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terça-feira, 18 de junho de 2013

Pesquisa e inovação: especialistas criam Rede Brasileira de Astrobiologia

Com o objetivo de integrar a comunidade científica e partilhar os trabalhos, pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do Núcleo de Pesquisa em Astrobiologia da Universidade de São Paulo (NAP–Astrobio-USP) e do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) criaram a Rede Brasileira de Astrobiologia (RBA). Para viabilizar o sistema de troca de informações, instituições de diversos estados contribuíram na criação da RBA.

“A ideia da rede é criar um sistema, em princípio, virtual para aumentar a integração de pesquisadores e educadores na área de astrobiologia no Brasil. Como essa é uma área relativamente recente no país, tanto em pesquisa quanto em educação, as pessoas ainda não se conhecem muito bem e falta informação de quem faz o que e sobre qual assunto", explicou Douglas Galante, pesquisador do LNLS, em Campinas, também pesquisador associado da USP e um dos fundadores da rede.

Por astrobiologia, disse Galante, entende-se uma área multidisciplinar. “Astrobiologia é uma área de pesquisa relativamente recente no país e no mundo. A ideia dessa área é entender o fenômeno da vida no universo: quais os processos que levaram à origem da vida no nosso planeta, como ela se desenvolveu e evoluiu no planeta ao longo do tempo, como esse desenvolvimento foi alterado, como a biologia está relacionada a fenômenos astronômicos e astrofísicos e como a vida se distribuiu no nosso planeta, entre outros”.

Para incluir o trabalho de pesquisa na rede basta entrar no site, na seção chamada Associe-se. Não há cobrança de taxa de inscrição ou de mensalidade. No entanto, é necessário comprovar que o trabalho realmente exista. O pedido de associação de qualquer membro ou trabalho será avaliado pela Comissão de Implantação, que poderá ou não aceitar o pedido.

“Na seção Associe-se será preenchido um formulário no qual se informa, além dos dados básicos [do pesquisador], os dados do trabalho que está sendo desenvolvido nessa área. As informações são enviadas para a coordenação da rede, da qual faço parte, e serão analisadas. Uma vez que, de fato, elas sejam comprovadas, o cadastro será incluído e ficará disponível online”, explicou Galante, em entrevista à Agência Brasil. Segundo ele, qualquer pessoa poderá consultar o banco de dados.




quarta-feira, 5 de junho de 2013

Inovação e pesquisa: órgãos da indústria negociam parcerias com universidades maranhenses

Nas últimas semanas de semanas (5/2013), o diretor regional do Senai do Maranhão e superintendente do IEL-MA, Marco Antonio Moura da Silva, e os reitores da universidades Estadual do Maranhão (Uema), José Augusto Silva Oliveira, e Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado, estiveram reunidos em busca de parcerias entre a indústria e as duas academias.

Na Uema, foi negociada a formação da terceira turma da especialização em Planejamento e Implementação de Redes LAN e WAN, curso desenvolvido há três anos pelo Senai-MA, em parceria com a universidade. Na pauta com a UFMA, além da atuação do IEL na interlocução indústria/academia, a realização de eventos técnicos. “Serão seminários, workshops, palestras promovidas pelo Senai voltados a profissionais nas áreas de inovação e tecnologia”, explica Moura da Silva.

O diretor do Senai-MA também colocou à disposição das duas universidades o Centro de Demonstração de Energias Renováveis, instalado no Centro de Educação Profissional e Tecnológica do Senai, no Tibiri, às margens da BR-135. A ideia é que a instalação seja usada como laboratório para pesquisas no campo das energias solar e eólica.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Pesquisa e inovação: parte dos recursos em tecnologia ainda vai para difusão e não para inovação, diz diretor do BNDES


O diretor das Áreas Industrial e de Mercado de Capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Julio Ramundo, disse nesta terça (14/5/2012) que 49,2% dos recursos aplicados em tecnologia no país vão para difusão e não para a inovação tecnológica, como arma de competição, liderança e diferenciação.

“Normalmente, a gente está falando de incorporação de base técnica e tecnológica por meio de máquinas e equipamentos”, disse o diretor, ao participar do 25º Fórum Nacional, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), na sede do banco.

Em relação aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento por parte das empresas privadas, dados da Pesquisa de Inovação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008, apontam nível de 0,53% no Brasil, contra 1,08% na China e 0,76%, em Portugal, por exemplo. “O Brasil está no escanteio do seu campo de defesa”, comparou Ramundo.

