segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Lei de Cotas: publicado decreto que regulamenta obrigatoriedade para universidades e escolas técnicas


Estudantes de baixa renda e os que se declaram pretos, pardos ou indígenas terão prioridade no caso de não preenchimento das vagas reservadas às escolas públicas em instituições de ensino superior e técnico. A determinação é da nova Lei de Cotas, regulamentada pelo Decreto nº 7.824 publicado hoje (15/10/2012) no Diário Oficial da União. Há, ainda, portaria do Ministério da Educação de número 18, que detalha o decreto.

Os textos informam que 50% das vagas disponíveis nas instituições de ensino superior devem ser destinadas a quem cursou integralmente o ensino médio em escolas públicas. Metade das vagas das escolas técnicas será reservada a quem cursou o ensino fundamental.

As cotas serão preenchidas de acordo com as notas dos alunos. As vagas remanescentes estarão disponíveis aos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, seguindo a ordem de menor renda. Em seguida, terão prioridade os demais estudantes de baixa renda.

A renda será calculada com base nos três meses anteriores ao da inscrição no processo seletivo. A portaria estabelece exclusão do cálculo os programas sociais, como o Bolsa Família, Pró-Jovem e demais programas de transferência de condicionada de renda implementada por estados ou municípios.

As instituições de ensino terão, a partir de hoje, prazo de 30 dias para iniciar a implementação das disposições. As reservas serão graduais, 25% das cotas por ano, ou seja 12,5% das vagas totais. O prazo final é 30 de agosto de 2016.



Ideias para a Educação 1: educadores vencem dificuldades e transformam processo de ensino

De calça vermelha, tênis preto de cadarços também vermelhos e camisa xadrez, o Professor Wagner Júnior chama a atenção pelo visual despojado. Ele dava aulas de história geral em escolas públicas do Distrito Federal (DF) e ajudou a mudar a história de seus alunos. Com muitas ideias, conseguiu uma câmera e passou a desenvolver projetos de educação usando ferramentas da comunicação.



Um deles é o Programa Parabólica, que funciona no Centro de Ensino Médio 1 (CEM 1) de Sobradinho, cidade do DF. As produções, que abordam temas ligados à juventude, como Educação, drogas, saúde e sistema de cotas em universidades, são exibidas na internet ou transmitidas pela TV Cidade Livre, de Brasília, parceira do projeto. As pautas são discutidas semanalmente por um grupo de alunos e ex-alunos da escola, que se reúne no local onde antes funcionava um depósito da unidade. Hoje, o pequeno cômodo, chamado de QG, sigla de quartel-general, tem porta grafitada, pufes coloridos e o entra e sai de quem está sempre em atividade.

São histórias assim, de educadores que vencem as dificuldades do dia a dia e transformam o processo de ensino em uma experiência democrática, criativa e bem-sucedida que a Agência Brasil conta hoje (15/10/2012), no Dia do Professor.

Com o entusiasmo típico dos jovens, Wagner Júnior diz que decidiu trocar as salas de aula tradicionais, com mesas, cadeiras e quadro-negro, por ambientes menos formais e mais coloridos após perceber que o conteúdo de suas lições não despertava o interesse dos alunos. A inquietação diante do que via levou o Professor a projetar nova prática pedagógica.

“Me angustiava muito ver que os alunos não se interessavam tanto pelo conteúdo das minhas aulas. Por outro lado, percebia que eles queriam estar conectados, estavam muito ligados às redes e mídias digitais. Decidi, então, fazer delas minhas aliadas”.

Ele acredita que o educador precisa renovar o fôlego para superar a falta de estrutura e os salários que “não estão à altura da importância da atividade”. Com mais de 20 anos de profissão, Wagner Júnior diz que a maior recompensa é ver os jovens tomando consciência de quem são e posicionando-se de forma intelectualmente autônoma diante de sua realidade.

