Se as condições de ensino são desfavoráveis para
quem já ingressou na rede educacional, certamente estão piores para quem ainda
não conseguiu uma vaga. Aproximadamente 145 mil crianças paulistanas estão na
fila da creche.
As escolas de 1ª a 4ª séries mantidas pela
Prefeitura de São Paulo atingiram 4,8 pontos, ficando abaixo da média nacional
(5,0) no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Se as
condições de ensino são desfavoráveis para quem já ingressou na rede
educacional, certamente estão piores para quem ainda não conseguiu uma vaga.
Esta é a avaliação da integrante do grupo de oposição na diretoria do Sindicato
dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), Laura
Cymbalista.
“Tem duas pontas do atendimento que estão sendo
excluídas da escola, inclusive pela política pública da Prefeitura: as crianças
pequenas de zero a três anos e os jovens e adultos que não puderam estar na
escola na idade adequada.”
Entre as crianças menores de três anos e onze
meses, apenas 50% são atendidas atualmente na cidade. Ou seja, 145 mil ainda
aguardam uma vaga na creche.
Na tentativa de reduzir o déficit a qualquer
custo, a Prefeitura criou convênios com instituições privadas. Cymbalista
ressalta que em algumas regiões da cidade, como Guaianazes, na Zona Leste, o
número de creches conveniadas é cinco vezes maior que o da rede direta.
“As entidades conveniadas muitas vezes não têm
profissionais qualificados. São profissionais que têm uma jornada super
extensa, recebem muito mal, não têm estrutura. E as casas que abrigam as
unidades não têm condições de receber as crianças”.
O sucessor do prefeito Gilberto Kassab (PSD) será
escolhido em segundo turno, no dia 28. Recentemente, ele encaminhou à Câmara
dos Vereadores o Plano Municipal de Educação, que prevê para 2020 o fim da fila
nas creches. Enquanto isso, o Plano Nacional de Educação está parado no
Congresso, devido à recusa do governo em investir 10% do PIB no setor.
Clique
aqui para ouvir a reportagem da Radioagência NP
Designers e agências de publicidade podem enviar propostas
de trabalho até 30 de novembro de 2012 pelo correio. O profissional vencedor
desenvolverá toda a identidade visual do programa Escravo, nem pensar! – da ONG Repórter Brasil – a partir
do desenho proposto para este concurso. Esse trabalho será remunerado com o
pagamento do valor bruto de R$ 6.500.
Clique aqui para ler o edital do concurso e saiba
como participar!
Crianças em idade pré-escolar são capazes de tirar
conclusões com base em análises estatísticas. Elas também aprendem por
experimentos individuais e observação dos colegas. Essas são as características
que levaram a pesquisadora Alison Gopnik, do Departamento de Psicologia da
Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, a concluir que os
pequenos têm uma maneira de pensar e aprender muito similar à dos cientistas.
Segundo a pesquisa, as crianças, mais do que os adultos, são capazes
de propor teorias incomuns para resolver problemas (Foto: Shutterstock)
A constatação, que enfatiza a importância das
experiências vividas pelas crianças de até 6 anos, pode ter implicações na
maneira como se estrutura o ensino infantil. Para se chegar a esse resultado,
publicado na última edição da revista Science, Alison fez uma revisão de
dezenas de pesquisas anteriores que avaliaram os mecanismos de pensamento das
crianças pequenas.
Ela defende que as crianças, mais do que os
adultos, são capazes de propor teorias incomuns para resolver problemas.
"Esse tipo de pensamento hipotético reflete sobre o que poderia acontecer,
e não sobre o que realmente aconteceu. E esse é um tipo de pensamento muito
poderoso que usamos na ciência", diz Alison. Ela completa que a própria
brincadeira de faz de conta, aquela atividade espontânea em que as crianças
costumam se engajar, é "uma reflexão sobre esse raciocínio e compreensão
profundos".
Clique aqui para ler a reportagem completa da
revista Época
O especialista em desenvolvimento profissional,
autor do best-seller A estratégia do olho de tigre e diretor geral
da Trabalhando.com Brasil, Renato Grinberg, participou do programa Hoje em Dia, da TV Record, dando dicas para escolher a profissão ideal.
