quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Educação: professora de núcleo rural desenvolve material didático adaptado

Elieth e seus alunos
No quadro-negro da sala de aula da professora Elieth Portilho estão fotos de pássaros e frutas do Cerrado. As cartilhas falam de temas rurais e práticas do campo e foram elaboradas pela professora e os alunos.

É com esse material que ela alfabetiza as crianças no Centro de Ensino Fundamental Pipiripau 2, localizada em um núcleo rural em Brasília.

Neta e filha de professoras de Educação no campo, Elieth Portilho não teve dúvidas em seguir a mesma profissão. Apesar da certeza, ao longo da carreira foi questionada sobre a opção. Fazer um mestrado e estudar tanto para dar aula no campo?, foi a pergunta que ela ouviu algumas vezes. Mesmo com as indagações, o ânimo da professora só aumentou.

“São problemas diferenciados dos da zona urbana. Aqui há questões culturais, sociais, ambientais diferentes. Então, é preciso um estudo muito grande e comecei mergulhar e a buscar por que essa inquietação não tem fim. Comecei a estudar o material, a pesquisar, buscar pessoas que escrevem sobre o Cerrado, fui aos assentamentos visitar as famílias e conhecer a realidade deles”, contou.

“São problemas diferenciados dos da zona urbana. Aqui há questões culturais, sociais, ambientais diferentes. Então, é preciso um estudo muito grande e comecei mergulhar e a buscar por que essa inquietação não tem fim. Comecei a estudar o material, a pesquisar, buscar pessoas que escrevem sobre o Cerrado, fui aos assentamentos visitar as famílias e conhecer a realidade deles”, contou.

Essa “inquietação” por falar a mesma língua dos alunos e conquistar o interesse deles para o estudo fez a professora desenvolver o material didático adaptado. “Como trabalhar tão apegada ao livro didático com uma realidade tão complexa?”, perguntava.

Parte dos 15 alunos da professora Eliete mora em assentamentos e as famílias vivem da agricultura. Entraram em cena, então, visitas de campo com os alunos para conhecer de perto aquilo que se estuda em sala de aula. Para a leitura, poesias com nomes de pássaros e plantas do Cerrado e receitas com frutas que nascem no quintal de casa.

“O que sinto é que meus alunos conseguiram compreender muito mais quando larguei um pouco o livro didático e passei a ir para o campo. Eles têm mais entusiasmo, mais alegria”, conta.

Além das indagações sobre a escolha de ensinar no meio rural, a professora Elieth também enfrentou críticas ao método de ensino que adota. Há quem considere que ela está preparando os alunos para continuar no campo quando deveria formá-los para viver na cidade. “Alguns dizem que é uma perpetuação da pobreza, que a pessoa tem que ir para a cidade. Mas e se ela quiser continuar no campo? Se meu aluno aprender a ler e interpretar dentro desse contexto, em qualquer lugar ele vai ter sucesso”, conclui.

Ela lembra que está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação a possibilidade de fazer ajustes ao material de ensino para atender à realidade social e cultural do meio onde o professor atua.

Além dos desafios de didática, a professora conta que a educação no meio rural enfrenta outras dificuldades e uma delas é o deslocamento. Durante um tempo, os estudantes iam para a aula de carroça e a pé, enfrentando chuva e sol, e já chegavam à escola cansados e suados, o que dificultava o aprendizado. Após um período de reivindicações, eles passaram a ter ônibus escolar para o deslocamento, acrescenta Elieth.

Em mais de 20 anos de magistério, a professora chegou a atuar em escola da área urbana, mas percebeu que seu caminho estava mesmo no campo. “As pessoas têm um preconceito: você vai fazer mestrado para continuar em uma escolinha do campo?, perguntam Aí é que temos que estudar para recuperar essa perda histórica de exclusão da escola do campo, que sempre foi relegada”.