“O educador é pouco valorizado pela lógica capitalista, do ponto de vista do rendimento financeiro, mas é muito valorizado pela lógica humana. A escola é lugar de se fazer amigos e é isso que mais ganho aqui”, acrescenta.

Ângelo Palhano, 19 anos, fugia das aulas de história do Professor Wagner Júnior. Hoje, mesmo depois de ter concluído o ensino médio, volta ao CEM 1 de Sobradinho, pelo menos uma vez por semana para participar das reuniões de pauta do Parabólica.

“Com ele, aprendemos a nos conscientizar historicamente, a perceber quem somos. Nas aulas tradicionais, muitas vezes, o aluno fica angustiado porque o saber dele é ignorado. Aqui não, a gente pensa, a gente produz”, diz o jovem, aluno de filosofia na Universidade de Brasília e que, em poucos anos, deve seguir a mesma profissão de Júnior.

A paixão pelo ensino e a vontade de mudar a vida dos alunos também são as características mais evidentes na equipe pedagógica da Escola Classe Córrego das Corujas, na zona rural de Ceilândia, outra cidade do DF. Rosemar Barbosa, 48 anos, é uma das três professoras que trabalham na unidade. Para chegar à escola, ela leva, diariamente, 40 minutos e enfrenta 6 quilômetros de estrada de terra, mas diz que não “quer sair dali por nada”.

“Já trabalhei em escolas que ficavam a dez minutos da minha casa, mas sou apaixonada pelo trabalho que a gente faz aqui, com impacto direto não apenas no processo de aprendizagem do aluno, mas também na vida das famílias da comunidade”, diz. Para ela, a estrutura simples e os recursos limitados não desestimulam o trabalho de quem quer fazer a diferença.

“Não temos muitos recursos aqui, mas aproveitamos o que está disponível e provamos que é possível mudar. Ver o crescimento dessas crianças e o sorriso no rosto delas renova o nosso ânimo”, acrescenta.

De acordo com a diretora da escola, Suélia Gomes, foi essa dedicação à arte de ensinar, somada à integração entre as profissionais que levaram a escola a ser reconhecida como exemplo de sustentabilidade. Este ano, o projeto Saber Viver: Uma Escola Sustentável foi premiado durante o Circuito de Ciências de Taguatinga, promovido pela Secretaria de Educação do DF.



“Por meio do projeto, incentivamos os alunos a trazer material reciclável que virava lixo e acabava sujando a própria comunidade. Com isso, construímos vários objetos de lazer aqui na escola e conscientizamos as famílias sobre a importância do descarte responsável e do reaproveitamento de materiais”, explica.

Como resultado do projeto, os alunos construíram, com a ajuda dos professores, uma casinha de bonecas usando caixas de leite, além de mesas e cadeiras feitas com madeira de caixotes reaproveitada. As brincadeiras também foram incrementadas com castelos de princesas construídas com latas de leite em pó, flores de rolo de papel higiênico e super-heróis de garrafas PET.

Rakeu Santos, 9 anos, é aluna do terceiro ano do ensino médio e percebe a paixão das professoras pelo que fazem. Com sorriso no rosto, diz que tem orgulho de estudar em uma escola “tão legal”.

“Eu gosto muito de estudar aqui, sempre digo em casa que nunca quero sair desta escola. Aqui a gente aprende muitas coisas, como cuidar da natureza e reciclar”, diz a menina.



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Educação e planejamento: Fundação afirma que sistema educacional contribui para aumento do trabalho infantil


A pedagoga Inês Kisil Misdalo (foto), que coordena a área de Educação Formal do Instituto Ayrton Sena, afirmou que o sistema educacional brasileiro contribui para o crescimento do trabalho infantil.

"À medida que a qualidade da educação deixa a desejar, colocamos na sociedade a possibilidade da exploração infantil", alertou durante apresentação no painel Experiências de inclusão social de crianças e adolescentes pela Educação. A questão foi debatida durante o Seminário Trabalho Infantil, Aprendizagem e Justiça do Trabalho.

