sexta-feira, 14 de setembro de 2012

TV e criança: programas infantis alteram o desenvolvimento dos pequenos
Um em cada quatro brasileiros acredita que os desenhos e programas infantis ajudam o desenvolvimento de crianças de 0 a 3 anos, de acordo com pesquisa divulgada pelo Ibope.


Fonte Reporter Brasil Online


terça-feira, 11 de setembro de 2012


Educação por competência: Senai-SC vai consolidar proposta de atividades desafiadoras em seus cursos


Já conhecidos pelo viés prático, os cursos do Senai de Santa Catarina estão cada vez mais voltados para o desenvolvimento de competências. Desde o início do ano, docentes e profissionais de apoio pedagógicos trabalham juntos para elaboração e implementação das denominadas Situações de Aprendizagem, que são atividades desafiadoras, interdisciplinares e contextualizadas, que estimulam o aluno a tomar decisões e testar hipóteses.

As Situações de Aprendizagem são uma forma de consolidar a metodologia de formação profissional com base em competências, utilizada pelo Senai. Este ano, estão sendo realizados pilotos nos cursos técnicos de Eletrotécnica e de Modelagem do Vestuário. A intenção é que, até 2017, a prática faça parte das atividades dos cursos de todos os níveis oferecidos pelo Senai-SC, dinamizando o processo de ensino e de aprendizagem.

Nesse processo, o aluno passa a ter um papel mais ativo, de buscar o conhecimento, tendo a orientação e complementação do docente, quando necessário. Com isso, professor passa a atuar como um mediador do processo de ensino e aprendizagem. "Sentimos que o aluno se envolve mais nas atividades, o que o torna mais motivado e ajuda a reduzir a evasão dos cursos", ressalta o coordenador pedagógico do Senai de Jaraguá do Sul, Cláudio Olívio Piotto.

Em Jaraguá do Sul, docentes de diversas unidades curriculares do curso técnico de Eletrotécnica se uniram para planejar as Situações de Aprendizagem. O desafio colocado aos alunos foi de criar usinas elétricas que utilizassem fontes renováveis de energia. À medida que cumpriam as atividades propostas – que envolveram estudos de normas de segurança, compreensão de conceitos de energia e uso de instrumentos de medição – os alunos eram avaliados quanto ao desenvolvimento de capacidades previstas no desenho curricular do curso. A avaliação durante o processo possibilitou aos docentes dar o feedbacks imediatos e retomar os conhecimentos necessários.

A metodologia de formação profissional com base em competências adota uma prática pedagógica que emprega estratégias de ensino ativas, desenvolvendo no aluno a iniciativa e a pró-atividade como ferramentas para resolver situações desafiadoras. Com isso, conduz o aluno a um processo de autoformação e o ajuda a alcançar a autonomia.

Inovação e tecnologia: programa vai atender empresas de confecção de MS de olho na competitividade


No âmbito do Programa Sebraetec, que oferece serviços de inovação e tecnologia para empresários, o Senai, a ApexBrasil, o Sebrae/MS e o Sindivest/MS (Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vestuário, Tecelagem e Fiação de Mato Grosso do Sul) lançaram, ontem à noite (10/09), na sede da FatecSenai Campo Grande, o Programa de Qualidade e Produtividade para o Setor de Confecções, atendendo a 10 empresas do segmento. Serão abordados os temas design, processo produtivo, modelagem e gestão de custos, por meio de serviços de capacitação, diagnóstico técnico e consultoria.

Para o gerente de tecnologia e inovação do Senai-MS, Dax Peres Goulart, o objetivo principal dessa ação é contribuir para o aumento da competitividade das indústrias de confecção do Estado. “A consultoria vem somar conhecimento para as empresas e funcionários no intuito de elevar a capacitação, e consequentemente, aprimorar a produtividade com a melhora da qualidade do processo produtivo”. Goulart explica ainda que os serviços de consultoria estão sendo realizados por uma equipe de técnica da FatecSenai e do Cetiqt, centro de referência do Senai para o setor, instalado do Rio de Janeiro.

