sexta-feira, 12 de julho de 2013

Economia e cultura: a Educação pela arte

Por Thomaz Wood Jr.

Aprender é mais do que absorver conhecimentos, é ser capaz de pensar criticamente sobre o mundo ao redor

Liberal Arts é um filme norte-americano de produção independente, escrito, dirigido e estrelado por Josh Radnor. Conta a história de Jesse, um amante de livros desencantado com sua vida pessoal e entediado com seu trabalho. No início do filme, Jesse é convidado a visitar a faculdade onde estudou, uma escola de artes e humanidades, para homenagear um antigo mestre que está se aposentando.


A visita desdobra-se em uma relação epistolar com uma estudante de teatro, uma aventura com uma antiga e desiludida professora e o contato com um brilhante e depressivo estudante de literatura. A experiência tem efeito redentor sobre Jesse. Além das tramas afetivas, o filme é uma ode ao ensino de artes e ao papel da poesia, da literatura e do teatro na construção da experiência humana.

Em texto publicado no fim de maio no The New York Times, Gary Gutting, professor de filosofia da Universidade de Notre-Dame, faz eco a Liberal Arts, ao refletir sobre a experiência do aprendizado nas universidades. Gutting parte de uma perspectiva crítica: segundo ele, a Educação superior parece fundar-se na tarefa de fazer com que os pupilos absorvam um corpo complexo de conhecimentos rapidamente, somente para realizar exames e, em seguida, esquecê-los quase por completo.

O filósofo argumenta que tanto para conhecimentos básicos e corriqueiros, como ler, escrever e fazer contas, quanto para conhecimentos mais sofisticados, aqueles necessários para projetar aviões ou realizar cirurgias, o que garante o verdadeiro aprendizado é a curiosidade e a prática. Conseguimos lidar com nossas contas e exercer uma profissão especializada porque constantemente aplicamos o conhecimento necessário para realizar tais operações e atividades. O que aprendemos e não utilizamos é quase sempre esquecido.

Gutting argumenta que os cursos superiores deveriam deixar de centrar-se na transmissão de conhecimento por si e engajar os estudantes em “exercícios intelectuais”. O autor cita o exemplo de seu próprio curso, no qual explora com os estudantes obras de Platão, Calvino e Nabokov. O objetivo é simplesmente colocar os pupilos em contato com grandes textos. O que se ganha não é verniz cultural, mas o prazer de explorar caminhos intelectuais e estéticos, de ampliar a visão do mundo e da natureza humana.

Para o filósofo, a educação universitária pode ser o espaço do explorador. O ensino, para ele, não deveria ser avaliado pela quantidade de informações transmitidas e assimiladas, mas pela possibilidade de estimular uma atitude de abertura a novos conhecimentos e pela capacidade de assimilar novas ideias provocadas nos estudantes. O conhecimento que vem do uso e da prática é o produto final de uma semente plantada na escola.

Naturalmente, as sociedades necessitam de profissionais tecnicamente qualificados, capazes de preencher as vagas nas empresas e desempenhar suas tarefas. Profissões como a medicina, a administração, a engenharia e a advocacia exigem o domínio de grandes corpos de conhecimento. Entretanto, o simples domínio desse saber não torna o detentor capaz de exercer uma profissão. Empresas e outras organizações exigem cada vez mais de seus funcionários a capacidade de entender o mundo ao redor, de pensar criativamente, de criar e de agir com autonomia.

É a nossa base cultural, a permear a literatura, a música, o cinema e o teatro, que contém os elementos para desenvolver essas capacidades. São nossas viagens intelectuais pelo mundo das artes a nos permitir escapar das convenções, olhar além dos lugares-comuns, fazer conexões, pensar fora do convencional e buscar novas ideias. Quem não tem a oportunidade de mergulhar no amálgama cultural tem menores chances de desenvolver tais capacidades.

