terça-feira, 7 de maio de 2013

Mercado de trabalho: cadeia do leite é a que mais evita o êxodo rural, mas precisa de qualificação


A cadeia produtiva do leite tem características peculiares, que fazem com que seja importante sua manutenção e crescimento no Rio Grande do Sul. A necessidade de grande número de profissionais e familiar faz com que sua produção esteja presente em mais de 120 mil estabelecimentos familiares no estado. Sua produção também exige proximidade e aumenta a integração da cadeia, concentrando todos os elos da produção na mesma região.

Produção de leite e derivados exige trabalho 365 dias por ano (Foto Expointer 2012 Divulgação)

“A cadeia produtiva do leite é muito exigente em mão de obra, 365 dias por ano. Não é adequada para o meio patronal. É mais adequada à agricultura familiar. E a agricultura familiar é muito importante onde tem estrutura fundiária mais democrática”, explica o economista da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Carlos Paiva.

Produção de leite e derivados exige trabalho 365 dias por ano (Foto Expointer 2012 Divulgação)

A participação da cadeia produtiva do leite no Produto Interno Bruto do estado está em cerca de 3%, “bastante expressiva”, segundo Paiva. De acordo com o IBGE, o Rio Grande do Sul é o segundo estado em produção de leite no país. Em 2011, foram produzidos 4 bilhões de litros – 12,5% da produção nacional – que geraram R$ 6 bilhões.

Em 2012, de acordo com João Milton Cunha, coordenador da câmara setorial do leite da Secretaria Estadual de Agricultura, a cadeia do leite respondeu por 2,13% do PIB gaúcho. Ele também destaca que está comprovada ser a atividade que mais fixa o homem no campo. Além disto, está presente em 90% dos municípios do Rio Grande do Sul.

Cadeia leiteira precisa de qualificação
Apesar dos números positivos, Paiva acredita que é preciso mais estímulos. Do contrário, há a opção cada vez maior pela produção da soja, em detrimento do leite, além de se manter uma produção de baixa qualidade. “A soja está explodindo em demanda, o preço é muito elevado, mas ela vai à granel para a China. Os chineses não querem comprar a soja já beneficiada, eles fazem óleo de soja e tofu melhor que nós. Ao menos parte da cadeia leiteira precisa ser beneficiada no local. Ela fomenta a indústria local, a soja não. Tem que ter ação do Estado para a cadeia leiteira”, afirma.

Segundo Paiva, é preciso qualificar a questão da sanidade e de formação profissional. Também é preciso melhorar a qualidade dos produtos derivados do leite. “A gente não produz queijos finos”, exemplifica. Ele afirma que não há uma política para a qualificação da indústria de lácteos, apenas isenções fiscais, e afirma que atividades que são a vocação natural do estado precisam ser priorizadas. “Atividades como as do Polo Naval são importantes, mas é incerto por quanto tempo serão competitivas. O leite é uma vocação natural do estado”, compara.

Clique aqui para ler na íntegra a reportagem publicada no Sul 21.


Professor e o mercado de trabalho: pesquisa da USP mostra desinteresse de alunos em seguir o magistério

Foto Divulgação

Pesquisa feita na Universidade de São Paulo (USP) mostra que metade dos alunos de licenciatura nas áreas de matemática e física não pretende ou tem dúvidas quanto a seguir a carreira de professor de Educação básica. Dos que cursam licenciatura em física, 52% não pretendem ser professores ou tem dúvidas. Em matemática, o percentual é 48%. A pesquisa ouviu 512 estudantes recém-ingressantes da USP, incluindo também alunos de pedagogia e medicina.

A pesquisa Atratividade do Magistério para a Educação Básica: Estudo com Ingressantes de Cursos Superiores da USP, da pedagoga e mestre em Educação pela Faculdade de Educação da USP Luciana França Leme, selecionou as duas disciplinas de licenciatura em função da escassez de professores nas áreas de exatas. A estimativa do Ministério da Educação (MEC) é que o déficit de professores nas áreas de matemática, física e química seja de cerca de 170 mil.

A baixa remuneração do magistério, as más condições de infraestrutura das escolas e o desprestígio social da profissão estão entre os motivos apontados pelos estudantes para a falta de interesse em seguir a carreira. Segundo a pedagoga, a dificuldade de implementar em sala de aula o ensino da matemática e da física e a concorrência com profissões como as do mercado financeiro também afastam das salas de aula quem se forma nessas áreas.