A colaboradora da unidade de atendimento da ApexBrasil-MS, Flávia Bertoni Mazzaro, ressalta a necessidade de fortalecer as empresas para o mercado interno, tornando-as mais adequadas para competir no mercado externo. “Percebe-se que as empresas não exportam, porque desconhecem o ambiente internacional e também por haver uma inadequação do próprio mercado interno. Então, o intuito desse programa é incrementar a competitividade internamente, que é o primeiro passo primordial para que as empresas se tornem interessantes e adequadas para competir no acirrado mercado internacional.”

A analista técnica da unidade de indústria do Sebrae/MS, Cintia Guedes, explica que o Sebraetec é um instrumento que permite ampliar o acesso das microempresas e empresas de pequeno porte à inovação e tecnologia, promovendo a competitividade e o desenvolvimento sustentável. “Isso contribui para a redução de desperdícios, aumento da produtividade e também da lucratividade, além da adequação de produtos para competir no mercado interno e externo”, disse, lembrando que o Sebraetec tem um diferencial, pois o programa oferece acesso facilitado às soluções tecnológicas com subsídio de 80% do valor da consultoria.

O diretor do Sindivest/MS, Claudio Braz Salomão, destacou que a consultoria vem atender a uma demanda das empresas de confecção, a fim de suprir uma deficiência de profissionalização. “Há uma carência no processo de produtividade, ou seja, é importante levar esse conhecimento para as empresas para que elas possam de adequar, elevando o nível de competitividade com a melhora da produtividade, do rendimento, e logo, com o resultado final mais positivo”, afirmou.

A assessora de atendimento empresarial do Senai, Adriane Salazar, explica que a consultoria se divide em três etapas: oficina tecnológica de capacitação, diagnósticos nas empresas e consultoria, sendo que serão abordados os focos de processo produtivo, custos e indicadores, modelagem e produtos. “Essas empresas estarão recebendo as metodologias e tecnologias por meio dessa consultoria, que proporcionará um diferencial no desenvolvimento do setor na região de Campo Grande”, ressaltou.

Durante o lançamento do programa, o consultor do Cetiqt, Luís Cláudio de Almeida Leão, deu início as aulas da oficina tecnológica sobre processo produtivo, oferecendo informações às empresas para que elas possam adotar sistemas de trabalho otimizados. “De hoje (10/9/2012) até quinta, serão trabalhados os temas relacionados à confecção industrial, à visão estratégica, à supervisão, ao alicerce, à matéria-prima e ao controle de número de peças produzidas. Ela também prossegue na próxima segunda.”

Leão acrescenta ser fundamental o empresário mudar de atitude, desde a mudança da cor do ambiente de trabalho, pois influencia em todo clima, até a entrega do produto, na casa do consumidor. “É preciso pensar nos detalhes”, declarou, pontuando que irá trabalhar durante as aulas métodos inteligentes de costura, além de simulação de produção e treinamento cruzado. Para ele, o funcionário dentro da empresa deve ter conhecimento de diversas funções para que a capacitação se torne mais completa.

Rodrigo da Costa, de 38 anos, proprietário da Planet Bordados, levou funcionários de todas as áreas da empresa para que eles possam se inteirar do processo. “É buscar mais informações para que possamos nos aperfeiçoar e conseguir solucionar os problemas que encontramos no dia a dia”, disse. A funcionária da Ki Bella, Daiane Rodrigues, de 31 anos, também acredita que entender todo o processo de produção é importante para o seu trabalho. “Isso vai me ajudar a conhecer melhor todas as áreas de atuação dentro da fábrica, e quem sabe me tornar mais capacitada para diversificar minha função”.



Bolsas de pesquisa: Canadá inscreve alunos brasileiros para intercâmbio científico

Esta oportunidade de estágio de pesquisa, remunerado, no Canadá, é aberta a alunos com destaque acadêmico, do terceiro e quarto ano de graduação universitária. O Acordo-Quadro para Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação, entre o Canadá e o Brasil, entrou em vigor em 2010 e uma das premissas é fortalecer as parcerias acadêmicas, intercâmbios e programas de cooperação financiados por ambos os governos.

O Mitacs Globalink de estágio de pesquisa recebeu a primeira turma em 2009. Atualmente opera com 29 universidades canadenses, em parcerias com Brasil, China, Índia e México. O programa recebeu quase 40 alunos brasileiros em 2012, mas a meta para o próximo ano é receber mais de 375 estudantes internacionais, de diversas áreas acadêmicas.

