segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Pesquisa e inovação: tecnologia permite que pintura de carros se autorregenere quando riscada

A tecnologia que permite a pintura de carro se autorregenerar quando riscada
é uma das aplicações pesquisadas pelo Instituto Senai de Inovação (ISI), lançado neste mês (17/9/2013), em Curitiba. A inovação, inédita no país, usa aplicações de nanocápsulas contendo tinta e um catalisador, liberados apenas quando a pintura é riscada. A recuperação pode alcançar até 85% dos danos.

(Foto Divulgação)
Chamada de “autocicatrizante”, a tecnologia da tinta autorregenerativa em estudo pelo instituto é aplicada no mercado automobilístico externo. O produto poderá ser aplicado em superfícies de carros, eletrodomésticos, como geladeiras e fogões, cosméticos – em esmaltes para unhas – e até em móveis.

No entanto, ainda não há prazo para a inovação chegar ao consumidor. “A tecnologia libera uma tinta internamente e, após alguns segundos ao ser riscado, o carro estará novamente como antes, sem o risco. É uma aplicação bem prática”, explicou o pesquisador-chefe do ISI-Paraná, Marcos Berton.

Além da tinta, outras soluções ainda inéditas no país serão pesquisadas pelo instituto. Em outra linha está a análise de líquidos – como água ou leite – por sensores eletroquímicos. O instrumento estará à disposição da indústria como ferramenta de controle.

O centro de pesquisa atuará nas áreas de eletroquímica, meio ambiente, materiais e nanotecnologia. Poderão ser pesquisadas soluções para indústrias nas áreas automotiva, óleo e gás, mineradora, metalmecânica, construção civil, sistemas e geração e armazenamento de energia. Além do desenvolvimento de sistemas o meio ambiente e saúde humana e animal.

Ao todo serão criados 24 institutos Senai de inovação em 14 estados até o final de 2015. As unidades atenderão a demandas específicas de empresas e indústrias. De acordo com o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, a rede de laboratórios permitirá que o conhecimento de testes e serviços de alto valor agregado fiquem no Brasil.

“Inovação é o principal fator de produtividade. O Brasil se destaca entre os países emergentes, mas ainda está em uma posição intermediária. A balança comercial tecnológica é deficitária em R$ 30 bilhões, o mesmo que o país gasta por ano com seguro-desemprego. Se importa muito e o que se exporta ainda é de baixa tecnologia. Neste aspecto, o conhecimento gerado fica no país de origem. É importante que cérebros brasileiros desenvolvam competências para empresas brasileiras”, assegura Lucchesi.

O diretor-geral destacou ainda que o perfil dos pesquisadores dos institutos é diferente do encontrado na academia. “O tempo de resposta que a empresa precisa é diferente, o prazo tem que ser mais ágil e rápido”.

Indústrias, coletivos empresariais e empreendedores poderão solicitar pesquisas para o instituto, que vai analisar a viabilidade e terá até 20 meses para dar respostas e soluções. As redes podem se interligar para desenvolver tecnologias mais avançadas ou integradas.

A rede de laboratórios terá R$ 2 bilhões de investimentos, dos quais R$ 1,5 bilhão financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Das 24 unidades previstas, seis têm previsão para funcionar até o primeiro semestre de 2014.

Duas estarão na Bahia, voltadas para áreas de conformação e soldagem, e mecatrônica; duas em Minas Gerais, nas áreas de engenharia de superfície e metalurgia; uma em Santa Catarina, de mecânica fina, e outra no Rio Grande do Sul, de tecnologia de polímeros.

A criação dos institutos tem parceria do Instituto Fraunhofer, da Alemanha, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados Unidos.

Fonte Agência Brasil


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Inovação: genuinamente brasileira, raça mangalarga tem leilão nesta sexta

O Leilão Gênesis vai movimentar o mercado da raça do cavalo genuinamente mineiro e brasileiro na noite desta sexta (27/9/2013), em Franca, São Paulo. Promovido pela Assessoria em Zootecnia João Quadros, o evento integra a programação da XXXV Exposição Nacional da Raça Mangalarga, no interior paulista.