O Senai do Rio Grande do Sul e as Universidades Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Caxias do Sul (UCS) e do Vale do Rio do Sinos (Unisinos) vão trabalhar em parceria para a promoção de pesquisa, ensino e extensão no Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira.
Senai vai implantar 53 centros de formação profissional, 38 institutos de tecnologia, 23 institutos de inovação (Foto Divulgação)
"Se antigamente nossas escolas técnicas formavam ‘mão de obra’, hoje essa denominação esgotou seu prazo de validade", disse o presidente do Sistema Fiergs, Heitor José Müller. "É imprescindível ter presente a nova revolução industrial que estamos vivendo, caracterizada pela sociedade do conhecimento. Cada vez mais vamos substituir a formação de ‘mão de obra’ pelo investimento em ‘inteligência inovadora’. Precisamos de mão, mas muito mais de cérebros", destacou.
O reitor da UCS, Isidoro Zorzi, ressaltou que a expertise técnica e tecnológica da universidade está à disposição da sociedade. "Não devemos duplicar estruturas e sim otimizar. Estas iniciativa deve aumentar o diálogo das empresas com as universidades, tornando ações mais efetivas, eficientes e produtivas", salientou.
Marcelo Fernandes Aquino, reitor da Unisinos, lembrou que o acordo busca aumentar a sinergia por meio da tecnologia. "Esta aproximação com a indústria e a Fiergs vem acontecendo já há alguns anos e agora damos mais um passo importante", lembrou. O pró-reitor da UFRGS, Ário Zimmermann, afirmou que a parceria será uma grande honra para a universidade. "Assim como a economia se globalizou, também a universidade está se abrindo e ampliando os intercâmbios".
Com o programa de apoio à competitividade da Indústria, o Senai tem como meta a implantação de 53 centros de formação profissional, 38 institutos de tecnologia, 23 institutos de inovação e 81 novas unidades móveis, bem como a modernização de diversas unidades operacionais em todo o Brasil. Os acordos agora firmados no Rio Grande do Sul buscam promover a aproximação da academia com a indústria, tendo o Senai como catalizador, gerando novas tecnologias, inovações, fomentando a proteção do conhecimento e a transferência de tecnologias.
Com foco em pesquisa aplicada, gestão de inovação, ampliação dos serviços técnicos e tecnológicos e desenvolvimento de novas tecnologias, os institutos Senai de inovação são considerados estratégicos para a competitividade da indústria brasileira. O Rio Grande do Sul vai abrigar os ISIs de Engenharia de Polímeros e de Soluções Integradas em Metalmecânica, ambos em São Leopoldo, e servirão a todo o Brasil.
Quatro cidades gaúchas vão sediar institutos de tecnologia (ISTs) com foco em setores industriais relevantes para o Estado, com atendimento para as demandas na prestação de serviços técnicos e tecnológicos. Serão eles: Madeira e Mobiliário em Bento Gonçalves, Couro e Meio Ambiente em Estância Velha, Refrigeração e Alimentos em Porto Alegre e Automação em Caxias do Sul.
No âmbito deste programa, o Senai atenderá às demandas de maior complexidade da indústria, com atuação em rede entre estes institutos, promovendo a sinergia, a complementariedade de ações e, consequentemente, qualificando o atendimento.
Para comemorar o primeiro ano da rádio Coca-Cola FM no Brasil, a marca lançou mais uma de suas ações brilhantes. Criada pela agência JWT, a campanha faz parte da última edição da revista Capricho.
Um anúncio na parte interna da capa, feito com um papel mais espesso que o comum, pode ser transformado em um amplificador, que garante a diversão dos jovens leitores.
A revista, exclusiva para assinantes convida: "Amplifique sua festa". As instruções para o recurso de áudio, são super simples e podem ser acompanhadas por meio do vídeo criado pela marca.Para comemorar o primeiro ano da rádio Coca-Cola FM no Brasil, a marca lançou mais uma de suas ações brilhantes. Criada pela agência JWT, a campanha faz parte da última edição da revista Capricho.