As inscrições para as bolsas de pesquisa do programa Mitacs Globalink - 2013 devem ser feitas viawww.mitacs.ca/globalink. Os requisitos básicos são:
  • O programa somente aceita os melhores alunos.
  • Os pretendentes serão selecionados pelo critério de excelência acadêmica, pela avaliação das cartas de referência, justificativa de inscrição, a média das notas (deve ser> 8 / 10), e excelência numa disciplina específica.
  • Os estudantes deverão ficar no Canadá por 10/12 semanas, trabalhando em tempo integral como pesquisadores, sob a supervisão de um professor canadense.
  • Embora haja diversas oportunidades para alunos das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, estudantes de todos os cursos podem participar do programa.
  • As inscrições exigem a apresentação de duas cartas de referência, e o histórico escolar digitalizado.
Esta experiência fortalece a rede de pesquisadores entre o Brasil e o Canadá, abrindo aos alunos oportunidades para trabalhar sob a supervisão de pesquisadores canadenses, colaborar com pesquisadores internacionais em universidades de prestígio reconhecido, e fortalecer seus conhecimentos por meio de seminários de desenvolvimento profissional, apresentações de diversas indústrias, e sessões de networking durante a conferência anual do programa Globalink.

Clique aqui para saber mais, ou envie via globalink@mitacs.ca

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Educação leva fábrica da Audi para o México


A Audi anuncia a construção de uma nova fábrica em San José Chiapa (184 km da Cidade do México), no Estado de Puebla, no México. A decisão foi tomada após mais de 12 regiões analisadas. Entre os critérios que pesaram na escolha, estão condições locais, logística, infraestrutura, colaboradores qualificados e qualidade de vida. "Com a unidade, estamos preenchendo requisitos elementares da nossa estratégia de crescimento global e expandiremos nossas operações nas Américas", afirma Rupert Stadler, presidente mundial da Audi AG.

SUVs que substituirão Q5 serão feitos no México

Essa região é base para abastecer os demais mercados mundiais. As obras começam já no próximo ano, mas a produção começa apenas em 2016. A nova fábrica terá capacidade de produção anual de 150 mil veículos. Nela serão feitos os sucessores do utilitário esportivo Q5. Assim que os acordos forem assinados, a preparação do local em São José Chiapa terá início, provavelmente até o final deste ano.

A decisão abre a possibilidade para que modelos da marca premium, que mantém acordo de importação com o México, cheguem ao Brasil a preços mais acessíveis, como já ocorre com veículos de outras marcas, como Fiat, Ford, Volkswagen e Chevrolet.

"Parabenizamos a Audi pela escolha e temos certeza de que o local oferece as melhores condições para o cumprimento dos objetivos estratégicos da empresa", diz Rafael Moreno Valle, governador de Puebla. "A nova fábrica no México será a mais moderna da fabricante alemã no que diz respeito aos métodos de produção e utilização de recursos", completa Frank Dreves, vice-presidente mundial de produção da Audi AG.

Contou muito para a escolha do local a proximidade com universidades conceituadas e faculdades de tecnologia avançada. "Na região da futura fábrica é possível encontrarmos candidatos bem qualificados, além de escolas reconhecidas internacionalmente", diz Thomas Sigi, vice-presidente mundial de Recursos Humanos da Audi AG. "Boas condições de Educação para os filhos de nossos futuros funcionários que trabalharão conosco no México são essenciais."

Fonte Carpress


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Não ao desperdício: trabalhadores de companhias de águas e saneamento aprendem como evitar perdas de água em curso do Senai


Agora é a vez de um grupo de 200 funcionários da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), de 111 municípios do estado, aprender medidas que podem ser adotadas para evitar perdas de água em redes de abastecimento. O curso é realizada a distância, pelo Senai de Santa Catarina, que venceu um edital de licitação.

Esse programa já treinou 504 pessoas de companhias de abastecimento de água de todo o país, em programas em parcerias com entidades como a Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae).

O coordenador do núcleo Ambiental do Senai de Blumenau, Rodrigo de Bortoli, explica que a média nacional de perda de água tratada é de aproximadamente 30%. "As principais razões estão relacionadas a perdas por vazamento, leitura inadequada de medidores de vazão e transbordo em reservatórios. E em um momento em que se teme tanto a escassez de água, essa questão passa a ter importância tanto econômica quanto ambiental".

