quinta-feira, 23 de maio de 2013

Dica de cinema: Fale com elas

por Matheus Pichonelli

Crianças subestimadas e professores treinados para colorir a realidade: o assustador universo escolar retratado em O Que Traz Boas Novas

A curta sinopse no site do cinema me preparou para encarar um drama ao estilo esfola-alma: um professor da Argélia cai de paraquedas em uma turma do (equivalente ao) ensino fundamental em Montreal, no Canadá, para substituir uma professora que, dias antes, morrera de forma trágica. À primeira vista, O Que Traz Boas Novas, filme de Philippe Falardeau em cartaz em São Paulo, parecia mais uma história sobre superação de primeiras impressões, preconceitos, unificação de valores e conquistas que só a escola consegue desencadear.

Era também, mas não só.



A sala de aula, como se sabe, é um laboratório de conflitos humanos que, cedo ou tarde, desembocam no que equivocadamente costumamos chamar de vida real. Em 2008, Laurent Cantet conseguiu fazer de Entre os Muros da Escola uma radiografia social a partir dos desafios de um professor diante de uma geração assentada em uma nova dinâmica de interlocução, tecnologias e valores. Surpreendentemente, O Que Traz Boas Novas fez jus à tradição sem se apresentar apenas como um drama sobre alunos e professores – nem apenas sobre um suposto choque cultural entre Ocidente e Oriente no ambiente escolar.

O filme é, a bem dizer, um grande grito contra uma forma sistemática, invisível e não-assumida de encarceramento adulto e juvenil. Explico. Logo nas primeiras cenas, sabemos que a professora das crianças, por motivos misteriosos, se enforcou durante o intervalo na sala de aula. A sequência é um exercício desesperado dos adultos responsáveis pelas crianças – direção, corpo docente, pais e funcionários – de descaracterização da cena. Na impossibilidade de se trocar de sala, o local do crime recebe novas tintas, nova posição de cadeiras e um novo professor, Bachir Lazhar (Mohamed Fellag). A ele é dada a missão de evitar com que as crianças toquem no assunto. A única profissional autorizada a lidar com elas é uma psicóloga de métodos duvidosos que promete apagar as feridas do episódio. Aos demais, cabe agir mais ou menos como os pintores que mudaram as cores das paredes da sala: dourar a pílula e tentar seguir adiante.

Mas como, se naquela sala de aula alguém, aparentemente querida pelos alunos, acabava de cometer um ato de violência extrema?

Ao longo do filme, o novo professor terá como desafio driblar o luto da escola e firmar uma autoridade mambembe, frequentemente contestada pelo fato de não ser daquele país. Não demoramos para perceber que, como aqueles estudantes, ele também guarda traumas mal assimilados de seu passado na Argélia. E que mal consegue manifestar com palavras, gestos e expressões o que o levou a fugir do seu local de origem. É como se o silêncio, o rodeio, o disfarce e o autoengano fossem capazes de superar a tragédia humana. Não são, e quem dá o primeiro sinal de que é possível (e necessário) entrar no assunto com a seriedade que a realidade pede são as próprias crianças.

Ao longo das aulas, o episódio do suicídio começa a aparecer nas falas, redações e até nas brincadeiras infantis. É quando Bachir percebe que elas querem – e precisam – se comunicar de alguma forma. E que se comunicar sobre a violência vivenciada não era uma mera reprodução de uma realidade violenta. Para garantir que isso aconteça sem que ninguém exploda, é preciso ter uma habilidade cirúrgica. Não porque as crianças sejam incapazes de entender o que aconteceu, mas porque a realidade exige, e exigirá sempre, e em qualquer idade, a maestria de uma precisão cirúrgica: tudo é frágil, tudo é explosivo, tudo põe a qualquer momento tudo a perder. Ao mesmo tempo, nada tem resposta clara e única como em um teste de múltipla escolha.

Saber disso não é excitar a crueldade, mas agir com uma honestidade mínima, parece dizer o diretor. A redoma envolta das crianças que o professor Bachir tentará a todo custo destampar tem uma base anterior à tragédia. Por exemplo: a certa altura, o professor é repreendido pelos pares por apresentar textos de Honoré de Balzac em sala de aula. Parece um detalhe, mas não é: a todo instante há alguma autoridade sentada sobre o manual de conduta a dizer o que pode e o que não pode ser absorvido pelas crianças.

O fosso artificial cavado entre elas e o suposto mundo real é uma construção social, cuidadosa e fadada ao fracasso. E tem entre suas normas, no caso do filme, uma regra draconiana: nenhum professor ou funcionário da escola tem autorização para tocar no estudante. A regra que vale para um tapa como vale para um abraço – e a certa altura um professor de educação física, proibido de passar protetor solar em um aluno com queimadura de segundo grau, confessa ter a impressão de lidar com elementos radioativos, e não com estudantes.