Fonte Agência Brasil

Dica de livro: publicação de ex-secretária de Educação norte-americana aborda a falência da meritocracia

Testes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a Educação. É o que aponta a ex-secretária-assistente de Educação nos governos Bush (pai) e Clinton Diane Ravitch  no livro Vida e Morte do Grande Sistema Escolar Americano, lançado em 2011 no Brasil pela Editora Sulina.

A professora também liderou movimento para a criação de um currículo nacional – ela era uma defensora da meritocracia e dos testes padronizados (os provões) nas escolas de seu país, mas após trabalhar no governo, reviu radicalmente sua visão.

Segundo o release da escritora, o livro é “um apelo passional pela preservação e renovação da Educação pública; uma mudança radical de perspectiva”.

Diane examina em sua obra a carreira na reforma educacional e repudia posições que ela anteriormente defendeu. Baseando-se em 40 anos de pesquisa e experiência, a ex-secretária critica as ideias mais populares de hoje para reestruturar as escolas, incluindo privatização, testes padronizados, responsabilização punitiva e multiplicação irresponsável de escolas autônomas.

Ela demonstra conclusivamente por que o modelo empresarial não é uma forma apropriada de melhorar as escolas. Usando exemplos de grandes cidades como Nova York, Philadelphia, Chicago, Denver e San Diego, Ravitch evidencia que a educação de hoje está em perigo.

Diane inclui propostas claras para melhorar as escolas americanas:
  • deixe as decisões sobre as escolas para os educadores, não para os políticos ou empresários;
  • construa um currículo verdadeiramente nacional que estabeleça o que as crianças em cada série deveriam estar aprendendo;
  • espere que as escolas autônomas eduquem as crianças que precisam de mais ajuda, não que concorram com as escolas públicas;
  • pague um salário justo aos professores pelo seu trabalho, não um “salário por mérito” baseado em pontuações de testes profundamente falhos e não confiáveis;
  • encoraje o envolvimento familiar na Educação logo a partir dos primeiros anos.

 
Diane Ravitch é professora e pesquisadora de Educação na Universidade de Nova York e membro associado do Instituto Brookings. De 1991 a 1993, foi secretária-assistente de Educação e conselheira do secretário de Educação Lamar Alexander na administração do presidente George H. W. Bush.

O presidente Clinton indicou Daiane para a Junta Nacional de Assessoramento Governamental, que supervisiona as testagens federais. Ela é autora e editora de mais de 20 livros, incluindo The Language Police e Left Back, e seus artigos apareceram em revistas e jornais. Nativa de Houston, Daiane é graduada pelas escolas públicas de Houston, Wellesley College e Universidade de Colúmbia.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Crianças e adolescentes: conferência termina e reforça meta de erradicar piores formas de trabalho infantil até 2016

 
A Carta de Brasília, documento final da 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, que ocorreu nesta semana (8 a 10/10/2013), reafirmou o compromisso dos países em erradicar as piores formas de trabalho infantil em 2016, ainda que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) acredite que dificilmente a meta, assumida em 2010, será cumprida a tempo.

Na manhã desta quinta (10/10/2013), os líderes da conferência, representantes de trabalhadores, de empregadores e de governos debateram a carta, que menciona o reconhecimento da necessidade de se reforçarem as ações nacionais e internacionais em relação ao combate do uso de crianças e adolescentes.

 
A expectativa é que fossem elencados, no documento final, novos compromissos dos países para depois de 2016 – prazo abarcado pelas metas assumidas na Conferência de Haia, em 2010. O que ocorreu, no entanto, foi a manutenção e reforço das ações já existentes – como a intensificação e a melhoria dos serviços públicos; a cooperação tripartite entre governos, empregadores e trabalhadores; a formalização do mercado de trabalho; o aprimoramento de métodos estatísticos e o engajamento da sociedade civil em relação ao tema.
 
OIT apresentou campanha para
sensibilização sobre a situação de
milhões de crianças e adolescentes
em todo o mundo
Estima-se que haja 168 milhões de crianças exercendo algum tipo de atividade remunerada no mundo – das quais 85 milhões trabalham com as piores formas de trabalho infantil. No Brasil, há mais de 1,4 milhão de crianças e adolescentes no mercado de trabalho.
 