Na lista, 35 lotes, entre os quais estão cavalos, éguas, potros, potras, embriões e barrigas de conceituadas matrizes da raça. A apresentação dos animais do remate começará às 18h.

O leilão será transmitido pelo canal Terra Viva. A exposição vai até amanhã (28/9/2013).

Clique aqui para conferir o catálogo online e conhecer os lotes ofertados em oferta.


quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Educação: acesse gratuitamente 62 obras sobre os principais pensadores que fazem a diferença

De Anísio Teixeira a Sigmundo Freud, passando por Darcy Ribeiro (foto) e Johann Pestalozi. Conheça a biografia de 30 personalidades brasileiras e 30 estrangeiras, além de dois manifestos, que compõem a Coleção Educadores.



Clique aqui para fazer o downloud e conhecer mais sobre os pensadores.


Meio ambiente: menos de 2% dos resíduos sólidos são reciclados

Mesmo com 60% dos municípios do país tendo alguma iniciativa de coleta seletiva, a quantidade de resíduo sólido urbano que de fato retorna à cadeia produtiva não chega a 2%. Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2012, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 51,4% do material coletado são matéria orgânica; 13,5% plástico; 13,1% papel, papelão e tetra pak; 2,9% metais; 2,4% vidro; e 16,7% outros materiais.

Dia Mundial do Meio Ambiente: comemora-se em 5 de junho, data em que se realizou
em Estocolmo, na Suécia, a I Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente

De acordo com a Abrelpe, em 2012 foram produzidas 1.436 mil toneladas de alumínio primário e a reciclagem fica na faixa de 36%, chegando a 98,3% das latas de bebida, patamar com pouca variação nos últimos cinco anos. A produção de papel foi 10 milhões de toneladas e a taxa de recuperação com potencial para reciclagem está em 45,5%.

Já em 2011, o consumo aparente de plásticos, foi 6,8 mil toneladas, das quais 1 mil toneladas recicladas – 57% no caso de PET. Em 2001, a reciclagem dessas garrafas era 32,9%. No setor de vidros, o dado mais recente é de 2008, quando a capacidade de produção instalada foi 3 mil toneladas, sendo 1.292 no setor de embalagens. Dessas, 47% são recicladas - incluindo 20% de embalagens retornáveis –, 33% reutilizados e 20% vai parar em aterros e lixões.

O gerente de Projetos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Ronaldo Hipólito, explicou que a Política Nacional de Resíduos Sólidos não prevê prazo para implantar a coleta seletiva e a reciclagem dos materiais.

“Nós colocamos metas no plano nacional: para 2015 uma quantidade de reciclagem e outra para 2019. Para os resíduos úmidos tem a compostagem, a biodigestão. Mas nós estamos trabalhando tudo paralelamente, porque não pode fechar primeiro o lixão para depois fazer a reciclagem”, disse Hipólito. Em tese, na hora de se fechar um lixão e colocar em funcionamento um aterro sanitário, onde só poderá ser depositado rejeito, obrigatoriamente terá que haver a coleta para retirar a parte que não deve ser enterrada, acrescentou.

Quanto às cooperativas de catadores, Hipólito disse que foi criado um comitê interministerial para analisar essa inclusão socioeconômica. Já foram organizadas cerca de 200 cooperativas, das 1.300 que o ministério estima existirem no Brasil. Também foi lançada uma campanha educativa sobre a importância da separação dos resíduos.

“Nós solicitamos ao Ipea, em 2010, um estudo sobre quanto o Brasil perde ao ano por não reciclar, por enterrar as coisas que poderiam ser reaproveitadas, e o Ipea chegou ao número de R$ 8 bilhões por ano. É muito dinheiro. Essa propaganda institucional que nós fizemos e pretendemos voltar esse ano a falar sobre o assunto, serve para conscientizar as pessoas sobre a importância que tem isso para a economia como um todo”, disse o técnico do Ministério do Meio Ambiente.

De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o governo do Estado do Rio de Janeiro tem apoiado as prefeituras para iniciar os projetos de coleta seletiva. “Os municípios tem que ter uma equipe para isso, tem que ter uma campanha de comunicação, tem que escolher alguns bairros para fazer um projeto piloto, não é uma coisa científica, é erro e acerto”.

