segunda-feira, 1 de abril de 2013

Parque Tecnológico do Rio: complexo completa 10 anos com investimentos de R$ 1 bi


Inaugurado em 2003 para estimular a interação entre a universidade – alunos e professores – e empresas, promovendo a transformação de conhecimento em riqueza, o Parque Tecnológico do Rio completará 10 anos, agora em 2013, chegando a R$ 1 bilhão em investimentos.

O Parque está instalado na Cidade Universitária da capital fluminense (Foto Divulgação)

“O ambiente de inovação garante às empresas um acesso diferenciado a laboratórios, profissionais de alta qualificação, e gera oportunidades de negócios e de pesquisas de ponta”, destaca Maurício Guedes, diretor executivo do parque.

O sucesso do empreendimento é medido pela presença de unidades de pesquisas de grandes organizações e de empresas inovadoras de pequeno e médio porte. Este movimento foi impulsionado pela presença de uma empresa âncora – a Petrobras, por meio de seu centro de pesquisas.

Além de abrigar centros de pesquisa de multinacionais, o parque gera oportunidades para empresas de base tecnológica de menor porte. Para ampliar o apoio ao setor, os dirigentes reservaram parte área para o desenvolvimento de projetos de incentivo às pequenas e médias empresas.

Uma delas é a Torre da Inovação, que vai abrigar uma centena de pequenas empresas de diversos setores. O objetivo é apoiar as nacionais em busca por novos mercados e as internacionais interessadas no mercado brasileiro.

Os planos de expansão da área física do parque incluem um terreno de 240 mil metros quadrados na Ilha do Bom Jesus, que virá se somar à área original. “A ocupação desta área seguirá um modelo ecologicamente sustentável, transformando o espaço no primeiro Polo Verde do país e criando um importante marco no avanço da economia verde”, ressalta Guedes.




quarta-feira, 27 de março de 2013

Pronatec na Copa do Mundo: programa de qualificação profissional será ampliado além das cidades-sede

O Ministério do Turismo vai levar o Pronatec Copa Turismo para 120 municípios. O objetivo é expandir o programa de qualificação profissional para além das cidades-sede da Copa do Mundo Fifa 2014 e atender a outras áreas de serviços essenciais para o setor, com a oferta de 75 cursos.

O anúncio foi feito nesta terça (26/3/2013), pelo secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Fabio Mota, em debate no Congresso Nacional de Hotéis (Conotel), em São Paulo. “Vamos firmar convênios com os municípios que estão fora do calendário dos grandes eventos para alcançar 100% dos serviços relacionados ao turismo”, disse o secretário.

Mota citou como exemplos áreas como a de segurança pública, do transporte urbano (especificamente táxi) e do comércio, entre as contempladas; e detalhou as três vertentes do programa Pronatec: Copa, na empresa e social. Este último voltado para pessoas em situação de vulnerabilidade. “Precisamos do apoio das entidades da hotelaria para o levantamento de demanda e treinamento nestas áreas. A participação do empresariado é fundamental para o sucesso do programa”, destacou.

Em resposta, o presidente da Associação Brasileira de Hotéis (Abih), Henrico Fermi, se colocou como interlocutor do MTur no esforço de mobilizar a rede hotelaria. “A Abih será proativa, convocando seus filiados a colaborarem com o ministério nesse amplo processo de qualificação”, disse.

O objetivo do Ponatec é treinar 240 mil profissionais até 2014. São cursos ofertados para profissionais do setor (Empresa); para pessoas que buscam oportunidades no mercado de trabalho do turismo (Copa); e para pessoas em situação de vulnerabilidade (Social).


Do Valor Econômico: escolas investem em cursos de inovação voltados para gestão


A necessidade de ganhos de produtividade em um cenário de concorrência acirrada e de participação crescente dos países emergentes na economia mundial está levando as empresas a enxergar a necessidade de inovar em caráter permanente, integrar e internacionalizar suas atividades de pesquisa e desenvolvimento - além de adotar mecanismos para controlar e mensurar o processo.

Nesse contexto, as instituições acadêmicas brasileiras têm aumentado a oferta de programas de educação e treinamento voltados para a gestão da inovação.