"Nas nossas casas, somos incentivamos a começar a trabalhar muito cedo. O que fazer em relação a isso? Apesar de nossos pais quererem o melhor para nós, eles podem não estar certos em relação a tudo, sempre. Se queremos um amanhã melhor, precisamos não repetir os erros dos adultos de hoje", disse Wesley Busatto, de 16 anos, do Espírito Santo, representando os jovens que participaram da conferência.
 
Participaram do encerramento do evento o diretor-geral da OIT, Guy Ryder; o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva; os ministros do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello; do Trabalho, Manoel Dias; e das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo.
 
Ao longo da conferência, mais de 1,3 mil delegados de 153 países, entre os quais 37 ministros de Estado discutiram questões como transferência de renda, Educação, políticas sociais e cooperação internacional na área.
 
Na abertura do evento, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, pediu que a Educação fosse reforçada para que se combata o uso do trabalho de crianças e adolescentes. A presidenta Dilma Rousseff pediu o compromisso das nações para a erradicação do trabalho infantil.
 
De acordo com o documento final, ficou estabelecido que o próximo encontro será na Conferência Geral sobre a Erradicação Sustentada do Trabalho Infantil, na Argentina, em 2017.
 
Fonte Agência Brasil
 
 

Prêmio Professores do Brasil: inscrições vão até 30 de outubro

O concurso premia melhores experiências pedagógicas desenvolvidas ou em desenvolvimento por professores das escolas públicas, em todas as etapas da Educação básica e que, comprovadamente, criam soluções no enfrentamento de situações-problema, considerando as diretrizes propostas no Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação.

Conheça um dos projetos premiados na sexta edição do Prêmio:

 

O Prêmio Professores do Brasil de 2013 é dividido em duas categorias:
  • Temas Livres – Educação Infantil; Séries/Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Séries/Anos Finais do Ensino Fundamental; e Ensino Médio.
  • Temas Específicos Educação Integral e Integrada; Ciências para os anos iniciais; Alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental; e Educação Digital articulada ao desenvolvimento do currículo.
Clique aqui para saber tudo sobre o Prêmio, ou aqui para ver mais vídeos sobre projetos de 2012.
 
 

Educação: novo portal reúne e promove práticas alternativas de ensino

Um banco colaborativo – livre e aberto – de conhecimentos, experiências, propostas e recursos sobre Educação não convencional. Uma rede social onde você poderá encontrar outros parceiros, divulgar suas experiências e participar de espaços temáticos de debate e construção de propostas. Um espaço de gestação, promoção e impulso a novos projetos educativos que requerem a participação e o apoio da comunidade.

Clique aqui para saber tudo sobre.

Reevo é tudo isso; é uma Rede de Educação Viva na web. É um projeto ativo de redes comunitárias para documentos e mapas e para promover iniciativas relacionadas com experiências de aprendizagem não convencionais que incidem sobre a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos seres humanos em comunidade respeitando a sua vida, sua cultura e seu ambiente.

Segundo os responsáveis pelo projeto, “Educação alternativa são práticas, teorias e filosofias diferentes propostas para a compreensão da estabelecida hegemônicas tradicionais de Educação. Principalmente, experiências, projetos e instituições que abordam, de uma forma ou de outra, a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos seres humanos, respeitando a vida da comunidade, a cultura e o meio ambiente.”



quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Educação: um ano depois, menina atacada pelo Taleban reconstrói a vida

Há um ano, a estudante paquistanesa Malala Yousafzai foi atingida por um tiro na cabeça, disparado por um membro do Taleban. O "crime" dela foi ter defendido o direito das meninas a Educação.


Malala: “Acho que eles (o Taleban) devem ter se arrependido. Agora, sou ouvida no mundo inteiro" (Foto AFP)
O mundo reagiu com indignação, e Malala sobreviveu, após semanas em tratamento intensivo. A história completa de Malala pode agora ser contada.