O superintendente de Políticas de Saneamento da Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), Victor Zveibil, explicou que 17 municípios, dos 92 do estado, começaram a implantar programas de coleta seletiva, entre eles Mesquita, Petrópolis e Niterói. Além disso, o governo lançou o Programa Catadores e Catadoras em Rede Solidária. “É um programa que a secretaria está iniciando em parceira com o Ministério do Trabalho e Emprego, que tem essa missão de reforçar as cooperativas e trabalhar a questão da comercialização, de uma rede de cooperativas para a reciclagem e para a comercialização. Esse levantamento já foi feito em 41 municípios”.

Por mês, são recolhidas na capital 936 toneladas de material reciclável, dos 150 mil toneladas de lixo da coleta domiciliar. O material é destinado a cerca de 50 cooperativas cadastradas na Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb).

O engenheiro Mauro Wanderley Lima, da Diretoria Técnica e de Logística, lembrou que a coleta seletiva depende da colaboração da população. “A ideia é atingir todos os bairros do Rio até 2016. Agora, precisamos da colaboração da população e é uma coleta mais cara, porque você não pode comprimir o material, não pode ser misturado. O ideal é que você terminar de usar a lata de molho de tomate, o iogurte, dê uma lavadinha e entregue para a reciclagem”.

A coordenadora do Movimento Nacional dos Catadores no Estado do Rio de Janeiro, Claudete Costa, ponderou que a situação de muitos catadores é precária. “Eu continuo trabalhando com o pessoal na rua, a gente cata o material, junta no “burrinho sem rabo” - carroça manual -, vê um local estratégico para fazer a triagem rapidamente e nem todo o material a gente tem tempo de juntar para reciclar, só o que está em alta no mercado”. Ela acrescentou que os catadores interrompem o trabalho às 15h quando passa o caminhão da Comlurb.

De acordo com ela, as cooperativas beneficiadas pela coleta seletiva estão em situação melhor, mas ainda há cerca de 240 famílias trabalhando no aterro controlado de Gericinó, que vai fechar até o fim do ano. “Então está no mesmo trâmite que eu, daqui a pouco estão na rua. O pessoal quase não tem mais acesso como tinha antes. Poucas famílias estão sendo beneficiadas, porque está indo tudo para [o aterro sanitário de] Seropédica”.

Claudete reclama que falta apoio da prefeitura para trabalhar. “Falta tudo, da estrutura do galpão, maquinário, para a coleta seletiva. Tem muitas cooperativas que estão na rua, tem muitas que estão em galpão alugado”.

A SEA anunciou que “em breve” será inaugurado o Polo de Reciclagem de Gramacho, que vai aproveitar a mão de obra dos cerca de 400 catadores que atuavam no aterro controlado de Gramacho, fechado no ano passado.

Fonte Agência Brasil


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Financiamento do ensino: CCJ aprova Plano Nacional de Educação

O projeto de lei que institui o Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado nesta manhã de quarta (25/9/2013) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Agora, o projeto, que tramita no Senado como PLC 103/2012, será analisado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

O PNE determina que ao menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) será destinado às políticas educacionais. Além disso, estabelece uma série de obrigações a serem cumpridas nessa área. A proposta possui 14 artigos e 20 metas.

Um dos obstáculos à votação da matéria era o impasse em torno da Meta 4 do PNE, que visa garantir o acesso à Educação básica para os estudantes com deficiência (os alunos especiais) de 4 a 17 anos. Após negociações com senadores, o Ministério da Educação e entidades que se dedicam a essas crianças e adolescentes, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), o relator do projeto, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) chegou a um texto de consenso. Vital é presidente da CCJ.

Fonte Agência Senado



Ciência e magistério: MEC lança programa para incentivar estudo de matemática, física, química e biologia

Com a oferta inicial de 30 mil bolsas em 2014, o Ministério da Educação está promovendo o Programa Quero Ser Cientista, Quero Ser Professor para incentivar nas escolas públicas o estudo de disciplinas como matemática, física, química e biologia. O valor repassado aos estudantes de ensino médio será R$ 150. As bolsas serão concedidas a partir de fevereiro de 2014.