O evento, realizado pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho e pelo Tribunal Superior do Trabalho, reúne nesta semana (9 a 11/10/2012), em Brasília, autoridades do executivo, legislativo e judiciário, acadêmicos e organizações não governamentais  para propor novos rumos na luta contra a exploração de milhares de crianças e adolescentes brasileiros.

Inês Kisil destacou que, embora 98% das crianças estejam na escola, cerca de 3,5 milhões são reprovadas anualmente. O problema não seria de oferta, mas da qualidade que não mantém as crianças na escola. Mostrou-se preocupada com a evasão no ensino médio, que chega a 40%, em uma faixa etária onde ocorre o começo da vida profissional para muitos desses adolescentes.

Ela relatou experiências do Instituto Ayrton Senna no treinamento dos adultos que têm contato direito com as crianças. Ela criticou a falta de planejamento na Educação do país e a qualidade das nossas escolas públicas, ainda voltadas para o século XX e XIX, pouco atraentes para os jovens de hoje.

Erradicação do trabalho infantil pela educação
A cientista social Patrícia Mara Santin, gerente da área da infância e da adolescência da Fundação Telefônica, ligada à Vivo, disse hoje no Seminário que a sociedade não tem o entendimento de que o trabalho infantil "é um problema da nossa conta", que precisa e pode ser resolvido pela Educação ampla, com o auxílio de parcerias.

A própria falta de consenso sobre o que é trabalho infantil tem levado as pessoas que trabalham na área a identificar equivocadamente quais crianças realmente necessitam de atendimento, manifestou a palestrante. Preocupada com essa questão, ela informou que a sua organização utiliza um modelo de diagnóstico rápido desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que possibilita, inclusive, a identificação de trabalho infantil doméstico, que é invisível na sociedade.

Para Patrícia Santin, os alarmantes números oficiais que dimensionam o trabalho infantil no Brasil são apenas a ponta do iceberg, porque a experiência tem demonstrado que os problemas são muito maiores. Na sua opinião, os municípios não veem conseguindo articular adequadamente o papel dos conselhos de direitos, como o tutelar, compreendidos no Sistema Único de Assistência Social, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. "A fundação trabalha no sentido de que esse sistema funcione na prática", disse Patrícia Santin.

Fundação Gol de Letra propõe educação articulada e integral
O representante da Fundação Gol de Letra, Felipe Pitaro, defendeu, em sua participação no painel, o desenvolvimento de ações articuladas voltadas para a formação integral de crianças e jovens. "O fracasso do sistema educacional reside, em parte, na expectativa de que o Estado e a iniciativa privada façam toda a ação de transformação", afirmou.

A fundação, criada em 1998 pelos jogadores de futebol Raí e Leonardo, desenvolve diversos programas voltados para a transformação social por meio da educação, com ênfase no desenvolvimento de valores como dignidade, solidariedade, perseverança e fraternidade, e, por meio de parcerias com empresas, promove a inserção de jovens no mercado de trabalho. Os programas atendem cerca de 1.600 crianças diretamente, além de suas famílias.

Pitaro, que é professor da rede estadual do Rio de Janeiro, afirma que a articulação com o Estado, ainda frágil, precisa ser fortalecida para que a Educação mude de um processo de disciplina e rendimento para um de construção de cultura e ação social legítima. "Educação é um ato voluntário, e a estrutura física e a grade curricular não garantem a Educação", defende. O processo, conclui, precisa fazer sentido para o educando, gerar modelos e criar um cenário de envolvimento.

Inovação disruptiva: seminário discutirá modelos inovadores e lucrativos que criam soluções para novos consumidores


Mais de 40 milhões de brasileiros ingressaram na classe C nos últimos sete anos. O crescimento, de quase 65%, fez essa camada social passar a representar 54% da população, ou 103 milhões de pessoas. As classes D e E, por sua vez, somam 95 milhões de habitantes, também ansiosos por tomar parte no processo que tem permitido a inclusão de novos segmentos sociais no mercado de consumo.