Recentemente, o governo federal lançou o Programa Inova Empresa, que tem por meta induzir o investimento empresarial em inovação tecnológica. A ideia é contribuir para aumentar da produtividade e da competitividade da economia. O Inova Empresa vai priorizar projetos com maior risco tecnológico e buscar uma coordenação entre todos os agentes de financiamento e os instrumentos de apoio. O BNDES integra a iniciativa.

”Investir em pesquisa e desenvolvimento e em inovação é o desafio das empresas brasileiras no momento”, disse o diretor.

De acordo com Ramundo, os financiamentos concedidos pelo BNDES para projetos de inovação passaram de R$ 33 milhões, em 2003, para cerca de R$ 2,23 bilhões, no ano passado. Um levantamento do banco mostra que para cada R$ 1 do banco, outros R$ 4 são aplicados por coinvestidores. 

Desde 2007, a instituição ampliou a participação nos projetos inovadores de empresas nacionais por meio da criação de fundos de capital de risco. “Hoje, o BNDES tem participação indireta em cerca de 204 empresas, sendo que a maioria inova em seu modelo de negócio. São empresas inovadoras”. Em 2007, eram 70 empresas.



sexta-feira, 5 de abril de 2013

Inovação em energia: governo vai investir R$ 3 bilhões no financiamento de pesquisas


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, assinou na segunda (1/4/2013) o termo de cooperação do Plano Inova Energia, que vai investir R$ 3 bilhões no desenvolvimento da área energética no país. 

Para o projeto, o BNDES dispõe de orçamento de R$ 1,2 bilhão, que formará o fundo de financiamento com mais R$ 1,2 bilhão da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e R$ 600 milhões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com esse orçamento, empresas sediadas no Brasil poderão receber créditos com taxas reduzidas, subvenções e dinheiro não reembolsável para o desenvolvimento de pesquisas.

Segundo Coutinho, o foco do plano é a empresa privada. “Esses recursos estão sendo oferecidos para que o setor privado assuma a liderança. No Brasil, em geral, o gasto em ciência, tecnologia e inovação está muito concentrado nas universidades, no setor público. Ele precisa, agora, da liderança das empresas”, declarou.

O plano abrange quatro linhas de inovação: redes inteligentes, que distribuem a energia de maneira mais eficiente; melhoria na transmissão de longa distância em alta tensão; energias alternativas, como a solar e termossolar; e desenvolvimento de dispositivos eficientes para veículos elétricos, que possam contribuir para a redução na emissão de poluentes nas cidades.

O lançamento do plano ocorreu durante fórum promovido pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, disse que o plano de energia é parte do programa Inova Empresa, cujo investimento de R$ 32,5 bilhões é focado em campos estratégicos. “O governo conduz esse programa com mais 11 ministérios. São recursos substanciais que estão sendo disponibilizados”, disse.

O presidente do BNDES espera que, em um prazo de dois anos, os investimentos do Plano Inova Energia comecem a dar resultados. Segundo ele, em 2013, haverá crescimento do investimento em projetos semelhantes. “No ano passado, foram gastos R$ 2,6 bilhões em projetos de inovação. Este ano, esperamos chegar a pelo menos R$ 3,5 bilhões em várias áreas”, estimou.

Coutinho disse ainda que estão previstos outros planos que estimulam inovação nas áreas da saúde, como de vacinas e fármacos; aeroespacial e defesa; tecnologia da informação e comunicações; e agronegócio.

Fonte Rede Brasil


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Plano Inova Empresa: meta do governo é investir R$ 32,9 bilhões em pesquisa nas áreas industrial, agrícola e serviços


Lançado em meados de março de 2013, o Plano Inova Empresa evidencia a necessidade de criação de parques tecnológicos no país, diz o diretor executivo do Parque Tecnológico do Rio/Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maurício Guedes. O plano prevê investimentos de R$ 32,9 bilhões nos próximos dois anos para incentivar o desenvolvimento de pesquisas nos setores industrial, agrícola e de serviços.

Ao estruturar um programa para aumentar a capacidade de inovação da economia brasileira, o governo propiciará, indiretamente, a expansão do Parque Tecnológico do Rio, que poderá chegar a atrair investimentos adicionais de R$ 2 a R$ 3 bilhões nos próximos cinco anos, diz Guedes à Agência Brasil. Segundo ele, o tema "parques tecnológicos" está entrando com força total na agenda nacional.

