faz com que a fibra de carbono, que substitui sobretudo o aço e alumínio, seja mais usado em carros de corrida,
veículos de luxo, em aviões e foguetes (Foto Divulgação)

De acordo com o gerente do Projeto Carbono do Núcleo de Competência para o Desenvolvimento de Tecnologia de Carbono (NCDTC) do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), major Alexandre Taschetto, a vantagem da invenção brasileira é que os derivados do petróleo ou “fundo do barril de petróleo” não têm mercado significativo, o que ajuda a baratear a fibra de carbono brasileira e viabilizar o uso em larga escala.

“Avaliamos que a fibra de carbono de piche de petróleo brasileira pode custar entre US$ 10 a US$ 15 por quilo. A indústria automobilística avalia que se o custo da fibra estiver abaixo de US$15 por quilo já compensa substituir o aço por fibra em maiores quantidades”, explicou o major ao salientar que carros com peças de fibra de carbono têm mais eficiência energética e emitem menos poluentes que os carros com peças de aço.

Taschetto explicou ainda que, para o Exército, a nova tecnologia também é muito útil na fabricação de materiais mais leves para os soldados, “desde equipamentos individuais como capacete, armamento leve, como pistola e fuzil, até armamento pesado, como metralhadora, morteiro, além de peças para viaturas mais leves”.

A produção em escala industrial do material ainda está em estudo na Petrobras. O produto produzido em escala semi-industrial será apresentado no Congresso Mundial de Pesquisadores da Área de Carbono – Carbon 2013, de 15 a 19 de julho, no Rio de Janeiro, e pela primeira vez na América do Sul. As fibras de carbono estão presentes em vários produtos como nas bicicletas, nos celulares e laptops.

Fonte Agência Brasil



Inclusão social: estudantes e movimento negro pedem cotas na USP e desaprovam bônus

Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e membros do movimento negro protestaram nesta terça (2/7/2013) em favor da adoção de cotas nas vagas da universidade para pretos, pardos e indígenas. O grupo fez um ato em frente ao prédio da administração da universidade onde o Conselho Universitário (CO) decidiu aprovar a implementação de novas medidas de inclusão social no vestibular da instituição.

“Mais uma vez a USP demonstra que não quer discutir cotas. Todos os projetos que eles dizem ser para incluir a população pobre e preta não é cotas. A gente exige cotas, que é reserva de vagas. Ou seja, garantia de que vai ter população pobre e preta aqui dentro”, destacou Valéria Couto da Silva, estudante e membro do Núcleo de Consciência Negra da USP.


O Conselho Universitário (CO) da USP aprovou na terça a meta, para ser atingida até 2018, de que 50% das vagas de seus cursos, em cada turno, sejam preenchidas por alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Dos 50% oriundos de escolas estaduais, o percentual de pretos, pardos e indígenas deverá atingir o percentual verificado pelo último censo demográfico do IBGE. As medidas valem para o próximo vestibular. Até agora, o grupo não tinha bônus para o ingresso na universidade.

“A proposta para a gente é uma falsa inclusão. Esse processo não inclui nem a população pobre nem a população negra, isso só prejudica o debate. Não só os estudantes da USP, mas todo o movimento negro, que está apoiando essa manifestação, defendemos a cota racial”, destacou Cipriano Filho, da Uniafro Brasil.

Sobre os novos bônus, o conselho criou um bônus que pode elevar a nota em até 5% – a depender do resultado obtido na prova – dos vestibulandos que se declararem pretos, pardos ou indígenas e tenham cursado integralmente o ensino básico em escolas públicas, e aumentou de 8% para 12% a bonificação na nota dos alunos que tenham cursado o ensino médio em escola pública; elevou de 8% para 15% a bonificação dos candidatos que fizeram o ensino fundamental e integralmente o ensino médio na rede pública. Também aumentou de 15% para 20% o bônus para o aluno que cursou integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas.