"Nos últimos anos tem sido grande a demanda nessa área", afirma Ruy Quadros, coordenador do curso de gestão estratégica da inovação, especialização do departamento de política científica e tecnológica da Unicamp. Segundo ele, o objetivo das empresas é fazer mais e melhor em uma área de recursos nem sempre fartos e de resultados incertos.

O programa da Unicamp está em sua sétima turma, sem contar as versões "in company", e tem sido aperfeiçoado para ganhar perfil cada vez mais "mão na massa", como define seu coordenador. "É um curso muito prático, que discute os desafios das empresas na gestão de pesquisa e desenvolvimento (P&D)". Voltado para profissionais com experiência, ele funciona como uma espécie de laboratório, no qual são simuladas, testadas e debatidas questões como custeio à pesquisa, acesso ao financiamento e relacionamento com órgãos de fomento, além da interface com outras áreas, unidades ou empresas. Além de professores especialistas da própria instituição, alguns módulos são ministrados por professores convidados e profissionais de empresas inovadoras.



Emprego e salário: curso técnico aumenta em 24% renda do profissional


Estudo realizado com técnicos formados no Senai mostra que, um ano depois de obterem o diploma, esses profissionais conseguem aumentar sua renda em 24%. O levantamento – feito pela organização entre 2010 e 2012 – acompanhou metade das quase 40 mil pessoas que terminaram os cursos em 2010 buscando analisar os impactos da Educação profissional na empregabilidade. Com base nessas informações, é possível adequar os programas educacionais às expectativas profissionais dos estudantes e às exigências do mercado de trabalho.

(Foto Sistema Fieb)
A pesquisa aponta ainda que 72% dos ex-alunos dos cursos técnicos conseguem trabalho no primeiro ano depois da formatura e têm renda média de 2,6 salários mínimos, o que, na época do estudo equivalia a R$ 1,6 mil. Além disso, 73% estão ocupados em atividades relacionadas à área de formação. A renda média desses profissionais é 19% maior do que a os ocupados em outras áreas. Já na Bahia, o resultado ainda é maior, pois mais de 77% dos egressos do Senai-BA estão no mercado de trabalho, e deste número, mais 75% atuam na área de formação e 52% estão no setor industrial.

Os cursos técnicos são destinados a estudantes da segunda ou terceira séries do ensino médio ou a quem já tem esse nível de escolaridade completo. Com duração de até dois anos, a formação do Senai oferece conhecimentos teóricos e práticos em diversos setores da indústria e prepara para a entrada no mercado de trabalho.

“Os resultados reforçam a ideia de que o ensino técnico pode sim ser uma escolha para os jovens brasileiros”, afirma o diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi. Ele destaca que hoje apenas 17,6% dos jovens de 18 a 24 anos seguem para a universidade. Um contingente de 5,3 milhões não trabalha e nem estuda – e formam o que demógrafos chamam de “geração nem nem”. “Para esses jovens, especialmente, a Educação técnica é uma chance de entrar no mercado de trabalho de forma qualificada, em uma carreira promissora e estável, sem que isso signifique um caminho que exclui a universidade”, diz Lucchesi, referindo-se ao fato de que 42% das pessoas estavam estudando no ano seguinte à conclusão do curso técnico.

A pesquisa também consultou as empresas nas quais os ex-alunos do Senai estão empregados. Quarenta e dois por cento dos supervisores entrevistados consideram esses trabalhadores superiores aos demais empregados. Além disso, 94% das empresas contatadas preferem contratar profissionais formados na instituição.

A cada ano, o Senai abre cerca de 150 mil vagas em cursos técnicos. Neste ano, a organização deve abrir mais 83 mil vagas gratuitas somente dentro do Pronatec. Neste caso, todo o curso é custeado pelo governo federal, assim como transporte, alimentação, material didático, uniformes dos estudantes. Os interessados devem estudar em escolas públicas ou em particulares com bolsa integral ou ter concluído o ensino médio em escola pública. É necessário entrar em contato com a Secretaria de Educação do Estado, que fica responsável por encaminhar os estudantes ao Senai, ou pelo site do Pronatec.

Na Bahia
No próximo semestre, o Senai-BA está abrir 1.030 vagas nos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio. As inscrições podem ser realizadas até 30 de abril, a taxa de inscrição para o Processo Seletivo é R$ 15 e a prova será realizada em 19 de maio.