“Pesquisados disseram que escolheram o curso porque gostam de matemática e física. Mas gostar é uma coisa, outra é o ensino dessas matérias que engloba habilidade como o pensar a matemática, as ciências, e saber ensinar a matemática e verificar como o aluno está aprendendo”, destacou. “Outro fator é o mercado de trabalho. Um aluno formado na USP, nessas disciplinas, pode trabalhar com pesquisa, pós-graduação, no mercado financeiro. A profissão de docente acaba concorrendo com outras opções”, disse Luciana. A questão de gênero também é apontada pela pesquisadora. “Física e matemática tem muitos alunos homens e as mulheres seguem mais a carreira de professor.”

Na avaliação da pesquisadora, reverter esse quadro de desinteresse pelo magistério requer um plano de atratividade com metas claras e de longo prazo. “É importante uma articulação de vários fatores, igualar os salários com os de profissionais com a mesma formação, reconhecimento e fortalecimento profissional, e despertar o interesse pela profissão ao longo da vida estudantil”, disse.

A carência de professores nas áreas de exatas como matemática, física, química e biologia é uma preocupação do MEC que elabora um programa para, desde o ensino médio, atrair os estudantes a seguirem o magistério nessas áreas. O programa terá oferta de bolsas de auxílio e parceria com universidades, como adiantou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao participar de audiência pública na Câmara dos Deputados, em abril.



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Educação integral: Projeto do Sesi-SP inaugura 9ª escola somente neste ano


Ensino fundamental em tempo integral, com os alunos permanecendo na escola nos períodos da manhã e tarde participando de vivências complementares de esporte, arte, cultura e tecnologia, além das refeições diárias compostas de café da manhã, almoço e lanche da tarde.

Em síntese, esta é a metodologia do sistema Sesi de São Paulo de ensino, aplicada em todas as
escolas da organização. Tudo engloba processos de ensino, aprendizagem e pesquisa, na concepção educacional pela qual toda criança ou adolescente é capaz de aprender se lhe forem oferecidas boas situações de aprendizagem. Outro diferencial é o material didático desenvolvido exclusivamente pelo Sesi-SP.

Este projeto acaba de chegar ao município de Pirassununga, a 200 quilômetros da capital paulista. A nova unidade educacional do Sesi de São Paulo – a nona inaugura somente no ano de 2013 – vai beneficiar 1.094 crianças e jovens. São 463 vagas no ensino fundamental em tempo integral e 192 no ensino médio articulado coma Educação profissionalizante, a cargo do Senai-SP.

A escola ainda conta com áreas de convivência,
biblioteca, laboratórios, ambientes multidisciplinares
e quadra poliesportiva coberta (Foto Everton Amaro-Fiesp)


Para o presidente do Sistema Fiesp, Paulo Skaf, a Educação de qualidade se faz com professores capacitados e satisfeitos. “Dedicar-se inteiramente a projetos educacionais é de uma satisfação incomensurável”, afirmou Skaf, destacando que “Brasil sustentável só é possível com ensino de qualidade”.

A escola do Sesi Pirassununga conta com 16 salas de aula, duas áreas de convivência, biblioteca escolar com acervo atualizado, laboratórios de informática educacional, de ciência e tecnologia, de química e biologia e de física. Há ainda salas multidisciplinares, de artes cênicas, de atendimento aos pais, cozinha e refeitório e quadra poliesportiva coberta.

No ensino fundamental em tempo integral, os alunos permanecem o dia todo na escola realizando vivências complementares de esporte, arte, cultura e tecnologia, além das refeições diárias compostas de café da manhã, almoço e lanche da tarde.