"É importante que o país tenha um programa estruturado para aumentar a capacidade de inovação de sua economia, e o aumento da capacidade de inovação se dá com investimentos, integração com as universidades e formação de mestres e doutores. E o Brasil vem tendo uma evolução importante nestes últimos anos”, destaca.

Para este ano, lembra Guedes, o investimento federal em inovação está em torno de R$ 100 milhões em parques tecnológicos. Para ele, ainda é pouco, até porque existem hoje no Brasil propostas para criação de mais de 100 parques tecnológicos em todo o país, embora seja um avanço. A UFRJ faz sua parte, procurando expandir as áreas de atividade. “Estamos caminhando para a expansão de nossas fronteiras, negociando a entrada de novas empresas, agregando novas áreas territoriais para esse crescimento.”

De acordo com Guedes, o governo do estado está adquirindo uma área de propriedade do Exército, com 240 mil metros quadrados de extensão, na Ilha do Fundão, para atrair novas empresas para o Parque do Rio. Já existem empresas instalando-se na área e construindo centros globais de pesquisa, como a General Eletric (GE).

A empresa, que tem pesquisas em indústrias de petróleo, construção de turbinas de aviões, na área médica e em biotecnologia, está aplicando R$ 500 milhões nas obras do centro construção do centro, a ser inaugurado em março do próximo ano. Considerada uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, a L’Oréal também vai se instalar no polo, informa Guedes. "Chegaremos facilmente aos R$ 2 bilhões, R$ 3 bilhões em investimento nos próximos quatro a cinco anos. Praticamente, dobraremos, triplicaremos os investimentos que foram feitos de 2003 até hoje”, destaca Guedes.



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Parque Tecnológico do Rio: complexo completa 10 anos com investimentos de R$ 1 bi


Inaugurado em 2003 para estimular a interação entre a universidade – alunos e professores – e empresas, promovendo a transformação de conhecimento em riqueza, o Parque Tecnológico do Rio completará 10 anos, agora em 2013, chegando a R$ 1 bilhão em investimentos.

O Parque está instalado na Cidade Universitária da capital fluminense (Foto Divulgação)

“O ambiente de inovação garante às empresas um acesso diferenciado a laboratórios, profissionais de alta qualificação, e gera oportunidades de negócios e de pesquisas de ponta”, destaca Maurício Guedes, diretor executivo do parque.

O sucesso do empreendimento é medido pela presença de unidades de pesquisas de grandes organizações e de empresas inovadoras de pequeno e médio porte. Este movimento foi impulsionado pela presença de uma empresa âncora – a Petrobras, por meio de seu centro de pesquisas.

Além de abrigar centros de pesquisa de multinacionais, o parque gera oportunidades para empresas de base tecnológica de menor porte. Para ampliar o apoio ao setor, os dirigentes reservaram parte área para o desenvolvimento de projetos de incentivo às pequenas e médias empresas.

Uma delas é a Torre da Inovação, que vai abrigar uma centena de pequenas empresas de diversos setores. O objetivo é apoiar as nacionais em busca por novos mercados e as internacionais interessadas no mercado brasileiro.

Os planos de expansão da área física do parque incluem um terreno de 240 mil metros quadrados na Ilha do Bom Jesus, que virá se somar à área original. “A ocupação desta área seguirá um modelo ecologicamente sustentável, transformando o espaço no primeiro Polo Verde do país e criando um importante marco no avanço da economia verde”, ressalta Guedes.




terça-feira, 26 de março de 2013

Pesquisa e inovação: sistema eletrônico agiliza exames de patentes no país


Pedido de patente de empresa japonesa apresentado às 10h25 desta segunda (25/3/2013) foi o primeiro feito via o e-Patente, ferramenta do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) aberto na Internet. A Aisan Kogyo Kabushiki Kaisha tem uma série de pedidos de patentes registradas no escritório americano relacionadas a aparelhos de tratamento de vapor como forma de combustível.

A plataforma online de pedidos de patentes foi colocada no último dia 20, como parte de pacote de medidas para reduzir pela metade o prazo de concessão dos certificados. O e-Patentes foi inspirado no sistema adotado pelo Escritório Europeu de Patentes.