(Foto Sesi-RJ)

O programa será voltado principalmente aos estudantes do Programa Ensino Médio Inovador, que são aquelas com jornada de ensino ampliada. A ideia é que as atividades sejam consolidadas nas três horas do contraturno. Alunos matriculados nos anos finais do ensino fundamental que se destaquem também poderão participar. Terão prioridade ainda estudantes premiados em olimpíadas científicas.

Um dos objetivos do programa é reduzir o déficit de cerca de 170 mil docentes na rede pública nessas áreas, de acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. “A matemática, física e química precisam de estímulo específico, e o programa é para tentar construir esse estímulo desde o ensino médio, com o objetivo de despertar o interesse pelas ciências para, no futuro, quem sabe, serem professores dessas disciplinas”, explicou.

A participação dos estudantes será estimulada em atividades de monitoria, pesquisa científica e tecnológica. Os bolsistas terão orientação e supervisão de professores e estudantes universitários que já recebem bolsas de estímulo à pesquisa. A seleção dos bolsistas será feita pelas secretarias estaduais de Educação e por universidades.

Atualmente, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) concede 10 mil bolsas do Programa de Iniciação Científica Júnior. Com as 30 mil do Quero Ser Cientista, Quero Ser Professor, oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, serão 40 mil nessa modalidade ao final de 2014, com investimento em torno de R$ 66 milhões. A expectativa é ampliar gradualmente a concessão até atingir 100 mil bolsas.


Fonte Agência Brasil


Urbanismo: quer melhorar SP? Dê mais tempo às pessoas

Cidade pode ser próxima Nova York, mas sua população está presa no trânsito, diz David Sim, sócio do Gehl Architects, escritório que fez de Copenhague um modelo

David: SP precisa de planejamento onde quem constrói devolve algo positivo para a cidade (Foto Divulgação)

Por muito tempo, os planejadores e urbanistas construíram cidades para serem vistas de uma escala sobre-humana, do alto de um avião. O arquiteto escocês David Sim faz o inverso, ele projeta em escala humana. Longe de ser um dom, a habilidade foi adquirida a partir de anos de observação da vida em sua manifestação mais cotidiana: na maneira como as pessoas andam pelas ruas, vão ao trabalho, pegam o ônibus ou o carro, atravessam um cruzamento e se divertem em um parque.

Arquiteto especialista em urbanismo, David é sócio do escritório dinamarquês Gehl Arquitects, que fez de Copenhague exemplo mundial de cidade sustentável, uma transformação que começa nos anos 1960, protagonizada pelo urbanista que dá nome à consultoria, Jan Gehl, hoje com 76 anos.

"Todo nosso trabalho se desenvolve em torno do princípio da humanização do espaço público", explica Sim. Com uma carreira dedicada a essa ideia, ele sabe dizer se uma cidade é boa ou não para pessoas. Sua receita para melhorar São Paulo ou outra grande metrópole? “Dê mais tempo para as pessoas”. Em passagem pela cidade para participar do 4ª Greenbuilding Brasil, o arquiteto conversou com EXAME.com.

EXAME.com - Como você define projetos baseados na humanização das cidades?

David Sim - Hoje em dia, há uma grande preocupação com se construir prédios sustentáveis e mais eficientes no consumo de energia. Mas nossa maior preocupação é o que acontece no espaço entre todos esses prédios verdes, que tipo de vida você tem nas cidades. Diferente de muitos arquitetos que estão apenas focados nos prédios como objetos, monumentos, nós queremos construir coisas que afetam a vida das pessoas.

Estamos interessados no dia a dia, em todas essas coisas meio banais e simples. Como se atravessa uma rua? Como você faz compras no supermercado? Como os filhos vão para a escola, como você vai ao trabalho? O que você faz na hora do almoço? Porque são todas essas coisas da vida cotidiana que compõem a nossa vida.

EXAME.com - Mobilidade é tema central nos grandes centros urbanos. Segundo estudo do IBGE, um morador de São Paulo perde pelo menos 17 dias preso no trânsito por ano. O que isso diz sobre a cidade?