O mercado da base da pirâmide oferece um contexto promissor para o desenvolvimento de modelos de negócios inovadores – que podem ser replicados em outros mercados ou mesmo levados ao topo da pirâmide. A inovação disruptiva permite, ainda, atender à camada do público que hoje simplesmente não tem acesso ao consumo, por não encontrar opções no mercado. Para capitalizar estas oportunidades, entretanto, é preciso adotar um pensamento ampliado, que permita levar ao novo público não só produtos e serviços, mas também o acesso a demandas novas de infraestrutura, informação e serviços básicos.

Com o evento Inovação: Novas Forças do Mercado Brasileiro, em 26 de outubro, em São Paulo, a revista Brasileiros, por meio de sua divisão Seminários Brasileiros, e a consultoria de inteligência sobre a base da pirâmide Plano CDE vão mostrar modelos inovadores e lucrativos que criam soluções para atender a estes mercados. As alternativas encontradas pelo setor privado e pelos governos contribuem para o crescimento sustentável e de longo prazo do país – mas exigem um olhar atento à inovação e ao uso democrático do conhecimento como agente de transformação nacional.

Entre os palestrantes já confirmados no evento, estão o gerente de Oportunidades para a Maioria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luiz Ros, e o presidente do banco Gerador, Paulo Dalla Nora, que irá contar sua experiência na concessão de empréstimos a pequenos e médios empreendedores, com o apoio do BID, para fomentar negócios que tenham condições de melhorar as condições de vida de populações de baixa renda.

Entre as soluções criativas e viáveis a serem apresentadas no seminário, encontram-se também cases internacionais que apontam caminhos e abrem oportunidades junto ao mercado da base da pirâmide. Somam-se exemplos nacionais de grandes empresas que promovem a capacitação e educação financeira de jovens e microempreendedores informais, além de novas plataformas e modelos de negócios que viabilizam o acesso a informação, serviços de saúde, instrumentos financeiros e educação.

Clique aqui para saber mais e se inscrever.


Da Radioagência NP: Educação é um dos setores mais deficientes na gestão municipal

Se as condições de ensino são desfavoráveis para quem já ingressou na rede educacional, certamente estão piores para quem ainda não conseguiu uma vaga. Aproximadamente 145 mil crianças paulistanas estão na fila da creche.

As escolas de 1ª a 4ª séries mantidas pela Prefeitura de São Paulo atingiram 4,8 pontos, ficando abaixo da média nacional (5,0) no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Se as condições de ensino são desfavoráveis para quem já ingressou na rede educacional, certamente estão piores para quem ainda não conseguiu uma vaga.

Esta é a avaliação da integrante do grupo de oposição na diretoria do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), Laura Cymbalista.

“Tem duas pontas do atendimento que estão sendo excluídas da escola, inclusive pela política pública da Prefeitura: as crianças pequenas de zero a três anos e os jovens e adultos que não puderam estar na escola na idade adequada.”

Entre as crianças menores de três anos e onze meses, apenas 50% são atendidas atualmente na cidade. Ou seja, 145 mil ainda aguardam uma vaga na creche.

Na tentativa de reduzir o déficit a qualquer custo, a Prefeitura criou convênios com instituições privadas. Cymbalista ressalta que em algumas regiões da cidade, como Guaianazes, na Zona Leste, o número de creches conveniadas é cinco vezes maior que o da rede direta.

“As entidades conveniadas muitas vezes não têm profissionais qualificados. São profissionais que têm uma jornada super extensa, recebem muito mal, não têm estrutura. E as casas que abrigam as unidades não têm condições de receber as crianças”.