Na sala de Bachir, onde a professora anterior se matou e todos tentam fingir que nada aconteceu, um estudante passa boa parte das aulas estirado na carteira porque tem enxaqueca e sangramentos. O professor em nada pode ajudar porque, em tese, deve evitar um vínculo de proximidade acima do aceitável. (Qualquer semelhança não é mera coincidência: aqui em São Paulo, policiais são proibidos de prestar socorro a vítimas da violência urbana em nome da qualidade da investigação; o ato de jogar a água suja com o bebê dentro, como se vê, é uma praga universal).

Essa impessoalidade forçada é consequência, não causa, de uma incompetência mal disfarçada. Quando, no ambiente escolar, criam-se regras inexistentes fora de seus domínios, a escola passa a ser uma mera réplica artificial (portanto, descolada) da realidade, e não parte englobada por uma realidade de bordas indefinidas. Tão indefinidas que, entre quatro paredes, consegue agregar o drama de dois estágios civilizatórios: entre a guerra fratricida na Argélia e o vazio em meio à (aparente) plenitude material do Canadá, a banalização da vida opera em uma estrutura elementar.

Tanto na História como nos pequenos relatos de tragédias diárias, há duas formas de enfrentamento: o silêncio ou a compreensão. O problema é que essas duas palavras não se combinam. Cabe à escola, e muitas vezes a um único professor, a decisão de optar por um ou por outro (nesse sentido, o professor Bachir faz do filme uma versão ao avesso de A Vida é Bela, de Roberto Benigni).

Não é preciso ir longe, para compreender o silêncio (na imprensa, nas escolas, nas grandes discussões) sobre o drama do suicídio retratado pelo filme. Oficialmente, o medo é que uma simples notícia funcione como um incentivo a novas decisões. Como no filme, o ato é relatado com rodeios, um assunto-tabu sobre o qual ninguém ousa tocar, como se fosse possível ignorar que toda semana há uma multidão de gente tomando suas últimas decisões à beira de uma janela, sem que tenhamos coragem suficiente para identificar uma suposta anomalia social desencadeada em um período de paz aparente.


É parte da cultura do verniz, das soluções para baixo do tapete, que o filme busca suscitar: ao esconder a realidade, legamos ao mundo uma covardia institucionalizada, como se as crianças – de 5, 10, 40 ou 80 anos – fossem eternamente incapazes de digerir uma realidade não combinada nos contos de fada.



Ciência e inovação: portal vai reunir pesquisas científicas na área de saúde

Pesquisas brasileiras na área de saúde acabam de ganhar o portal Lógicos para reforçar a divulgação dos trabalhos. O objetivo é dar mais visibilidade à produção científica relacionada à saúde a partir de uma proposta multimídia, com a publicação de matérias e entrevistas em diversos formatos – áudio, vídeo e textos – que poderão ser compartilhados de forma gratuita. O portal será lançado às 15h, no auditório interno da Fiocruz Brasília.

Mais de 3 mil projetos de pesquisa, financiados pelo Ministério da Saúde, estarão disponíveis para consulta no Pesquisa Saúde, ferramenta eletrônica desenvolvida pela pasta, que permite ao usuário encontrar informações relacionadas aos trabalhos científicos ou temas de interesse, a partir de diversos critérios de busca: número de projetos e recursos investidos por ano, região, modalidade de fomento, edital, instituição, entre outros.

O Lógicos tem informações sobre projetos de pesquisa apoiados pelo Ministério da Saúde desde 2002, com a colaboração do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Agência Brasileira de Inovação (Finep), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), de fundações de Amparo à Pesquisa, secretarias estaduais de Saúde e de Ciência e Tecnologia.




quarta-feira, 22 de maio de 2013

Cultura e Educação: escolas receberão R$ 100 milhões para investir em difusão cultural

A partir do segundo semestre deste ano, escolas públicas de ensino integral terão dinheiro para promover atividades culturais pelo Programa Mais Cultura nas Escolas, lançado nesta terça (21/5/2013) pelos ministérios da Educação e da Cultura. "Estaremos potencializando a difusão cultural. Muitos professores querem, mas não sabem como fazer", diz a ministra da Cultura, Marta Suplicy.

Serão selecionados 5 mil projetos. Cada escola contemplada receberá entre R$ 20 mil e R$ 22 mil, que serão usados em apresentações de teatro, música, dança, circo, artes visuais, cultura indígena, cultura afrobrasileira, além de atividades externas, como visitas a museus.