David Sim - O transporte é um desafio aqui. São Paulo é provavelmente o dínamo da economia na América Latina e, quem sabe, na próxima geração, pode tornar-se a nova Nova York do mundo. O potencial que a cidade tem é imenso.

Porém, a maior parte da população está presa no trânsito. E isso pode ter grandes consequências, com empresas mudando para outros lugares, uma vez que seus empregados também não querem mais ficar na cidade, por sentirem que estão perdendo qualidade de vida.


Clique aqui para ler na íntegra a entrevista feita por Vanessa Barbosa para o Exame.com


segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pronatec: Brasil Maior abre 118 mil vagas até 2014 em cursos técnicos gratuitos


Ministro Pimentel, no lançamento do programa
(Foto Divulgação)
O governo federal, na busca por atender à demanda por profissionais qualificados em setores estratégicos da economia, acaba de lançar (19/9/2013) nova modalidade do Pronatec, o Brasil Maior.

Serão ministrados cursos técnicos gratuitos direcionados especificamente às áreas definidas pelos setores industriais como mais carentes de profissionais qualificados. Até 2014, estarão disponíveis 118 mil, que podem ser acessadas pelo site do Pronatrec.

Um mapa feito com a ajuda das empresas colaborou com a definição das áreas carentes de profissionais nos municípios e quais cursos são mais adequados para a região. O programa vai permitir tanto a formação de trabalhadores quanto a requalificação. O setor têxtil terá a maior oferta de vagas (47.337), seguido da construção civil (29.615), de energias renováveis (18.583), do complexo eletrônico (13.273), de calçados (3.788) e de celulose e papel (3.563).

"Estamos vendo o maior esforço educacional que esse país já deu para qualificar mão de obra de ensino médio e superior”, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Entre os estados com mais vagas disponíveis para o Pronatec Brasil Maior estão São Paulo (38.025), Santa Catarina (12.286), Minas Gerais (10.952) e Rio de Janeiro (10.566). Os que com menor oferta são Alagoas (58), Rio Grande do Norte (40) e Maranhão (20).

“O objetivo é ampliar cada vez mais a oferta de educação profissional. O Brasil conseguiu avançar muito na educação superior e precisamos fazer o mesmo com a educação profissional”, disse o secretário executivo do Ministério da Educação, Henrique Paim, no lançamento do programa.

O Pronatec Brasil Maior tem as parcerias dos Ministérios da Educação e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e o Sistema S.

Fonte Agência Brasil


OIT: trabalho infantil no mundo é reduzido em um terço entre 2000 e 2013

Os casos de trabalho infantil no mundo tiveram redução de um terço entre 2000 e 2013, segundo dados do estudo Medir o Progresso na Luta contra o Trabalho Infantil: Estimativas e Tendências, divulgado nesta segunda (23/92013) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O número de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos trabalhando nos últimos 13 anos caiu de 246 milhões para 168 milhões.


Para a OIT, o avanço no combate ao trabalho infantil foi possível devido à intensificação de políticas públicas e da proteção social das crianças e dos adolescentes nos últimos anos, acompanhada pela adesão a convenções da organização e pela adoção de marcos legislativos sólidos no âmbito nacional. A instituição verificou que os maiores progressos na queda do uso desse tipo de mão de obra ocorreu entre 2008 e 2012.

De acordo com a OIT, essa redução, no entanto, não é suficiente para eliminar as piores formas de trabalho infantil – meta assumida pela comunidade internacional em parceria com a organização, por meio da Convenção 182. A estimativa é que mais da metade das crianças envolvidas em algum tipo de trabalho exercem atividades consideradas perigosas.

“Estamos nos movendo na direção correta, mas os progressos ainda são muito lentos. Se realmente queremos acabar com o flagelo do trabalho infantil no futuro próximo, é necessário intensificar os esforços em todos os níveis. Existem 168 milhões de boas razões para fazê-lo”, declarou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.

As piores formas de trabalho infantil são as consideradas perigosas – atividade ou ocupação, por crianças ou adolescentes, que tenham efeitos nocivos à segurança física ou mental, ao desenvolvimento ou à moral da pessoa. O trabalho doméstico, por exemplo, é considerado uma das piores formas. Segundo a OIT, aproximadamente 15 milhões de crianças estão envolvidas nesse tipo de atividade. Só no Brasil, são quase 260 mil.