Na pauta do curso as principais causas das perdas encontradas nesses sistemas, relacionando-as às medidas de controle necessárias para combatê-las. Na metodologia de ensino a distância desenvolvida pelo Senai os alunos estudam em ambiente virtual de aprendizagem e contam com o acompanhamento de um docente especialista na área e material didático digital. No decorrer do curso, os alunos realizam exercícios de aprendizagem, participaram de chats e tiram dúvidas. 



Da Fórum: diretora de universidade mexicana defende ações afirmativas e cita exemplo brasileiro



A diretora-geral do Instituto Politécnico Nacional do México, professora Yoloxóchitl Bustamante Diez, fez uma defesa enfática de políticas de ação afirmativa para ingresso nas instituições de ensino superior do seu país. Segundo ela, em um mundo marcado pela diversidade cultural, as instituições de ensino superior precisam refletir o contexto da multiculturalidade. Para ela, Educação não é apenas transmissão de conhecimentos, mas fundamentalmente processos de socialização sucessiva de gerações. Por isto, é preciso socializar as gerações nos contextos multiculturais.

A fala da diretora ocorreu na abertura do III Foro Internacional de Multiculturalidad, realizado na Cidade do México, evento que este blogueiro participou na semana passada [final de agosto de 2012]. A diretora citou, como exemplo positivo, a aprovação pelo Congresso brasileiro, da lei que institui as cotas sociais e raciais nas universidades federais brasileiras. Outra medida importante lembrada pela diretora-geral foi o projeto das universidades interculturais no México.

Estas instituições de ensino superior têm como objetivo principal a formação de intelectuais comprometidos com o desenvolvimento local – para isso, o sistema de ingresso procura refletir a diversidade étnico-cultural da região, bem como os projetos desenvolvidos priorizam temas vinculados às demandas da comunidade. Como o programa é recente, a diretora afirmou não ter ainda elementos para avaliar a sua eficácia.

De qualquer forma, vai ficando nítido que o modelo clássico de universidade de formação de uma elite intelectual dissociada da realidade e que se legitima única e exclusivamente pela erudição e pelo repertório acumulado perde espaço. A luta pelas ações afirmativas feita pelo movimento negro brasileiro está impondo a discussão de um novo modelo de universidade. Infelizmente, percebe-se, ainda, a pequena participação de organizações não ligadas diretamente ao movimento anti-racista neste debate – entidades estudantis, de docentes e de servidores das universidades não colocaram este tema no centro das suas agendas políticas.

A organização Educafro lançou um mapa das ações afirmativas nas instituições de ensino superior (IES). Segundo levantamento da entidade, atualmente 129 IES tem sistemas de ações afirmativas, que vão desde cotas sociais e raciais a bônus ou outros mecanismos de atendimento especial para determinados segmentos. Segundo a entidade, o número grande de instituições que adotou este mecanismo é fruto da pressão do movimento negro organizado pela democratização do acesso ao ensino superior.



Cursos em Rondonópolis: Senai abre 560 vagas em programas, na maioria, gratuitos

O Senai de Rondonópolis, em Mato Grosso, oferece diferentes oportunidades de qualificação e especialização profissional para quem busca conhecimentos aplicados ao mercado. Estão abertas as matrículas em cursos voltados tanto para aqueles que precisam conquistar uma profissão quanto para pessoas que já tem formação e querem incrementar o conhecimento.

São 530 vagas gratuitas na área têxtil e vestuário: Auxiliar de Costureiro, Corte de Confecção Industrial para Malha, Corte de Confecção Industrial para Tecido Plano, Costura Industrial de Camisetas, Costura Industrial de Tecido Plano, Costureiro Industrial Polivante, Desenhista de Moda, Modelagem Industrial para Tecido Plano, Modelagem Industrial para Malha, Modelista e Cortador de Confecção Industrial para Tecido Plano e Malha.

Na área de automação de sistemas de segurança predial, estão abertas 15 vagas para a especialização básica Eletricista de Automação Predial, com foco na instalação de sistemas de segurança patrimonial. O curso é para profissionais que atuam com instalação e manutenção de equipamentos e dispositivos de automação e sistemas elétricos em segurança eletrônica predial.