Assim, o aluno preto, pardo e indígena que tiver cursado integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas pode chegar a ter até 25% de sua nota do vestibular aumentada pelos bônus recebidos, a depender do seu desempenho na prova.

“O núcleo de consciência negra pauta essa questão há mais de 20 anos dentro da universidade e nunca a universidade tinha sequer citado a palavra raça ou negro em algum documento interno relacionado a seleção de estudantes. Por esse aspecto, pela primeira vez, a USP admite que exite uma dívida histórica com o povo negro e por isso a existência desses tímidos 5%”, disse o representante dos estudantes de pós-graduação no Conselho Universitário, Leandro Salvático.

Em contrapartida a proposta da USP, o movimento negro propôs um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que prevê cotas para as vagas da universidade: 25% para população que se declara negra, parda e indígena; 20% para oriundos da escola pública; e 5% para pessoas com alguma deficiência.

Fonte Agência Brasil



Inclusão social: USP adota meta, para 2018, de 50% dos alunos serem egressos de escola pública

O Conselho Universitário (CO) da Universidade de São Paulo (USP) aprovou nesta terça (2/7/2013) a seguinte meta, para ser atingida até 2018: 50% das vagas de seus cursos, em cada turno, sejam preenchidas por alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.

Para atingir a meta, a USP vai implementar o Plano Institucional da Universidade
que traz novas ações de inclusão social (Foto Wilson Dias/ABr)

Dos 50% oriundos de escolas estaduais, o percentual de pretos, pardos e indígenas deverá atingir o percentual verificado pelo último censo do IBGE. As medidas valem para o próximo vestibular. Até agora, o grupo não tinha bônus para o ingresso na universidade.

“A aprovação do projeto de inclusão da USP é um marco no sentido que a universidade aceita metas de 50% de inclusão para algumas categorias até 2018. E os meios que são colocados para se chegar a estas metas serão anualmente calibrados”, disse o reitor da USP, João Grandino Rodas. “De maneira nenhuma a universidade ficará pior ou menos boa do que ela é, pelo fato de entrarem essas pessoas”, completou o reitor.

Para atingir a meta, o Conselho Universitário aprovou o Plano Institucional da Universidade que traz novas ações de inclusão social na USP. O plano será implantado no vestibular deste ano. Ele inclui quatro medidas: o aumento e a criação de bônus do Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), a criação do Programa de Preparação para o Vestibular da USP, o aperfeiçoamento do Programa Embaixadores USP e a ampliação dos locais de prova do vestibular.

Sobre os novos bônus, o conselho aumentou de 8% para 12% a bonificação na nota dos alunos que tenham cursado o ensino médio em escola pública; elevou de 8% para 15% a bonificação dos candidatos que fizeram o ensino fundamental e integralmente o ensino médio na rede pública. Também aumentou de 15% para 20% o bônus para o aluno que cursou integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas.

Assim, o aluno preto, pardo e indígena que tiver cursado integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas pode chegar a ter até 25% de sua nota do vestibular aumentada pelos bônus recebidos, a depender do seu desempenho na prova.

“O aproveitamento dessas pessoas é importante porque o diferencial que se procura se fazer no Estado de São Paulo e na USP, em particular, é que essas pessoas também façam a sua parte. Ou seja, que seja uma inclusão com mérito. Pode ser um mérito menor que dos outros”, disse Rodas. “Não podemos prescindir absolutamente do mérito, porque senão nós estaremos realmente entregando a essas pessoas que entram nada mais do que aquela porta giratória, entra pela porta e sai por ela porque não tem condição de acompanhar”, destacou.


Fonte Agência Brasil


terça-feira, 2 de julho de 2013

Brasil no WorldSkills: 41 jovens buscam o primeiro lugar na maior competição mundial de excelência profissional

A Alemanha recebe em Leipzig 41 jovens estudantes brasileiros do Senai e do Senac, para a maior disputa internacional de formação profissional e tecnológica. O Brasil está representado pela maior delegação desde a estreia do país no WorldSkills Competition, em 1983. São 37 estudantes do Senai e quatro do Senac, que buscam a partir de hoje (2/7/2013) medalhas de ouro, prata e bronze em 37 ocupações.