A divulgação do estudo levou em consideração a proximidade da 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, que será realizada em Brasília, em outubro.

Regionalmente, o maior número de crianças em atividade no mercado de trabalho está na Ásia - 78 milhões, cerca de 46% do total. Proporcionalmente à população, no entanto, o Continente Africano é o que concentra o maior percentual de menores de 18 anos envolvidos nesse tipo de atividade, 21%.


Em relação ao setor em que crianças e adolescentes são encontrados trabalhando com maior frequência, a agricultura é o que tem a maior concentração, 59% dos casos (98 milhões). Os setores de serviços (54 milhões) e da indústria (12 milhões) também mostram incidência de uso de mão de obra infantil, especialmente na economia informal.

Fonte Agência Brasil


Frase de Hoje


"Quem tem mais do que precisa ter,
quase sempre se convence que não tem o bastante..."
Renato Russo – 1960/1996, músico e líder da banda Brasileira Legião Urbana


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Dica de design: a toalha flutuante

De uma folha de acrílico, o designer alemão John Brauer cria a mesas Illusion. São peças únicas, em cores diversas.




No site www.essey.com você encontra mais novidades inteligentes produzidas por Brauer e do designer australiano Tarmo Likki.


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Educação a distância: EAD cresce mais que a presencial

A Educação a distância (EAD) cresceu mais que a Educação presencial de 2011 a 2012. Em um ano, houve aumento de 12,2% nas matrículas da EAD, enquanto a Educação presencial teve aumento de 3,1%. Apesar do crescimento, o ensino a distância ainda representa 15,8% das matrículas. Os dados são do Censo da Educação Superior de 2012, divulgados nesta terça (17/9/2013) pelo Ministério da Educação (MEC).

O índice do ensino fora de sala de aula ainda é baixo, segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. "Quando olha para a OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], quase a metade das vagas é a distância. Temos espaço para crescer". Ele ressalta que é preciso garantir a qualidade do ensino. A intenção é ampliar a oferta nas instituições federais. De acordo com o censo, a maior parte das matrículas em EAD está na rede privada (83,7%) e é oferecida por universidades (72,1%).

No ensino presencial, o ministro destacou o crescimento das matrículas nos cursos tecnológicos, que aumentaram 8,5% de 2011 a 2012. Segundo Mercadante, o crescimento foi significativo, embora os cursos concentrem apenas 13,5% das matrículas. As matrículas de bacharelado cresceram 4,6% e representam 67,1% do total, enquanto nos cursos de licenciatura, o crescimento foi 0,8% – 19,5% das matrículas são em licenciatura.

Quanto ao turno, em 2012, mais de 63% dos alunos dos cursos presenciais de graduação estudavam à noite. Na rede privada, 73% das matrículas são nesse turno. Na rede federal, a maior parte das matrículas, 70% é no turno diurno. O ministro explica que o ensino noturno é importante para que parcela da população que precisa trabalhar tenha acesso ao ensino superior.

"Temos aumentado a oferta de ensino noturno nas federais também, mas essas instituições mantêm também o diurno", diz. "O ensino diurno permite mais tempo ao estudo. Quem estuda no noturno em geral trabalha durante o dia. No diurno, estuda-se em um turno e trabalha-se no contraturno. Na média, o diurno tem desempenho acadêmico melhor que o noturno".

Os cursos com maior número de alunos no Brasil são administração (833.042), direito (737.271) e pedagogia (602.998). Em seguida ciências contábeis (313.174), enfermagem (234.714), engenharia civil (198.326), serviço social (172.979), psicologia (162.280), gestão de pessoal (157.753) e engenharia de produção (129.522).

O censo aponta que o ensino superior atingiu, no ano passado, 7.037.688 de matrículas na graduação, o que representa crescimento de 4,4% em relação a 2011. O número de calouros foi 2.747.089, um crescimento de novas matrículas de 17,1% em relação a 2011. O número de concluintes teve uma variação menor, 3,3%, passando de 1.016.713 em 2011 para 1.050.413 em 2012.

