quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Tecnologias sociais: professores ainda podem se inscrever no 3º Concurso Aprender e Ensinar

As inscrições para o 3º Concurso Aprender e Ensinar – Tecnologias Sociais, promovido pela revista Fórum e Fundação Banco do Brasil, estão na reta final. Professores de todo o país têm até 26/11/2012 para participar do prêmio, que já recebeu mais de 3 mil inscrições.


Neste ano, os seis vencedores ganham viagem para a Tunísia, onde participarão do Fórum Social Mundial 2013, entre os dias 23 a 28 de março. Além disso, 64 finalistas recebem tablets e todos os inscritos, assinatura semestral da revista Fórum e livro sobre tecnologias sociais.

O concurso reconhece, apoia e dissemina o uso de tecnologias sociais na Educação, além de ser um espaço para que educadores exponham ideias e ações que geram frutos e repercussão na comunidade.

Podem participar professores da Educação básica, vinculados à rede pública, institutos federais, escolas técnicas públicas e espaços não formais de Educação, como Educação de Jovens e Adultos (EJA) e organizações não governamentais.

Clique aqui para fazer sua inscrição.


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Olimpíada do Conhecimento: São Paulo sedia maior competição de Educação profissional e tecnológica das Américas

Entre estudantes do Senai e do Senac, os 640 participantes da 7ª Olimpíada do Conhecimento, principal competição de Educação profissional e tecnológica das Américas, começam nesta quarta (14/11/2012) as provas na cidade olímpica instalada no Anhembi, em São Paulo, capital. A competição é bienal e organizada pelo Senai e patrocinada por indústrias. Os primeiros colocados nas 54 ocupações em disputa estarão classificados para disputar vagas na equipe do Brasil que vai ao WorldSkills 2013, o maior torneio mundial de profissões que ocorre a cada dois anos ímpares, em Leipzig, na Alemanha.



O evento ocupará vai até domingo (18/11/2012) 76 mil metros quadrados, em que estão montadas mais de 450 toneladas de equipamentos, incluindo 1,1 mil máquinas industriais. Além de mais de 4 mil pessoas entre competidores, técnicos, avaliadores e organizadores, são esperados cerca de 250 mil visitantes.

Acompanhados de seus técnicos, os jovens realizaram o que chamam de “ambientação”, ou seja, o reconhecimento do maquinário e computadores que serão utilizados na execução das tarefas definidas para as provas. Na área de tornearia mecânica, o docente Tiago Conte, do Senai de Santa Catarina, orientava Guilherme Erng, um dos 18 competidores dessa ocupação. “São quatro dias de foco total: fazer a prova durante o dia, comer, estudar à noite e dormir. Festa apenas no último dia, com medalha no peito”, diz Guilherme.

Bruno Yuji Otari Ramalho, 20 anos, do Senai de São Paulo,  compete na modalidade construção de moldes. Ele está há cinco anos no Senai e conta que sua rotina é toda centrada na escola. “Acordo às 5h para estar no Senai (Escola Roberto Simonsen, no Braz) às 7h e só saio de lá às 22h. O Senai é minha vida”, diz. Aos sábados, ele retorna à escola para dar aula de formação continuada.

Bruno pensa em representar o Brasil
na Alemanha (Fotos Divulgação)

Treinando há três anos, Bruno acredita estar em condições técnicas de ser campeão e ir para o WorldSkills 2013. “A rotina de treinamento é pesada, mas o lado bom é que o treinamento não vale só para a Olimpíada, mas para a carreira.” Ao mesmo tempo em que se preparava para a Olimpíada do Conhecimento, o jovem também faz o curso técnico em mecânica, sua segunda formação.

“Tive o exemplo em casa. Meu pai e meus tios cursaram o Senai”. O pai de Bruno é projetista em uma fábrica de automóveis, mas começou num curso de mecânica automotiva. “Vou seguir o exemplo dele e fazer engenharia de automação”, revela Bruno.

Na prova da Olimpíada do Conhecimento, Bruno terá de fazer o projeto de usinagem de um produto após receber o desenho, construir o molde e depois injetar o material plástico para dar forma ao produto final, que ainda será polido e espelhado. No processo, ele e os demais competidores usarão computadores, fresadeiras e injetoras.

Além da Olimpíada, os visitantes poderão acompanhar ou participar de eventos simultâneos na cidade olímpica. No Cyber Senai estão instalados os mais modernos equipamentos e softwares utilizados nos cursos de educação profissional como o espaço 3D, que apresenta ao aluno de Educação a distância a realidade virtual em lente de aumento.