Somente este ano já foram inauguradas oito unidades do Sesi nos municípios de Presidente Epitácio, Mococa, Tambaú, Guararapes, Votuporanga, Vinhedo, Americana e Bragança Paulista e uma do Senai, em Ourinhos.



sexta-feira, 3 de maio de 2013

Graduação tecnológica: Faculdade Senai-RS tem novos cursos com diferencial para o mercado


A Faculdade Senai de Tecnologia Porto Alegre está com as inscrições abertas para três novos cursos de graduação, cujo vestibular será em 15 de junho. Os novos cursos de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Redes de Computadores e Sistemas Embarcados se juntam aos de Automação Industrial e de Sistemas de Telecomunicações. A Faculdade ficou entre as cinco mais bem conceituadas pelo Ministério da Educação no Rio Grande do Sul, no último recredenciamento, em fevereiro. As inscrições vão até 11 de junho, e podem ser feitas em www.senairs.org.br/vestibular. A Faculdade disponibiliza computadores para inscrições presenciais, no período das 8h às 21h de segunda a sextas-feiras. O custo da inscrição é R$ 30.

Diferencial
A Faculdade do Senai do Rio Grande do Sul oferece ainda acesso gratuito a curso de inglês, produção textual e nivelamento de matemática para todos alunos, além do programa CCNA integrado ao currículo dos cursos de Sistemas de Telecomunicações e Redes de Computadores, visando à preparação do aluno para a Certificação Cisco.

O tecnólogo é um profissional de nível superior com habilidades e competências requeridas pelo mercado. Ele é formado em graduação tecnológica (regulamentada pelo MEC) que o habilita para concursos, pós-graduação, emprego e empreendedorismo.



quinta-feira, 25 de abril de 2013

Cursos gratuitos: são mais de 3.700 vagas na Bahia


O Senai da Bahia vai abrir na próxima segunda (29/4/2013) seu processo seletivo para preenchimento de 3.790 vagas nos cursos de aprendizagem industrial de nível básico. Os interessados terão até o próximo 15 de maio para se inscreverem, exclusivamente pela internet, respeitando o limite máximo de dez inscrições por vaga.

Todos os cursos são gratuitos e não há taxa de inscrição para o processo seletivo. As provas serão realizadas em 26 de maio de 2013.


terça-feira, 23 de abril de 2013

Qualificação profissional: jovens de oito municípios paulista ganham mais de 60 cursos


Município localizado a 370 quilômetros de São Paulo, capital, Ourinhos acaba de ganhar um novo centro de treinamento do Senai-SP. Com 2.500 metros quadrados, a unidade de ensino profissionalizante e tecnológico é composta por oficinas e laboratórios, nos quais serão ministrados mais de 60 cursos. As áreas são: automação, eletroeletrônica, vestuário, segurança no trabalho, tecnologia de informação e outras. 

O centro de Ourinhos também vai beneficiar indústrias e comunidades de oito municípios da região: Canitar, Chavantes, Salto Grande, Ribeirão do Sul, Pirajú, Ibirarema, Campos Novos Paulistas e Palmital (Foto Everton Amaro/Sistema Fiesp)

De acordo com a Associação das Indústrias de Ourinho e Região (Aior), se sobressaem economicamente os setores de açúcar e álcool, óleo de soja, ovos, leite, destilado de cana e café. Dois distritos industriais abrigam empresas já consolidadas e em fase de implantação. Para a associação, a localização estratégica e a malha rodoferroviária são favoráveis tanto para quem produz como para quem distribui riquezas. “Essa logística faz de Ourinhos o autêntico Portal do Mercosul, oferecendo vantagens naturais aos potenciais investidores”, destaca a Aior.

O Senai de Ourinhos está preparado para recebe cerca de 1.350 alunos e, segundo estimativa da organização, aproximadamente 85% dos alunos egressos estão empregados. Números comemorados pela prefeita da cidade, Belkis Fernandes, que destacou a importância dos investimentos realizados na área da Educação pelo Sesi-SP e pelo Senai-SP para o desenvolvimento social e econômico das cidades do interior. Skaf destacou ainda que “milhares de alunos passam por estas escolas e têm mais oportunidade na vida, conseguem melhores empregos, melhores salários, têm mais autoestima”.

Como a aluna do curso de eletromecânica, Nathália Ramos Marques. Atenta ao mercado de trabalho, Nathália aposta que o curso do Senai-SP será um diferencial no seu currículo na hora de buscar o seu primeiro emprego: “Aqui eu aprendi coisas que nunca imaginei. Essa área vai me abrir vários parâmetros para escolher o que eu vou fazer do meu futuro.”