Malala Yousafzai teve a vida transformada pelo tiro que levou no do dia 9 de outubro de 2012, aos 15 anos.

Hoje ela é a adolescente que marcou seu 16º aniversário com um discurso para o mundo na sede da ONU e é conhecida em internacionalmente por seu primeiro nome.

É também uma estudante em Birmingham, na Grã-Bretanha, tentando se adaptar a uma nova escola, preocupando-se com deveres de casa e listas de leituras, enquanto sente falta de seus antigos amigos no Paquistão.

Clique aqui para ler na íntegra a reportagem de Mishal Husain para a BBC News.



domingo, 6 de outubro de 2013

Design: projeto transforma pontos de ônibus em galerias de arte a céu aberto

A ideia partiu de uma brincadeira do publicitário Eiguel Ribeiro, junto com um grupo de amigos. Convencidos de que a paisagem precisava ser retocada, e de que a população estava carente de contato com a arte, eles decidiram colorir um ponto de ônibus no Paraná. O sucesso foi tão repentino que hoje eles são como uma exposição de arte a céu aberto.
 
Clique aqui para ler mais no Hypeness
 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Enem: videoaulas de literatura e livros gratuitos para quem vai fazer o exame

“Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas”, é com essa frase que Machado de Assis começa seu genial Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Para quem está se preparando para o Enem ou qualquer outro vestibular do país, a leitura é obrigatória. Para quem não vai prestar nada disso, também.

Mas como nem sempre é fácil compreender tudo que está por trás dessa e de outras grandes obras de escritores brasileiros, selecionamos alguns portais ou canais do YouTube que podem ajudar na hora de estudar. Confira:


Clique aqui para acessar os canais selecionados pelo portal Porvir/O Futuro se Aprende.
 

Opinião: renda e emprego sustentam novos perfis de consumo

Por Rui Daher/Terra Magazine

Em quase cinco anos de Terra Magazine, várias vezes manifestei-me favorável aos programas governamentais de inserção social, independente de quem os rotulava como assistencialistas ou não.
 
Para mim, tanto fazia, faz e fará desde que tragam algum alívio na renda das populações mais pobres e formem um mercado interno vigoroso.
 
Hoje em dia, não vejo telas e folhas cotidianas, as mais adversativas em sua oposição, negarem tais fatos como reais e virtuosos.
 
Lembro-me, também, que um ano antes do final do segundo mandato de Lula, escrevi temer que o modelo de crescimento baseado no aumento do consumo das famílias estivesse nos estertores.
 
Seria necessário ampliar os investimentos públicos e privados, sobretudo em infraestrutura, e realizar as reformas política e tributária, sempre adiadas para atender à Federação de Corporações Brasil.
 
Penso que, a partir de 2010, Dilma Rousseff como presidente, a inação quanto a esses itens fez o País perder alguns pontos no crescimento econômico e pontas no desenvolvimento social.
 
Ainda assim, alegra-me ver que, para fora do Fla-Flu partidário que excita nossos comentaristas, várias análises sérias têm concordado com o que aqui escrevi.
 
A revista “The Economist” exagerou. Não era para tanto, em 2009, como não o é para hoje e futuro.
 
Quanto ao consumo dos brasileiros que entrou para o foco da elite econômica como pecado mortal, considerada a presença de pobres com celulares em aeroportos parecidos com rodoviárias, intriga-me um ponto. O do perfil do consumo.
 
Parece claro que por algumas décadas tivemos a demanda interna represada.
 
Antes, como efeito da inflação; depois, efeito dos pífios crescimentos de emprego e renda.
 
Se o primeiro fator foi amenizado com o Plano Real, os programas de inserção social, a recuperação no salário mínimo e uma situação perto do pleno emprego amenizaram o segundo.
 
O que estava represado vazou em borbotões. Para onde? Para o mais fácil, que estivesse mais perto das mãos, o premente: alimentos, vestuário, higiene, bens de consumo doméstico e aqueles fetichizados pela lógica capitalista.
 