Na área de metalmecânica, o curso tem 15 vagas na especialização em Programador e Operador de Torno a CNC, cujo objetivo é preparar os profissionais, com conhecimento e prática em tornearia convencional, a executar operações básicas de programação e execução automatizada do equipamento, que vem sendo adquirido e utilizado pelas indústrias do município, aumentando a demanda das empresas por profissionais qualificados neste ramo.

Saiba mais: 66 2101-5000/5003/5004.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O ensino em debate: A Educação Proibida


Por Gisele Teixeira

Um dos filmes de maior recorde de público em Buenos Aires nas últimas semanas se chama A Educação Proibida, do diretor argentino Germán Doin.

Em pouco mais de duas semanas, foram 605 projeções independentes em cerca de 20 países, mais de 2,8 milhões de reproduções na web, 300 mil downloads e 55 mil fãs no Facebook (dados de domingo).

Tudo isso para um documentário de duas horas e meia sobre um tema que geralmente não dá grande bilheteria: a Educação.


O diretor tem apenas 24 anos e o projeto foi todo financiado coletivamente por 704 pessoas que colocaram US$ 62.700 para viabilizar as mais de 90 entrevistas com educadores de oito países.

O filme mescla animação, dramatização com voz em off, entrevistas e uma história de ficção para questionar o atual sistema educativo no Ocidente. Criado há mais de 200 anos, mantém até hoje uma estrutura vertical, baseada na competição, divisão de idades, classes obrigatórias, currículos desvinculados da realidade e sistema de prêmios e castigos.

Longe de responder às necessidades e desejos dos pequenos, a escola hoje é um estacionamento de crianças, onde elas ficam sendo adestradas até o momento de trabalhar. Se algum não se adapta ao sistema, fracassa. O que não se vê é que não é o estudante que fracassa, e sim o sistema que está mal pensado, resume um dos entrevistados, o investigador chileno Carlos Muñoz.

O documentário também se propõe a discutir outros modelos de ensino as experiências proibidas - como a logosofia, Montessori, Waldorf, Killpatrick e Paulo Freire, para citar alguns. Todos estão detalhados no site do filme, onde também se pode baixar o documentário ou vê-lo on line.

O diretor não defende nenhum método específico, somente pensar a educação retirando o professor e os conteúdos do centro da cena e colocando aí o aluno, com seus desejos e aptidões individuais. Esquecer a ideia de disciplina, autoridade e competência, e a substituir por respeito, liberdade e amor.

Em entrevistas ao jornal Página 12, Germán Doin afirma que tem duas teses para o sucesso do filme, uma pessimista e outra positiva. A primeira é que se trata de um fenômeno das redes sociais. A segunda, que há uma necessidade urgente de falar sobre educação.

No momento em que o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, instala um 0800 nas escolas públicas para denunciar atividades de cunho político entre os estudantes, não tenho a mínima dúvida sobre qual das duas opções está correta. O tema está na pauta. Por sorte.
Fonte DoLadoDeLá


Da Carta Capital: escola e cidadania*


Por Luiz Gonzaga Belluzzo

A Educação é cláusula pétrea do credo iluminista-republicano. Não há de existir cidadania sem Educação universal e pública. Sem ela estariam seriamente arriscadas a liberdade e a igualdade. O ideal da Educação para todos nasceu comprometido com o projeto de autonomia do indivíduo, o que supõe capacidade de compreensão do cidadão, enquanto titular de direitos e fonte do poder republicano.

Os fortes clamores que circulam pelo Brasil e pelo planeta em prol da Educação quase sempre estão inspirados numa versão bastarda dos valores originais do humanismo iluminista. Eles sublinham as exigências impostas pelas engrenagens da economia. A chamada Teoria do Capital Humano, por exemplo, cuida de atribuir os diferenciais de crescimento entre países e o agravamento das desigualdades à maior ou menor eficácia dos sistemas educacionais. A experiência dos países asiáticos (Japão, Coreia, Taiwan, China) é invocada como a comprovação da importância da Educação para o crescimento acelerado da produtividade da mão de obra, aquisição de vantagens comparativas dinâmicas e melhor distribuição de renda.