O objetivo da deleção brasileira é levar o país ao lugar mais alto do pódio na Alemanha (Foto Divulgação) 

O evento, que é realizado a cada dois anos ímpares, está em sua 42ª edição. Participam equipes de 53 países, com cerca de mil jovens de até 22 anos em provas que simulam tarefas do dia a dia em 46 profissões de áreas da indústria e do setor de serviços. Nelas, os competidores terão de apresentar criatividade e habilidades técnicas, individuais e coletivas dentro de padrões internacionais de qualidade.

Promovido pelo WorldSkills International, a competição avalia competências profissionais e pessoais, destacando a melhoria dos padrões de qualidade da Educação profissional no mundo. Os países interessados em participar desse tipo de avaliação devem se associar ao WorldSkills e organizar competições internas para selecionar candidatos para a etapa internacional.

O Brasil é um dos atuais 67 membros da organização. Para definir a delegação nacional, o Senai realiza edições estaduais e nacional da Olimpíada do Conhecimento, a cada dois anos pares. Os vencedores do embate nacional são submetidos ainda a provas de seleção, nas quais devem atingir os índices técnicos internacionais para conquistar uma vaga no mundial.

As provas deverão se encerrar na próxima sexta (5/7/2013) e os vencedores serão conhecidos no domingo (7/7/2013). O lema da competição - meet.greet.celebrate [encontrar, saudar, celebrar] - faz referência ao adotado em 2006 na Copa do Mundo da Alemanha – Tempo de fazer amigos. Essa é a primeira vez que a Alemanha é a sede de um torneio de ensino técnico em 40 anos.


Brasil rumo ao primeiro lugar
Os 41 competidores brasileiros no WorldSkills Competition 2013 têm uma missão ousada: chegar ao lugar mais alto do pódio. Depois de registrar duas segundas colocações e uma terceira nos últimos anos, o Brasil apostou alto para melhorar seu resultado.

Em 1983, o Brasil ficou em 16º lugar, entre 18 países, ao somar 469 pontos. Já em 2011, na última edição, em Londres, ficou em segundo lugar, com 523,08 pontos, entre 58 nações.

Apesar do histórico crescente, o desafio da primeira colocação não será facilmente alcançado. Para chegar aos 531 pontos, o Brasil terá de conquistar 12 medalhas de ouro, 9 de prata, 3 de bronze e 11 Diplomas de Excelência. Ou seja, 35 dos 41 competidores precisam demonstrar, pelo menos, padrões internacionais de performances.


Nas 15 edições em que já competiu, o Brasil teve 197 participantes que obtiveram 132 premiações entre medalhas de ouro, prata, bronze e diplomas. Nesse período, o Brasil saiu da 16ª colocação para a 2ª.

Fonte Portal da Indústria


Frase de sempre

“A verdade é que a gente não faz filhos.
Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.”
Luís Fernando Veríssimo


quinta-feira, 27 de junho de 2013

Plano Nacional de Educação: Renan confirma a líderes estudantis votação do PNE na semana que vem

Depois de quase uma hora reunido com 14 representantes da manifestação que reuniu milhares de estudantes em frente ao Congresso Nacional, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou hoje (27/6/2013) que a discussão sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) está na pauta de votação da Casa da semana que vem e a tramitação do projeto vai ser agilizada. 

Ontem (26/6/2013), o senador divulgou calendário de votação acordado entre os líderes para que o texto fosse votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta (3/7/2013) que vem e seguisse para o plenário da Casa.

Virginia Barros, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), disse que no dia da votação os estudantes vão voltar ao gramado do Congresso. “Na quarta vamos ocupar novamente o Congresso para garantir que o PNE seja aprovado”, disse ela. “O Congresso esta há dois anos e meio debatendo o PNE e sabemos que quando existe vontade política os prazos podem ser mais rápidos”, completou.