O Senai também trouxe ao Cyber simulador de escavadeira, pelo qual o aluno aprende a operar o equipamento, virtualmente. No Cyber Café, o cardápio será apresentado numa mesa digital, e os visitantes também poderão acessar o hotsite da 7ª Olímpiada do Conhecimento, com informações atuais sobre as atividades da competição.

WordSkills Americas
Pela segunda vez, a WorldSkills Americas reúne paralelamente à Olimpíada do Conhecimento, estudantes de cursos de formação profissional dos países do continente americano. Durante quatro dias, eles irão competir executando tarefas do dia a dia do trabalho nas empresas dentro de prazos estabelecidos e padrões internacionais de qualidade. Este ano, 216 competidores de 20 países diferentes irão disputar provas de robótica móvel, confeitaria, sistema de transporte da informação, eletricidade predial e outras 30 profissões da WorldSkills Americas. O Brasil terá a maior delegação.

As regras da competição envolvem o descritivo da ocupação, a relação de infraestrutura, as regras de saúde e segurança do trabalho e as variáveis de cada profissão. Não existe exigência de escolaridade, mas o limite de idade para representar o país, como não completar 23 anos no ano da competição, com exceção de mecatrônica na qual o limite é não completar 25 anos.

A delegação do Panamá, composta por 12 pessoas (seis avaliadores e seis competidores), conta com duas mulheres. Entre elas, está a avaliadora de Eletricidade predial Teodolina Rodriguez, que treina o competidor Arturo Adames, de 19 anos. Sobre a expectativa em participar do WordSkills no Brasil, ela revela: “O Brasil tem muitas indústrias, isso nos deixa um pouco nervosos. Mas estamos preparados”, afirma com entusiasmo.

Shernet e Nicholas na cidade olímpica
Apesar de Eletricidade predial ser uma área predominantemente masculina, Teodolina, que leciona na área há alguns anos, afirma que o desempenho das mulheres é igual ou até superior ao dos homens, pois normalmente elas são mais organizadas e mais curiosas. “Na minha classe no Panamá, de 20 alunos, apenas quatro são mulheres. Essa é uma área muito interessante, que tem que lidar com muitas instalações e, por isso mesmo, exige muita segurança”, comenta Teodolina Rodriguez.

Também da Eletricidade predial, o jamaicano Nicholas Johns, de 20 anos, treina sob a orientação de Shernet Clarke-Lunan há 18 meses. Está a primeira vez que a Jamaica compete com nesta ocupação no WordSkills. “A responsabilidade é grande, mas eu me sinto preparado, porque a minha treinadora é realmente especial”, declara Nicholas. Os dois estão pela primeira vez no Brasil e se sentiram emocionados com a receptividade.

“Durante a cerimônia de abertura, a gente sentiu muito amor e isso com certeza vai nos inspirar durante a competição”, acrescenta o competidor jamaicano.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Educadores de sucesso: Prêmio destaca empreendedores sociais


A presidenta do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep), Cybele Amado de Oliveira, recebeu o Prêmio Empreendedor Social 2012 em cerimônia realizada nesta quarta (7/11/2012), no Museu de Arte de São Paulo (MASP). Em seu discurso, Cybele fez questão de compartilhar a premiação com os outros finalistas, os parceiros institucionais e toda a Rede Colaborativa do Icep – formada por gestores municipais, secretários de educação, equipes técnicas, coordenadores pedagógicos, diretores, professores, pais e alunos. Como ela disse: “Este prêmio é da educação brasileira!”

Cybele (foto) tem 45 anos, é pedagoga, casada, dois filhos. A educadora é mentora e principal líder do Icep, instalado na Bahia, que busca contribuir para a melhoria da qualidade da Educação pública, por meio do apoio à formação continuada de educadores e de gestores educacionais, bem como da criação e da mobilização de redes colaborativas.

Seu trabalho, que inova ao promover a formação de leitores e escritores autônomos no ensino fundamental 1, beneficia hoje cerca de 76 mil pessoas com forte influência em políticas públicas na Bahia e em Pernambuco.

Na mesma festa, o sociólogo Fernando Botelho – idealizador do software livre F123 – ganhou o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro, e o médico Antonio Sergio Petrilli, do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc) foi o vencedor da categoria Escolha do Leitor. Os outros finalistas foram Almir Suruí e Ivaneide Cardozo (Metareilá e Kanindé), Luís Fernando Guedes Pinto (Imaflora), Mariana Madureira e Marianne Costa (Raízes).