Estão aptas a se inscrever 34 mil escolas de Educação básica, que participam dos programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador. "A jornada maior é o que permite desenvolver as atividades com mais qualidade", explica o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

De acordo com a ministra, o projeto é uma demanda tanto dos professores quanto dos artistas e agentes culturais. Eles poderão criar um plano de atividade cultural, envolvendo linguagens artísticas e manifestações da cultura. Como a inscrição será feita apenas pelos diretores das escolas, os grupos de cultura que quiserem participar devem procurar as secretarias de Educação municipais e estaduais.

As escolas serão escolhidas por um grupo de representantes dos ministérios da Educação, da Cultura e por professores de universidades federais. Os projetos serão selecionados de acordo com o histórico de atuação dos grupos culturais e de acordo com a qualidade do projeto apresentado. Será levado em consideração o equilíbrio regional e o equilíbrio temático.

Segundo o ministro Mercadante, todos os estados e o Distrito Federal serão contemplados. Os projetos serão desenvolvidos pelas escolas e será exigida prestação de contas da utilização dos recursos. As escolas deverão enviar também fotografias e vídeos que provem a execução das atividades. "Aquela que não enviar o registro pode não participar do próximo edital", explica Mercadante.

As inscrições poderão ser feitas até 30 de junho no portal do Simec. O resultado será divulgado no começo de agosto. Os recursos serão encaminhados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) pelo Programa Dinheiro Direto da Escola (PDDE).

Ciência e inovação: produção científica brasileira é a que mais cresce no mundo, diz presidente do CNPq


“Na década de 1950, tínhamos pouquíssimos cientistas e pesquisadores no Brasil. Em 2010, formamos 40 mil mestres e 12 mil doutores – 2,7% da produção científica do mundo nascem no Brasil. É a que mais cresce no mundo”. As informações são do presidente do CNPq, Glaucius Oliva, prestadas durante recente reunião (17/5/2013) do Conselho Superior de Inovação e Competitividade do Sistema Fiesp. Oliva falou no encontro sobre inovação, conhecimento e o programa Ciência Sem Fronteiras.

Professor – titular do Instituto de Física de São Carlos e com doutorado pela Universidade de Londres –, Oliva abordou ainda os desafios e oportunidades para a inovação no país e a atual situação da produção científica nacional. Segundo ele, o país conta com recursos humanos qualificados em todas as áreas de conhecimento e em todas as regiões brasileiras. O docente também apontou a inovação como principal caminho para o Brasil ser um país cada vez menos pobre.

“Nós já temos no Brasil os exemplos de sucesso de como transformar inovação e conhecimento em riqueza”, disse Oliva, lembrando a Petrobras, líder mundial em prospecção de óleo e gás em águas profundas, e a Embraer, que, segundo destacou, “desde que investiu em inovação, tornou-se uma das maiores fabricantes de aeronaves”.

Para o presidente do CNPq, ciência, tecnologia e inovação são os eixos estruturantes do desenvolvimento nacional. “Desde que a Embrapa criou parcerias com grandes escolas de agronomia, o Brasil é líder mundial em pesquisa e desenvolvimento em agropecuária tropical.”

O executivo também abordou os principais desafios da área: “avançar em direção à economia do conhecimento e também transitar para a economia de baixo carbono e sustentável são os atuais obstáculos que enfrentamos”.

Durante sua apresentação no Conselho, Oliva destacou ainda o Ciência Sem Fronteiras, que deverá oferecer 100 mil bolsas para estudantes brasileiros no exterior. “Com o programa queremos aumentar a presença de estudantes e pesquisadores brasileiros em instituições de excelência no exterior e fortalecer a internacionalização das nossas universidades”. Como referência, citou “empresas como a Petrobras e a Vale, que já estão aderindo ao programa, o que mostra sua importância”.


terça-feira, 21 de maio de 2013

Design de superfície: Senai-PR ministra oficina no Museu Oscar Niemeyer

Durante três dias (11 a 13/6/2013), das 18h às 21h, o Senai do Paraná ministra a oficina Design de Superfície, que consiste na criação de imagens ou desenhos aplicados de maneira contínua sobre diferentes tipos de superfície. Dentre elas papel e tecido, que serão exploradas nesse workshop, no Museu Oscar Niemeyer, em intervenções teóricas e práticas.

O público-alvo é formado por empresários e funcionários de empresas de confecção de vestuário; estudantes de cursos na área de moda; autônomos da área de confecção de vestuário e interessados a ingressar neste setor.                                                                                          



Design de moda: grandes marcas alavancam o Paraná Business Collection Summer 2013/14


Renomadas marcas da indústria da confecção brasileira estão com suas presenças confirmadas no Salão de Negócios do 8º Paraná Business Collection, que ocorrerá de 4 a 7 de junho, no Centro de Eventos do Sistema Fiep, em Curitiba. Rogério Lima, Apartamento 03, Lafort, Cyntia Fontanella, Dark Dragon, D&J, All Purpose, Camaleoa, Última Hora, Ligia Nogueira, Docthos, Engenharia da Roupa, Korpus Nu e Bijoux Heliana Lages são algumas das marcas que já deram o seu ok.