Fonte Agência Brasil


Tecnologia na escola: MEC recebe propostas de aplicativos para tablets

O Ministério da Educação abriu inscrições até 21 de setembro para o recebimento de propostas de aplicativos educativos para tablets, que tenham por objetivo enriquecer o currículo dos alunos, bem como contribuir para a formação continuada dos professores.

De acordo com o edital publicado no Diário Oficial da União, o aplicativo deve ser totalmente gratuito para o usuário, funcionar no sistema operacional Android 4.0 e ficar hospedado na loja virtual Google Play. Os aplicativos inscritos devem estar redigidos em língua portuguesa, ou traduzidos para o português do Brasil. Também serão aceitos aplicativos educativos nos idiomas inglês e espanhol, desde que sejam aplicativos de cursos dos respectivos idiomas.

Os aplicativos podem ser desenvolvidos para quatro áreas diferentes. A primeira delas é de enriquecimento curricular, voltada para as diferentes etapas da Educação básica. Há também duas áreas voltadas para a capacitação dos professores e por fim, uma área para desenvolver aplicativos acessíveis para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades-superdotação.

Em 23 de setembro, haverá a instalação de um comitê técnico, que avaliará as propostas inscritas. A homologação dos resultados será publicada no DOU em 22 de novembro. O prazo para recursos vai de 25 de novembro a 2 de dezembro. Os resultados finais sairão em 10 de dezembro.

Experiência
O professor Rony Claudio de Oliveira Freitas, do Instituto Federal do Espírito Santo, desenvolveu aplicativo de matemática baseado no Material Dourado, criado pela educadora italiana Maria Montessori, utilizado para ensinar conceitos de número e operações aritméticas nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

Segundo ele, a intenção é transformar o processo de aprendizagem de matemática em algo interativo e lúdico. Rony explica que o professor pode utilizar o aplicativo como forma complementar ao que já realiza em sala de aula com os materiais tradicionais. Ele pretende também criar um software para que o professor possa acompanhar o desenvolvimento da atividade nesse aplicativo, fornecendo dados sobre o desempenho dos alunos, o tempo gasto, e a trajetória de resolução.

A criação do aplicativo é fruto da continuação da pesquisa de mestrado do professor Rony, intitulada Um Ambiente para Operações Virtuais com o Material Dourado. A pesquisa de mestrado resultou em um software.

Em 2012, o docente participou de um edital de incentivo a projetos de pesquisa do campus Vitória do Instituto Federal do Espírito Santo, em que foi contemplado e recebeu apoio financeiro para o projeto Um aplicativo para Android como potencializador da aprendizagem de conceitos de número e operações aritméticas.

A parte técnica do aplicativo foi desenvolvida por José Alexandre Macedo, estudante do mestrado em Informática da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O aplicativo é gratuito e pode ser baixado no Google Play.

Fonte Portal MEC



segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Responsabilidade Social: universidades vão prestar serviços a comunidades em todo o país

Instituições de Ensino Superior (IES) de todo o país estão se preparando para a 9ª edição do Dia da Responsabilidade Social do Ensino Superior Particular, em 21 de setembro. Organizada anualmente pela Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), a campanha estimula as IES a promover ações socialmente responsáveis que contribuam, efetivamente, para a melhoria da qualidade de vida da população durante todo o ano.

Durante o Dia, as IES promovem debates com seus professores, alunos e funcionários sobre a importância de projetos socialmente responsáveis. Além disso, a campanha proporciona o envolvimento da comunidade acadêmica com a sociedade, conferindo mais visibilidade às ações.

Veja exemplo de instituição que participou do evento em 2012



Desde a primeira edição do projeto, em 2005, participaram cerca de 1.260 instituições com a realização de 8,5 milhões de atendimentos comunitários. A média é de cinco mil atividades voluntárias por ano, com a participação de mais de 180 mil professores, alunos e técnicos.

É importante considerar que o Dia é uma mostra das ações que já são desenvolvidas durante o ano todo nas faculdades, centros universitários e universidades. As IES têm autonomia para montar a programação, elaborar as atividades e definir o local, de acordo com seu público e com o tipo de evento a ser promovido.