O sucessor do prefeito Gilberto Kassab (PSD) será escolhido em segundo turno, no dia 28. Recentemente, ele encaminhou à Câmara dos Vereadores o Plano Municipal de Educação, que prevê para 2020 o fim da fila nas creches. Enquanto isso, o Plano Nacional de Educação está parado no Congresso, devido à recusa do governo em investir 10% do PIB no setor.

Clique aqui para ouvir a reportagem da Radioagência NP


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Escravo, nem pensar!: programa lança concurso para renovar logotipo


Designers e agências de publicidade podem enviar propostas de trabalho até 30 de novembro de 2012 pelo correio. O profissional vencedor desenvolverá toda a identidade visual do programa Escravo, nem pensar! – da ONG Repórter Brasil – a partir do desenho proposto para este concurso. Esse trabalho será remunerado com o pagamento do valor bruto de R$ 6.500.

Clique aqui para ler o edital do concurso e saiba como participar!


Educação infantil: crianças aprendem e pensam como cientistas, diz estudo


Crianças em idade pré-escolar são capazes de tirar conclusões com base em análises estatísticas. Elas também aprendem por experimentos individuais e observação dos colegas. Essas são as características que levaram a pesquisadora Alison Gopnik, do Departamento de Psicologia da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, a concluir que os pequenos têm uma maneira de pensar e aprender muito similar à dos cientistas.

Segundo a pesquisa, as crianças, mais do que os adultos, são capazes
de propor teorias incomuns para resolver problemas (Foto: Shutterstock)

A constatação, que enfatiza a importância das experiências vividas pelas crianças de até 6 anos, pode ter implicações na maneira como se estrutura o ensino infantil. Para se chegar a esse resultado, publicado na última edição da revista Science, Alison fez uma revisão de dezenas de pesquisas anteriores que avaliaram os mecanismos de pensamento das crianças pequenas.

Ela defende que as crianças, mais do que os adultos, são capazes de propor teorias incomuns para resolver problemas. "Esse tipo de pensamento hipotético reflete sobre o que poderia acontecer, e não sobre o que realmente aconteceu. E esse é um tipo de pensamento muito poderoso que usamos na ciência", diz Alison. Ela completa que a própria brincadeira de faz de conta, aquela atividade espontânea em que as crianças costumam se engajar, é "uma reflexão sobre esse raciocínio e compreensão profundos".

Clique aqui para ler a reportagem completa da revista Época


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Mercado de trabalho: como escolher uma profissão

O especialista em desenvolvimento profissional, autor do best-seller A estratégia do olho de tigre e diretor geral da Trabalhando.com Brasil, Renato Grinberg, participou do programa Hoje em Dia, da TV Record, dando dicas para escolher a profissão ideal.





Educação: Senai-RS e universidades investirão na formação de ‘inteligência inovadora’ para a nova revolução industrial

O Senai do Rio Grande do Sul e as Universidades Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Caxias do Sul (UCS) e do Vale do Rio do Sinos (Unisinos) vão trabalhar em parceria para a promoção de pesquisa, ensino e extensão no Programa Senai de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira.

Senai vai implantar 53 centros de formação profissional,
38 institutos de tecnologia, 23 institutos de inovação (Foto Divulgação)

"Se antigamente nossas escolas técnicas formavam ‘mão de obra’, hoje essa denominação esgotou seu prazo de validade", disse o presidente do Sistema Fiergs, Heitor José Müller. "É imprescindível ter presente a nova revolução industrial que estamos vivendo, caracterizada pela sociedade do conhecimento. Cada vez mais vamos substituir a formação de ‘mão de obra’ pelo investimento em ‘inteligência inovadora’. Precisamos de mão, mas muito mais de cérebros", destacou.

O reitor da UCS, Isidoro Zorzi, ressaltou que a expertise técnica e tecnológica da universidade está à disposição da sociedade. "Não devemos duplicar estruturas e sim otimizar. Estas iniciativa deve aumentar o diálogo das empresas com as universidades, tornando ações mais efetivas, eficientes e produtivas", salientou.