Já em Salvador, os beneficiários do Bolsa Família ainda podem realizar a inscrição nos cursos de qualificação gratuitos oferecidos pela prefeitura da capital baiana por meio do Pronatec. No Senai-BA, são 400 vagas para diversos cursos. As matrículas devem ser realizadas na unidade Mouraria, onde os cursos serão ministrados, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Os candidatos devem ter entre 16 e 59 anos de idade, ensino fundamental incompleto e Número de Inscrição Social (NIS).

Cursos oferecidos: Auxiliar de transporte, movimentação e distribuição de cargas; Operador de Edit. Eletrônica; Estofador de móveis; Desenhista de móveis; Modelista; Montador de móveis; Operador de Equip. de guindar; Aplicador de Revest. cerâmico; Confeiteiro; Encanador instalador predial; Confeccionador de Lingerie e moda praia; Açougueiro; Prod. de Frutas e Hort. Proc. pelo uso de calor; Ajustador mecânico; Operador de computador; Eletricista de automóveis; Montador e reparador de computadores; Agente de inspeção de Qualidade; Bombeiro Civil; Caldeireiro; Mecânico de transmissão manual automotiva; Assist. de Planej. e controle de produção; Instalador e reparador de redes de computadores; Operador de tele atendimento; Almoxarife; Mecânico de Máquinas Industriais; Mecânico de Sist. de freios, susp. e dir. de veículos leves; Eletricista de automóveis; Mecânico de automóveis leves; Agente de observação de segurança; Eletricista Inst. predial de baixa tensão; Operador de Petróleo e Gás; Instalador de refrigeração/climatização doméstica; Auxiliar de fiscalização ambiental.


Pronatec: programa oferece 860 mil vagas para beneficiários do Bolsa Família


O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Brasil Sem Miséria), executado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em parceria com o Ministério da Educação (MEC), oferece este ano 863 mil vagas para beneficiários do Bolsa Família. No ano passado, o programa teve 266,7 mil inscritos.

São 448 cursos diferentes em 2.034 cidades de todo o país. Entre eles, auxiliar administrativo, eletricista, manicure e pedicuro, pedreiro, operador de computador, montagem e manutenção de computadores, almoxarife, instalador predial de baixa tensão e auxiliar de pessoal. Para participar dos cursos, o candidato deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mais próximo.


As prefeituras podem aderir ao programa a qualquer momento. Segundo o diretor de Inclusão Produtiva do MDS, Luiz Müller, o trabalho dos municípios é fundamental para que as pessoas extremamente pobres tenham acesso aos cursos. “Em cada município, a assistência social tem um papel muito importante no processo de mobilização para acessar as vagas.”

Além da mobilização, a assistência social é responsável pela articulação entre o Sistema S (Senai, Sesi, Senac, Sesc, Sest e Senar, entre outros), escolas técnicas e empresários para definir os postos de trabalho disponíveis no município. “Cada município tem sua particularidade. Há oportunidades especificas de emprego em cada um”, destaca Müller. “Com o Brasil Sem Miséria, passamos a olhar localmente [a demanda de mão de obra] e conseguimos detectar possibilidades de inclusão produtiva das pessoas nesses mercados específicos.”

De acordo com Müller, a cada trimestre o governo fará um processo de repactuação, com objetivo de identificar novos mapas de oportunidades e especificidades locais. Isso pode resultar na abertura de mais vagas.


terça-feira, 26 de março de 2013

Da revista Crescer: pais valorizam mais leitura do que matemática


Apesar de pesquisas apontarem a importância do contato com a matemática desde o jardim de infância para o desenvolvimento da criança, os pais não estão dando a devida atenção a essa habilidade. O dado é de uma pesquisa divulgada recentemente pela PBS Kids, parte infantil da PBS, empresa pública de mídia dos Estados Unidos.

Eles conversaram com mais de mil pais que tinham filhos com entre 2 e 12 anos durante o mês de fevereiro. Quando perguntados sobre o que viam como o maior indicador de que seus filhos seriam bem sucedidos na vida, 47% responderam “capacidade de prestar atenção e trabalhar duro”, 26% acham que “leitura e alfabetização” são os mais importante e apenas 14% citaram habilidades matemáticas.