Acesse www.eventopbc.com.br para acompanhar as novidades do melhor da moda brasileira 

“Os lojistas devem participar deste 8º Paraná Business Collection. Trata-se de uma excelente oportunidade para conferir o que há de melhor na moda do Brasil e antecipar as compras da próxima coleção”, destaca Marcelo Surek, coordenador do Conselho Setorial da Indústria do Vestuário, um dos realizadores do evento.

Segundo Surek, as mudanças implementadas a partir desta edição, com a abertura para a participação de marcas nacionais no Salão de Negócios, busca ampliar a visibilidade ao evento, oferecer mais opções para o lojista e inserir o evento no calendário nacional da moda. “Estamos trabalhando para transformar o Paraná Business Collection no terceiro maior evento do setor no Brasil”.

A área de negócios está a cargo da EBE Eventos, empresa com vasta experiência no setor de business. Ao mesmo tempo em que está trazendo grandes marcas para expor suas coleções no salão, a EBE está atraindo lojistas para efetivarem negócios. Além de 160 compradores selecionados e confirmados, de vários pontos do país, um grande número de compradores espontâneos é esperado.

Quem está à frente da direção criativa dos desfiles é Carlos Pazetto. Ele atua há mais de 17 anos no mercado de moda e luxo, tendo em seu portfolio clientes como Cartier, Marc Jacobs, Chanel, Louis Vuitton, além de eventos como Minas Trend, Claro Rio Summer, cenografia do Amni Hot Spot e outros.

Mercado promissor
A indústria da moda no Paraná é representada por 6,5 mil empresas dos setores têxtil, couro e vestuário. Emprega perto de 100 mil trabalhadores, e é o segundo setor industrial em geração de emprego, ficando atrás apenas da indústria de alimentos.

“O Paraná Business Collection é um evento para o empresário do setor mostrar a qualidade do seu trabalho, mostrar que mais que roupa,  produz moda e investe a cada ano em inovação e qualidade”, destaca o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, também empresário do setor.


Inovação e competitividade: produtos de indústrias são atração em feira catarinense

 (Foto Marcus Quint)

Motor elétrico para automóveis (foto), modelo do avião monomotor Wega 180 e lancha do estaleiro Schaefer Yachts são alguns dos produtos catarinenses que estão expostos nesta semana, na Feira da Indústria, em Florianópolis.

O evento vai até sexta (24/5/2013), na sede do Sistema Fiec, em Florianópolis, durante a Jornada Inovação e Competitividade, na qual serão discutidos temas vitais à indústria. Ainda em exposição um veículo da BMW, que instalará uma unidade fabril em Santa Catarina nos próximos anos.

A Feira da Indústria, que é aberta ao público, reúne produtos dos setores de alimentos, têxtil e metalmecânico, além de serviços das áreas portuária, de energia e financeira. Entre os atrativos estão o avião monomotor desenvolvido pela Wega Aircraft, de Palhoça, destaque na feira especializada Sun'n Fun, em Lakeland, nos Estados Unidos. O sistema de motorização veicular desenvolvido em parceria entre o Senai e a Weg, em Jaraguá do Sul, também está em exposição. A Schaefer Yachts, que possui unidades em Biguaçu e Palhoça, e a BMW, que se instalará em Araquari, também apresentam sua linha de produtos.

A segunda edição da jornada conta promove debates sobre qualidade de vida, Educação, inovação, tecnologia e ambiente para negócios.

Tecnologia e inovação serão temas abordados nesta quarta (22/5/2013), com cases indústria local. As palestras serão apresentadas pelo empresário Marcio Schaefer, da Schaefer Yachts; Marcos Marques, sobre incentivos fiscais à inovação; Sérgio Roberto Arruda, sobre institutos de inovação e o Senai; e Marco Aurélio Lobo, da Apex Brasil, sobre a promoção internacional da criatividade brasileira.

Interessados em participar podem se inscrever no www.fiescnet.com.br/jornada. A TV Indústria SC está com cobertura diária do evento, via http://www.tvindustriasc.com.br. A rodada de palestras não tem custo e pode ser feita separadamente para cada dia, de acordo com o interesse de cada participante. Mais informações pelo telefone 0800 48 1212.



quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pesquisa e inovação: parte dos recursos em tecnologia ainda vai para difusão e não para inovação, diz diretor do BNDES


O diretor das Áreas Industrial e de Mercado de Capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Julio Ramundo, disse nesta terça (14/5/2012) que 49,2% dos recursos aplicados em tecnologia no país vão para difusão e não para a inovação tecnológica, como arma de competição, liderança e diferenciação.