O brasileiro Paulo Freire chamava de “Educação bancária” a pedagogia para a qual os estudantes são meros depositários de conhecimentos a serem absorvidos sem análise crítica ou discussão. A Educação bancária separa claramente educador e educando: o primeiro pensa e fala, o segundo é pensado e escuta; o primeiro escolhe o conteúdo e o prescreve, o segundo sujeita-se ao conteúdo e o assimila; o primeiro é o sujeito, o segundo é objeto. Já é tempo de superá-la.




terça-feira, 9 de julho de 2013

Inovação: empresa holandesa desenvolve embalagem de leite infantil com auto-aquecimento

A companhia holandesa Aestech anunciou ter desenvolvido uma embalagem de alimentos leite para bebês com auto-aquecimento. A embalagem inclui compartimento para leite em pó, água e bico de mamadeira.

“Ao contrário das embalagens com auto-aquecimento já existentes, principalmente latas de metal com café ou chá pré-misturado, essa embalagem tem um compartimento onde o leite em pó é armazenado, enquanto o elemento que gera o aquecimento está localizado na farte inferior da câmara maior, que contém a água”, afirmou a Aestech em comunicado.

“Em outras palavras, não se trata de um produto pré-misturado, à medida que os ingredientes (vitaminas e leite em pó) são armazenados separadamente da água, mantendo-se secos até o momento do consumo, mantendo o ‘poder’ dos suplementos”, conclui a nota da companhia.


De acordo com a Aestech, a embalagem tem quatro compartimentos. O de cima, com um botão de ativação, contém a matéria seca (leite em pó e vitaminas) e é hermeticamente selado com uma folha de alumínio. O espaço entre essa câmara e o elemento que aquece é o compartimento que contém a água a ser aquecida.

O elemento de aquecimento é totalmente imerso na água para garantir um contato intensivo com o líquido e prevenir o contato direto da área quente pelo consumidor. O elemento de aquecimento é preenchido com óxido de cálcio, que reage com a água, formando hidróxido de cálcio, o que gera o aquecimento.

A água necessária para essa reação está localizada em um tubo, e se mistura com o elemento de aquecimento através do botão de ativação no topo da embalagem. Cerca de dois minutos depois, e agitando-se a embalagem, o produto alcança a temperatura ideal de 37 graus. Então o bico é acoplado à embalagem (ver esquema abaixo).



Emprego: apesar de menos vagas, economista da FGV avalia que mercado de trabalho continua aquecido

Apesar do baixo crescimento da economia nos últimos meses e da alta taxa de juros, o mercado de trabalho continua aquecido. A avaliação é do economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, da Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou nesta segunda (8/7/2013) indicador sobre emprego no país.

Ao comentar o recuo de 1,3% do Indicador Antecedente de Emprego em junho, depois de um leve aumento em maio, o economista explicou que o mercado de trabalho, puxado principalmente pelo setor de serviços, tem contratado menos, porque os postos já estão ocupados e o contingente de pessoas à procura de emprego tem sido menor. O índice busca antecipar a tendência do cenário  de trabalho nos próximos meses, com base em entrevistas com empresários da indústria e do setor de serviços, além de consumidores.

"O mercado de trabalho continua aquecido, apesar de a gente estar gerando menos vagas que antes, porque a gente gerou muito emprego, durante muito tempo, enquanto o desemprego era alto", disse. Segundo ele, manter um ritmo de contratação de 2,5 milhões de pessoas, como em 2010, é insustentável.

De acordo com o economista, o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que registrou abertura de 72 mil vagas em maio - alta de 0,18% em relaçao ao mês anterior - confirma o crescimento mais lento do mercado de trabalho, porém estável.

Para ampliar as contratações, acredita que a economia precisa ser alavancada. "Com inflação em aceleração, com previsão de aumento de juro, acho difícil", ponderou. Ele explicou que desoneração da folha de pagamento refletirá, no momento atual, em ganhos salariais, mas não em novas vagas.

Sobre a taxa de desemprego para junho, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o economista da FGV projeta uma pequena redução, para 5,7%. Nos meses anteriores, abril e maio, o indicador ficou em 5,8%.


Fonte Agência Brasil


Finep 30 dias: agência vai agilizar analises de seus projetos e elaborar ranking de inovação

O diretor de inovação da FINEP, João Alberto de Negri,  e o superintendente da Coordenação de Projetos Estratégicos, Luiz Martins, falam neste vídeo sobre o novo projeto da Agência Brasileira da Inovação, que vai reduzir de 152 para até trinta dias o tempo de análise de mérito e enquadramento das propostas de financiamento que recebe: Finep 30 dias.