A pesquisa também mostrou que os pais tendem a não apoiar as habilidades matemáticas dos filhos quando eles são mais novos e que a maioria fica angustiada ao ensinar matemática em casa – 30% dos entrevistados responderam que não se sentiam à vontade fazendo isso. Apenas metade dos pais com filhos de entre 2 e 4 anos disseram fazer atividades que envolvem matemática com as crianças.

“Os primeiros anos de vida são muito importantes para a alfabetização e o aprendizado da matemática. Muitas crianças não alcançam todo seu potencial em matemática porque não estão sendo estimuladas corretamente desde pequenas”, afirmou em nota Lesli Rotenberg, gerente-geral de programação infantil da PBS.

Se você quer ajudar seu filho a desenvolver essa habilidade, separamos três dicas para fazer seu filho adorar matemática:

> Insira os conceitos matemáticos desde cedo
O dia a dia está cheio de oportunidades. Ele pode querer MAIS leite, ou MENOS pão no café da manhã. Tudo isso são operações de adição e subtração!

> Use dinheiro
A ideia é ensinar seu filho a lidar com as finanças, já que muito cedo ele percebe que o dinheiro faz o mundo girar. Brinque, por exemplo, com a mesada: "Quanto você precisa economizar por mês para comprar tal brinquedo?"

> Esconda o pânico
Se você sempre odiou números na escola – e continua não gostando – tente não deixar a crianças perceber. Evite frases como "eu nunca fui bem em matemática". Especialmente na hora de ajudar no dever de casa.  


Fonte Crescer


Pesquisa e inovação: sistema eletrônico agiliza exames de patentes no país


Pedido de patente de empresa japonesa apresentado às 10h25 desta segunda (25/3/2013) foi o primeiro feito via o e-Patente, ferramenta do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) aberto na Internet. A Aisan Kogyo Kabushiki Kaisha tem uma série de pedidos de patentes registradas no escritório americano relacionadas a aparelhos de tratamento de vapor como forma de combustível.

A plataforma online de pedidos de patentes foi colocada no último dia 20, como parte de pacote de medidas para reduzir pela metade o prazo de concessão dos certificados. O e-Patentes foi inspirado no sistema adotado pelo Escritório Europeu de Patentes.

Vencedor do XI Prêmio Excelência em Governo Eletrônico (e-Gov) 2012, o e-Patentes tem, entre outras vantagens em relação aos processos em papel, a identificação imediata de possíveis erros no preenchimento das solicitações, além de permitir que os pedidos sejam realizados em qualquer lugar via Internet.

O método é rápido, prático e totalmente seguro, com conexões que utilizam os mais altos padrões de criptografia de dados, garantindo total inviolabilidade das informações enviadas. Ao final do procedimento, o sistema emite comprovante com código QR, por meio do qual é possível acompanhar o pedido no sistema. As informações sobre pedidos de patente também são veiculadas na Revista da Propriedade Industrial (RPI).

O presidente do INPI, Jorge Ávila, ressaltou que o depósito online traz vantagens em relação ao depósito em papel. “Quando você faz o preenchimento dos formulários eletrônicos, o formulário critica o que está sendo preenchido e os erros que a máquina consegue identificar são evitados já na hora do preenchimento. Além disso, como o formulário é transmitido por via eletrônica, não tem manuseio, não tem que digitalizar. Então, não tem extravio, não tem perda de informação na digitalização.”

A meta do INPI, enfatizou Ávila, é chegar ao fim de 2014 com capacidade de processamento de 50 mil patentes por ano, englobando o arquivamento administrativo, o indeferimento técnico e a concessão. “Se a gente atingir essa marca, vamos entregar ao usuário que depositar pedidos de patente em 2014 o resultado do pedido dele em um tempo tão curto como o oferecido em qualquer escritório eficiente do mundo. Isso significa quatro anos a partir do depósito ou entre 12 meses e 18 meses a partir do pedido de exame, o que é uma marca bastante boa”.

O INPI oferece também, para os clientes que tiverem o órgão como primeiro escritório de depósito, o serviço de avaliação preliminar da patenteabilidade. “O exame preliminar dá informação para ele até 12 meses, a partir do depósito, de maneira que tenha possibilidade de aperfeiçoar o seu pedido e de fazer negócio com aquele pedido de patente, mesmo antes de essa patente ser decidida”.