Então, parou por aí? Mais ou menos. Ainda existem enormes contingentes populacionais sem renda para atender essa primeira etapa do consumo.
 
Cabe, no entanto, e é por isso ser necessário continuar incorporando emprego e renda à economia, dar vigor à segunda etapa do consumo, que expande os bens de mais difícil aquisição, porém mais valiosos.
 
A procura por instituições privadas de ensino e planos de saúde mais compensatórios, na ausência de aparelhos públicos qualificados, já mostrou isso.
 
O mesmo se deve matutar diante do fato de agosto ter registrado, em São Paulo, um aumento de 86% nas vendas de imóveis, 46% no acumulado do ano, em relação a 2012.
 
Não estaria na lógica das economias capitalistas, a partir de emprego e renda, a população fazer crescer o consumo na proporção direta de seu porvir? 

A Educação que funciona: projeto canadense faz jovem romper ciclo da pobreza

No ano 2000, quando um professor contou aos seus alunos da comunidade Regent Park, em Toronto, no Canadá, que se criara naquela área, uma das mais pobres do país, eles não acreditaram. Sem esperanças em relação ao futuro, não achavam factível que alguém dali pudesse escapar da pobreza e criminalidade e se tornar um educador.
 
No mesmo ano, aconteceram nove assassinatos na região onde moram 15 mil pessoas, a maioria delas imigrantes refugiados de guerras que são abrigados pelo governo em uma espécie de condomínio público para necessitados.
 

 
Esse tipo de situação deixava a enfermeira Carolyn Acker, à época diretora executiva do centro de saúde da comunidade, inconsolável. Atuando desde 1994 em programas médicos para melhorar a vida das pessoas, como pré-natal para grávidas e atendimentos especializados para crianças de zero a três anos, ela não conseguia ver seu trabalho fazer alguma diferença.

“Eu não suportava ver crianças se matando e ficava me perguntando o que estava errado”, relembra Carolyn, idealizadora e fundadora do projeto Pathways to Education, que após cinco anos conseguiu quebrar o ciclo da pobreza em Regent Park através do apoio abrangente a estudantes do ensino médio. O programa, implantado atualmente em 12 comunidades no Canadá, é um dos seis vencedores do Wise Awards, prêmio internacional que destaca ideias inovadoras em Educação, em Doha, no Qatar.


“Eu estava lá para fornecer cuidados médicos, mas quando você trabalha numa comunidade pobre logo descobre que médicos, enfermeiros e dentistas não melhoram a saúde da população. Para ser saudável, é preciso ser bem educado”, disse em entrevista ao Porvir.
 

Cidadania e emprego: um dia especial para egressos do sistema prisional

O dia 16 de setembro foi especial na vida de uma turma de alunos do Senai da Barra Funda, na capital paulista, especializada na área de alimentos e panificação. Dez alunos – nove homens e uma mulher – deram o primeiro passo para o recomeço de suas vidas. Trata-se da primeira turma do curso de panificação formada por alunos egressos do sistema prisional.

Primeiro dia do projeto no Senai da Barra Funda
O curso, o primeiro nesses moldes no Estado de São Paulo, é fruto do projeto Empregabilidade, uma das iniciativas da parceria entre a ONG AfroRegae e o Sistema Fiesp.

A Fiesp mobiliza seus sindicatos filiados para que os alunos saiam do curso profissionalizante do Senai-SP com a possibilidade de emprego formal. A primeira entidade parceira é o Sindicato da Indústria de Panificação do estado (Sindipan-SP).

Na abertura do curso, o diretor do Departamento de Ação Regional do Sistema Fiesp, Sylvio Alves de Barros Filho, destacou que “a oportunidade é muito importante, não só pelo projeto piloto em si, mas, principalmente, por parte de vocês [alunos], que serão exemplos para que outras pessoas possam fazer o mesmo caminho”.

Os alunos contam com bolsa-auxílio, com base nos recursos do Pronatec, além de acompanhamento adequado à realidade dos alunos.