“Trate de conseguir boa Educação ou será um dos derrotados pela marcha do progresso.” Este é o desafio que os senhores do mundo lançam aos que lutam por bons empregos. Seria estúpido negar o papel da Educação enquanto instrumento da qualificação técnica da mão de obra. Mas os últimos estudos internacionais sobre emprego, produtividade e distribuição de renda mostram o óbvio: a boa Educação é incapaz de responder aos problemas criados pelos choques negativos que vulneram as economias contemporâneas.

Exemplos: desindustrialização, reestruturação das empresas imposta pela intensificação da competição, crise fiscal e perda de eficiência do gasto público. Em suma, se esses fatores reais do crescimento falham, a Educação naufraga como força propulsora do emprego e da distribuição de renda. A Europa e os Estados Unidos estão aí para demonstrar que pouco vale ter gente mais “empregável” se a economia patina e não cria novos empregos.

A visão simplória e simplista da educação obscurece a tragédia cultural que ronda o Terceiro Milênio. A especialização e a “tecnificação” crescentes despejam no mercado, aqui e no mundo, um exército de subjetividades mutiladas, qualificadas sim, mas incapazes de compreender o mundo em que vivem. Os argumentos da razão técnica dissimulam a pauperização das mentalidades e o massacre da capacidade crítica.

Na sociedade contemporânea esses trabalhos são executados pelos aparatos de comunicação de massa apetrechados para produzir o que Herbert Marcuse chamou de “automatização psíquica” dos indivíduos. Os processos conscientes são substituídos por reações imediatas, simplificadoras e simplistas, quase sempre fulminantes e esféricas em sua grosseria. Nesses soluços de presunção opinativa, a consciência inteligente, o pensamento e os próprios sentimentos desempenham um papel modesto.

Os indivíduos mutilados executam os processos descritos por Franz Neumann, em Behemoth, o livro clássico sobre o nazismo: “Aquilo contra o que os indivíduos nada podem – e que os nega – é justamente aquilo em que se convertem.” O mundo da vida aparece sob a forma farsista de um conflito entre o bem e o mal, objetivado em estruturas que enclausuram e deformam as subjetividades. A indignação individualista e os arroubos moralistas são expressões da impotência que, não raro, se metamorfoseia em violência. Convencidas da universalidade do seu particularismo, as “boas consciências” distribuem bordoadas nos que estão no mundo exatamente como eles, só que do lado contrário.

O domínio do espaço público pelos aparatos de comunicação procede à sistemática lobotomia das capacidades subjetivas que ensejam a crítica e resistem à manipulação. Trata-se de um procedimento de neutralização das funções de contestação massacradas pela publicidade travestida de informação.

Essa engrenagem entrega-se aos labores de remover quaisquer resíduos de razão crítica que os indivíduos livres porventura consigam preservar. Na sociedade de massa é preciso não sentir o que se “pensa”, nem “pensar” o que se sente. A educação dos iluministas, da República e da Democracia nasceu com o propósito de rejeitar essas forças que, nas palavras de Marshall Berman, “transformam a ação humana em repetições ­rançosas de papéis pré-fabricados, reduzindo os homens a indivíduos médios, reproduções de tipos ­ideais que incorporam todos os ­traços e qualidades de que se nutrem as comunidades ilusórias”.
*Luiz Gonzaga Belluzzo é economista e professor, consultor editorial de CartaCapital.


Tecnologia e inovação: Itajubá receberá laboratório de alta tensão e potência


O Senai-MG e o Governo de Minas vão instalar o Centro Empresarial de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Elétrica e Eletrônica (Cediiee). O empreendimento será construído pelo Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sinaees) e pela Kema, multinacional do setor, em Itajubá. O espaço, que será um laboratório de testes de alta tensão e potência, estará pronto em janeiro de 2016.

A previsão de investimentos para a construção do Cediiee é de R$ 128,5 milhões, e vai atender a crescente demanda por ensaios e testes, que não é suprida totalmente pelos atuais laboratórios brasileiros. A localização estratégica do laboratório, no Sul de Minas, é estratégia: “fica entre os dois maiores centros fabricantes de equipamentos do Brasil, Minas Gerais e São Paulo, e em uma cidade produtora de conhecimento para o setor, com a presença de uma Universidade Federal”, explica o presidente do Sistema Fiemg, Olavo Machado Junior.