Além disso, também será elaborado um rating de inovação, conjunto de critérios para classificar projetos apresentados à Finep. O novo instrumento está sendo desenvolvido em conjunto com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para reestruturar as análises realizadas pelos profissionais da Agência.

Fonte Finep


Pesquisa e inovação: programa de engenharia para pequenas indústrias pode ser inserido no Plano Inova Empresa

A inserção do Programa Nacional de Engenharia de Produtos e Prototipagem no Plano Inova Empresa, do governo federal, será analisada do ponto de vista técnico pela Agência Brasileira da Inovação (Finep), antiga Financiadora de Estudos e Projetos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

O ministro Marco Antonio Raupp recebeu nesta segunda (8/7/2013) a proposta do Sistema Firjan durante visita à entidade para divulgar para empresários o Plano Inova Empresa. Ele acrescentou que a avaliação técnica mostrará como poderão ser obtidos recursos para financiar o projeto.

“É um programa interessante”, disse Raupp. Destacou que as propostas do governo tiveram mais consonância com a realidade da demanda quando essas demandas foram trabalhadas anteriormente ao lançamento do edital. “É o caso do TI Maior [Programa Estratégico de Software e Serviços em Tecnologia da Informação], que menos recursos tem, mas é o que está sendo mais efetivo, alcançando todos os setores de atividade, em especial nesses programas de startups [modelo de empresa jovem, embrionária ou ainda em fase de constituição]. A gente queria financiar 100 e vamos ter que mudar, porque apareceram mil candidatos, inclusive de fora do país”, declarou.

O Programa Nacional de Engenharia de Produtos e Prototipagem não se limita ao Estado do Rio de Janeiro, mas terá dimensão nacional, como o próprio nome diz, ressaltou o presidente do Conselho de Ciência e Tecnologia da entidade, Fernando Sandroni. Ele envolve recursos de R$ 120 milhões para atender a mil pequenas indústrias. Cada uma dessas indústrias deverá receber R$ 120 mil para financiamento das etapas de desenvolvimento do produto, desde o projeto conceitual, passando pelo planejamento do produto, até a fase de engenharia do produto.

O objetivo final, disse Sandroni, é aumentar a competitividade da indústria brasileira. Ele esclareceu que a tecnologia da prototipagem rápida traz benefícios para o incremento do design nacional, da inovação e da competitividade do setor industrial. A prototipagem em 3D (três dimensões), por exemplo, diminui o custo do projeto do produto em cerca de 70%. Já a integração de todas as etapas do processo produtivo em softwares (programas de computador) permite às empresas reduzir em até 30% o tempo de chegada do produto ao mercado. A produtividade é ampliada em 15%.

Segundo Fernando Sandroni, o programa sugerido pela Firjan representaria 0,4% do total de recursos do Plano Inova Empresa, da ordem de R$ 32,9 bilhões para 2013/2014.

Fonte Agência Brasil


Cidadania: UnB lança escola de formação para moradores de rua

A Universidade de Brasília (UnB) acaba de lançar (3/7/2013) novo programa de extensão, a Escola de Formação Permanente para o Protagonismo do Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPSR). O objetivo é orientar catadores e moradores de rua sobre seus direitos, além de fornecer apoio a outros movimentos sociais.

A iniciativa é da pesquisadora Rose Barboza, uma das coordenadoras do projeto, em parceria com a professora Maria Lúcia Leal, do Departamento de Serviço Social (SER). O projeto visa a fortalecer a luta da população que vive nas ruas pela democratização do acesso a seus direitos tanto nas esferas governamentais como na sociedade civil.

O processo de construção dos debates é baseado no Método Paulo Freire, no qual o objetivo é que a experiência das pessoas seja utilizada como forma de conteúdo nas aulas, oficinas e nos debates. “Há também espaço para que elas possam discutir direito, políticas públicas como moradia, saúde e Educação”, explicou Rose.

Segundo a pesquisadora, a motivação do projeto em Brasília é justamente por ser um dos lugares no Brasil onde há maior desigualdade. Atualmente, o projeto auxilia 20 pessoas do MNPSR e organiza encontros quinzenais no Campus Darcy Ribeiro e na Faculdade UnB Ceilândia (FCE).