“Normalmente, a gente está falando de incorporação de base técnica e tecnológica por meio de máquinas e equipamentos”, disse o diretor, ao participar do 25º Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), na sede do banco.

Em relação aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento por parte das empresas privadas, dados da Pesquisa de Inovação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008, apontam nível de 0,53% no Brasil, contra 1,08% na China e 0,76%, em Portugal, por exemplo. “O Brasil está no escanteio do seu campo de defesa”, comparou Ramundo.

Recentemente, o governo federal lançou o Programa Inova Empresa, que tem por meta induzir o investimento empresarial em inovação tecnológica. A ideia é contribuir para aumentar da produtividade e da competitividade da economia. O Inova Empresa vai priorizar projetos com maior risco tecnológico e buscar uma coordenação entre todos os agentes de financiamento e os instrumentos de apoio. O BNDES integra a iniciativa.

”Investir em pesquisa e desenvolvimento e em inovação é o desafio das empresas brasileiras no momento”, disse o diretor.

De acordo com Ramundo, os financiamentos concedidos pelo BNDES para projetos de inovação passaram de R$ 33 milhões, em 2003, para cerca de R$ 2,23 bilhões, no ano passado. Um levantamento do banco mostra que para cada R$ 1 do banco, outros R$ 4 são aplicados por coinvestidores. 

Desde 2007, a instituição ampliou a participação nos projetos inovadores de empresas nacionais por meio da criação de fundos de capital de risco. “Hoje, o BNDES tem participação indireta em cerca de 204 empresas, sendo que a maioria inova em seu modelo de negócio. São empresas inovadoras”. Em 2007, eram 70 empresas.



A Educação que funciona: escola pública do interior da Paraíba é destaque na Olimpíada Brasileira de Matemática

Ensinar matemática com atividades do cotidiano, como fazer compras na feira e medir ingredientes para uma receita, é a chave do sucesso da professora de matemática Jonilda Alves Ferreira para despertar o interesse dos alunos pela disciplina. Com esse método, a professora tornou a Escola Municipal Cândido de Assis Queiroga, da cidade de Paulista, na Paraíba, com cerca de 12 mil habitantes, um destaque nas últimas edições da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.

Na edição de 2012, a escola teve cinco medalhas de ouro, duas de prata, três de bronze e 12 menções honrosas. “Coloco os alunos para vivenciar a matemática”, resume Jonilda. A professora contou que sofria quando chegava à sala de aula e via os estudantes repudiando a disciplina. Foi quando decidiu que era preciso mostrar aos alunos que aprender a matemática pode ser prazeroso. “Fazer com que os alunos gostassem da disciplina era o meu maior desafio”, revelou.

Jonilda resolveu que iniciaria os conteúdos de matemática pela parte prática. Assim, quando chegasse à teoria, já teria despertado o interesse dos alunos. A feira, a pizzaria e a cozinha foram locais escolhidos pela professora da Paraíba para ensinar.

Na cozinha da escola, os alunos medem ingredientes para preparar receitas e aprendem conceitos de proporção. Na ida à pizzaria, recebem a lição sobre fração ao dividir os pedaços da pizza que depois vão comer. Uma feira livre também é cenário das aulas. A professora conta que chegou a levar 35 alunos à feira para fazer compras com um valor em dinheiro pré-determinado. Na aula de geometria, os estudantes tiram medidas da escola para calcular área e perímetro.

A olimpíada foi mais um estímulo para despertar o interesse pela disciplina. Desde a primeira edição, em 2005, a escola de Paulista se inscreve, mas a primeira medalha só veio em 2009, de bronze. Foi ai que estudantes e professores viram que seria possível conquistar mais e chegar ao ouro. O primeiro ouro veio em 2010.

O filho da professora, Wanderson Ferreira, que hoje tem 12 anos, já tem duas medalhas de ouro. Ele ganhou uma bolsa para estudos, mas quer conquistar mais uma medalha antes de aceitar o incentivo. Já inscrito na edição de 2013, o estudante pretende estudar em média seis horas diárias.

“O que vale mais é o aprendizado. Quero fazer arquitetura e engenharia, e saber matemática vai me ajudar muito”. O fato de ter uma mãe professora que incentiva tantos alunos a aprender matemática é fundamental, segundo ele. “É muito bom não ter a escola só de manhã, ter a escola durante o dia inteiro”, diz.

Uma das medalhistas de ouro de 2012, Daniele Mendes da Silva, de 13 anos, conta que o estudo é intensificado com a proximidade da olimpíada, quando a professora dá aulas também na própria casa. “Tínhamos aula normal de manhã na escola, à tarde estudávamos entre amigas e à noite tínhamos aulão com a professora Jonilda na escola. Tivemos outras preparações na casa da professora também. Com esse método dela, fica tudo mais interessante”, diz, ao relatar a preparação para a edição de 2012.