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O Ministério da Educação (MEC) vai cobrar que a
Lei de Cotas em universidades e institutos federais seja implementada a partir
de 2013. A determinação ainda será regulamentada por meio de decreto a ser
assinado pela presidenta Dilma Rousseff nos próximos dias. Pela lei, 12,5% das
vagas já têm de ser reservadas para estudantes que fizeram todo o ensino médio
em colégio público.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse na
sexta (5/10/2012) que as instituições de Educação superior que já tenham
publicado seus editais terão que fazer ajustes para adequação à lei. Os alunos
que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), previsto para o início de
novembro, já serão avaliados de acordo com as novas regras.
“Não haverá prorrogação [para instituições que já
tenham lançado editais de processos seletivos], porque o fato de já ter
publicado o edital não significa que a instituição já tenha promovido o
vestibular. (…) Todas as universidades federais terão de fazer as adequações
necessárias”, explicou Mercadante.
A Lei de Cotas institui reserva de 50% das vagas
das instituições federais de Educação. Em 2013, esse índice obrigatoriamente
deve ser 12,5% e aumentar progressivamente nos próximos quatro anos até atingir
metade das vagas.
Metade das vagas de qualquer instituição federal
será destinada aos ex-alunos da rede pública, que deverão ser preenchidas por
pretos, pardos e indígenas, em proporção à composição da população na unidade
da Federação em que a instituição se situa. Metade do total de cotas, o que
corresponde a 25% das vagas da instituição, deve ser preenchida com estudantes
vindos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo per capita.
A proporção de vagas será calculada a partir de
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aluno deverá
informar no momento da inscrição a que grupo racial pertence.
Segundo o ministro da Educação, a medida visa a
garantir inclusão social. “O Brasil precisa valorizar a escola pública. São 88%
dos estudantes brasileiros que vão ter o direito de disputar 12,5% das vagas”,
disse.
Em nota divulgada na sexta (5/1/2012), a
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior
(Andifes) informou que as universidades federais cumprirão o que determina a
Lei de Cotas, mas só vai se manifestar após publicação do decreto presidencial
com as normas estabelecidas para a implantação.
De acordo com Mercadante, o MEC vai investir R$
650 milhões em assistência estudantil em 2013 para garantir a permanência dos
alunos no ensino superior. “Pretendemos que esses alunos tenham preferência na
implementação da política de bolsas e que as universidades tenham sistema de
acompanhamento, de tutoria. Em algumas universidades, são os estudantes de pós-graduação
bolsistas que têm a obrigação de fazer a tutoria de estudantes cotistas. Então,
queremos também implementar essa política de reforço pedagógico e tutoria para
garantir o bom desempenho dos cotistas.”
Apesar das dicas de preparação de feiras de
estudos no exterior, agências e palestras de universidades, estudantes
brasileiros que se candidatam a programas de mestrado e doutorado na Europa
ainda encontram algumas surpresas desagradáveis.
Um custo de vida mais alto do que o esperado,
exigências das instituições e dos países e a burocracia para a revalidação do
diploma no Brasil são algumas das queixas mais frequentes, mas o conselho dos
que já passaram pelo processo é quase sempre o mesmo: planejamento redobrado.
Estudantes de programas governamentais como o
Ciência sem Fronteiras chegam à Europa sem a preocupação de conseguirem um
lugar para morar, já que o programa inclui a acomodação. Mas a maior parte dos
pós-graduandos brasileiros na Europa aprende que, ao contrário do que se
imagina, as residências estudantis das universidades não são a opção mais em
conta.
"Muitas vezes, a residência é mais cara do
que alugar um apartamento pequeno ou dividir um apartamento com colegas ou
amigos. E nem sempre se tem facilidades como uma pessoa contratada para fazer a
limpeza", disse à BBC Brasil Diego Scardone, diretor da Associação de
Estudantes de Pós-graduação e Pesquisadores Brasileiros no Reino Unido (Abep).