Para Ingrid Fernanda de Souza Bezerra, colega de curso de Nathália, a principal lição que levará do Senai para a sua vida é a importância do companheirismo e do trabalho em equipe: “A gente aprende aqui que você depende muito do seu parceiro para concluir o trabalho, não é uma coisa individual. Quando você aprende a trabalhar em equipe e ser companheira, você cresce muito mais”.

Fonte Sistema Fiesp


Dia da Educação: faça a sua parte todos os dias




segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mercado de trabalho: Petrobras e Senai fecham convênio para ampliar capacitação profissional


A Petrobras e o Senai do Rio de Janeiro assinaram no início deste mês de abril de 2013 convênio para o desenvolvimento de 14 simuladores de operações e ambientes virtuais. De acordo com a Petrobras, os novos simuladores serão utilizados para capacitação de profissionais da indústria de óleo e gás nos próximos cinco anos. Serão investidos R$ 83,6 milhões, proveniente da aplicação de recursos associados aos investimentos obrigatórios em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e em treinamento em um montante de 1% do faturamento dos campos que pagam participação especial.

O núcleo já conta com três simuladores, pelos quais já passaram mais de 4 mil empregados da Petrobras, desde 2006: Simulador de Lastro, Planta de Processamento Primário e Centro de Treinamento em Instalações Elétricas (Foto Agência Petrobras)
Este investimento viabilizará a qualificação de profissionais do setor, focado tanto no aumento da eficiência quanto na segurança operacional. Os simuladores ficarão instalados no Núcleo de Treinamento Offshore Nelson Stavale Malheiro, no Centro de Tecnologia do Senai de Benfica, capital fluminense. No mesmo ambiente estão instalados outros três simuladores, pelos quais já passaram mais de 4 mil empregados da Petrobras, desde 2006: o Simulador de Lastro, o de Planta de Processamento Primário e o Centro de Treinamento em Instalações Elétricas.

Segundo o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, "é importante termos mão de obra qualificada para conseguir tripular nossas sondas, plataformas, embarcações e outras, sejam elas próprias ou afretadas”, destacando que “os simuladores são importantes nos quesitos de segurança e confiabilidade das operações.”

Para o presidente do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, “a parceria com a Petrobras ganha um novo patamar com esses 14 novos simuladores para situações reais de trabalho".

De acordo com informações da Petrobras, os novos simuladores buscam acelerar a curva de aprendizado das equipes de operação, de modo a atender à demanda de capacitação decorrente das novas unidades da Petrobras que entrarão em operação até 2020 – conforme anunciado no Plano de Gestão 2013-2017.

Os simuladores são capazes de capacitar operadores, técnicos e engenheiros em técnicas de operação offshore e de emergências por meio de ações que ocorrências do dia a dia. Também reduz os custos de treinamento, já que as empresas do setor não precisarão encaminhar os profissionais para o exterior.


Plano de Negócios e Gestão 2013-2017
Em recente encontro na sede do Sistema Firjan, a presidenta Graças Foster anunciou que a Petrobras irá investir US$ 236,7 bilhões no período de 2013-2017. Dando continuidade ao Plano de Negócios anterior, o atual prevê a manutenção das metas de produção de óleo e gás natural; a não inclusão de novos projetos, exceto para exploração e produção de óleo e gás natural no Brasil; a incorporação dos resultados dos programas estruturantes Procop, Proef, PRCPoço e Infralog; e a ampliação do escopo do Programa de Desinvestimentos (Prodesin).

“A filosofia do nosso plano é exatamente a mesma do ano passado, com as mesmas prioridades. A prioridade absoluta é a área de Exploração e Produção”, disse Maria das Graças, ressaltando que 62,3% (US$ 147,5bi) do total do investimento é em Exploração e Produção.


domingo, 21 de abril de 2013

Dica de livro: relendo Pedagogia da Autonomia


Por Julio Sosa

Em Pedagogia da Autonomia (1996), Paulo Freire dá uma aula de como ser simples, singelo, direto e perfeitamente elucidativo. Aborda de seu jeito todo especial a prática educativa. Temos uma visão clara, mas nem sempre lembrada pelos docentes, da necessidade de respeitarmos os saberes que o aluno traz para a escola. Tarefa árdua que exige do professor e da professora a obrigação de abandonar o papel daquele e daquele que são os donos do conhecimento e repartir com o aluno e aluna a obrigação de ser sujeito do ensino-aprendizagem.