Para a estudante do 8° ano do ensino fundamental, o aprendizado irá fazer diferença no futuro. “Além de adquirir conhecimento para a vida, isso influencia muito para adquirir emprego e para toda a carreira profissional da gente”, diz Daniele.

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas busca estimular o estudo da matemática e revelar talentos na área. Em 2012, cerca de 19 milhões de alunos se inscreveram e 99,4% dos municípios brasileiros estiveram representados. Além das medalhas de ouro, prata e bronze, também há distribuição de bolsas de iniciação científica para os alunos.

Este ano, as provas da primeira fase da competição serão aplicadas no dia 4 de junho, em horário a ser definido pela própria escola. Os alunos com melhor desempenho serão classificados para a segunda etapa, que ocorrerá no dia 14 de setembro. A divulgação dos vencedores da olimpíada será feita no dia 29 de novembro. A expectativa é que 20 milhões alunos participem da competição este ano.



Financiamento da Educação: dirigentes municipais defendem mudanças no PNE


Dirigentes municipais defenderam mudanças no Plano Nacional de Educação (PNE), em ato realizado durante evento na Costa do Sauípe, na Bahia. Com cartazes com a frase “Cadê PNE? PNE pra Valer”, os mais de mil participantes do 14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) pediram uma revisão das alterações apresentadas pelo relator da proposta no Senado Federal, senador José Pimentel (PT-CE).

A Undime e outras entidades assinaram uma carta de posicionamento e pedem que o investimento público seja feito no ensino público. O parecer altera a redação aprovada na Câmara e registra “investimento público em Educação”, não especificando assim que a aplicação dos recursos ocorra apenas na Educação pública.

Segundo o documento, o novo texto amplia iniciativas como os programas ProUni e o Pronatec e  prevê que “a expansão de vagas se dará por eles, ou por iniciativas similares de parcerias público-privadas ainda não discutidas, o que é ainda mais preocupante e temerário, haja vista que o PNE é um instrumento do Estado brasileiro, com abrangência superior e anterior aos mandatos dos governos”.

“Queremos que seja delimitado o que significam esses programas. Delimitar o número de matrículas que temos hoje e qual deve ser a expansão. O que não pode ser feito é deixar a porta aberta”, explicou o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara. A rede reúne mais de 200 grupos e entidades de todo o país e também assina a carta de posicionamento. Segundo Daniel Cara, está agendada para a próxima semana uma reunião com o ministro da Educação para discutir alterações no PNE.

Outro ponto defendido na carta é a alteração feita no prazo para a implementação do Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi). O texto aprovado pela Câmara dos Deputados exigia a implementação do CAQi após dois anos de vigência do PNE. O relatório entregue por Pimentel estabelece que o Ministério da Educação (MEC) terá de definir o CAQi no mesmo período.

O CAQi é um mecanismo aprovado em Conferência Nacional de Educação e pelo Conselho Nacional de Educação. Pela tabela de 2009 – ano-base do PNE –, deveriam ser investidos em um aluno na creche R$ 6.450,70. O valor supera o montante de R$ 1,8 mil investido no Nordeste por criança que cursava a etapa no período, segundo dados da Undime apresentados por Daniel Cara.

O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação diz que a redação faz toda a diferença. “Não podemos abrir mão do CAQi. Não vale só ter o recurso, tem que ter a forma certa de aplicar esse recurso e o CAQi garante isso”. Além disso, o mecanismo é uma forma de garantir o investimento dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação. Seguida a tabela de investimento por aluno, o montante a ser investido no setor alcançará a porcentagem, segundo Daniel Cara. “Mesmo supondo que sejam retirados os 10%, o CAQi é uma forma de garanti-lo.”



quinta-feira, 9 de maio de 2013

Cidadania: Meninos de rua

Por Conceição Cinti*

Ao contrário dos meninos ricos que na maioria das vezes se perdem dentro de suas próprias mansões pela falta de limites e excesso de riqueza, os meninos pobres do Brasil se perdem nas ruas à míngua e ignorados muitas vezes por aqueles que têm o dever de acolhê-lo, com ele se envolver, se importar e cuidar, afinal, é para isso que recebem dos cofres públicos.

Completamente abandonados e à mercê da sorte são despojados de todos seus direitos diante de uma sociedade preconceituosa, egoísta e nada solidária. A imagem de menino que não tem valor muitas vezes é reforçada pela mídia populista e, o mais grave, com a permissão do Poder Público é achincalhado com palavras de ordens do tipo: “monstros, irrecuperáveis, prisão perpétua ou morte é o mínimo”.