Uma das principais reivindicações do movimento liderado pela UNE é garantir que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) seja destinado à Educação, conforme previsto no projeto aprovado pela Câmara dos Deputados. Para cumprir essa meta, os manifestantes defendem que 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal sejam destinados à Educação pública.

Para a presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Manuela Braga, os senadores precisam ter sensibilidade para analisar a proposta. “Está muito claro que para desenvolver o Brasil a gente precisa investir em um setor estratégico e o principal é Educação. Precisamos formar mão de obra qualificada, melhorar o nível de aprendizagem, a qualidade e a estrutura das escolas”, disse ela.

Manuela lembrou também que o movimento estudantil critica o fato de dois setores estratégicos para o país – saúde e educação – não poderem disputar a mesma fonte de recursos, como foi proposto no rateio dos recursos que passaria a ser 75% para educação e 25% para saúde.




sexta-feira, 21 de junho de 2013

Gênero na escola: O desafio de cuidar da Educação dos meninos

Por Patrícia Gomes*

“Menino nessa idade é assim mesmo”, diz uma professora para justificar o comportamento agitado de um aluno de 10 anos. Frases como essa, que são muito comuns em escolas de qualquer perfil socioeconômico e em qualquer região do país, podem retratar um problema muito mais estrutural do que parece à primeira vista. A opinião é da professora de Educação da USP Marília Pinto de Carvalho, autora de vários livros sobre relações de gênero na escola e que esteve nesta terça (18/6/2013) em evento do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária) para discutir o impacto de gênero e raça na Educação. “Precisamos olhar com mais cuidado para a Educação dos meninos. Temos que entender o que está acontecendo”, alerta ela.

(Foto finecki/Fotolia.com)
Motivos para isso não faltam. De acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio) de 2011, a mais recente disponível, o analfabetismo entre pessoas do sexo masculino com mais de 10 anos está em 8,1%, enquanto entre as mulheres está em 7,9%. Mulheres também passam mais tempo na escola em todas as faixas etárias, sobretudo no grupo entre os 20 e 24 anos. Enquanto elas passam, em média, 7,3 anos na escola, eles passam 7,1. “Pegue um indicador educacional, qualquer um. Distorção idade-série, abandono escolar, repetência. Em todos os meninos vão pior que as meninas. Há muitos anos!”, afirma a educadora.

Mesmo com todos os indícios de que há algo de errado na Educação dos meninos, afirma Carvalho, os estudos de gênero normalmente se dedicam a entender o gap das mulheres e de sua ocupação no mercado de trabalho. “Essa é uma discussão ainda muito presente, apesar de os dados mostrarem que as mulheres são mais beneficiadas com programas de acesso e que, desde a década de 1960, vêm crescentemente ocupando seu lugar na Educação”, diz a professora.

Normalmente, cita Carvalho, há duas explicações para o desempenho pior dos meninos: primeiro, esses índices negativos são atribuídos aos garotos porque eles vão trabalhar mais cedo; segundo, porque “os meninos são muito agitados mesmo”. “De cada 10 meninos de 10 a 14 anos, 5 estão defasados, mas só um trabalha. Então isso não explica tudo. Depois, dizer que os meninos são indisciplinados por natureza nos deixaria numa situação total de impotência”, afirma a professora, que defende que as razões que podem ajudar a compreender essa situação são multifacetas e socialmente construídas.

Para ela, existe uma pressão social para que os meninos se comportem de uma maneira que pode influir negativamente no aprendizado. Eles precisam ser livres, ocupar espaços e, nesse sentido, a escola seria um espaço de restrição. Por outro lado, as meninas, que ficam mais em casa – ou porque precisam ajudar as tarefas domésticas ou porque “lugar de menina é em casa” –, veem a escola como um lugar de lazer, encontrar os amigos, exprimir sua criatividade, competir com os meninos. “Não é de se estranhar que as meninas se sintam menos presas na escola”, afirma a pesquisadora.