Clique
aqui para ler a reportagem completa de Camilla Costa para a BBC Brasil em
Londres.
Longa “Virando bicho”, que será exibido durante o
Festival do Rio, exibe panorama da educação brasileira pelo ponto de vista dos
estudantes
Cena com momento de descontração em um dos
cursinhos
mostrados no longa (Foto Divulgação)
Renan queria ser jogador de futebol, mas preferiu
prestar vestibular para engenharia. Olívia deixou a casa da família, no
interior paulista, e se mudou para a capital, enquanto luta por uma vaga em
medicina. Já Carolina escolheu seguir a carreira dos pais e tentar a faculdade
de direito.
A história desses personagens mostra como o
ingresso do jovem na faculdade é cheio de questões que, muito mais do que a
dúvida sobre qual profissão escolher, configuram um verdadeiro raio-x do Brasil
contemporâneo. Este é o mote do documentário “Virando bicho”, que será exibido
nesta segunda (8/10/2012), às 14h45m, e terça (9/10/2012), às 14h30m, no
Estação Sesc Rio, pela Mostra Geração do Festival do Rio.
Clique
aqui para ler, na íntegra, a reportagem de Eduardo Vanini.
Parceria firmada nesta sexta (5/10/2012) entre
Brasil e Alemanha no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras prevê o envio ao
país europeu, nos próximos dois anos, de 2 mil professores de institutos
técnicos federais e de centros de educação do Senai.
Durante cerimônia de assinatura de dois
memorandos, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou que a parceria
vai trabalhar a capacitação dos professores por meio do modelo dual, com aulas
teóricas durante uma parte da semana e, na outra, contato direto com a
indústria por meio de um estágio.
“Temos um grande desafio que é aumentar a
competitividade da economia brasileira, ou seja, aprender a produzir com mais
qualidade e com menor custo. E o melhor caminho é investir na formação dos
trabalhadores, especialmente dos jovens que vão chegar ao mercado de trabalho”,
explicou.
De acordo com o ministro, o governo pretende
iniciar a experiência no modelo dual de formação do ensino técnico no Brasil.
“É um modelo alemão que deu certo, que é um grande êxito. E o Brasil quer
avançar nessa direção”, disse. “Isso acelera a formação e, especialmente para
pequenas e médias empresas, o custo é muito mais barato para ter um
profissional habilitado aos seus desafios tecnológicos”, completou.
A ministra de Educação e Pesquisa da Alemanha,
Annette Schavan, avaliou que a experiência de seu país com o modelo demonstra
que as empresas se engajam ao projeto e passam a investir mais na formação de
jovens profissionais. “A formação teórica e prática combate a falta de pessoal
qualificado”, disse.
Segundo a ministra alemã, a indústria do seu país
demonstrou maior estímulo à contratação de trabalhadores após a implantação do
modelo dual de ensino técnico-profissional.
Portaria publicada nesta quinta (4/10/2012) no Diário Oficial da União institui parceria entre os ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovação em busca de ações de financiamento à pesquisa no âmbito da saúde humana.
A ideia é estimular o intercâmbio tecnológico entre as instituições científicas e tecnológicas (ICTs) e os setores industriais, além de estimular a transferência de tecnologias das universidades e institutos de pesquisa para as indústrias brasileiras.
Segundo o texto, a parceria pretende apoiar a estruturação de centros de inovação de produtos, tecnologias e serviços estratégicos para a saúde criados por ambos os ministérios e pela Anvisa.
Está previsto a formação de uma Comissão Técnica Interministerial, que terá competências como elaborar plano de trabalho e cronograma que especifiquem as linhas e as diretrizes do trabalho, contribuir para o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde, e estimular a substituição de tecnologias e de produtos importados de interesse da saúde por correspondentes nacionais competitivos.
A comissão será formada por três representantes de cada ministério e poderá contar com representantes de outros órgãos federais, estaduais, distritais e municipais, além de entidades públicas ou organizações da sociedade civil. A participação será considerada função relevante, não remunerada.