Vulneráveis, essas crianças e adolescentes são levados e colocados à disposição do Poder Público e, ao invés de serem acolhidos, lhes subtraem a essência do ser humano. É por essa razão que às vezes olhamos para uma criança que cronologicamente ou biologicamente é uma criança e já não vemos nela um menino ou uma menina, pois tudo que conseguimos enxergar é um ser repulsivo ao convivo social e rejeitado.

Para que se possa olhar e enxergar uma criança em alguém que já foi mutilado na sua dignidade é necessário que tenhamos a responsabilidade e a sensibilidade de identificar na sua alma as feridas causadas pela indiferença de uma sociedade egoísta e posteriormente destroçada por um Poder Público deliberadamente fraco e inoperante no cumprimento de sua obrigação de acolher e tratar meninos e meninas, tendo em vista a falta de compromisso com a dignidade humana das pessoas de baixa renda que são a maioria das crianças e adolescentes presos desse imenso país pobre.

O documentário denominado “Meninos de Rua” (veja o vídeo abaixo) demonstra a trajetória das crianças que viviam nas ruas de Belo Horizonte (MG) nos anos de 1980. Já se passaram 23 anos dos episódios retratados nesse documentário e apenas recentemente as autoridades brasileiras admitiram a epidemia de drogas no Brasil, fazendo alguma mobilização para combater essa situação e cujos resultados, na prática, ainda são ínfimos em relação a grande demanda de dependentes.



Portanto, é forçoso reconhecer que o mais provável é que o número de crianças mortas durante essas décadas de indiferença do Governo esteja além do que se possa imaginar. Além disso, o elevado número de meninos e meninas em tenra idade dependentes de drogas continua sendo uma realidade apesar dos esforços do poder público para suprimir deliberadamente as estatísticas que comprovam esta situação que persiste em acontecer porque pouca coisa ou quase nada foi construído para acolher essas crianças e adolescentes além de mais unidades de cumprimento de medidas socioeducativas.

O Colégio Salesiano, de Minas Gerais, já entendia naquela época que esse assunto requer a solidariedade de todos para que possamos salvar nossas crianças, o futuro do Brasil. Contudo, a situação de Minas Gerais é apenas um fragmento do descaso, da desumanidade com as crianças e adolescentes brasileiros de baixa renda em todos os Estados da nossa Federação. Essa situação vem sendo denunciada por mim como “O Holocausto Brasileiro”, onde crianças, adolescentes e jovens são mortos todos os dias sem que nenhuma providência seja tomada para evitar esse morticínio.

É dever salientar que temos grandes dificuldades para levantar estatisticamente o número desses desvalidos menores de 15 anos, que se iniciam nas ruas como dependentes químicos e posteriormente se envolvem com a criminalidade para custear sua dependência. Por essa razão, esse documentário produzido por pessoas idôneas, como é o caso da direção dos Salesianos e da pessoa de Dom Bosco, é de extrema relevância para que possamos tomar como base concreta para defender esses meninos que vivem à margem de todos os seus direitos.

Nas estatísticas oficiais constam apenas menores, a partir de 15 anos de idade. Porém salta aos olhos, que apesar das mortes precoces virem acontecendo a décadas é grande em todos os Estados da Federação o números de crianças comprometidas como o uso de drogas e trabalhando para o tráfico de drogas, que podemos até dizer que no mundo contemporâneo, se tratar da modalidade mais perversa do trabalho escravo, como tão claramente nos elucida outro documentário igualmente relevante denominado ” Falcão, meninos do tráfico”, produzido por iniciativa (privada) e com a participação do Rapper MV Bill.

Para combatermos e dominarmos uma endemia necessitamos de um diagnóstico real, transparente, para podermos utilizar todas as estratégias necessárias e adequadas à situação a fim de atingirmos o controle da realidade e só assim ter condições reais de combater com eficiência e obter sucesso.

Portanto, ao sonegar informações a respeito da real situação do comprometimento de crianças entre seis e dez anos de idade em situação e risco iminente de mortes violentas em razão das drogas não é apenas vergonhoso para o país, mas se constitui um crime grave contra essa parcela indefesa da população, o que torna necessária uma investigação por parte do CNJ e demais organizações, inclusive internacionais, para que cesse o horror do que venho denominando de “O Holocausto Brasileiro”.

Das ruas, esses meninos e meninas de baixa renda, dependentes químicos e já em confronto com a lei, e sobre os quais o Poder Público não mantém deliberadamente um rígido controle sobre quantos são de fato, têm seus destinos traçados nessas instituições públicas em total vulnerabilidade e à disposição do Poder Público, ao invés de serem acolhidos e recuperados.