O projeto tem os seguintes parceiros: Núcleo de Estudos da Infância e da Juventude (Neij); Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares (Ceam) e do Grupo de Pesquisa sobre Tráfico de Pessoas, Violência e Exploração Sexual de Mulheres, Crianças e Adolescentes (Violes); Departamento de Serviço Social (SER), em parceria com o Movimento Nacional da População em Situação de Rua (MNPR); e Programa de Extensão Universitária da UnB (Proext), sob a coordenação da professora Maria Lúcia Leal.


Fonte Agência Brasil


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Rede Sentinela: novo blog vai reunir informações e notícias sobre vigilância sanitária

Já está no ar o Blog da Rede Sentinela. A ferramenta promove a interação entre os participantes da Rede Sentinela, o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e os colaboradores. No novo espaço virtual, que é mediado pela Anvisa, os participantes poderão trocar informações e notícias sobre o dia a dia da rede.

No espaço serão postadas informações sobre as atividades programadas e realizadas, notícias sobre regulamentação, intervenções e alertas sanitários, divulgação de artigos científicos e outras que dizem respeito ao gerenciamento de risco, vigilância sanitária pós-uso e pós comercialização de produtos e segurança do paciente.

Clique aqui e saiba tudo sobre o blog

Para seguir o blog, você deverá cadastrar seu e-mail no espaço "siga a rede", localizado no rodapé das páginas. Após essa estapa, você receberá um e-mail com uma mensagem em inglês solicitando a confirmação. Para ativar sua assinatura, basta clicar no link enviado nessa mensagem.

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Rede Sentinela

A Rede Sentinela é uma rede de parceiros que, desde 2002, subsidia o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária com a notificação de eventos adversos e queixas técnicas ligadas ao uso de produtos para a saúde, medicamentos, sangue e hemoderivados.

A rede conta com 192 hospitais que atuam sistematicamente no monitoramento e notificação de eventos adversos. São hospitais que cumprem todos os requisitos de excelência na realização de relatos de problemas para a Anvisa. Esta é uma medida fundamental para que problemas técnicos e erros de procedimentos possam ser identificados e corrigidos no dia a dia dos hospitais.

Fonte Anvisa


A Educação que funciona: escolas High Tech High, uma proposta e várias tendências

Quando se ouve dizer que um grupo de escolas na Califórnia, chamado genericamente de HTH (High Tech High), capturou a atenção de pessoas como Barack Obama, Oprah Winfrey e Bill Gates, a primeira coisa que se pode pensar é que elas devem se destacar por ter tudo o que de mais moderno pode haver em salas de aula. Até é, mas não só.

A proposta dessa rede, que começou em 2000 e hoje [dezembro de 2012] é formada por 11 escolas e uma instituição de pós-graduação para professores, se baseia em quatro pilares que têm sido apontados por especialistas em Educação como essenciais para formar alunos para o século 21: personalização, conexão com o mundo, interesse comum em aprender e professor como designer do aprendizado.

“Nós temos computadores em todas as salas e excelentes laboratórios, mas nosso diferencial não está aí”, diz Robert Khul, diretor de uma das unidades, a HTH Media Arts. O primeiro passo, afirma o educador, está no processo de admissão. Por serem charters, escolas públicas de administração privada, elas são gratuitas para todos os seus cerca de 4.500 alunos.

Atividades das escolas HTH, em San Diego (Fotos Divulgação)

No entanto, pelos bons resultados que a escola vem acumulando – em 2011, por exemplo, 100% dos alunos foram aceitos em uma universidade – há mais candidatos do que as escolas são capazes de receber. São duas unidades de fundamental 1, quatro de fundamental 2 e cinco de ensino médio, todas muito procuradas.

A solução que a direção encontrou foi fazer um sorteio respeitando um critério que procura atender a todas as áreas da região onde as escolas estão. Assim, afirma Kuhl, a escola garante que seu corpo de alunos seja bem diverso e integre classes sociais diferentes. “Aqui nós temos filhos de milionários e filhos de pessoas que não têm onde morar”, diz.