O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, ressaltou a economia da região. “O laboratório estará em um local onde a indústria agrega valor ao que produz”, afirmou. Para ele, o estado ganhará em tecnologia e em inovação. Ele destacou ainda a importância da presença do Senai-MG na liderança do projeto.

O projeto do laboratório, investimento de R$ 7,4 milhões, será feito pela Kema, empresa norte-americana e holandesa, especializada em energia e sustentabilidade.



Educação profissional e inovação: Senai-ES vai investir forte nos próximos anos

O Sistema Findes apresentou seu plano de investimentos do período 2012/2015, totalizando cerca de R$ 104 milhões. O anúncio foi feito pelo presidente Marcos Guerra. “Os recursos serão aplicados principalmente em Educação e qualificação profissional, que vão concentrar 82,07% do total, sendo que haverá um aumento de 74% na oferta de vagas gratuitas pelo Senai até 2014.”

“Além disso, vamos investir R$ 4,2 milhões em escolas móveis, que incluem carretas com laboratórios e salas climatizadas, além de escolas-contêineres para atender às demandas da indústria de todo o território capixaba, incluindo os mais distantes e que não possuem unidades ou instalações de Senai próximas”, completou o presidente da Findes em sua apresentação.

Guerra destacou várias vezes que o plano de investimentos do Sistema Findes visa também direcionar a indústria capixaba para outro patamar, principalmente no panorama pós-Fundap, em que grandes perdas são previstas para os municípios que não se beneficiarão com o fundo. “Estamos preparando um ambiente favorável a uma indústria com maior valor agregado e conteúdo tecnológico. Para isso, é preciso investir em pesquisa e inovação”.

O Espírito Santo vai abrigar um Instituto Senai de Tecnologia e Cetec Beira-Mar, em Vitória, será ampliado, com investimentos de R$ 13,7 milhões. Esta mesma unidade passará a contar, a partir do 2º semestre de 2013, com a Faculdade Senai de Engenharia. As unidades do Civit, em Serra, e Araçás, em Vila Velha completam os investimentos nas unidades do Senai da Grande Vitória com grande aporte tecnológico.

O interior do estado também é prioridade no plano de investimentos, com reformas, ampliações, modernizações e mesmo novas instalações, melhorias na acessibilidade para portadores de deficiência física, além do já citado apoio de novas unidades móveis que irão atender até aos municípios mais distantes. O aumento no número de vagas nas escolas do Sistema também ocorrerá em todas as unidades regionais.


Iniciação científica: alunos do Ciência Sem Fronteiras poderão fazer estágios nos EUA


Os estudantes que participam do programa de bolsas para iniciação científica Ciência sem Fronteiras terão apoio dos governos do Brasil e dos Estados Unidos para fazer estágios em empresas com atuação nos dois países.

O anúncio foi feito pelo subsecretário do Departamento de Comércio dos Estados Unidos (DoC), Francisco Sanchez, e pela secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil (MDIC), Tatiana Prazeres, em recente reunião (30/8/2012) com empresários na sede do Sistema Indústria, em Brasília.

A secretária informou que já existem 50 empresas brasileiras que atuam nos Estados Unidos interessadas em participar da iniciativa. Mas a expectativa do governo é elevar esse número. “O objetivo é aproximar os alunos brasileiros das tecnologias norte-americanas e vice-versa”, explicou Tatiana.

“Os Estados Unidos e o presidente Obama apoiam a iniciativa”, afirmou Sanchez. Ele anunciou que representantes de 66 universidades norte-americanas estão no Brasil para atrair estudantes e apoiar o Ciência sem Fronteiras, programa do governo brasileiro que financiará cem mil bolsas de iniciação científica no exterior em quatro anos. O Sistema Indústria apoia o programa financiando 6 mil das cem mil bolsas.


Plano Nacional de Educação: Dilma assume compromisso com 10% do PIB para a Educação


Pela primeira vez, a presidenta Dilma Rousseff assumiu, publicamente, o compromisso feito com a União Nacional dos Estudantes (UNE) de garantir os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em Educação. Ela mencionou duas fontes de recursos: todos os royalties do petróleo gerados a partir de novos contratos e 50% do fundo social do pré-sal. “É uma posição importante do governo, que entendemos como um compromisso com a Educação como eixo fundamental", comemorou Daniel Iliescu, presidente da UNE.