Maio de 2013. Esta é a data de inauguração do Observatório
Socioambiental de Bonito, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Com área
construída de 1.584,75 metros quadrados, o empreendimento vai absorver R$ 3 milhões
e agregar ainda mais valor à região, reconhecida como polo ecoturístico.
Rio da Prata, em Jardim, município que, junto com outros como os de Bonito e Bodoquena, promove o ecoturismo na Serra da Bodoquena (Foto Challenging your Dreams)
“Dentre suas finalidades, está a concentração de informações relativas ao
desenvolvimento de programas socioambientais das indústrias e disponibilização
de dados relativos a esses programas para pesquisa”, explica o presidente do
Sistema Fiems, Sérgio Longen, organização que está construindo o empreendimento
via Sesi.
O Observatório vai atuar com as seguintes ações:
seminários e encontros técnicos em gestão
socioambiental, palestras e estudos de casos em projetos socioambientais
empresariais;
formação de multiplicadores de estratégias de
gestão socioambiental;
elaborar e divulgar materiais didáticos, a troca
de experiências;
promover exposição de novas tecnologias e técnicas
de gestão socioambiental;
divulgar boletins informativos, módulos de
educação a distância e capacitação de empresários e gestores.
“A localização privilegiada do espaço, irá
contribuir para ofertar aos empresários e gestores empresariais de indústrias
diversos outros serviços, como passeios, trilhas e mergulhos”, analisou o
presidente da Fiems.
Outros resultados esperados com o Observatório
serão a preservação do meio ambiente, a geração de empregos qualificados, o
desenvolvimento social local e regional e a criação de entrepostos formais e
informais de troca de conhecimento socioambiental com geração de riquezas.
Shannon Bari Curran, diretora da Escola Urbana de
Ensino Médio para Lei e Justiça, do bairro do Brooklyn, em Nova York, nos Estados Unidos, conheceu de perto o trabalho realizado pelo
Senai de Roraima, graças a programa de intercâmbio
de experiências educacionais entre os dois países americanos. A gestora Roseane
Ferreira Vasconcelos da Escola Dr. Jorge de Lima, de Maceió, Alagoas, também fez
parte da comitiva.
O desejo de conhecer as ações do Senai na área de
formação profissional aconteceu durante recente apresentação das ações do Pronatec
em uma escola estadual. A Escola Urbana trabalha especificamente para o
conhecimento acadêmico com foco na formação superior. Segundo Shannon, “um
trabalho como o do Senai-RR seria uma oportunidade para aqueles que não
conseguem entrar nas universidades”, por isso ela ficou impressionada com as
ações do Pronatec desenvolvidas pelo Senai.
Essas visitas às escolas da capital e do interior do
estado são coordenadas pela Secretaria de Estado da Educação, por meio da
Coordenação do Prêmio de Gestão Escolar inserido no Departamento de
Desenvolvimento de Políticas Educacionais, iniciativa da embaixada americana e
do Conselho Nacional de Secretários de Educação. Ano passado, Roraima recebeu a
visita de Rodeney Logan, de Nova Jersey, inclusive conhecendo o sistema educacional
brasileiro.
O programa de intercâmbio é realizado desde 1998,
e já levou aos Estados Unidos gestores da rede estadual e municipal de ensino.
Por meio do Movimento A Indústria pela Educação, lançado no final de setembro (28/9/2012), o Sistema Fiesc pretende qualificar 795 mil trabalhadores industriais até 2014. A cerimônia de lançamento ocorreu durante o Fórum Estratégico da Indústria Catarinense, no qual diversos participantes assinaram o documento de adesão ao Movimento e firmaram o compromisso de se engajar na iniciativa.
O presidente do Sistema Fiesc, Glauco José Côrte, afirmou que a Educação é a saída para auxiliar a indústria a ser mais competitiva. "Temos certeza que vamos contar com o apoio e a adesão firme da industrial para melhorarmos a competitividade do setor", disse, destacando que apenas 7% dos jovens entre 15 e 19 anos frequentam cursos de Educação profissional.