Para fazer com que essa lógica perversa para os meninos se reverta, afirma Carvalho, é importante começar pela sala de aula. “As professoras [de ensino infantil e fundamental 1] precisam também refletir como elas se veem como mulheres, de forma a não reforçar estereótipos que a sociedade repete”, diz ela. Assim, professores e escolas devem ser capazes de passar o recado que meninos podem ser bons alunos e disciplinados e que meninas podem ser questionadoras. “Temos que ser flexíveis sobre os padrões que nos impõem. Muitas vezes, não é nem uma questão de incentivar atitudes em meninos ou meninas, mas sim apenas não tolhê-las.”


*Fonte Porvir


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Tecnologia em saúde bucal: Rio Claro ganha nesta sexta laboratório de ensaios em implantes

Criado para apoiar a competitividade do segmento, o Laboratório de Ensaios em Implantes no Senai de Rio Claro, em São Paulo, vai promover ensaios físicos e químicos para as indústrias da região. Desde 2008, Rio Claro – município a 180 quilômetros da capital paulista – se projeta como polo de fabricação e desenvolvimento de implantes e instrumentais cirúrgicos para os setores de ortopedia, neurologia e bucomaxilofacial.

O laboratório, que será inaugurado amanhã (21/6/2013), às 15h, prestará serviços que darão maior confiabilidade aos implantes, mais valor agregado ao produto e melhoria da qualidade de vida dos usuários. A unidade também vai contribuir para o desenvolvimento de novos materiais, auxiliando o setor a fabricar produtos mais competitivos.

Os principais serviços que serão prestados são:
  • Ensaios laboratoriais, físicos e químicos em matérias-primas utilizadas na fabricação de implantes, conforme a legislação vigente;
  • Ensaios laboratoriais, ensaios físicos, químicos e mecânicos em implantes finalizados, conforme a legislação vigente;
  • Suporte à tecnologia necessária para a competição das empresas nos mercados interno e externo;
  • Desenvolvimento de novos materiais.


Educação básica: MEC vai elaborar base curricular comum para as escolas

O Ministério da Educação (MEC) vai elaborar uma base comum para o conteúdo ensinado nas escolas, disse hoje (19/6/2013) o secretário de Educação básica, Romeu Caputo, em audiência na Câmara dos Deputados.

Caputo baseou-se no Plano Nacional de Educação (PNE, PL 8.035/10) – aprovado na Câmara no ano passado –, que está em discussão no Senado. O PNE tem como estratégia o estabelecimento de direitos e objetivos de aprendizagem para a Educação básica, que inclui os ensinos fundamental e médio.

Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, Lei 9.394/96) também estabelece que o governo federal, em conjunto com o Conselho Nacional de Educação, defina uma base nacional curricular.

O secretário disse que o portal do MEC apresenta diretrizes gerais, mas que a pasta quer ir além e informar aos estudantes, independente da região que estejam, qual o direito de aprendizagem.

Pelo texto do PNE, pelo menos 70% dos alunos dos ensinos fundamental e médio devem alcançar, até o quinto ano de vigência do plano, nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem de seu ano de estudo e 50%, pelo menos, o nível desejável.

Sobre a Educação infantil, o secretário reconheceu que as taxas de atendimento por creche são muito baixas. Caputo destacou que 76% das crianças até três anos estão fora da creche. A meta do governo é construir 6 mil unidades até 2014. Segundo a presidenta Dilma Rousseff, o governo deve entregar 8.685 creches até 2014, superando a meta estabelecida de 6 mil.





terça-feira, 18 de junho de 2013

Cursos técnicos: Rio Grande do Sul abre inscrições para o 2º semestre

Estão abertas as inscrições para 781 vagas distribuídas por cursos técnicos pagos do Senai do Rio Grande do Sul, que serão ministrados a partir do próximo semestre.

Com oportunidades nas áreas de informática, mecânica, eletroeletrônica, automação industrial, mecatrônica, entre outras, os cursos do Senai-RS têm a preferência de 93,7% das indústrias na hora de contratar, conforme pesquisa divulgada este ano.