A participação na campanha confere às IES o selo Instituição Socialmente Responsável, que certifica o envolvimento do estabelecimento com a comunidade e comprova que a instituição cumpre seu compromisso social.

Todas as IES, associadas ou não à Abmes, podem aderir gratuitamente à campanha. Em algumas regiões do país, instituições públicas e organizações do Sistema S também participam do evento.

A Abmes oferece uma área exclusiva e aberta no site da campanha para que cada instituição possa divulgar suas ações.

Concurso
Para estimular e envolver ainda mais a comunidade acadêmica na campanha, a Abmes criou o Concurso Silvio Tendler de Vídeos sobre Responsabilidade Social das IES. O prêmio destaca os melhores registros dos projetos e atividades realizados pelas instituições no Dia.

As inscrições estarão abertas logo após a realização da campanha. São quatro as categorias: vídeo institucional, cobertura jornalística, documentário e videoclipe.

Para aderir à campanha basta enviar os dados da sua instituição para dia@abmes.org.br, e a Abmes encaminhará as informações de acesso. Mais informações: imprensa@abmes.org.br ou dia@abmes.org.br

Fonte Abmes


domingo, 15 de setembro de 2013

Educação profissional: a PEC 4.330 e a terceirização do Estado

Por Mauro Santayana

O recente escândalo envolvendo o Ministério do Trabalho, com o uso e a criação de ONGs e Oscips, como instrumentos de aplicação da política social do governo na área de Educação profissional, mostra a que ponto o Estado se rebaixou, com relação às suas responsabilidades precípuas e a uma parcela da imprensa majoritariamente avessa a qualquer iniciativa “estatizante”, que não aceita e não entende que o Estado, com todos os seus defeitos, é o agente executor da vontade do cidadão.

Respeitadas uma ou outra circunstância, como uma contratação emergencial, normalmente a terceirização de uma tarefa pelo Estado para uma ONG ou uma empresa privada nada mais é que, por um lado, a transferência, legal (e às vezes ilegal), de dinheiro público para particulares; ou a institucionalização da mais valia, sob beneplácito oficial, da  exploração de mão de obra por particulares; ou, na melhor das hipóteses, uma confissão de  incompetência do Estado com relação a um determinado tema, programa ou projeto.

Isso é válido tanto para a realização de um concurso quanto para a prestação de serviços de segurança, com a contratação de empresas que podem até mesmo possuir laços com empresas estrangeiras, o que — como vimos no recente escândalo de espionagem da cúpula do governo pelos Estados Unidos — equivale a chamar a raposa para tomar conta do galinheiro.

Interessado em ampliar a terceirização do Estado, o lobby do setor luta, no Congresso Nacional — e ali enfrenta a resistência das centrais sindicais — para aprovar a PEC 4.330, que abre caminho para banalizar, em todo o país, a subcontratação e a terceirização de mão de obra pelo setor público.

Com certeza, não vai ser tornando mais precárias as relações de trabalho — e institucionalizando o aluguel de escravos, prática comum no Brasil pré-abolição da escravatura — com fabulosos lucros para os intermediários, que o setor público vai cumprir melhor suas funções.

O que precisamos fazer é modernizar o Estado — o que não se resolve simplesmente desmontando-o — e retirar os entraves que o impedem de trabalhar com a mesma agilidade e facilidades da iniciativa privada.

E isso é verdade tanto para a seleção, o treinamento e a contratação de mão de obra quanto para a realização de projetos de infra-estrutura, por exemplo.

Há países como a China, em que o Estado — associado à iniciativa privada e ao setor financeiro — é o elemento indutivo e catalisador de um projeto de desenvolvimento que está assegurando as mais altas taxas de crescimento do mundo e a transformação daquela nação na maior economia do planeta.

O que não podemos deixar que ocorra — como vem ocorrendo — é que, no Brasil, o discurso de enfraquecimento e terceirização do Estado venha a facilitar a vida de quem está, na verdade, interessado em colocar a mão, espertamente, no dinheiro do contribuinte, como temos visto em tantas ocasiões.


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