Promovido pela Folha de S. Paulo em parceria com a Fundação Schwab, o Prêmio Empreendedor Social e o Prêmio Folha Empreendedor Social de Futuro oferecem muitos benefícios a finalistas e vencedores, como cursos de gestão, assessorias de imprensa e jurídica e participação em congressos do Terceiro Setor. Como vencedora, Cybele poderá também cursar o MBA na IE Business School em Madri, na Espanha, e participar do Fórum Econômico Mundial, em 2013, em Davos, na Suíça.

Clique aqui ler a reportagem Tecelã da Educação sobre Cybele Amaro, publicada na Folha de S. Paulo.


A escola que funciona: a Educação Proibida




A Educação Proibida é um documentário que se propõe a questionar as lógicas da escolarização moderna e a forma de entender a Educação, mostrando diferentes experiências educativas, não convencionais que propõem a necessidade de um novo modelo educativo.


O projeto foi realizado por jovens que partiram da visão de quem aprende e que embarcaram numa pesquisa que cobre oito países realizando entrevistas com mais de 90 educadores de propostas educativas alternativas. O filme foi financiado coletivamente graças a centenas de co-produtores e tem licenças livres que permitem e incentivam sua cópia e reprodução.

A Educação Proibida se propõe alimentar e lançar um debate de reflexão social sobre as bases que sustentam a escola, promovendo o desenvolvimento de uma educação integral centrada no amor, no respeito, na liberdade e na aprendizagem.

Fonte Docverdade



Clique a aqui para descobrir e participar da Rede de Educação Viva: Reevo 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Mercado de trabalho: como crescer na profissão em um cenário competitivo

O mundo do trabalho tem apresentado nas últimas décadas um panorama mutante, exigente, competitivo e global. “O mercado passou por mudanças revolucionárias nas últimas décadas e o novo cenário é consequência da tecnologia eletrônica e dos avanços na comunicação em tempo real.” Esse foi um dos alertadas que o professor e consultor em desenvolvimento de pessoas e organizações, Ronaldo Negromonte, destacou no programa Café Empresarial, do Ciemg, nesta terça (6/11/2012), em Belo Horizonte. Autor do livro Estratégias de sobrevivência no mundo do trabalho – 10 dicas para você vender seu peixe, Negromonte apresentou aos participantes do encontro estratégias inteligentes de crescimento profissional em um cenário competitivo.

O escritor apontou a necessidade de mudanças comportamentais. “Muitos jovens chegam ao mercado muito ansiosos, ao mesmo tempo em que vejo profissionais de outra geração que ainda sentem dificuldades com as novas tecnologias. É importante alinhar as competências técnicas às humanas, sendo as segundas muitas vezes mais valorizadas.”

Entre as dicas de Negromonte, está a necessidade de cada profissional encontrar seu espaço. “Acredito que existe um lugar ideal, um espaço com o nosso nome gravado esperando por nós no mercado de trabalho”. Com isso, ele aconselha a se permitir sonhar também no mundo do trabalho, e a sair de situações e postos que geram insatisfações constantes. Saber que existe espaço no mercado pode motivar e fazer com que as energias sejam direcionadas para uma meta.

A criatividade também é incentivada pelo especialista. Onde há a cultura do medo não existe espaço para novas iniciativas. “As boas ideias costumam encontrar quem as está procurando. Posturas muito rígidas afastam as ideias, assim como preconceitos e tradições inúteis”, argumenta.

Para Negromonte, a palavra do momento é mudança. Especialmente no mercado competitivo, os profissionais precisam ter a capacidade de pensar e resolver problemas, para ajudar empresas e organizações a inovarem. Por último, ele lembrou: “São muitas horas dedicadas ao trabalho. É possível manter a alegria e a satisfação. O trabalho não pode ser um fardo.”


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Inovação colaborativa: “gênio isolado é um mito”, destaca especialista norte-americano


Para um dos nomes mais importantes da atualidade em teorias para a inovação, Steven Johnson, professor na New York University e autor do livro "De onde surgem as boas ideias", não é possível motivar inovações sem atividades coletivas. "O gênio isolado é um mito. As boas ideias surgem da interação entre grupos, entre pessoas de áreas diferentes e, às vezes, de ambientes onde mais misturadas estão estas pessoas. Há padrões históricos que comprovam que o coletivo trabalha com mais eficiência do que o individual.”