Um dos saberes indispensáveis à prática educativa segundo Freire (p.24) é necessidade de o professor saber que “ensinar não é transferir” conhecimento, mas criar um ambiente para que ele possa sim ser produzido ou construído, na partilha entre educando e educador. “Quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado” (p.25). 

Portanto, repito, ensinar passa longe de simplesmente transferir conhecimento, como ocorre, necessariamente, na Educação Bancária. Quando Paulo Freire a afirma e reafirma que não há docência sem discência, que lembrar aos professores e professoras, que “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”. (p.25)

Clique aqui para continuar lento texto do professor Sosa.



sexta-feira, 19 de abril de 2013

Inclusão: para senador, Educação federalizada combate desigualdades


A proposta de federalização da educação básica no Brasil voltou a ser defendida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) na última sexta (12/4/2013), em recente debate no Interlegis. O parlamentar salientou que "a Educação desigual é a mãe de todas as desigualdades", o que, em sua avaliação, demanda a substituição do atual sistema educacional por uma rede de ensino federal com bons equipamentos e bons salários.

Buarque classificou como vergonhosa e imoral a Educação no Brasil, alertando que a situação prejudica a competitividade do país e resulta em "importação de conhecimento". Ele ressaltou que, diferentemente do que ocorre no futebol, as oportunidades na Educação não são iguais para todos os brasileiros:

- O Brasil tem os melhores craques de futebol do mundo e não tem um Prêmio Nobel - lamentou.

O senador citou melhorias na Educação brasileira nas últimas décadas, como o aumento do número de estudantes, a disseminação da merenda escolar e a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), mas considera os avanços lentos demais para as mudanças que o país precisa. Ele acredita que em 20 ou 30 anos será possível trocar o sistema escolar atual por um no qual o professor fará parte de uma carreira da União capaz de "pagar bem e exigir muito".

Buarque também chamou a atenção para a precariedade das escolas, opinando que a descentralização, por meio da transferência de recursos da União aos estados e municípios, "tem mantido pobres os pobres e ricos os ricos". O senador afirmou que “não dá para ensinar num prédio feio, desconfortável e sem equipamento”.

Ainda segundo Buarque, com um salário de R$ 9 mil – um valor que considera factível "na sexta maior economia do mundo" – será possível atrair bons professores para as novas escolas. Ele acrescentou que a reforma na Educação vai liberar dinheiro dos municípios, que poderão usar os recursos para outros fins, observando, no entanto, que a gestão das escolas deve ser independente das decisões de Brasília. Cristovam prevê que uma proposta de Educação igualitária sofrerá oposição por aumentar a concorrência intelectual contra a classe média, mas acredita que é possível um convencimento a favor da matéria.

Participaram do debate, através de videoconferência, representantes do setor educacional de vários estados.

Fonte Agência Senado


Dica de livro: Bolsa-Escola – História, Teoria e Utopia


Desde que se tornou um programa importante no Brasil e no Mundo, a Bolsa-Escola, denominada depois de Bolsa-Família, passou a ter diversas histórias diferentes.

Neste pequeno livro, Cristovam Buarque põe os pontos nos iii e descreve a verdadeira história da Bolsa-Escola.

Mais que isso, ele mostra que desde seu início, a Bolsa-Escola tinha uma Teoria por trás e uma Utopia adiante.

Onde encontrar o livro, por R$ 4,99:

www.thesaurus.com.br/livro/3065/bolsa-escola-historia-teoria-e-utopia  

http://busca.gatosabido.com.br/web/Resultado.aspx?q=bolsa-escola

www.ebookcult.com.br/produto/Bolsa-Escola-historia-teoria-e-utopia-159968


segunda-feira, 15 de abril de 2013

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Centavo a centavo: saiba como ensinar o valor do dinheiro às crianças


Gastar, poupar, usar bem o dinheiro, evitar compras por impulso. Se muitos adultos se sentem em dúvida na hora de aplicar esses conceitos no cotidiano, para as crianças tais expressões são uma incógnita. Assim como outros conhecimentos apreendidos ao longo da vida, a educação financeira deve ser aplicada aos pequenos tanto na escola quanto em casa, como ensina o administrador e educador financeiro Álvaro Modernell.

