Crianças em idade pré-escolar são capazes de tirar
conclusões com base em análises estatísticas. Elas também aprendem por
experimentos individuais e observação dos colegas. Essas são as características
que levaram a pesquisadora Alison Gopnik, do Departamento de Psicologia da
Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, a concluir que os
pequenos têm uma maneira de pensar e aprender muito similar à dos cientistas.
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Segundo a pesquisa, as crianças, mais do que os adultos, são capazes
de propor teorias incomuns para resolver problemas (Foto: Shutterstock)
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A constatação, que enfatiza a importância das
experiências vividas pelas crianças de até 6 anos, pode ter implicações na
maneira como se estrutura o ensino infantil. Para se chegar a esse resultado,
publicado na última edição da revista Science, Alison fez uma revisão de
dezenas de pesquisas anteriores que avaliaram os mecanismos de pensamento das
crianças pequenas.
Ela defende que as crianças, mais do que os
adultos, são capazes de propor teorias incomuns para resolver problemas.
"Esse tipo de pensamento hipotético reflete sobre o que poderia acontecer,
e não sobre o que realmente aconteceu. E esse é um tipo de pensamento muito
poderoso que usamos na ciência", diz Alison. Ela completa que a própria
brincadeira de faz de conta, aquela atividade espontânea em que as crianças
costumam se engajar, é "uma reflexão sobre esse raciocínio e compreensão
profundos".
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revista Época