Somente em sua abertura, 5º Congresso Internacional reuniu mais de 2 mil pessoas (Foto Divulgação)

No sentido de adequar sistemáticas de incentivo à inovação, Johnson sugere que as empresas criem espaços de convivência capazes de aproximar o mais simples operador de máquina ao mais intelectual gestor administrativo, por exemplo. “Algumas empresas bem sucedidas por um tempo interrompem esse ciclo por medo. Elas têm um bom produto, e um modelo de negócios que funciona, então imaginam que não devem interferir nesse sucesso. Elas ignoram as mudanças no mundo exterior, acabam saindo de contexto e aí pode ser tarde demais", alertou.

Johnson apresentou suas propostas no 5º Congresso Internacional de Inovação, encerrado no final de outubro, em Porto Alegre. A realização foi do Sistema Fiergs, por meio do IEL-RS, Sesi-RS e Senai-RS e que reuniu em seu primeiro dia cerca de 2 mil pessoas. "Quando este Congresso chega à sua quinta edição, mantendo o expressivo número de participantes que vemos reunidos aqui, temos a certeza de que o Sistema Fiergs adotou o caminho correto nessa iniciativa de provocar a sociedade do Rio Grande do Sul a se reinventar sistematicamente", afirmou o presidente do Sistema, Heitor José Müller.

Ainda segundo Müller, a educação criativa é o fator essencial para que o fenômeno da inovação aconteça. "Torna-se imperativo criar uma rede de eficiência desde o ensino fundamental até o superior, passando pelos cursos de formação técnica”, destacou. “Hoje, da nossa população na faixa dos 18 aos 24 anos de idade, apenas 12% estão no ensino superior. Enquanto isso, na Argentina são 40%, no Chile 61%, e nos Estados Unidos, 90%.”

O evento, cujo tema foi Economia Criativa: Ideias e Ideais Gerando Riquezas, também teve como parceiro o Reino Unido, representado por seu embaixador no Brasil, Alan Charlton. Ele destacou a relevância de se abrir caminhos para a interatividade, a interdisciplinaridade e as relações internacionais como caminho para aprofundar pesquisas e novas descobertas. "Desde que o Brasil anunciou o programa Ciência sem Fronteiras, há alguns meses, mais de dez mil jovens estudantes deste país estão matriculados em universidades britânicas. Isso gerou grande interesse de meu país em aumentar os laços com o Brasil por meio da Educação. Este Congresso é uma oportunidade de integração e informação com riqueza de conhecimento", afirmou.

Também participaram do Congresso o secretário estadual da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, a diretora executiva da Digital Media Zone (DMZ), Valerie Fox, que desenvolveu o site oficial das Olimpíadas de Sydney, diretor de inovação do Sistema Indústria, Paulo Mol, e representante da empresa Boo-Box, que está entre as 50 mais inovadoras no ranking da revista Fast Company.


Da Carta na Escola: O financiamento do novo Plano Nacional de Educação*


O crescimento da produção econômica, vale dizer, de bens e serviços, só vale realmente a pena se a ele corresponder o desenvolvimento social e cultural do país e a promoção do bem estar da sociedade. Assim, com um aumento da participação da Educação pública no PIB (Produto Interno Bruto), o que deverá ocorrer, pelo menos em grande parte, por um aumento da arrecadação pública, podemos ganhar de vários lados.

Se esse aumento for bem dirigido, as fábricas de móveis produzirão menos mesas de bar e mais carteiras escolares; nossas crianças e jovens passarão mais tempo participativos e atentos às atividades propostas por um professor do que a joguinhos em celular, em computador ou a programas pouco instrutivos da televisão; construtoras, pedreiros e engenheiros se ocuparão mais com construções escolares do que com shopping centers; as confecções produzirão mais uniformes escolares do que roupas de grife. E, o que é o melhor, haverá boas universidades e licenciandos bem preparados para educar as próximas gerações e garantir um futuro melhor para o país.

Enfim, poderemos trocar más práticas por práticas melhores e todos ganharíamos. Muitos países fizeram isso e deu certo. Por que não fazer aqui também? Mas, claro, essa é uma opção ideológica e dependente de classe e de quem a toma.

*Clique aqui para ler, na íntegra, o artigo de Otaviano Helene, professor do Instituto de Física da USP, foi presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp) e do Inep/MEC, e de Lighia B. Horodynski-Matsushigue, professora do Instituto de Física da USP, membro dos Gripo de Trabalho de Política Educacional da Adusp e do Andes-SN.