A mesma pesquisa mostrou que um ano após um ano após terminarem seus cursos técnicos 89,21% dos alunos do Senai-RS estão no mercado de trabalho, conforme levantamento feito pela instituição entre 1,5 mil concluintes e egressos de 2010, entre 2011 e 2012.

Conheça as cidades e os cursos oferecidos

Porto Alegre
Informática, Refrigeração e Climatização, Eletroeletrônica e Mecânica: 51 3326-4500 − visconde@senairs.org.br
Manutenção Automotiva: 51 3367-4887 − automotivo@senairs.org.br

São Leopoldo
Mecânica, Automação Industrial e Segurança do Trabalho: 51 3579-5900 − cetemp@senairs.org.br

Gravataí
Eletrônica, Mecânica e Mecatrônica: 51 3484-8600 − damasceno@senairs.org.br

Bento Gonçalves
Mecânica: (51) 3451-4166 − cetemo@italnet.com.br

Caxias do Sul
Mecatrônica: 54 3212-2233 − mecatrônica@senairs.org.br
Manutenção Automotiva: 51 3212-2233 − autotrônica@senairs.org.br
Eletrônica: 54 3228-4388 − nilo.pecanha@senairs.org.br
Mecânica: (54) 3224-1566 − jose.gazola@senairs.org.br

Santa Cruz do Sul
Mecatrônica: 51 3711-2472



Cursos profissionalizantes: Senai-DF tem vagas em Taguatinga

O Senai do Distrito Federal está com as inscrições abertas, em sua unidade de Taguatinga, para os seguintes cursos pagos:



Mais informações via senai.taguatinga@sistemafibra.org.br ou 61 3353-8715/8716/8718


Pesquisa e inovação: Núcleo de Estudos da Violência e mais 16 novos centros de pesquisa em São Paulo vão receber R$ 1,4 bi em investimentos

Dezessete novos centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) foram criados no início deste mês (7/6/2013) em cinco municípios paulistas. Os projetos, que já funcionavam como grupos de pesquisa em universidades do estado, foram selecionados por meio de chamada pública e vão receber, nos próximos 11 anos, investimentos que somam R$ 1,4 bilhão. Estudos sobre doenças degenerativas, possibilidade de cura para o diabetes e pesquisa sobre células-tronco são exemplos dos temas selecionados.

"[Esse projeto] exige dos pesquisadores uma atividade de pesquisa competitiva mundialmente, exige que essas atividades estejam conectadas com aplicações na indústria e empresas ou no governo e que esses pesquisadores trabalhem com a ideia de difundir a ciência na sociedade", explicou Carlos Brito Cruz, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do estado (Fapesp).

Durante o lançamento dos novos centros, o governador Geraldo Alckmin destacou que a pesquisa acadêmica pode ter um foco a curto prazo para questões emergentes e precisa projetar questões a longo prazo, por isso, um financiamento por 11 anos. "Esses dois focos se complementam. Precisamos prospectar, sobretudo porque vivemos em um mundo com constantes mudanças", declarou.

Além da capital, foram selecionados projetos em Campinas, São Carlos, Ribeirão Preto e Araraquara. A ação envolve 499 pesquisadores do estado e 68 de outros países. Os 17 novos Cepids foram escolhidos a partir de 90 propostas encaminhadas ao comitê avaliador, que mobilizou 150 revisores brasileiros e um comitê internacional composto por 11 cientistas convidados. Entre os critérios analisados, estavam mérito científico, originalidade, competitividade e qualificação da equipe.

O projeto Cepid teve início no ano 2000, quando 11 centros de pesquisa foram formados. Eles funcionaram de 2001 a 2013. Alguns desses grupos apresentaram novos projetos nesta nova chamada e tiveram os investimentos renovados por mais 11 anos. O Núcleo de Estudos da Violência (NEV), da Universidade de São Paulo (USP), é um desses centros que serão ampliados na próxima década.