Vencedor do XI Prêmio Excelência em Governo Eletrônico (e-Gov) 2012, o e-Patentes tem, entre outras vantagens em relação aos processos em papel, a identificação imediata de possíveis erros no preenchimento das solicitações, além de permitir que os pedidos sejam realizados em qualquer lugar via Internet.

O método é rápido, prático e totalmente seguro, com conexões que utilizam os mais altos padrões de criptografia de dados, garantindo total inviolabilidade das informações enviadas. Ao final do procedimento, o sistema emite comprovante com código QR, por meio do qual é possível acompanhar o pedido no sistema. As informações sobre pedidos de patente também são veiculadas na Revista da Propriedade Industrial (RPI).

O presidente do INPI, Jorge Ávila, ressaltou que o depósito online traz vantagens em relação ao depósito em papel. “Quando você faz o preenchimento dos formulários eletrônicos, o formulário critica o que está sendo preenchido e os erros que a máquina consegue identificar são evitados já na hora do preenchimento. Além disso, como o formulário é transmitido por via eletrônica, não tem manuseio, não tem que digitalizar. Então, não tem extravio, não tem perda de informação na digitalização.”

A meta do INPI, enfatizou Ávila, é chegar ao fim de 2014 com capacidade de processamento de 50 mil patentes por ano, englobando o arquivamento administrativo, o indeferimento técnico e a concessão. “Se a gente atingir essa marca, vamos entregar ao usuário que depositar pedidos de patente em 2014 o resultado do pedido dele em um tempo tão curto como o oferecido em qualquer escritório eficiente do mundo. Isso significa quatro anos a partir do depósito ou entre 12 meses e 18 meses a partir do pedido de exame, o que é uma marca bastante boa”.

O INPI oferece também, para os clientes que tiverem o órgão como primeiro escritório de depósito, o serviço de avaliação preliminar da patenteabilidade. “O exame preliminar dá informação para ele até 12 meses, a partir do depósito, de maneira que tenha possibilidade de aperfeiçoar o seu pedido e de fazer negócio com aquele pedido de patente, mesmo antes de essa patente ser decidida”.

No ano passado, as decisões sobre patentes envolveram 32.574 processos, devido a um estoque elevado de pedidos de patentes de anos anteriores para ser arquivado. Para 2013, o volume de processamentos é estimado em 22 mil.



sexta-feira, 15 de março de 2013

Tecnologia e inovação: Nicolelis “Criamos outra forma de comunicação entre cérebros”

Neste domingo (10/3/2013), a CNN americana dedicou o seu The Next List, programa que trata de inovação científica e tecnológica, ao Instituto Internacional de Neurociências de Natal (IHNN), no Rio Grande do Norte, e às pesquisas desenvolvidas pelo neurocientista e professor Miguel Nicolelis.

Para realizar o novo experimento toda a tecnologia teve de ser transferida da Duke para o IINN. Segundo Nicolelis, esse trabalho é o primeiro de uma série que vai mostrar que a história do ‘apagão’ científico do Instituto de Natal é uma falácia (Foto Divulgação)

Durante 30 minutos (21 sem os comerciais), o The Next List o destacou o pioneirismo do cientista brasileiro: ”a pesquisa que pode fazer o milagre de permitir que tetraplégicos voltem a andar”.

E apresentou o projeto de IINN como um modelo revolucionário de fazer ciência. Nicolelis trabalha na Universidade Duke, em Durham, nos EUA, e no IINN, do qual é fundador.

Pela segunda vez, em 11 dias, o IINN ultrapassa as nossas fronteiras.

A primeira foi em 28 de fevereiro (2013), quando a revista Scientific Reports, do grupo Nature, publicou estudo do grupo liderado por Nicolelis, do qual fazem parte Miguel Pais Vieira, Mikhail Lebedev e Jing Wang (os três da Duke) e Carolina Kunicki (do IINN).

Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram conectar eletronicamente os cérebros de pares de ratos, permitindo que os animais se comunicassem diretamente para solucionar tarefas comportamentais simples.

Como teste final do sistema, os cientistas ligaram os cérebros de dois animais que estavam a milhares de quilômetros de distância: um na Duke e outro no IINN. A equipe criou a chamada interface cérebro-cérebro, quebrando o paradigma da área interface cérebro-máquina.