* Advogada e educadora. Precursora da Educação Restaurativa. Especialista em Tratamento de Dependentes em Substâncias Psicoativas e Delinquência Juvenil, com experiência de mais de três décadas. Palestrante e autora do www.educacaorestaurativa.org.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Meio ambiente e urbanismo: Curitiba é a primeira cidade do país a produzir ônibus elétrico


A capital do Paraná, Curitiba, é pioneira no país na produção de ônibus elétricos para transporte coletivo. Estão em operação no município 30 veículos hibribus, ônibus movidos por dois motores, um deles abastecido por energia elétrica e outro, por biodiesel. Esse é o primeiro ônibus híbrido produzido pela Volvo no Brasil, por encomenda da prefeitura de Curitiba. O investimento, porém, foi feito pelas empresas privadas do setor de transporte urbano.


A operação desses veículos começou em setembro do ano passado em linhas alimentadoras, que têm muitas paradas. Segundo informou à Agência Brasil a assessoria da empresa Urbs-Urbanização de Curitiba, responsável pelas ações estratégicas de planejamento, operação e fiscalização que envolvem o serviço de transporte público na capital paranaense, o ônibus híbrido é mais eficiente quanto maior for o número de paradas, porque a cada frenagem ele recarrega a bateria.

Além de ser menos poluente, o ônibus elétrico é silencioso, porque o motor elétrico é usado no arranque, etapa que provoca mais barulho nos ônibus convencionais. O silêncio é uma das vantagens que o ônibus elétrico apresenta em relação aos veículos convencionais, além do conforto que oferece ao motorista e aos passageiros, ressaltou o condutor José Osnir, da Auto Viação Marechal, que dirige um desses ônibus. “É bem melhor que os outros ônibus (convencionais) porque o sistema de câmbio é automatizado. É silencioso e confortável. Cansa menos. E o pessoal (passageiros) está gostando”, disse à Agência Brasil.

O motor a biodiesel entra em funcionamento em velocidades superiores a 20 quilômetros por hora, e é desligado quando o veículo está parado. O ônibus consome 35% menos combustível e mostra redução de 35% na emissão de gás carbônico, em relação a veículos com motores Euro 3 (norma europeia para controle da poluição emitida por veículos motores). Oferece também redução de 80% de óxido de nitrogênio (NOx) e de 89% de material particulado (fumaça).

O hibribus foi lançado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho de 2012 no Rio. Atualmente, os 30 ônibus híbridos percorrem cinco linhas, uma circular e quatro convencionais, bairro a bairro, que cortam toda a cidade. Essas linhas juntas transportam cerca de 20 mil passageiros/dia. Os ônibus elétricos têm capacidade para 85 passageiros cada.

No Rio de Janeiro, foi publicado no Diário Oficial do dia 16 de abril decreto criando o GT Veículos Elétricos. Trata-se de um grupo de trabalho que irá avaliar a implantação de uma fábrica de veículos elétricos no estado. O GT será coordenado pelo Programa Rio Capital da Energia, da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeis). A próxima reunião do grupo está programada para a primeira semana de maio.

Várias secretarias estaduais terão representantes nesse grupo, além empresas Nissan do Brasil, Petrobras, Light, Ampla e a Agência de Promoção de Investimentos do Rio de Janeiro (Rio Negócios).

A Coordenadora do Programa Rio Capital da Energia, Maria Paula Martins, informou à Agência Brasil que a ideia do grupo de trabalho é estudar a infraestrutura necessária para viabilizar o uso de carros elétricos no Rio. “A partir desse estudo é que seria viabilizada conjuntamente uma fábrica da Nissan, que vai produzir carros elétricos. A Nissan é pioneira nesse tipo de veículos no mundo. O governo do estado não teria participação nessa fábrica. O investimento é privado”, disse ela.

Os investimentos se aproximam de R$ 400 milhões. Maria Paula destacou que ainda não há uma localização ideal prevista para a construir a fábrica. ”Essa localização só será identificada a partir dos estudos que demonstrarem a infraestrutura necessária a ser implementada”. Poderão ser concedidos incentivos pelo governo fluminense nos mesmos moldes dos que foram dados a outras montadoras, como o financiamento de parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) durante o período do investimento.

Para a coordenadora do Programa Rio Capital da Energia, a principal vantagem que o veículo elétrico apresenta é que não é poluente, não consome um combustível fóssil, não emite gases, é silencioso e pode ter um custo competitivo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financia de forma diferenciada a aquisição de ônibus híbridos e elétricos produzidos no país, dentro da linha Finame, voltada para a compra de máquinas e equipamentos nacionais. Esse tipo de veículo começou a ser financiado pelo banco em 2012. De lá para cá, as operações aprovadas somam empréstimos no valor de R$ 140 milhões. Não há limite estabelecido para os financiamentos à compra desses veículos pelas empresas, informou a assessoria de imprensa do BNDES.





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