O professor Sérgio Adorno, coordenador do NEV, explica que na primeira etapa do projeto foram desenvolvidos estudos com o propósito de avaliar o perfil da violência no estado. Entre as questões analisadas estavam a impunidade e as representações dos cidadãos sobre justiça e acesso a direitos.

"Tínhamos o objetivo de entender porque a democracia, apesar dos seus avanços, não logrou restituir a tranquilidade e a segurança aos brasileiros e também aqui no estado", destacou. Uma das razões observadas no estudo "é a desconfiança que o cidadão tem na aplicação das leis e nas instituições encarregadas de aplicá-las", disse Adorno.
Foi essa percepção que apontou o caminho a ser adotado no estudo que inicia agora. "Vamos fazer um mapeamento rigoroso para entender como se dá a relação cotidiana dos cidadãos com as instituições encarregadas de aplicar as leis e promover o bem-estar social. Também vamos analisar como as instituições respondem à demanda dos cidadãos", explicou.

Adorno acredita que a pesquisa poderá colaborar para a formulação de políticas na área de segurança pública. "Podemos contribuir para a melhoria dos recursos humanos desses serviços. Detectar quais são as zonas de atrito e que tipo de políticas podem ser adotadas e que conflitos podem ser resolvidos de maneira pacífica", destacou.

O trabalho do NEV receberá R$ 3 milhões por ano e contará com 40 pesquisadores. Uma parte da pesquisa será feita de forma colaborativa com pesquisadores de outros países, como Equador, Colômbia, México, Estados Unidos, África do Sul e Índia. "Vamos comparar problemas semelhantes e observar como esses problemas são enfrentados em cada país", declarou.


Fonte Agência Brasil


Pesquisa e inovação: especialistas criam Rede Brasileira de Astrobiologia

Com o objetivo de integrar a comunidade científica e partilhar os trabalhos, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da Universidade de São Paulo (NAP–Astrobio-USP) e do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) criaram a Rede Brasileira de Astrobiologia (RBA). Para viabilizar o sistema de troca de informações, instituições de diversos estados contribuíram na criação da RBA.

“A ideia da rede é criar um sistema, em princípio, virtual para aumentar a integração de pesquisadores e educadores na área de astrobiologia no Brasil. Como essa é uma área relativamente recente no país, tanto em pesquisa quanto em educação, as pessoas ainda não se conhecem muito bem e falta informação de quem faz o que e sobre qual assunto", explicou Douglas Galante, pesquisador do LNLS, em Campinas, também pesquisador associado da USP e um dos fundadores da rede.

Por astrobiologia, disse Galante, entende-se uma área multidisciplinar. “Astrobiologia é uma área de pesquisa relativamente recente no país e no mundo. A ideia dessa área é entender o fenômeno da vida no universo: quais os processos que levaram à origem da vida no nosso planeta, como ela se desenvolveu e evoluiu no planeta ao longo do tempo, como esse desenvolvimento foi alterado, como a biologia está relacionada a fenômenos astronômicos e astrofísicos e como a vida se distribuiu no nosso planeta, entre outros”.

Para incluir o trabalho de pesquisa na rede basta entrar no site, na seção chamada Associe-se. Não há cobrança de taxa de inscrição ou de mensalidade. No entanto, é necessário comprovar que o trabalho realmente exista. O pedido de associação de qualquer membro ou trabalho será avaliado pela Comissão de Implantação, que poderá ou não aceitar o pedido.

“Na seção Associe-se será preenchido um formulário no qual se informa, além dos dados básicos [do pesquisador], os dados do trabalho que está sendo desenvolvido nessa área. As informações são enviadas para a coordenação da rede, da qual faço parte, e serão analisadas. Uma vez que, de fato, elas sejam comprovadas, o cadastro será incluído e ficará disponível online”, explicou Galante, em entrevista à Agência Brasil. Segundo ele, qualquer pessoa poderá consultar o banco de dados.




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