“Nós criamos outra forma de comunicação entre cérebros de animais”, explica Nicolelis. “Nossos estudos anteriores já tinham nos convencido de que o cérebro é muito mais plástico do que pensávamos. E esta nova pesquisa mostrou uma capacidade totalmente inédita de adaptação do cérebro, uma tamanha plasticidade cerebral que ninguém esperaria nem tinha medido ainda.”

Continue lendo a reportagem publicada no Viomundo


quinta-feira, 14 de março de 2013

Pesquisa e Inovação: Embrapii vai promover "casamento" entre instituições de pesquisa e empresas privadas, diz Dilma Rousseff


A presidenta Dilma Rousseff disse nesta quinta (14/3/2013) que a Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) será a responsável por promover o “casamento” entre instituições públicas de pesquisa e inovação e empresas privadas. A criação da empresa foi anunciada hoje juntamente com o Plano Inova, que pretende tornar as empresas brasileiras mais competitivas no mercado global por meio da inovação tecnológica e aumento da produtividade.

“Vamos estabelecer uma parceria, praticamente um casamento. A Emprapii é um dos locais desse casamento. Terá um papel fundamental, um local de articulação das nossas relações, e isso fará muita diferença para todos nós”, disse Dilma a uma plateia de empresários durante reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no Palácio do Planalto (Foto Antonio Cruz/ABr)

A presidenta ressaltou que os recursos serão investidos após análise do comitê gestor da Embrapii, formado pela Casa Civil, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério da Fazenda e pela Secretaria de Micro e Pequena Empresa (SMPE). “Nenhuma agência do governo tem autorização, a partir de agora, para tratar como se fora seu o recurso da inovação. Esse recurso é algo a ser decidido de forma compartilhada. Essa questão é absolutamente essencial quando se trata desse plano. É nisso que consiste o grande salto que nós tivemos.”

Ao todo, R$ 32,9 bilhões serão aplicados em 2013 e 2014 e beneficiarão empresas de todos os portes dos setores industrial, agrícola e de serviços. Para a presidenta, a inovação é essencial para o país. “Inovar para o Brasil é uma questão de estar à altura do seu potencial.”

O presidente do Sistema Indústria, Robson de Andrade, disse que o desafio das medidas anunciadas pelo governo federal é alavancar o desenvolvimento tecnológico do país. “O pacote é positivo. O Brasil precisa desenvolver tecnologia e inovar para que a nossa indústria possa ser mais competitiva não só no mercado interno, mas principalmente no exterior.”

Segundo Andrade, a iniciativa muda a lógica atual de universidades buscarem parceria com empresas. “Agora, a empresa tem a capacidade de ter o recurso e buscar o centro tecnológico ou a universidade para trabalharem juntos”, analisou.

As linhas de financiamento serão executadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que serão lançados editais em várias áreas, como petróleo e gás, etanol e saúde, chamando projetos da iniciativa privada.

“É essa combinação que vai gerar uma demanda de empréstimos na linha de inovação que vai permitir dobrar a escala do que a gente já está fazendo hoje”, disse Coutinho. Segundo ele, atualmente, o BNDES investe R$ 5 bilhões para programas de pesquisa e inovação.



Inovação tecnológica: Governo cria Embrapii para fomentar cooperação entre empresas nacionais


O governo federal anuncia nesta quinta (14/3/2013) a criação da Empresa Brasileira para Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que visa a fomentar o processo de cooperação entre empresas nacionais, principalmente pequenas e médias, e instituições tecnológicas ou instituições privadas sem fins lucrativos voltadas a pesquisa e desenvolvimento (P&D).

A Embrapii será uma organização social (OS) e tem investimentos previstos de R$ 1 bilhão para este e o próximo ano. Os recursos vêm do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e dos parceiros envolvidos. A iniciativa do governo será implementada por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Ministério da Educação (MEC).

O centro baiano será uma das três primeiras unidades da rede Embrapii  (Foto Divulgação)

“[A Embrapii] Nada mais é do que uma estrutura ágil que vai fazer o casamento entre as demandas das empresas. Um agente para estabelecer a química, um catalisador que vai estabelecer uma química entre a demanda empresarial e a infraestrutura tecnológica. Foca na demanda industrial e também um estímulo às instituições de P&D existentes no país”, disse o ministro do MCTI, Marco Antonio Raupp, durante reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no Palácio do Planalto, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.

