sexta-feira, 12 de abril de 2013

Centavo a centavo: saiba como ensinar o valor do dinheiro às crianças


Gastar, poupar, usar bem o dinheiro, evitar compras por impulso. Se muitos adultos se sentem em dúvida na hora de aplicar esses conceitos no cotidiano, para as crianças tais expressões são uma incógnita. Assim como outros conhecimentos apreendidos ao longo da vida, a educação financeira deve ser aplicada aos pequenos tanto na escola quanto em casa, como ensina o administrador e educador financeiro Álvaro Modernell.

“Quer educar? Dê o exemplo”, aconselha Modernell. “Um casal que se mostra organizado financeiramente transmite isso para os filhos”, completa. Segundo o educador, não há um consenso sobre a idade ideal para começar a falar sobre dinheiro com as crianças, mas a fase mais indicada é a partir do 1° ano do ensino fundamental. Modernell dá a dica ainda de usar exemplos aplicados ao dia a dia da criança para tratar do tema, além de abusar de ferramentas lúdicas, como jogos e livros divertidos. “Quanto mais diversificados forem os canais, maiores são as chances de sensibilizar as crianças”, diz ele sobre o uso também de páginas da internet, feiras de troca e outros meios.

E quanto à mesada? No vídeo abaixo, saiba o que Modernell fala sobre o assunto



“Tem que dar a mesada, mas também educação”, afirma Modernell. Ou seja, é importante orientar a criança, pois não é possível esperar que ela saiba se organizar adequadamente sozinha. Um outro conselho é de não incluir o dinheiro do lanche na mesada das crianças e deixar claro que o valor para alimentação deve ser usado para esse fim, para evitar que os pequenos acabem guardando a quantia para outros gastos e "pulem" a merenda. O especialista faz também a seguinte sugestão para a periodicidade da contribuição:

A maturidade de cada criança deve ser levada em conta caso a caso

Outro ponto que costuma despertar dúvidas é como agir quando a família está passando por dificuldades financeiras. Embora muitos pais prefiram "proteger" seus filhos do problema, segundo o educador é importante que as crianças tenham noção da situação, ainda que superficialmente. A indicação é fundamental para que os pais evitem cair na armadilha de se endividar por medo de frustrar os desejos ou alterar a rotina dos filhos, nos casos em que um ajuste no orçamento é necessário. 

Modernell alerta ainda para os riscos de oferecer uma recompensa financeira aos filhos por um bom desempenho na escola ou por sua ajuda nas tarefas domésticas. Segundo ele, pode ser dada sem problemas uma quantia como presente, mas com atenção. “Não é errado presentear a criança, mas, sim, condicionar”. Para exemplificar, o educador menciona casos em que crianças deixaram suas notas caírem para chantagear os pais por mais dinheiro.

Mesmo quando os pequenos já recebem dinheiro da família há algum tempo, a vigilância precisa continuar. Caso as crianças estejam usando o dinheiro de uma forma considerada inadequada pelos pais, estes podem controlar os gastos de perto e até mesmo considerar cortar a mesada, diz Modernell. Para mudar os hábitos dos pequenos, no entanto, não adianta adotar medidas drásticas. Para evitar que as crianças abandonem os novos hábitos em pouco tempo, é importante implementar as mudanças gradualmente e, assim, ajudá-las a se tornar adultos financeiramente saudáveis.

Fonte Portal EBC


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