Chinaider Pinheiro, coordenador de inclusão no mercado de trabalho da ONG AfroReggae, explicou porque levou o projeto para São Paulo, pois recebia muitos pedidos de pais e mães de ex-detentos que não conseguiam oportunidades de empregos. “Sabia que iria ser difícil, mas fiquei encorajado quando soube pelo José Junior [coordenador executivo do AfroReggae] que aqui havia outra instituição por trás nos fortalecendo, que é a Fiesp”.

Segundo Pinheiro, os alunos da turma inicial são protagonistas de uma nova história. “São vocês que conquistarão o espaço do projeto ‘Empregabilidade’ no estado de São Paulo. São vocês que vão trazer esperança para cada família de egresso que passa dificuldade na vida social.” Leia mais.


o rosto dos alunos, a emoção era visível. Em especial para M., a única mulher do grupo, e W., o mais velho da turma. Entre sorrisos e lágrimas, eles afirmaram, em entrevista à reportagem, que não vão desperdiçar a oportunidade. E garantem: vão fazer história. Seus nomes completos foram preservados, a pedido deles, que dizem sofrer preconceito. Leia mais.


Abraçar a iniciativa é uma ação de responsabilidade social para as empresas do setor de panificação, acredita, com conhecimento de causa, o diretor técnico do Sindipan-SP, Luís Carlos de Souza. Ele citou sua bem sucedida experiência de empregar um egresso do sistema prisional e fala da importância da confiança neles, já que todos têm o direito a uma oportunidade.

Para, diretor do Comitê dos Jovens Empreendedores (CJE) da Fiesp, Ciro Bueno, o projeto reflete a responsabilidade social de empresários empreendedores, como os do setor da panificação. “Essa turma de panificação é o primeiro caso de sucesso, mas temos certeza que terão vários outros e a gente vai atingir o êxito total nesse projeto”.

Fonte Sistema Fiesp/Agência Indusnet




Quem é o consumidor? Seminário internacional vai debater comportamento da nova classe média brasileira

Na última década, o perfil socioeconômico do Brasil mudou – e muito. A principal novidade foi o fortalecimento da classe C, composta por famílias que têm renda mensal domiciliar total (somando todas as fontes) entre R$ 1.064 e R$ 4.561. Os números indicam que ocorreu uma considerável mobilidade social nos últimos anos: entre 2004 e 2010, 32 milhões de pessoas ascenderam à categoria de classes médias (A, B e C) e 19,3 milhões saíram da pobreza.

Foto Envolverde/Jornalismo e Sustentabilidade

Em 2009, a classe C foi responsável por R$ 881 bilhões dos gastos com consumo – a maior fatia do total de R$ 2,2 trilhões do país. Só na área de Educação, com pagamento de escola, material escolar e livros, o consumo foi de R$ 15,7 bilhões (em 2002 esse consumo foi de R$ 1,8 bilhão!)


Mas, quais serão os rumos que essa nova sociedade vai trilhar daqui em diante e seus paradigmas de consumo? Levantar e mapear essas respostas será a tarefa principal de quatro edições do Seminário Internacional de Comportamento e Consumo, que o Senai Cetiqt vai promover a partir de 17 de outubro, no Rio de Janeiro e em mais três cidades.

“Vamos debater os problemas a serem enfrentados para que o Brasil deixe de ser um país do futuro e se torne um país de futuro. Queremos discutir esse movimento de uma grande parcela da população que ganhou condições de consumir, ou seja, a chamada nova classe média. Saber o que houve de mudança na vida dessas pessoas”, explica Marcelo Ramos, pesquisador do Senai do Rio de Janeiro. "A indústria precisa entender quem são e o que querem esses consumidores", afirma Ramos.

O público esperado pelos organizadores do seminário são profissionais de marketing, comunicação e administração, além de funcionários do Senai de todo o país. As outras edições dos debates também ocorrerão neste mês de outubro: dia 23, em Belo Horizonte; dia 25 em Fortaleza; e dia 28, em Blumenau, em Santa Catarina.