Do Twiter

TOM CAVALCANTE @TomCavalcante1

É preciso girar e amadurecer a economia fortalecendo profissionais no ensino médio. Ter instrução é prioridade. Alô, informação. Alô, formação.

Educação a distância: Senai lança mais 40 cursos em diversas setores tecnológicos



O Senai criou mais 40 cursos a distância em diversas áreas tecnológicas para você melhorar sua qualificação profissional e conseguir uma boa colocação no mercado de trabalho. Entre eles, os de controle ambiental, logística, petróleo e gás, mecânico e redes de computador.





Clique aqui para conferir a lista completa com as informações de cada um dos cursos, ou aqui para fazer sua inscrição.


Mais empregos: seis setores da indústria devem criar 625 mil vagas até 2015


Construtoras, prestadoras de serviços à indústria, montadoras de veículos e as fábricas de máquinas e equipamentos, de alimentos e bebidas e de roupas e acessórios serão responsáveis por 52% das vagas que devem ser criadas na indústria até 2015. Isso significa a criação de 625 mil postos de trabalho, informa o novo recorte do Mapa do Trabalho Industrial 2012, lançado pelo Senai, que revela os setores da economia com maior demanda por novos profissionais.


A pesquisa estima que a indústria brasileira vai criar 1,1 milhão de empregos para profissionais de nível técnico e de média qualificação nos próximos três anos.  Além disso, prevê que o setor precisará qualificar 6,1 milhões de trabalhadores para acompanhar os avanços tecnológicos. “A criação das novas vagas depende da continuidade da estabilidade econômica e da retomada do crescimento no país. Assim, os setores de maior demanda são aqueles intimamente ligados ao consumo das famílias”, explica o diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi.

O Mapa do Trabalho foi elaborado pelo Senai para subsidiar o planejamento da oferta de formação profissional da instituição. A pesquisa também pode apoiar os jovens brasileiros na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances de ingresso no mercado de trabalho.

Entre os profissionais de nível técnicos, a ocupação que lidera a demanda, com mais de 16 mil vagas, é a de técnico em construção civil. Esse profissional é responsável por desenvolver levantamentos topográficos, elaborar planilhas de orçamento e controle, e supervisionar a construção de edificações.

Importante fato revelado nesse recorte do Mapa do Trabalho Industrial é que as três ocupações de nível técnico com maior demanda por trabalhadores qualificados exigem conhecimento de matemática e programação em computador. A necessidade por esse perfil profissional segue a tendência de aumento da demanda por qualificação, que, para o período 2012-2015, é 24% maior que a registrada em 2008-2011, quando a necessidade de profissionais ficou em 5,8 milhões.

Já entre os profissionais cuja formação é feita em cursos profissionalizantes com mais de 200 horas, a maior necessidade é por operadores de máquinas de vestuário (25 mil vagas), seguidos dos operadores de instalações e máquinas de produtos plásticos e de borracha (11 mil vagas) e dos marceneiros (10 mil).


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Inclusão profissional: Senai qualificou mais de 9 mil pessoas com deficiência no primeiro semestre de 2012


Com o seu programa de ações inclusivas (Psai), o Senai qualificou 9.622 pessoas com necessidades educacionais especiais. Isso representa 65% do número total de qualificados em 2011.

Os dados mostram um aumento do número de qualificados anualmente. Em 2007, foram 10.176; 2008, 10.896; 2009, 12.530; 2010, 13.049; e em 2011 14.830 pessoas. “A pessoa com deficiência (PcD)está mais esclarecida e começou a buscar seus direitos, pois percebe que ela é capaz. A qualificação é o primeiro passo para a inserção dos PcDs no mercado de trabalho”, avalia  a gestora nacional do Psai, Adriana Barofaldi.

A área de panificação e confeitaria é uma das mais procuradas pelas
pessoas com necessidades educacionais especiais (Foto Divulgação)

O programa, criado em 1999, atende à legislação que ampara aos PcDs para adaptação e flexibilização curricular. Para isso, o SENAI qualifica seus colaboradores e educadores em todo o país. “Os PcDs podem fazer qualquer curso oferecido pela organização, desde que atendam o pré-requisito exigido pela ocupação. Basta procurar as nossas escolas ou se cadastrar em nosso site”, informa Adriana.

O Psai já recebeu três prêmios e-Learning Brasil, que elege os melhores trabalhos de organizações empresariais e de ensino do país, que usam recursos tecnológicos para promover o aprendizado dos alunos.