No ano passado, as decisões sobre patentes envolveram 32.574 processos, devido a um estoque elevado de pedidos de patentes de anos anteriores para ser arquivado. Para 2013, o volume de processamentos é estimado em 22 mil.



Financiamento do ensino: MP que destina royalties à Educação não vai proporcionar recursos suficientes ao setor, diz estudo


Levantamento feito pelo professor de matemática financeira da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Gil Vicente Reis Figueiredo, mostra que a Medida Provisória 592/12, que destina a receita dos royalties do petróleo e recursos do Fundo Social do Pré-Sal para a Educação, será responsável pelo investimento no setor de 0,22% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2020.

O percentual está longe de atingir a meta desejada pelo governo para que se cumpra o Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê o investimento de 10% do PIB no período de dez anos. Atualmente, o governo investe 5,7% do PIB. A medida deveria proporcionar ao setor o complemento de 4,3%.

Figueiredo, que é diretor da Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes – Federação), explica que os valores apresentados no estudo são baseados no preço relativamente constante do barril de petróleo nos próximos anos, assim com o câmbio e o PIB brasileiro. Os número tratam-se de uma estimativa.

A pesquisa foi apresentada nesta terça-feira (19) na comissão mista que analisa a MP 592/12. Na última audiência, no dia 14 de março, o secretário de Petróleo, Gás e Recursos Renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, diz que ainda não foram feitos cálculos oficiais de quanto será destinado à educação.

A MP destina 100% da receita dos royalties dos novos contratos da área de concessão firmados após 3 de dezembro de 2012, data da publicação da medida, e 50% dos rendimentos do Fundo Social do Pré-Sal para a educação. De acordo com o levantamento, imaginando que todas as atuais áreas fora do pré-sal venham a ser leiloadas novamente, “teríamos um volume de royalties e participações especiais da ordem de 0,6% do PIB”, diz em artigo. “Em 2020, dos royalties, 20% vão para a União; e das participações especiais, 46%. Na melhor das hipóteses, a destinação de recursos para a educação, por essa via, alcançará em 2020 o patamar de 0,2% do PIB”.

Somado a essa parcela, o pesquisador estima a capitalização dos recursos destinados ao Fundo Social do Pré-Sal entre 2013 e 2020. Ao final do período, o Fundo Social somaria cerca de 16% do PIB. O rendimento seria 2% em dez anos, um retorno anual de 0,03% do PIB. A metade, 0,015%, que iria para a educação.

Segundo Figueiredo, caso a integralidade do Fundo Social seja destinada ao setor seria possível chegar a 2020, com “algo próximo a 8,5% do PIB para a educação”.  Ele conclui no artigo publicado que mesmo nesse caso, “ainda teriam que ser encontradas fontes suplementares”.



segunda-feira, 25 de março de 2013

Meio ambiente: progresso da bioenergia não pode afetar segurança alimentar, diz FAO

O desenvolvimento da bioenergia no Brasil deve evitar comprometer a segurança alimentar, alertou o coordenador do programa de Bioenergia da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Olivier Dubois (foto).

Em entrevista à Agência Brasil, Dubois falou da necessidade constante de mapeamento do solo para investigar o impacto ambiental da produção agropecuária. Destacou que é preciso estudar os efeitos indiretos da ocupação do solo, para que não haja danos, principalmente, à agricultura familiar ao redor do mundo.

“Se disser ao pequeno agricultor que ele terá dinheiro a partir de uma cultura, o risco é de ele utilizar seu lote todo para essa única cultura. Ele fará 10 hectares para cultura de dendê e terá de comprar comida. O risco disso é que ele será muito mais dependente dos preços dos alimentos. Ou seja, uma certa proporção [do seu terreno] ele tem que garantir, senão há o risco de segurança alimentar”

A avaliação de Dubois é que não há necessariamente uma incompatibilidade entre a produção de alimentos e biocombustíveis. “Não podemos diabolizar uma coisa porque depende muito da forma como você faz. Não se pode competir com a utilização da terra na produção de biocombustíveis, mas é possível concorrer. Planta alimentar como matéria-prima pode ser mantida em consórcio de diferentes culturas na mesma área”.