Outro fator que explica o sucesso da escola, defende o diretor, é a aposta na personalização, baseada tanto no contato direto entre professores e alunos quanto em recursos virtuais. “Mantemos uma proporção baixa de alunos por professor”, diz Kuhl. Além disso, a cada aluno da HTH é designado um monitor, que se torna responsável por fazer um acompanhamento individualizado de interesses acadêmicos específicos. Com tal integração entre alunos e professores, as partes se sentem corresponsáveis pelo processo de aprendizagem e cumprem o segundo dos pilares da escola: interesse comum em aprender. No mundo virtual, os alunos são estimulados a manterem suas produções em um portfólio digital, acessível a qualquer um.

Nesse sistema de relações, a presença de professores qualificados é fundamental. Por isso, a escola percebeu a necessidade de ter sua instituição de ensino superior para formar e atualizar seus profissionais. “A missão da HTH Graduate School of Education é preparar líderes reflexivos, capazes de desenvolver ambientes de aprendizagem inovadores, autênticos e rigorosos”, diz a instituição em seu site. É ali, dividindo espaço físico com as escolas, que o contato com a prática ocorre e os professores aprendem, reaprendem e reciclam métodos.

Sem livros-texto pré-determinados, são eles os responsáveis por guiar o aluno, o que é o quarto dos pilares da HTH. “Nós somos atentos, mas não escravos do currículo nacional”, diz Kuhl. Assim, explica ele, a escola sugere que, em vez de blocos de 50 minutos, as aulas sejam mais longas, facilitando o desenvolvimento do aprendizado baseado em projetos. E algumas disciplinas são agrupadas “porque é assim que elas vão aparecer na vida”, diz Kuhl, reforçando mais um dos pilares da escola, a conexão com o mundo lá fora.

Por isso, matemática e física costumam ser ensinadas juntas para alunos do ensino médio. Isso também ocorre com a disciplina de humanidades, que reúne história, filosofia e língua inglesa. Até fisicamente a escola foi pensada para facilitar os arranjos diferentes das salas de aula tradicionais, com espaços para atividades manuais, para reunião de grupos pequenos, para trabalhos individuais e para apresentações.

Mostrar aos pares o que se está produzindo, aliás, é mais um dos estímulos constantes que a escola se preocupa em fazer. Mais do que apenas apresentar os projetos, a ideia é passar a mensagem de que estão fazendo coisas relevantes e que podem interessar a quem quer que esteja passando. Não por acaso, a arquitetura dos prédios – nos mais recentes, pelo menos, já que os mais antigos ocuparam e adaptaram edifícios que já existiam – é repleta de luz natural e paredes de vidro. “O aluno não pode ter vergonha do que está produzindo”, diz Kuhl.

Os alunos precisam mesmo se acostumar com o assédio e a curiosidade externa. A escola é aberta a tours, que podem ser feitos por qualquer um que se inscreva pelo site. Oprah Winfrey e Bill Gates, cuja fundação financia parte dos projetos, já estiveram por lá. Barack Obama não foi, mas foi por um triz. A HTH foi uma das três finalistas em um concurso no ano passado que tinha como premiação a visita do presidente no dia da formatura do ensino médio, mas acabou perdendo para uma escola do Tennessee.

E não são só as celebridades que vão ver com os próprios olhos o projeto da escola. Segundo Kuhl, já passaram por aqueles corredores pessoas de todos os estados dos EUA e dos mais diversos países: Singapura, Israel, Canadá, Suécia, interessados em replicar o que vem sendo feito em seus lugares de origem.

“Eles sempre me falam uma lista de motivos para justificar que o que fazemos é impossível de ser aplicado em suas realidades. Nossa sugestão, para eles, é sempre a mesma: então tentem descobrir o que dá para fazer”, afirma o diretor. Para ele, com o tempo, cada educador vai descobrir que, mesmo em legislações e sistemas rígidos, é possível flexibilizar.

A intenção dos fundadores da primeira HTH era ter um modelo bem-sucedido de escola que pudesse ser usado em outros lugares e, de alguma forma, melhorasse o aprendizado. Douze anos e 11 escolas depois, parece que o caminho já começou a ser trilhado. E de onde será que veio a inspiração para tudo isso? Do construtivismo de Paulo Freire, responde Kuhl.


Fonte Portal Porvir


Competitividade: inscrições no Prêmio MPE Brasil podem ser feitas até 16 de agosto

As inscrições para o Prêmio de Competitividade para Micro e Pequenas Empresas - MPE Brasil estão abertas até 16 de agosto. Empreendedores devem preencher gratuitamente a ficha cadastral na internet. O objetivo da premiação é promover o aumento da qualidade e produtividade dos negócios, estimulando o aprimoramento da gerência de forma sustentável.