O Psai amplia a qualificação profissional dos deficientes em cursos regulares do Senai e a inserção no mercado de trabalho. O programa também beneficia mulheres, negros e índios, quebrando a barreira do preconceito, e a re-qualificação profissional de pessoas idosas.


Bienal Brasileira de Design: próxima edição será em Santa Catarina

Florianópolis sediará em 2015 a 5ª Bienal Brasileira de Design (BBD), considerado o maior evento nacional na área. A candidatura catarinense foi aprovada em recente reunião do comitê gestor da Bienal, que acatou os argumentos apresentados pelo Sistema Fiesc, Governo de Santa Catarina e Associação Catarinense de Design (SC Design).

A BBD é uma ação de políticas públicas e faz parte do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil) e do Ministério da Cultura (MinC).

Design de carros no Brasil: uma das mostras da BBD de Belo Horizonte destaca uma visão histórica da evolução do design do automóvel no Brasil, com a história dos modelos e dos seus criadores, privilegiando os talentos individuais, que contribuíram para a construção da identidade do design automobilístico brasileiro, a partir de temas como a Responsabilidade Social – desenvolvimento e sustentabilidade – pesquisa e desenvolvimento de produtos e de novas tecnologias (Foto Divulgação)

"É um evento de cerca de 45 dias e que deve receber um público na ordem de 100 mil pessoas", explica o diretor de Educação e tecnologia do Senai-SC, Antonio José Carradore, que defendeu a candidatura de Santa Catarina na capital mineira. "Queremos mobilizar as empresas para o design, que é um fator crítico para a competitividade", afirma.

A partir da aprovação da sede, as organizações parceiras na realização e outras apoiadoras definirão locais, data, programação, tema e orçamento da edição. Como estratégia para a divulgação, definição do conceito e antecipação dos debates da Bienal estão previstos para os próximos meses seminários regionais nas cidades de Florianópolis, Joinville, Blumenau, Criciúma, Chapecó e Lages.

As organizações promotoras da BBD em Santa Catarina argumentaram que o estado possui o quarto maior parque industrial de transformação do país em quantidade de empresas e o quinto maior contingente de trabalhadores na indústria. Além disso, possui o quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro (o segundo com maior participação da indústria no PIB), o segundo maior índice de Educação básica e a segunda menor taxa de analfabetismo. Santa Catarina concentra 119 instituições que oferecem cursos técnicos (com 39 mil matrículas) e 95 instituições de ensino superior (205 mil matrículas). E os cursos de moda são frequentados por 7,5 mil alunos.

Também serviram como argumento de defesa da candidatura catarinense o programa de implantação de oito institutos de tecnologia e dois institutos de inovação pelo Senai e o Movimento a Indústria pela Educação, pelo qual o Sistema Fiesc pretende ampliar o número de matrículas nos programas educacionais que oferece, além de engajar as indústrias para a causa. A meta é oferecer 800 mil matrículas no triênio 2012-2014.

A Bienal

O BBD concentra as principais realizações da área cultural e do setor produtivo de empresas, aponta tendências, provoca discussões, propicia a capacitação e promove a Marca Brasil com o melhor da produção de design nacional no período.

Desde a primeira edição na capital paulista em 2006, o evento vem ganhando expressividade. Em 8 mil metros quadrados no Parque Ibirapuera, a primeira edição reuniu 35 mil visitantes, que puderam conhecer 600 produtos. O número de produtos expostos dobrou em 2008, em Brasília, onde a mostra atraiu 40 mil visitantes.

Em andamento em Belo Horizonte, (de 19 de setembro a 31 de outubro), a atual edição conta com nove mostras paralelas, focadas no tema Diversidade Brasileira. A mostra Da mão à máquina, realizada no Palácio das Artes, reúne a produção brasileira dos últimos dois anos a partir do artesanato, chegando à indústria, e apresenta segmentos ligados ao mobiliário, utensílios para a casa, moda e meios de transporte.


Economia criativa: inovações sociais e tecnológicas são destaques em congresso internacional de Porto Alegre


Um torno didático, uma selecionadora de remédios automática, um gaveteiro automatizado, um quadro branco que apaga sozinho e um canhão de água com controle remoto são as inovações que o Senai do Rio Grande do Sul está apresentando no 5º Congresso Internacional de Inovação, hoje e amanhã (30 e 31/10/2012), no Teatro do Sesi, em Porto Alegre.