Marcelo Fernandes Aquino, reitor da Unisinos, lembrou que o acordo busca aumentar a sinergia por meio da tecnologia. "Esta aproximação com a indústria e a Fiergs vem acontecendo já há alguns anos e agora damos mais um passo importante", lembrou. O pró-reitor da UFRGS, Ário Zimmermann, afirmou que a parceria será uma grande honra para a universidade. "Assim como a economia se globalizou, também a universidade está se abrindo e ampliando os intercâmbios".

Com o programa de apoio à competitividade da Indústria, o Senai tem como meta a implantação de 53 centros de formação profissional, 38 institutos de tecnologia, 23 institutos de inovação e 81 novas unidades móveis, bem como a modernização de diversas unidades operacionais em todo o Brasil. Os acordos agora firmados no Rio Grande do Sul buscam promover a aproximação da academia com a indústria, tendo o Senai como catalizador, gerando novas tecnologias, inovações, fomentando a proteção do conhecimento e a transferência de tecnologias.

Com foco em pesquisa aplicada, gestão de inovação, ampliação dos serviços técnicos e tecnológicos e desenvolvimento de novas tecnologias, os institutos Senai de inovação são considerados estratégicos para a competitividade da indústria brasileira. O Rio Grande do Sul vai abrigar os ISIs de Engenharia de Polímeros e de Soluções Integradas em Metalmecânica, ambos em São Leopoldo, e servirão a todo o Brasil.

Quatro cidades gaúchas vão sediar institutos de tecnologia (ISTs) com foco em setores industriais relevantes para o Estado, com atendimento para as demandas na prestação de serviços técnicos e tecnológicos. Serão eles: Madeira e Mobiliário em Bento Gonçalves, Couro e Meio Ambiente em Estância Velha, Refrigeração e Alimentos em Porto Alegre e Automação em Caxias do Sul.

No âmbito deste programa, o Senai atenderá às demandas de maior complexidade da indústria, com atuação em rede entre estes institutos, promovendo a sinergia, a complementariedade de ações e, consequentemente, qualificando o atendimento.

Comunicação visual: Coca-Cola transforma revista em amplificador

Para comemorar o primeiro ano da rádio Coca-Cola FM no Brasil, a marca lançou mais uma de suas ações brilhantes. Criada pela agência JWT, a campanha faz parte da última edição da revista Capricho.



Um anúncio na parte interna da capa, feito com um papel mais espesso que o comum, pode ser transformado em um amplificador, que garante a diversão dos jovens leitores.

A revista, exclusiva para assinantes convida: "Amplifique sua festa". As instruções para o recurso de áudio, são super simples e podem ser acompanhadas por meio do vídeo criado pela marca.Para comemorar o primeiro ano da rádio Coca-Cola FM no Brasil, a marca lançou mais uma de suas ações brilhantes. Criada pela agência JWT, a campanha faz parte da última edição da revista Capricho.

Um anúncio na parte interna da capa, feito com um papel mais espesso que o comum, pode ser transformado em um amplificador, que garante a diversão dos jovens leitores.

A revista, exclusiva para assinantes convida: "Amplifique sua festa". As instruções para o recurso de áudio, são super simples e podem ser acompanhadas por meio do vídeo criado pela marca.



Lei de Cotas: Mercadante diz que ela deve ser aplicada a partir de 2013'

O Ministério da Educação (MEC) vai cobrar que a Lei de Cotas em universidades e institutos federais seja implementada a partir de 2013. A determinação ainda será regulamentada por meio de decreto a ser assinado pela presidenta Dilma Rousseff nos próximos dias. Pela lei, 12,5% das vagas já têm de ser reservadas para estudantes que fizeram todo o ensino médio em colégio público.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse na sexta (5/10/2012) que as instituições de Educação superior que já tenham publicado seus editais terão que fazer ajustes para adequação à lei. Os alunos que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), previsto para o início de novembro, já serão avaliados de acordo com as novas regras.

