“Na década de 1950, tínhamos pouquíssimos
cientistas e pesquisadores no Brasil. Em 2010, formamos 40 mil mestres e 12 mil
doutores – 2,7% da produção científica do mundo nascem no Brasil. É a que mais
cresce no mundo”. As informações são do presidente do CNPq, Glaucius Oliva, prestadas
durante recente reunião (17/5/2013) do Conselho Superior de Inovação e
Competitividade do Sistema Fiesp. Oliva falou no encontro sobre inovação,
conhecimento e o programa Ciência Sem Fronteiras.
Professor – titular do Instituto de
Física de São Carlos e com doutorado pela Universidade de Londres –, Oliva abordou
ainda os desafios e oportunidades para a inovação no país e a atual situação da
produção científica nacional. Segundo ele, o país conta com recursos humanos
qualificados em todas as áreas de conhecimento e em todas as regiões
brasileiras. O docente também apontou a inovação como principal caminho para o
Brasil ser um país cada vez menos pobre.
“Nós já temos no Brasil os exemplos de
sucesso de como transformar inovação e conhecimento em riqueza”, disse Oliva,
lembrando a Petrobras, líder mundial em prospecção de óleo e gás em águas
profundas, e a Embraer, que, segundo destacou, “desde que investiu em inovação,
tornou-se uma das maiores fabricantes de aeronaves”.
Para o presidente do CNPq, ciência,
tecnologia e inovação são os eixos estruturantes do desenvolvimento nacional.
“Desde que a Embrapa criou parcerias com grandes escolas de agronomia, o Brasil
é líder mundial em pesquisa e desenvolvimento em agropecuária tropical.”
O executivo também abordou os principais
desafios da área: “avançar em direção à economia do conhecimento e também
transitar para a economia de baixo carbono e sustentável são os atuais obstáculos
que enfrentamos”.
Durante sua apresentação no Conselho, Oliva
destacou ainda o Ciência Sem Fronteiras, que deverá oferecer 100 mil bolsas
para estudantes brasileiros no exterior. “Com o programa queremos aumentar a
presença de estudantes e pesquisadores brasileiros em instituições de
excelência no exterior e fortalecer a internacionalização das nossas universidades”.
Como referência, citou “empresas como a Petrobras e a Vale, que já estão
aderindo ao programa, o que mostra sua importância”.