A Mostra Indústria de Ideias vai apresentar projetos produzidos por técnicos, docentes, alunos e empresas parceiras do Senai-RS. O Sesi também leva suas inovações, como o Centro Cultural, a Mostra de Ações Inclusivas, o Cozinha Brasil, apresentações artísticas e o Estilo Saudável Sesi.

Com o tema Economia Criativa: Ideias e Ideais Gerando Riquezas, o evento, promovido pelo Sistema Fiergs, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), Sesi-RS e Senai-RS, aborda assuntos como consumo colaborativo, Educação e tecnologia na construção do futuro, economia verde e indústria do entretenimento.

Steven Johnson, professor da New York University, crítico cultural com coluna no New York Times e no The Wall Street Journal, jornais dos EUA, e autor do livro De onde vêm as boas ideias? é uma das atrações. Johnson defende o acesso irrestrito dos jovens aos videogames e sites de relacionamento. Conforme ele, este tipo de mídia possui virtudes intelectuais e cognitivas diferentes, mas não inferiores à leitura.

A diretora do Collaborative Lab, Lauren Anderson, também estará no congresso falando sobre "Como o Consumo Colaborativo está influenciando a Indústria?" e Gerd Leonard, considerado um pensador líder e um dos principais futuristas de mídia do mundo, abordará "Indústria do Entretenimento". O fundador da Physon Eletronics, empresa que produziu a primeira unidade flash USB (pen drive) com a tecnologia system on chip do mundo, K. S. Pua, vai contar sua história.

O evento terá o Reino Unido como país parceiro, como parte da Temporada UKBrasil, desenvolvendo o tema Indústria Criativa no dia 31. O painel terá palestra de Nitin Dahad, que vai falar sobre Como o Reino Unido se tornou líder mundial na criação de novas experiências e aplicações em mídias digitais, e de Mark Hillary sobre a cobertura dos jogos olímpicos pelas mídias sociais. Três cases serão apresentados: Pandorga Technologies, FabriQate e Alle Design, por Patricia Bruscato.

Clique aqui para saber mais sobre o congresso internacional.


Inovação e sustentabilidade: fórum discute casos de pequenas empresas e cadeia de valor*


“Não discutimos inovação por ser algo moderno, ou mesmo um fator de distinção tecnológica. Inovação é decisiva quando falamos de sustentabilidade, pois viabiliza rumos na transição para um novo padrão de desenvolvimento.” Esta reflexão, trazida por Paulo Branco, do GVces, fundamenta o projeto Inovação e Sustentabilidade na Cadeia de Valor (ISCV), que chegou ao fim de seu primeiro ciclo de trabalho no último dia 16 de outubro com a realização do Fórum de Inovação e Sustentabilidade, em São Paulo.

O evento trouxe casos de pequenas e médias empresas (PMEs) com práticas inovadoras em sustentabilidade na cadeia de valor de grandes empresas, e reuniu representantes de diferentes segmentos para dialogar sobre as oportunidades e desafios da promoção de inovação e sustentabilidade na relação entre fornecedor e grande empresa.

No Fórum também foi lançada a primeira publicação do projeto, que apresenta os resultados do Ciclo 2012, sob a temática da gestão de fornecedores, e pela apresentação dos trabalhos previstos para o Ciclo 2013.

Ao promover a inovação para a sustentabilidade a partir das PMEs que estão na cadeia de valor de grandes empresas, o projeto ISCV apoia o surgimento de "ecossistemas de inovação com foco em sustentabilidade, onde exista a cooperação mesmo durante a competição", de acordo com Paulo Branco, coordenador da iniciativa.

"Neste ciclo, nossa proposta foi a construção de um relacionamento mais cooperativo entre as grandes empresas e seus fornecedores de menor porte, indo além do tripé clássico preço-prazo-qualidade, que sempre pautou este relacionamento, e agregando preocupações sociais e ambientais no processo de compra das grandes empresas".

A importância do trabalho está em valorizar a capilaridade das PMEs, que representam a maior parte das empresas operando no país, e a capacidade das grandes empresas de influenciar este universo de PMEs, inclusive no campo da inovação e da sustentabilidade.

Neste sentido, as duas primeiras oficinas promovidas pelo projeto tiveram como foco os desafios da construção de uma gestão de fornecedores que fosse voltada para a inovação em sustentabilidade, reunindo as grandes empresas para uma discussão coletiva. Na terceira e última oficina, foi a vez das PMEs apresentarem seu ponto de vista sobre essa questão.