Ele participou da 39ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado “Conselhão”, do qual é membro, na quinta (30/8/2012), quando Dilma deu a declaração.


“Nós, o governo brasileiro, somo sempre a favor de investimentos na Educação. E somos a favor de investimentos que tenham fonte de recursos. Por isso, nós concordamos com todas as políticas que impliquem em viabilizar que o Brasil possa gastar mais em Educação, possa até manter uma meta de dobrar até 2022 [de 5% para 10% do PIB], desde que tenha recursos para fazê-lo”, disse a presidenta durante a abertura do Conselhão, lembrando que sem fontes de recurso, não é possível se comprometer. “Caso contrário, estaríamos praticando uma imperdoável demagogia com uma questão essencial para o país que é a Educação”, completou.

Em seguida, Dilma Rousseff sinalizou com uma clara mensagem aos parlamentares: “Por isso, eu considero que seria muito oportuno que nós, no Congresso Nacional, aprovássemos o uso dos royalties e de uma parte do fundo social para garantir que esses recursos existam. Porque caso contrário, seria através da geração de impostos. Mas nós temos esses recursos passíveis de ser usados.”

A presidenta frisou que os recursos dos royalties que já têm destinação não serão tocados. Somente serão remanejados valores referentes aos novos contratos firmados “daqui para frente, de uma forma universal no país.”

“Porque a Educação não é algo desse ou daquele município, é algo geral para o país. Além dos royalties, é muito justo que uma parte do fundo social, que nós construímos para lá colocar os recursos do modelo de partilha seja destinado a Educação”, concluiu.

A UNE convocará para as próximas semanas uma grande blitz de estudantes e integrantes do movimento educacional para intensificar a campanha pelos 10% do PIB.

“Vamos mobilizar e unir todos os estudantes, nos Diretórios Centrais Acadêmicos e nos Diretórios Acadêmicos de todo o país, além de nos unirmos aos demais movimentos educacionais, em defesa de mais investimentos na educação via recursos do petróleo e do fundo social”, exclamou Iliescu.


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Violência na sala de aula: professor sob ameaça*


Desde fevereiro de 2011, uma funcionária do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais passa o dia ao lado do telefone. Sua missão é receber e registrar denúncias de agressão feitas por docentes. O disque-denúncia foi uma das soluções encontradas para ajudar o professor mineiro a enfrentar esse tipo de situação.

Após aumento de casos, sindicatos criam centrais
de atendimento a docentes vítimas de violência física
e psicológica dentro da escola

“Já era do nosso conhecimento a violência no ensino público, mas as evidências de acontecimentos em escolas particulares nos preocuparam”, explica o presidente do Sinpro/MG, Marco Eliel. O assassinato do professor de Educação Física Kássio Vinícius Castro Gomes, atacado por um aluno a facadas nos corredores do centro universitário em que lecionava na capital mineira, em dezembro de 2010, também ajudou a catalisar o lançamento de uma campanha contra a violência nas escolas. De lá para cá, foram registradas 131 denúncias. Segundo Eliel, uma a cada três dias.

No Rio Grande do Sul, o Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS) criou o Núcleo de Apoio ao Professor Contra a Violência (NAP) no fim de 2007. “A razão foi o aumento do número de relatos de sofrimento”, conta Cecília Maria Martins Farias, diretora do Sinpro e coordenadora do NAP. Trata-se de uma equipe multidisciplinar responsável por oferecer assessoria psicológica e jurídica. O centro atende a cerca de 40 pessoas por ano.

Pesquisa realizada pelo sindicato gaúcho revelou que, para 37% dos entrevistados, as direções das escolas são omissas em relação à violência. Para 80% dos 440 docentes do ensino privado ouvidos, o encaminhamento é insatisfatório. Na opinião da coordenadora do NAP, são poucas as escolas privadas que enfrentam a questão. “É importante que haja momentos para falar sobre o assunto com a comunidade escolar.”

*Clique aqui para ler na íntegra a reportagem de Tory Oliveira publicada na Carta Capital


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