“Não haverá prorrogação [para instituições que já tenham lançado editais de processos seletivos], porque o fato de já ter publicado o edital não significa que a instituição já tenha promovido o vestibular. (…) Todas as universidades federais terão de fazer as adequações necessárias”, explicou Mercadante.

A Lei de Cotas institui reserva de 50% das vagas das instituições federais de Educação. Em 2013, esse índice obrigatoriamente deve ser 12,5% e aumentar progressivamente nos próximos quatro anos até atingir metade das vagas.

Metade das vagas de qualquer instituição federal será destinada aos ex-alunos da rede pública, que deverão ser preenchidas por pretos, pardos e indígenas, em proporção à composição da população na unidade da Federação em que a instituição se situa. Metade do total de cotas, o que corresponde a 25% das vagas da instituição, deve ser preenchida com estudantes vindos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo per capita.

A proporção de vagas será calculada a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aluno deverá informar no momento da inscrição a que grupo racial pertence.

Segundo o ministro da Educação, a medida visa a garantir inclusão social. “O Brasil precisa valorizar a escola pública. São 88% dos estudantes brasileiros que vão ter o direito de disputar 12,5% das vagas”, disse.

Em nota divulgada na sexta (5/1/2012), a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) informou que as universidades federais cumprirão o que determina a Lei de Cotas, mas só vai se manifestar após publicação do decreto presidencial com as normas estabelecidas para a implantação.

De acordo com Mercadante, o MEC vai investir R$ 650 milhões em assistência estudantil em 2013 para garantir a permanência dos alunos no ensino superior. “Pretendemos que esses alunos tenham preferência na implementação da política de bolsas e que as universidades tenham sistema de acompanhamento, de tutoria. Em algumas universidades, são os estudantes de pós-graduação bolsistas que têm a obrigação de fazer a tutoria de estudantes cotistas. Então, queremos também implementar essa política de reforço pedagógico e tutoria para garantir o bom desempenho dos cotistas.”



Da BBC Brasil: estudo no exterior reserva armadilhas para universitários brasileiros


Apesar das dicas de preparação de feiras de estudos no exterior, agências e palestras de universidades, estudantes brasileiros que se candidatam a programas de mestrado e doutorado na Europa ainda encontram algumas surpresas desagradáveis.



Um custo de vida mais alto do que o esperado, exigências das instituições e dos países e a burocracia para a revalidação do diploma no Brasil são algumas das queixas mais frequentes, mas o conselho dos que já passaram pelo processo é quase sempre o mesmo: planejamento redobrado.

Estudantes de programas governamentais como o Ciência sem Fronteiras chegam à Europa sem a preocupação de conseguirem um lugar para morar, já que o programa inclui a acomodação. Mas a maior parte dos pós-graduandos brasileiros na Europa aprende que, ao contrário do que se imagina, as residências estudantis das universidades não são a opção mais em conta.

"Muitas vezes, a residência é mais cara do que alugar um apartamento pequeno ou dividir um apartamento com colegas ou amigos. E nem sempre se tem facilidades como uma pessoa contratada para fazer a limpeza", disse à BBC Brasil Diego Scardone, diretor da Associação de Estudantes de Pós-graduação e Pesquisadores Brasileiros no Reino Unido (Abep).

Clique aqui para ler a reportagem completa de Camilla Costa para a BBC Brasil em Londres.


Do O Globo: documentário mostra as dificuldades enfrentadas pelos vestibulandos


Longa “Virando bicho”, que será exibido durante o Festival do Rio, exibe panorama da educação brasileira pelo ponto de vista dos estudantes


Cena com momento de descontração em um dos cursinhos
mostrados no longa (Foto Divulgação)

Renan queria ser jogador de futebol, mas preferiu prestar vestibular para engenharia. Olívia deixou a casa da família, no interior paulista, e se mudou para a capital, enquanto luta por uma vaga em medicina. Já Carolina escolheu seguir a carreira dos pais e tentar a faculdade de direito.