Fonte Portal da Indústria, com informações do Portal Vozes da Nova Classe Média

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

O design transforma: este é o tema da Semana D – Festival de Design no MON

Mostrar que o design não precisa ser elitista está sendo a principal tarefa da Semana D – Festival de Design, que chega à sua terceira edição em 2013.

Realizada pelo Centro Brasil Design e a Prodesign>PR, com patrocínio do Sebrae, a Semana D é moldado de acordo com eventos similares que ocorrem anualmente na Europa. Com o tema O design transforma, o evento vai até domingo (6/10/2013), no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba.

Clique aqui para saber mais sobre

A ideia é desmistificar o design, mostrando que ele está no cotidiano de todos – mesmo que muitos não o percebam. As principais atrações da agenda da Semana, como palestras nacionais e internacionais, workshops, debates e exposições, serão promovidas de sexta a domingo.

Tecnologias inovadoras: novas soluções aplicadas à construção ganham espaço privilegiado em Curitiba

Localizado dentro do maior laboratório de ensaios ambientais do Paraná, um núcleo vai agregar e divulgar a partir de novembro soluções inovadoras que estão à disposição de arquitetos e profissionais da construção civil.
 

Clique aqui para saber tudo sobre

 
No espaço recém inaugurado pelo Senai-PR, a indústria e a sociedade poderão conhecer – graças ao recurso de realidade aumentada – novas tecnologias sustentáveis, conceitos e informações sobre atitudes ecologicamente corretas de forma totalmente interativa.

 
A realidade aumentada, que cria a sobreposição de objetos virtuais tridimensionais em um ambiente real e que serão visíveis através de um tablet, possibilitará ao visitante conhecer como foram produzidos os elementos sustentáveis da construção. Para aqueles que não tiverem disponibilidade de fazer uma visita, o site do Núcleo contará com um tour virtual, que explicará, via navegação de fotos em 360 graus, áudio e links, toda a experiência do local.
 
 
“Estamos vivendo a década da sustentabilidade. Nosso objetivo principal é fortalecer a Educação profissional, sem esquecer a tecnologia aplicada à sustentabilidade, pois acreditamos que através da Educação podemos mudar o mundo”, explica o diretor do Senai-PR, Marco Secco. Segundo ele, o ponto-chave para a construção do Núcleo foi poder contar com as empresas parceiras do Senai. “Criamos esse espaço para ser um ícone para a Educação profissional, tecnologia e inovação sustentáveis, e para isso, nossas parcerias foram indispensáveis. O papel do Senai é apoiar o desenvolvimento das empresas e para isso precisamos de nossos parceiros”.
 
 
Partindo da inciativa de desenvolver ações ambientalmente corretas, economicamente viáveis e socialmente justas, o Núcleo foi todo construído com a tecnologia Wood Frame, sistema construtivo a seco importado da Alemanha e desenvolvido no Brasil pela empresa Tecverde, em parceria com o Senai.
 
 
Outras tecnologias sustentáveis, desenvolvidas por empresas parceiras do Senai, estão presentes. Entre elas estão o telhado verde, para controle de temperatura; reaproveitamento da água da chuva; iluminação em LED; torneiras com controle de vazão e descargas econômicas.
 
 
A casa também é autossustentável na questão de energia, que será captada por meio de painéis solares. O excedente será distribuído pela rede de energia da unidade do Sistema Fiep localizada na Cidade Industrial de Curitiba, onde fica o Núcleo, utilizando o conceito de smart grids. A gestão das tecnologias é feita por um sistema de automação residencial (domótica), que permite a análise e o monitoramento online da geração de energia renovável, por meio de consultas interativas.
 
 
Como primeiro ato do Núcleo Senai de Sustentabilidade, foi assinado convênio entre a organização e a Fundação Araucária. A Fundação será parceira durante a edição 2013 do Edital Senai Sesi de Inovação,  promovendo a inclusão de até 20 doutores em projetos industriais de inovação aprovados no Edital.
 
 
Fonte Sistema Fiep

 
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