“Quer educar? Dê o exemplo”, aconselha Modernell. “Um casal que se mostra organizado financeiramente transmite isso para os filhos”, completa. Segundo o educador, não há um consenso sobre a idade ideal para começar a falar sobre dinheiro com as crianças, mas a fase mais indicada é a partir do 1° ano do ensino fundamental. Modernell dá a dica ainda de usar exemplos aplicados ao dia a dia da criança para tratar do tema, além de abusar de ferramentas lúdicas, como jogos e livros divertidos. “Quanto mais diversificados forem os canais, maiores são as chances de sensibilizar as crianças”, diz ele sobre o uso também de páginas da internet, feiras de troca e outros meios.

E quanto à mesada? No vídeo abaixo, saiba o que Modernell fala sobre o assunto



“Tem que dar a mesada, mas também educação”, afirma Modernell. Ou seja, é importante orientar a criança, pois não é possível esperar que ela saiba se organizar adequadamente sozinha. Um outro conselho é de não incluir o dinheiro do lanche na mesada das crianças e deixar claro que o valor para alimentação deve ser usado para esse fim, para evitar que os pequenos acabem guardando a quantia para outros gastos e "pulem" a merenda. O especialista faz também a seguinte sugestão para a periodicidade da contribuição:

A maturidade de cada criança deve ser levada em conta caso a caso

Outro ponto que costuma despertar dúvidas é como agir quando a família está passando por dificuldades financeiras. Embora muitos pais prefiram "proteger" seus filhos do problema, segundo o educador é importante que as crianças tenham noção da situação, ainda que superficialmente. A indicação é fundamental para que os pais evitem cair na armadilha de se endividar por medo de frustrar os desejos ou alterar a rotina dos filhos, nos casos em que um ajuste no orçamento é necessário. 

Modernell alerta ainda para os riscos de oferecer uma recompensa financeira aos filhos por um bom desempenho na escola ou por sua ajuda nas tarefas domésticas. Segundo ele, pode ser dada sem problemas uma quantia como presente, mas com atenção. “Não é errado presentear a criança, mas, sim, condicionar”. Para exemplificar, o educador menciona casos em que crianças deixaram suas notas caírem para chantagear os pais por mais dinheiro.

Mesmo quando os pequenos já recebem dinheiro da família há algum tempo, a vigilância precisa continuar. Caso as crianças estejam usando o dinheiro de uma forma considerada inadequada pelos pais, estes podem controlar os gastos de perto e até mesmo considerar cortar a mesada, diz Modernell. Para mudar os hábitos dos pequenos, no entanto, não adianta adotar medidas drásticas. Para evitar que as crianças abandonem os novos hábitos em pouco tempo, é importante implementar as mudanças gradualmente e, assim, ajudá-las a se tornar adultos financeiramente saudáveis.

Fonte Portal EBC


Cinema Infantil: ainda dá tempo de inscrever o seu filme em festival internacional


As inscrições para a 11ª edição do Festival Internacional de Cinema Infantil – FICI 2013, estão abertas até o dia 19 de abril. Podem participar do festival curtas e longas metragens brasileiros destinados ao público infantil, com bitola de exibição de 35 mm, DCP ou DVD, mas apenas os curtas concorrem ao Prêmio Brasil de Cinema Infantil, nas três mostras competitivas do festival: Animação, Histórias Curtas e Mostra Teen.

As inscrições podem ser feitas no www.fici.com.br. Após preencher os formulários os candidatos devem encaminhar uma cópia do filme em DVD para o seguinte endereço: Festival Internacional de Cinema Infantil, Rua Marquês de São Vicente, 431, Loja A, Gávea, Rio de Janeiro. CEP 22451-041

Os prêmios oferecidos são serviços de laboratório no valor equivalente a R$ 5 mil, uma cortesia do Grupo Labocine. Os longas-metragem participam apenas para exibições em caráter não-competitivo. A mostra conta com o apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

O festival será realizado entre os meses de agosto a novembro de 2013, em dez cidades brasileiras: Rio de Janeiro, Niterói, Brasília, São Paulo, Campinas, Santos, Belo Horizonte, Aracaju, Salvador e Natal. Serão aceitas inscrições de produções finalizadas em qualquer data e em qualquer formato, desde que não tenha participado de edições anteriores e que possam ser exibidas tanto em DVD como em 35 mm.