A nova organização é inspirada nos moldes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), considerada uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento e destaque do país no setor do agronegócio. O projeto piloto da Embrapii envolve o Instituto Nacional de Tecnologia, do Rio de Janeiro, na área de biotecnologia, o Instituto de Pesquisa Tecnológica, de São Paulo, em energia e saúde, e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), do Senai da Bahia.



terça-feira, 12 de março de 2013

Tecnologia RFID: Cimatec desenvolve sistema de identificação por rádio frequência

Centro difusor de tecnologia do Senai da Bahia, o Cimatec vem desenvolvendo a RFID, processo de identificação automática por ondas de rádio frequência, capaz de registrar e restaurar dados remotamente. Esta tecnologia utiliza etiquetas para identificação automática de produtos, equipamentos ou pessoas. As etiquetas são conectadas a uma antena acoplada a um microchip, pelo qual é possível ler e registrar remotamente todas as informações necessárias à identificação do produto e sua logística.

Veja como funciona:



Ao passar o produto pelo leitor, ele é automaticamente identificado por ondas de radio frequência quando os dados colhidos são enviados e processados instantaneamente por um sistema integrado em rede. A tecnologia RFID é capaz de identificar diversos produtos simultaneamente de maneira rápida e eficaz economizando tempo e reduzindo custos.

O Cimatec produz sistemas e soluções de alta tecnologia, incluindo o RFID, com diversas aplicações para facilitar o dia a dia das pessoas: Monitoramento de velocidade de veículos; Controle de acesso de veículos em edifícios; Controle de acesso de fluxo de pessoas em edifícios, Controle de acesso a locais restritos; Monitoramento de grupos em cursos e eventos; Inventário de bens e equipamentos de forma rápida e prática.

Áreas de atuação
  • Processos de Fabricação (usinagem, conformação mecânica, soldagem)
  • Transformação de Plásticos (materiais e ensaios)
  • Metrologia; Gestão da Produção
  • Logística e Qualidade
  • Desenvolvimento de Produto (design, engenharia de produto, prototipagem)
  • Automotiva
  • Automação industrial (mecatrônica, eletrônica e potência)
  • Manutenção Industrial (preditiva, caldeiraria, manutenção mecânica)
  • Certificação Profissional
Clique aqui para saber mais sobre o Cimatec.


domingo, 10 de março de 2013

Pesquisa e inovação: programa quer estimular presença feminina em carreiras ligadas à ciência e tecnologia

Noventa e duas estudantes do ensino médio, vindas de todas as regiões do país, participaram na semana passada (5/3/2013) da abertura do Programa Science Camp – Elas nas Ciências, destinado a estimular vocações femininas para a carreira científica e tecnológica. Elas vão passar uma semana em Manaus, na sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), referência mundial em biologia tropical, e instituição que realiza, há quase 60 anos, estudos científicos do meio físico e sobre as condições de vida na região.

A iniciativa é uma parceria do CNPq e da Embaixada dos Estados Unidos, que está custeando as passagens aéreas
(Foto Marcello Casal Jr/ABr)

As estudantes ouviram palestras, na sede do CNPq, sobre as possibilidades da inserção da mulher no mundo científico. O diretor de Cooperação Internacional do órgão, Manoel Neto, lembrou que a presença das mulheres é pequena na área de engenharia e também escassa na maioria dos segmentos científicos. O estímulo a uma adesão maior a essas áreas, segundo ele, não deve ser feito porque faltam homens para o setor, mas para dar oportunidade de encontrar novas potencialidades e despertar vocações entre as mulheres.

Conselheiro da Embaixada dos Estados Unidos, o ministro Todd Chapman destacou que o governo norte-americano tem interesse em manter a cooperação para o aprendizado científico. A iniciativa foi impulsionada, segundo ele, pela conversa que o presidente Barack Obama manteve sobre o assunto, quando esteve no Brasil há 2 anos, com a presidenta Dilma Rousseff. Chapman relatou que os Estados Unidos desenvolvem iniciativas semelhantes para apoiar jovens estudantes que queiram entrar na área científica e tecnológica.