"Vamos oferecer quase 200 modalidades de cursos e assumo o compromisso de estruturar as capacitações que a indústria precisar, caso não as tenhamos. Precisamos encher as salas de aula. Necessitamos que a indústria nos ajude a incentivar os jovens e os coloquem à disposição para estudar. Nós vamos qualificá-los", reafirmou ele, lembrando que um trabalhador americano é cinco vezes mais produtivo que um brasileiro.
"Vamos vencer essa barreira para sermos mais competitivos, mas não como um fim em si mesmo, e sim para investirmos mais, para pagarmos melhores salários e para abrirmos mais vagas. Lutamos e trabalhamos para formar um bom profissional e um bom cidadão, comprometido com o desenvolvimento e com a sociedade catarinense", salientou Côrte.
O Movimento tem dois pilares: investir na ampliação da oferta de programas de Educação e incentivar empresas de Santa Catarina a destinar maior atenção a ações voltadas para a área. A intenção é mostrar os ganhos de competitividade que podem ser obtidos a partir da melhoria dos níveis de formação.
"A Educação é o grande desafio da sociedade. Estamos em sintonia com o Movimento que a Fiesc faz e temos o maior reconhecimento. A ação da Federação é um reforço grande à abertura de novos caminhos. Essa parceria nos agrada. Me animo quando vejo esse debate. O Movimento ajuda muito o governo e o Estado de Santa Catarina a fazer as transformações necessárias. Qualifica o debate", declarou o governador Raimundo Colombo.
Segundo pesquisa realizada em 2011 pelo Sistema Indústria, o problema da falta de trabalhadores qualificados – seja por Educação básica ou por formação profissional – afeta 69% das empresas do país. Além de gerar dificuldades de contratação, essa questão também afeta a capacidade das empresas brasileiras de enfrentar seus concorrentes internacionais. Segundo estudo realizado pela consultoria John Snow Brasil, é de 54% a diferença de produtividade entre os trabalhadores que possuem dois anos de escolaridade e os de cinco anos.
Para contribuir com a melhoria do quadro educacional do Estado, Sesi, Senai e IEL (entidades integrantes do Sistema Fiesc) pretendem ampliar a oferta de serviços nas área. A previsão é de registrar 795 mil matrículas entre 2012 e 2014, relacionadas principalmente à formação básica, continuada e técnica dos trabalhadores da indústria. Serão investidos R$ 330 milhões no período.
Além das ações do Sistema Fiesc, todas as indústrias do Estado também serão estimuladas a fazerem sua parte. Elas serão convidadas a se tornarem signatárias do Movimento e apoiarem ações de Educação relacionadas a seus trabalhadores.
As indústrias poderão contribuir, por exemplo, oferecendo infraestrutura necessária para a realização de formação dentro da empresa, promovendo o acesso a cursos e premiando os trabalhadores que continuam seus estudos, entre outras ações. No lançamento, o Movimento já teve a adesão de 41 empresas. Entre as quais Karsten, Buddemeyer, Marisol, Portobello e Battistella, Inplac, Ciser.
O Brasil teve um crescimento econômico nos últimos
anos, mas o país terá dificuldades no futuro se não investir em Educação.
Investir em talentos passou a ser fator de competitividade para o
desenvolvimento. A opinião é de Sylvio de Barros, diretor-titular do Departamento
de Ação Regional (Depar) do Sistema Indústria, que promoveu na terça (2/10/2012)
o Fórum Capital Humano – Ferramentas de Desenvolvimento e Competitividade.
Quais os principais objetivos do evento?
O evento foi idealizado para aproximar as
indústrias, por meio de seus profissionais de recursos humanos (RH), às escolas
mantidas pelas indústrias. Queremos que eles conheçam os produtos e serviços do
Sesi-SP e Senai-SP. Mas, mais do que isso, o objetivo é construirmos, juntos,
um relacionamento dinâmico voltado ao desenvolvimento humano como fator de
competitividade nas organizações.
O conceito Capital Humano no mundo empresarial não
é novo. O senhor acredita que as empresas já assimilaram esse conceito ou essa
nova visão de RH na gestão de suas estratégias e investimentos?