Clique aqui para saber tudo sobre

Todo participante ganha diagnóstico sobre sua empresa, além de selos e certificados da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ). Os finalistas da etapa distrital receberão também a visita de consultor para validar as informações dadas pelos empresários.

O diagnóstico gratuito visa a analisar as principais áreas da gestão – liderança, estratégias, processos, clientes, pessoas, inovações, sociedade e resultados alcançados. Podem participara empresas com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões, com pelo menos um ano fiscal completo e domicílio fiscal no estado de inscrição, além de comprovação de regularidade fiscal e estatutária.

Podem se cadastrar empresas de Agronegócios; Comércio; Indústria; Serviços de Educação; Serviços de Saúde; Serviços de Tecnologia de Informação - desenvolvimento, implantação e gerenciamento de software; Serviços de Turismo - bares, restaurantes, hotéis, pousadas, agências de viagens, transportes turísticos; Serviços – empresas de serviços que não se enquadrem nas categorias de serviços acima.


Fonte Agência Sebrae de Notícias


Brasil é 5º no WorldSkills: equipe conquista 12 medalhas e fica entre os melhores paises em Educação profissional

O Brasil conquistou 12 medalhas no WorldSkills Leipzig 2013, maior competição internacional de Educação profissional e tecnológicas, que terminou neste domingo (7/7/2013), em Leipzig, na Alemanha.

Trata-se de um recorde para o país. São quatro medalhas de ouro, cinco de prata e três de bronze. Na última edição, realizada em Londres há dois anos, o Brasil levou 11 medalhas – seis de ouro, três de prata e duas de bronze. Este ano, o país disputou em 37 das 46 ocupações do torneio. Além das medalhas, o time brasileiro volta para casa com 15 diplomas de excelência.

O Brasil vai sediar a próxima edição do WorldSkills, em 2015, em São Paulo (Foto José Paulo Lacerda)

A equipe esteve formada por 41 jovens de até 22 anos. Trinta e sete deles saíram de cursos de formação oferecidos pelo Senai e quatro do Senac. No ranking dos 53 países que participaram do 42º WorldSkills Competition, o Brasil ficou em quinto lugar em número de medalhas, com 52 pontos, atrás de Coreia (89), Suíça (73), Taiwan (65), Japão (56).

O diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi, avalia como positivo o desempenho do Brasil no WolrdSkills 2013. Sua expectativa era que o país ficasse entre os cinco primeiros. Ele lembra que o país tinha representantes em 25 ocupações em Londres (2011), passando para 37 em Leipzig - crescimento de 50% no número de modalidades. “Estamos maiores, mais fortes e mais consistentes na competição. O objetivo de participar deste torneio é comparar a qualidade do ensino que fazemos no Brasil com o restante do mundo”, diz.

Segundo ele, é mais estratégico avaliar um conjunto maior de ocupações do que competir apenas nas ocupações em que o Brasil teria certeza de medalhas. Principalmente porque a próxima edição do torneio internacional ocorrerá de 11 a 16 de agosto de 2015, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo. “Queremos que o Brasil tenha representantes em todas as categorias. Você não inicia uma nova modalidade no lugar mais alto do pódio. Começamos um processo de aprendizagem”, comenta Lucchesi.

Clique aqui para conhecer os brasileiros que conquistaram medalhas no WorldSkills 2013:

Fonte Portal Indústria



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Mercado de trabalho: Brasil precisa formar 850 mil profissionais até 2015 em áreas da indústria

Até o fim de 2015, o Brasil terá de formar 850 mil profissionais em 33 ocupações industriais. O dado faz parte de análise inédita realizada pelo Senai, que oferece programas de Educação profissional e tecnológica nas áreas demandadas.

A análise mostra também que, além do número de vagas, os salários oferecidos nessas áreas são compensadores: a remuneração média supera os R$ 2 mil. O estudo inédito é baseado no Mapa do Trabalho Industrial, elaborado para subsidiar o planejamento da oferta de cursos técnicos e de formação inicial pelo próprio Senai.