A estudante Diana Cunha, de Manaus, ainda está cursando o terceiro ano do ensino médio e diz que estímulos são positivos para quem ainda não sabe o que vai fazer no futuro. Ela diz que na região amazônica a participação da mulher na área científica é maior em ciências biológicas, mas acredita que pode ser expandida para outras áreas e chegar a postos de liderança, onde só há a presença masculina. A estudante de biologia Eduarda Lopes, da Paraíba, está curiosa em relação à área científica, embora admita que só entrou para o curso porque o acesso era mais fácil. Ela diz que gostaria de fazer engenharia química e que a participação da mulher na área científica na Região Nordeste é pequena.



quarta-feira, 6 de março de 2013

Pesquisa e tecnologia: Paraná regulamenta Lei de Inovação e une setores público e privado e academias


O governador Beto Richa assinou no final de fevereiro (27/3/2013), em Curitiba, decreto que regulamenta a Lei de Inovação no Paraná. A legislação, construída com a participação de universidades e entidades representativas do setor produtivo, cria benefícios e estabelece mecanismos de cooperação entre os setores público e privado e academia para pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico no Estado. Com a regulamentação, a lei entra efetivamente em vigor.

De acordo com o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, a partir de agora, o Paraná terá um diferencial no que diz respeito à inovação. “O estado foi um dos últimos a adotar uma legislação específica nessa área, mas conseguimos juntar o que havia de melhor nas leis dos outros estados e tirar o que havia de ruim.”

Para contribuir com o desenvolvimento da inovação no Paraná, o Sistema Fiep vai investir R$ 185 milhões nos próximos três anos para a instalação de oito Institutos Senai de Tecnologia, que vão apoiar diferentes setores da indústria. Outros R$ 61 milhões serão investidos na sede da organização no Jardim Botânico, em Curitiba, para a instalação de um Instituto Senai de Inovação voltado para a área de eletroquímica. Os investimentos fazem parte do Programa de Apoio à Competitividade da Indústria Brasileira, capitaneado pelo Senai Nacional, com apoio do BNDES.

Um dos principais objetivos da Lei de Inovação do Paraná é fortalecer as parcerias público-privadas de transferência de conhecimento e tecnologia entre universidades e empresas, além de garantir recursos financeiros e incentivos fiscais para iniciativas inovadoras. Entre as medidas regulamentadas, está a participação técnica e econômica do estado em projetos de empresas paranaenses, cuja atividade principal seja a inovação tecnológica.

Para o governador Beto Richa, a nova lei também oferece segurança jurídica na relação entre institutos de pesquisa, empresas e poder público. “Com entendimento e diálogo, realizamos audiências públicas para conseguir elaborar uma legislação moderna e abrangente. Investimento em inovação é um compromisso nosso”, disse o governador.
  
A regulamentação da nova lei define que 2% do orçamento estadual sejam destinados à inovação, sendo 10% desse valor para recursos de subvenção econômica. O valor será de R$ 300 milhões por ano. “Trata-se de apoio à empresa na sua inovação, com recursos públicos sem retorno. Não é financiamento, é fomento”, disse o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Júlio Felix.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Países inovadores: africanos investem em pesquisa e tecnologia para impulsionar novas perspectivas


O Nova África desta semana mostra como o continente africano tem buscado novas perspectivas e investido em pesquisas científicas e tecnológicas. Cabo Verde é um exemplo de país que pretende modernizar a sua realidade com um projeto ambicioso: tornar-se uma das primeiras nações do planeta totalmente conectada na internet.

O país disponibiliza gratuitamente para a sociedade acesso a rede mundial, com um programa piloto, o Konecta, que visa melhorar a qualidade do ensino cabo-verdiano por meio da internet. A política adotada já dá sinais positivos com um terço da população conectada.

De Cabo Verde, o programa segue viagem para o Quênia e mostra como uma empresa de tecnologia da informação está desenvolvendo softwares com o objetivo de mudar não só a realidade da África, mas também de outros 132 países.

A plataforma pioneira é o Ushahidi que, com a colaboração de pessoas comuns de todo o mundo, ajuda a construir mapas informativos que podem salvar vidas em locais de conflito ou em situações de desastre. O diretor de projetos do Ushahidi, Dadi Were, conta como nasceu esse sistema e quais são os seus principais atributos.

Ainda no Quênia, um outro sistema facilita a vida das pessoas na hora de fazer pagamentos. Com a precariedade da rede financeira, a solução foi utilizar telefones celulares para pagar despesas no comércio com uma simples troca de mensagens.

Conheça o principal sistema de pagamento eletrônico, o M-Pesa. A diretora de marketing e desenvolvimento de produtos, Angela Nzioki, explica como funciona essa troca e quais são as vantagens para os quenianos.