Eu diria que não é uma “nova visão”, mas uma
necessidade para empresas hoje. É uma necessidade que os gestores de RH estejam
presentes em todas as decisões das empresas.
Até que ponto investir em capital humano pode
impactar na competitividade das indústrias e do país?
Hoje o Brasil encontra-se em uma situação
privilegiada. Ocupa a sexta posição na economia global, com um PIB (Produto
Interno Bruto) perto dos US$ 2,5 trilhões, superando países como Inglaterra,
Itália, Rússia, Canadá, Índia, Espanha e Coreia.
Mas, se analisarmos outro ranking internacional, o
da competitividade, veremos, surpresos, que estamos na 48ª posição. E no
ranking da Educação estamos na 116ª posição.
Embora tenhamos alcançado o crescimento econômico,
enfrentaremos uma equação difícil no futuro se não investirmos em Educação. E
diria mais: para suportarmos a nova condição econômica do país, recursos
financeiros e tecnológicos não bastam. Investir em talentos passou a ser fator
de competitividade para o nosso desenvolvimento. É preciso desenvolver mais
competências.
Países como a China e Coreia, que obtiveram forte
crescimento econômico e tecnológico nas últimas décadas, incluíram Educação e formação
profissional como itens estratégicos de desenvolvimento de longo prazo. No Brasil isso não ocorreu. O senhor
considera que o empresariado pode contribuir com isso?
Não só pode como deve. Acredito que o empresário
tem a obrigação de contribuir para capacitação profissional. A indústria já dá
uma importante contribuição mantendo instituições de referência como Sesi e
Senai.
Mas, é necessário que o empresário tenha
conhecimento sobre essas escolas e se integre mais a esse processo,
incentivando seus funcionários a se beneficiar dessa capacitação o que, no
final, beneficiará não só o colaborador como também a empresa. Criar essa
sinergia é exatamente o intuito do Fórum que estamos realizando hoje.
Qual a principal dificuldade das micro e pequenas
empresas em investir na capacitação de seus funcionários?
Sabemos que as indústrias enfrentam alta taxa
tributária e juros que impactam sua competitividade. Mas não há outro caminho.
É preciso investir em competências e em talentos para manterem-se competitivas.
E isso é válido para empresas de todos os portes.
Nesse Fórum convidamos escritórios de contabilidade
que, na prática, executam o trabalho de Departamento Pessoal para as pequenas
empresas. Os empresários devem exigir desses escritórios uma consultoria mais
focada na gestão de Recursos Humanos. E para isso eles podem contar com todas
as ferramentas e serviços do Sesi e Senai.
As pequenas indústrias, com poucos funcionários,
que necessitam dos cursos tecnológicos do Senai, podem se unir a outras
pequenas empresas do mesmo setor e solicitarem, juntas, um módulo específico
dos cursos do Senai para esse grupo.
Elas podem utilizar também o Sistema do Capital Humano, uma plataforma online, por meio do qual localizam as escolas e cursos
de sua região ou cidade, entre outros dados importantes. Para utilizar esse
serviço basta acessar o site do Sistema Fiesp no item Capital Humano. É
gratuito e acessível para todas as indústrias.
Investir em Capital Humano implica em vários
aspectos, como educação tecnológica, inclusão social e de pessoas com deficiências
(PCDs) e até qualidade de vida e cultura.
Quais as informações e serviços sobre esses tópicos serão
disponibilizados para as empresas durante o Fórum?
O Fórum está abordando temas pertinentes à visão
moderna de RH e das relações de trabalho. Estamos mostrando o Sesi e o Senai
como ferramentas para tornar as empresas mais competitivas e oferecendo
atendimento exclusivo com os responsáveis dessas escolas.
Convidamos representantes do Ministério do
Trabalho e Emprego e do INSS para esclarecer as dúvidas das empresas sobre a
aplicação da Lei de Cotas e a melhor forma de implementá-la.
Contamos também com a participação dos
profissionais da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP) que trazem
informações específicas à gestão de Recursos Humanos, como os entraves
encontrados ao longo do processo e a nova visão do papel do Capital Humano nas
empresas.