A história desses personagens mostra como o ingresso do jovem na faculdade é cheio de questões que, muito mais do que a dúvida sobre qual profissão escolher, configuram um verdadeiro raio-x do Brasil contemporâneo. Este é o mote do documentário “Virando bicho”, que será exibido nesta segunda (8/10/2012), às 14h45m, e terça (9/10/2012), às 14h30m, no Estação Sesc Rio, pela Mostra Geração do Festival do Rio.

Clique aqui para ler, na íntegra, a reportagem de Eduardo Vanini.


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Ensino técnico: Brasil vai enviar 2 mil professores para Alemanha*

Annette (com Mercadante): modelo dual estimula
empresas a contratar trabalhadores (Foto Agência Brasil)
 
Parceria firmada nesta sexta (5/10/2012) entre Brasil e Alemanha no âmbito do programa Ciência sem Fronteiras prevê o envio ao país europeu, nos próximos dois anos, de 2 mil professores de institutos técnicos federais e de centros de educação do Senai.

Durante cerimônia de assinatura de dois memorandos, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, destacou que a parceria vai trabalhar a capacitação dos professores por meio do modelo dual, com aulas teóricas durante uma parte da semana e, na outra, contato direto com a indústria por meio de um estágio.

“Temos um grande desafio que é aumentar a competitividade da economia brasileira, ou seja, aprender a produzir com mais qualidade e com menor custo. E o melhor caminho é investir na formação dos trabalhadores, especialmente dos jovens que vão chegar ao mercado de trabalho”, explicou.

De acordo com o ministro, o governo pretende iniciar a experiência no modelo dual de formação do ensino técnico no Brasil. “É um modelo alemão que deu certo, que é um grande êxito. E o Brasil quer avançar nessa direção”, disse. “Isso acelera a formação e, especialmente para pequenas e médias empresas, o custo é muito mais barato para ter um profissional habilitado aos seus desafios tecnológicos”, completou.

A ministra de Educação e Pesquisa da Alemanha, Annette Schavan, avaliou que a experiência de seu país com o modelo demonstra que as empresas se engajam ao projeto e passam a investir mais na formação de jovens profissionais. “A formação teórica e prática combate a falta de pessoal qualificado”, disse.

Segundo a ministra alemã, a indústria do seu país demonstrou maior estímulo à contratação de trabalhadores após a implantação do modelo dual de ensino técnico-profissional.

*Reportagem de Paula Laboissière/Agência Brasil


Pesquisa e inovação: parceria entre ministérios quer ampliar apoio ao desenvolvimento científico em saúde humana


Portaria publicada nesta quinta (4/10/2012) no Diário Oficial da União institui parceria entre os ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Inovação em busca de ações de financiamento à pesquisa no âmbito da saúde humana.

A ideia é estimular o intercâmbio tecnológico entre as instituições científicas e tecnológicas (ICTs) e os setores industriais, além de estimular a transferência de tecnologias das universidades e institutos de pesquisa para as indústrias brasileiras.

Segundo o texto, a parceria pretende apoiar a estruturação de centros de inovação de produtos, tecnologias e serviços estratégicos para a saúde criados por ambos os ministérios e pela Anvisa.

Está previsto a formação de uma Comissão Técnica Interministerial, que terá competências como elaborar plano de trabalho e cronograma que especifiquem as linhas e as diretrizes do trabalho, contribuir para o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde, e estimular a substituição de tecnologias e de produtos importados de interesse da saúde por correspondentes nacionais competitivos.

A comissão será formada por três representantes de cada ministério e poderá contar com representantes de outros órgãos federais, estaduais, distritais e municipais, além de entidades públicas ou organizações da sociedade civil. A participação será considerada função relevante, não remunerada.



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