E do Quênia para Uganda, o Nova África mostra o sistema de rastreamento de informações de saúde, M-trac. Desenvolvido no país por técnicos locais, o M-trac funciona como uma espécie de banco de dados em que são registrados desde o número de ocorrências de malária, febre amarela e AIDS, até casos de desnutrição.

Veja ainda como o sistema, presente em 50 postos de saúde, é abastecido com milhares de reclamações feitas pela população por meio de mensagens de texto SMS.

O programa também traz uma entrevista com Herman Chinery-Hesse, proprietário da Softribe e considerado por muitos como o “Bill Gates” africano. O empresário nos conta a sua trajetória e como uma pequena ideia se transformou em uma das maiores empresas de tecnologia e desenvolvimento de softwares da África.

Clique no Nova África para ler a reportagem completa.


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Financiamento de pesquisas e inovações: prêmio vai destacar e apoiar tecnologias sociais de convivência com a seca

Práticas inovadoras em acesso à água e convivência com o Semiárido serão reconhecidas por meio do Prêmio Mandacaru. A iniciativa prevê apoio financeiro a associações de agricultores familiares, instituições de pesquisa e organizações da sociedade civil para consolidar tecnologias sociais que viabilizem o manejo sustentável da água e da caatinga.

O prazo para inscrições foi prorrogado para 22 de fevereiro e os prêmios variam de R$ 5 mil a R$ 150 mil. A iniciativa é organizada pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável (Iabs) e pela Agência Espanhola de Cooperação (Aecid), com apoio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O regulamento está disponível via www.iabs.org.br/projetos/premiomandacaru e o resultado será divulgado em 15 de março.

De acordo com a consultora socioambiental do Iabs, Maiti Mattoso Santana, as experiências vencedoras serão catalogadas e integrarão uma publicação que abordará os desafios, os passos para implementação, as potencialidades e os resultados dos projetos. A publicação deverá ser concluída no ano que vem.

“Essa base de dados vai servir para incentivar a multiplicação das iniciativas, que poderão ser apropriadas por outros agricultores e gestores municipais. Para isto, ao longo de um ano, vamos acompanhar as experiências à distância, avaliando os dados, e in loco, visitando e vistoriando cada localidade onde as ações estiverem acontecendo”, explicou.

A consultora do Iabs ressaltou que serão premiados projetos já executados que tenham continuidade ou que estejam em desenvolvimento. Eles serão escolhidos em quatro categorias: experimentação no campo, que inclui práticas experimentais em comunidades rurais ligadas a associações de agricultores e agricultoras; práticas inovadoras, voltadas a iniciativas de desenvolvimento local e sustentável ou inclusão social de organizações não governamentais; pesquisa aplicada, específica para instituições de produção científica sobre a região; e gestão inovadora, direcionada a inovações implementadas por órgãos e entidades governamentais municipais do Semiárido.

Nessa última categoria, a premiação não prevê apoio financeiro, apenas concessão de diploma aos cinco primeiros colocados.

Para Jean Carlos de Andrade, coordenador de projeto da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), rede de organizações da sociedade civil que atuam na gestão de políticas de convivência com o Semiárido, a iniciativa “vem em um bom momento”, após a região ter sido atingida por uma das estiagens mais severas das últimas décadas.

Segundo Andrade, que integra a comissão de avaliação do prêmio, junto com representantes de outras instituições ligadas ao tema, os critérios analisados serão a aplicabilidade e o êxito das propostas.

“A premiação é importante porque apoia e dá visibilidade a experiências bem-sucedidas, na maioria das vezes capitaneadas por organizações da sociedade civil, de manejo e conservação da biodiversidade do Semiárido”, disse.

Ele lembrou que, na região, são desenvolvidos diversos projetos do tipo, que incluem captação de água por meio de cisternas para beber, cozinhar e produzir alimentos.

A coordenadora executiva do Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra), organização da sociedade civil voltada ao fortalecimento da agricultura familiar, Cristina Nascimento, citou tecnologias sociais utilizadas por famílias de Quixeramobim (CE) como exemplo de práticas bem-sucedidas de utilização dos recursos hídricos na região.

“Muitos agricultores, por saberem que o acesso à água não é abundante, instalam uma mangueira que passa por toda a plantação e fazem ao longo dela diversos pequenos furos. A técnica é utilizada para evitar o desperdício de água e permitir a intensidade adequada à irrigação”, explicou.



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