Os resultados deste processo estão organizados na publicação "Inovação e Sustentabilidade na Cadeia de Valor Ciclo 2012 - Gestão de Fornecedores", lançada no Fórum (clique aqui para saiba mais). "A publicação traz um apanhado do que temos na vanguarda da sustentabilidade corporativa e aborda os dilemas, os desafios e as necessidades da questão da sustentabilidade na cadeia de suprimento das empresas", explica Paulo Branco.

Além da discussão teórica, a publicação também traz nove casos de práticas inovadoras em sustentabilidade selecionados pela equipe do projeto ao longo de 2012 – Atina Ativos Naturais, Ouro Verde Amazônia, TerpenOil Tecnologia Orgânica, PackLess, RL Higiene, Nord Electric, Brasil Ozônio, Tramppo Gestão Sustentável de Lâmpadas, e Estação Resgate Otimize.

*Clique aqui para ler a reportagem do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da FGV


Meio ambiente: empresas pedem incentivos à economia de baixo carbono*

Por Daniela Chiaretti | De São Paulo - 25/10/2012

A proposta é parte de um estudo que recomenda políticas públicas com foco em florestas

Um grupo de 36 grandes empresas no Brasil está sugerindo ao governo que coordene suas políticas fiscal e de crédito de modo a estimular a economia de baixo carbono, ambientalmente mais limpa e que emita menos gases-estufa.  A proposta é parte de um estudo que recomenda políticas públicas com foco em florestas.  É assinado por bancos, siderúrgicas, fabricantes de cosméticos, empresas químicas e de telecomunicações e será lançado hoje, em São Paulo.

"Não dá para esperar o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono se o governo concede créditos mais atraentes para atividades que emitem mais", diz Renato Armelin, coordenador do programa sustentabilidade do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas, o Gvces.  Esse é o núcleo que coordena as Empresas pelo Clima (EPC), uma articulação de empresas que busca soluções para questões climáticas com base em critérios sustentáveis.

"A ideia é que boas práticas florestais sejam privilegiadas em detrimento de atividades intensivas em carbono", continua o biólogo e administrador de empresas Armelin.  O estudo "Propostas do Setor Empresarial de Políticas Públicas Para uma Economia de Baixo Carbono no Brasil: Florestas" não diz, mas outros trabalhos indicam que a maior parte do crédito agrícola na região amazônica é dirigido à pecuária extensiva, atividade identificada como um dos vetores do desmatamento da floresta.

O estudo de 40 páginas enumera nove propostas para que as florestas possam ser manejadas de forma mais sustentável.  Segundo o inventário nacional de emissões, 61% das emissões de gases-estufa do Brasil estão relacionadas a desmatamento ou atividades que promovam a mudança do uso da terra - como a modificação de uma paisagem agrícola para uma urbana ou a remoção de uma floresta para uso agrícola.  As maiores oportunidades para o Brasil cumprir sua meta de redução de emissões está nas florestas.  "E se existe uma meta de redução nacional, e se não for obtida com a redução do desmatamento, indústria e agricultura serão mais pressionados para que se atinja a meta", argumenta.

Outra proposta do estudo é promover o mapeamento de áreas prioritárias para a recuperação florestal, considerando a sua vocação para agricultura ou conservação.  "O mapeamento daria mais foco à tomada de decisão sobre a floresta, seria um belo subsídio."

Outra sugestão é que o governo federal faça uma normatização definitiva sobre instrumentos econômicos que valorizam a floresta, como o marco legal que promova a redução de emissões por desmatamento e degradação (conhecido por Redd) ou a prestação de serviços ambientais (PSA).  O que existe hoje são legislações estaduais sobre esses temas, mas não há normatização federal.  "Ela é necessária para que as empresas possam ter clareza para apoiar as decisões que envolvam florestas", explica.

As empresas pedem também estudos para o aprimoramento nas técnicas para medir a emissão de gases-estufa relacionados a atividades florestais e mais investimentos para promover a regularização fundiária e combater a invasão de terras.  Outro ponto é o estímulo à exploração dos diferentes potenciais econômicos das florestas.  "Floresta não é só estoque de carbono e madeira.  Ela presta diversos serviços à sociedade", lembra o coordenador.  Podem ter, por exemplo, uma exploração relacionada ao ecoturismo e lazer.

A EPC agrupa empresas de setores diversos, como o HSBC, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, a Vale, Petrobras e Braskem, a Natura e o Boticário , Vivo, Oi e TIM, AES, Brasil Foods e EcoRodovias.

*Fonte Valor Online


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