Destaques entre as ocupações industriais
Fresagem a Comando Numérico Computadorizado (CNC) (foto), Computer-aided design (CAD), Caldeiraria, Design Gráfico, Eletrônica Industrial, Estruturas Metálicas, Impressão Offset, Instalação Hidráulica e a Gás, Instalação Manutenção de Redes, Manufatura Integrada, Manutenção Aeronáutica, Marcenaria, Mecatrônica, Polimecânica, Robótica Móvel, Soldagem, Soluções de Software, STI, Tecnologia da Moda, Tornearia CNC e Web Design (Foto Everton Amaro)



Do O Globo: medicina é o curso mais vantajoso para futuros profissionais

Medicina é o curso superior que oferece mais vantagens profissionais, atualmente, segundo o estudo Radar: Perspectivas Profissionais - Níveis Técnico e Superior, divulgado nesta quarta (3/7/2013), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com o instituto, baseado em informações de 2009 a 2012 do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), uma avaliação que considera salário, jornada de trabalho, facilidade de se conseguir um emprego e cobertura previdenciária faz que a carreira médica tenha as condições consideradas as mais interessantes a um futuro profissional.

Atualmente, o curso é um dos mais cobiçados nos vestibulares, momento em que os jovens têm de decidir suas profissões.

“A carreira de medicina foi a vencedora disparada, com um índice 30% maior do que a segunda colocada, odontologia. Medicina já era a líder do ranking na década passada”, informou o estudo, coordenado pelo presidente do Ipea e atual ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, Marcelo Neri.


Clique aqui para ler a reportagem completa.


Da Folha de S.Paulo: “Falta incentivo a ideias originais na ciência no país", diz neurocientista brasileira

A neurocientista Suzana Herculano-Houzel, 40, dedicou-se nos últimos anos a entender como o cérebro humano se tornou o que é. Seu trabalho a levou a ser a primeira brasileira convidada a falar no TED Global, famoso evento anual de conferências de curta duração que reúne convidados de várias áreas do conhecimento.

Herculano apresentou em sua fala de 15 minutos, nesta quarta (12/6/2013), os resultados de suas pesquisas sobre como o cérebro humano chegou ao número incrivelmente alto de 86 bilhões de neurônios: o consumo de alimentos cozidos. "Entre os primatas, temos o maior cérebro sem sermos os maiores. Grandes primatas, com a sua dieta de comida crua, não possuem energia suficiente para sustentar um corpo enorme e um cérebro grande."

Na entrevista, concedida por telefone, a professora do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) dispara críticas à cultura brasileira de pesquisa científica, "que não incentiva a originalidade e a diversidade de pensamento", à pós graduação nacional, "muito fraca", e ao programa de bolsas Ciência Sem Fronteiras, "do jeito que está, parece demagogia" e defende a profissionalização da carreira de cientista.


Clique aqui para ler a entrevista de Suzana Herculano-Houzel


Do Estado de São Paulo: Senado diminui em mais da metade os recursos dos royalties para a Educação

Alterações são resultado de acordo entre governo e líderes partidários; agora matéria volta a ser discutida na Câmara

O Senado alterou o texto aprovado na Câmara dos Deputados que estimava um repasse de R$ 209,31 bilhões dos recursos obtidos com a exploração do petróleo e gás natural para o setor da Educação até 2022. Com as emendas propostas, o valor diminuiu 53,5%, caindo para R$ 97,48 bilhões. As estimativas estão em nota técnica da Câmara.

A principal mudança é em relação aos contratos já assinados. Assim como o texto votado na Câmara, o texto aprovado no Senado na terça (2/7/2013), mantém que royalties obtidos com a produção atual de petróleo, em contratos assinados a partir de 3 de dezembro de 2012, já sejam destinados ao setor. A diferença é que, pelo substitutivo do Senado, a regra valerá somente para os royalties que cabem à União: Estados e municípios ficam isentos da obrigatoriedade. O relator do projeto é o senador Eduardo Braga (PMDB-AM) e as alterações são resultado de um acordo entre governo e líderes partidários.

Por causa das alterações realizadas pelo Senado, a matéria volta a ser discutida na Câmara, onde poderá ser mantido o recurso de R$  209,31 bilhões para a educação.


Fonte O Estado de S. Paulo


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