Em Pedagogia da Autonomia (1996), Paulo
Freire dá uma aula de como ser simples, singelo, direto e perfeitamente
elucidativo. Aborda de seu jeito todo especial a prática educativa. Temos uma
visão clara, mas nem sempre lembrada pelos docentes, da necessidade de
respeitarmos os saberes que o aluno traz para a escola. Tarefa árdua que exige
do professor e da professora a obrigação de abandonar o papel daquele e daquele
que são os donos do conhecimento e repartir com o aluno e aluna a obrigação de
ser sujeito do ensino-aprendizagem.
Um dos saberes indispensáveis à prática
educativa segundo Freire (p.24) é necessidade de o professor saber que “ensinar
não é transferir” conhecimento, mas criar um ambiente para que ele possa sim
ser produzido ou construído, na partilha entre educando e educador. “Quem forma
se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado”
(p.25).
Portanto, repito, ensinar passa longe de simplesmente transferir
conhecimento, como ocorre, necessariamente, na Educação Bancária. Quando Paulo
Freire a afirma e reafirma que não há docência sem discência, que lembrar aos
professores e professoras, que “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende
ensina ao aprender”. (p.25)
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