As inscrições podem ser feitas no www.fici.com.br. Após preencher os formulários os candidatos devem encaminhar uma cópia do filme em DVD para o seguinte endereço: Festival Internacional de Cinema Infantil, Rua Marquês de São Vicente, 431, Loja A, Gávea, Rio de Janeiro. CEP 22451-041.

O Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI) já exibiu mais de 450 filmes para um público superior a 1 milhão de espectadores. Conta com uma seleção de filmes internacionais inéditos, especialmente dublados para o festival e uma programação que inclui sessão de dublagem ao vivo, permitindo o público acompanhar de perto o trabalho dos dubladores. A mostra conta com várias oficinas e uma especialmente dedicada às crianças, que se chama 'O Pequeno Cientista', onde o tema do filme é abordado em experiências científicas, acompanhadas por um especialista.



Avanços na Educação: seminário vai comemorar os 10 anos de governo democrático e popular


O Brasil comemora em 2013 uma década de governo democrático e popular. Nesta segunda (15/4/2013), em Belo Horizonte, ocorrerá seminário para debater os avanços e desafios da Educação nesses 10 anos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidenta Dilma Rousseff estarão presentes ao encontro, organizado pelo Partido dos Trabalhadores, pela Fundação Perseu Abramo e pelo Instituto Lula.

O governo Lula marcou o início de uma mudança importante na maneira de tratar a Educação no Brasil, ampliando e democratizando o acesso à Educação em todos os níveis, uma preocupação que vem se consolidando com o governo da presidenta Dilma Rousseff.

A Educação deixou de ser segmentada artificialmente, de acordo com a conveniência administrativa ou fiscal, e passou a ser vista como uma unidade, da creche à pós-graduação. A Educação tratada como prioridade revelou-se, por exemplo, no orçamento do Ministéro da Educação, que passou de R$ 33,1 bilhões em 2002, para 86,2 bilhões em 2012.


Ensino superior
Graças ao Programa Universidade para Todos (Prouni), mais de um milhão de bolsas integrais e parciais já foram oferecidas a estudantes de baixa renda. Além disso, o Reuni ampliou para mais de 240 mil as vagas em universidades federais, o que representa mais do que o dobro das vagas existentes há 10 anos. Em 2012, outros 370 mil estudantes se beneficiaram do Fies, Programa de Financiamento Estudantil, que em 2003 tinha apenas 50 mil contratos fechados.

Ensino profissional e técnico
Lula criou 214 escolas federais, número maior do que o de todas as escolas já criadas na história do Brasil. Dilma prevê a criação de outras 208 até 2014. Graças a um acordo com o Sistema S (formados pelas organizações voltadas para o ensino representantes da indústria, do comércio e serviços e do transporte, além do setor rural), já foram abertas mais de um milhão de vagas gratuitas desde 2009.

Ensino básico
No ensino básico, o complemento da União investido no Fundeb – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, passou de R$ 500 mil reais, em 2003, para 10,5 bilhões, em 2012, um aumento de mais de 20 vezes.

Outros destaques:
  • O orçamento do MEC passou de 33,1 bilhões de reais para 86,2 bilhões de reais (valores corrigidos)
  • Gasto público passa de 4,8% do PIB para 6,1% do PIB. A meta é alcançar 7% do PIB
  • Foram criadas 14 novas universidades, com 126 novas extensões dos campi
  • Duplicou número de vagas nas universidades federais
  • 1,1 milhão de bolsas para estudantes de baixa renda nas faculdades particulares (Prouni)
  • 6,7 milhões de universitários atualmente – eram 3,5 milhões em 2002
  • Fies – 25 bilhões de reais emprestados a 760 mil universitários
  • 290 novas escolas técnicas, com 1 milhão de alunos
  • Pronatec – 2 milhões de alunos matriculados
  • Ensino básico – 116 bilhões de reais para Fundeb 2013
  • Evasão escolar nos primeiros anos do ensino fundamental caiu de 8,2% para 1,6
  • 50% dos recursos do pré-sal assegurados em Lei para a Educação
  • Valorização do magistério, com a formação inicial e continuada de professores e a regulamentação do piso salarial



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