O coordenador citou o Projeto de Critérios e Indicadores de Bioenergia e Segurança Alimentar da FAO, como uma ferramenta da entidade, que inclui instrumentos de avaliação dos impactos ambientais e socioeconômicos da produção de bioenergia, com indicadores que podem ser medidos durante a produção e a recomendação de boas práticas e de medidas políticas para promover o desenvolvimento sustentável da bioenergia.

“Essa ferramenta orienta, por exemplo, os possíveis riscos de substituição alimentar de forma sustentável. Com ela podemos avaliar e monitorar as práticas de bionergia pelo mundo”, explicou. O instrumento permite recomendar, por exemplo, balancear a produção de energia com a de outros alimentos, utilizando o subproduto para alimentar o gado, misturando ou fazendo rotação de culturas.

De acordo com a Embrapa Agroenergia, até 2004 não existia fabricação de biodiesel no Brasil. Com a implantação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), o país passou a ser o segundo maior produtor mundial e colocou no mercado 2.717 m³ do biocombustível em 2012.



Do O Globo: tamanho P, M ou G? Fim da confusão à vista

Senai levanta medidas de 10 mil brasileiros, e roupas poderão ter padrões regionais e nacional já em 2014

Scanner humano colhe medidas do corpo de voluntários
para ajudar a indústria a fazer produtos mais
adequados ao consumidor (Foto Leo Martins/Agência O Globo)

Ao perguntar a um brasileiro que tamanho ele veste, a resposta, invariavelmente, é depende. Isso porque a falta de padrão da indústria nacional faz com que uma mesma pessoa possa ir do tamanho P ao G, do 38 ao 42, segundo a marca. É um problema que pode estar com os dias contados. 

Um estudo antropométrico inédito no Brasil é desenvolvido pelo Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil — Senai-Cetiq do Rio de Janeiro, com a ajuda de um aparelho chamado scanner humano, já utilizado pelas indústrias americanas e europeias. Já foram mapeadas as medidas de 6,5 mil brasileiros de todas as regiões do país. O estudo deve ser concluído até julho do ano que vem, e os dados vão gerar tabelas de medida padrão regionais e nacionais.

Um investimento de R$ 5 milhões, em recursos próprios do Senai-Cetiq, que criará referências para a indústria aprimorar a precisão das numerações de suas confecções.

Clique aqui para continuar lendo a reportagem. 


Izabel Noronha: Professores faltam ou faltam professores?

A cada início de ano os meios de comunicação publicam reportagens e análises que identificam os principais problemas da rede pública estadual de São Paulo. Um dos pontos destacados é a falta, nas salas de aula, de professores de muitas disciplinas, como Física, Química, Biologia, mas também Sociologia, Filosofia e outras. Isto afeta diretamente o direito dos estudantes a uma Educação de qualidade.

Maria Izabel Azevedo Noronha é presidenta da Apeoesp,
vice-presidenta da Câmara de Educação Básica do
Conselho Nacional de Educação e 
membro do Conselho
Nacional de Educação
Múltiplos fatores interferem na qualidade do ensino, entre eles a profissionalização e as condições de trabalho dos professores; as condições de ensino-aprendizagem dos estudantes, a gestão escolar; a organização curricular, a formação inicial e continuada dos profissionais da Educação; a infraestrutura e equipamentos das unidades escolares etc. A qualidade da Educação pública também está relacionada a fatores como as políticas sociais implementadas pelo poder público, distribuição de renda, desigualdade social, ampliação das redes de ensino e atendimento ao direito à Educação, entre outros.

É função primordial da escola formar cidadãos, por meio não apenas da transmissão sistemática do saber historicamente acumulado, patrimônio universal da humanidade, mas também da produção coletiva de novos conhecimentos. Neste sentido, a escola precisa estar articulada a um projeto educacional de conteúdo humanista, comprometido com a escolarização de todos com qualidade.

Inegavelmente, o professor é o elemento central do processo ensino-aprendizagem. Para além da estrutura e da infraestrutura, sem dúvida elementos importantes, devemos reconhecer que o ofício do professor é único e insubstituível, e como tal deve ser valorizado. É necessário, sobretudo, recuperar a escola como processo de humanização, no sentido do atendimento das necessidades do ser humano que nela trabalha e estuda. Sem isto, a escola pública não alcançará o êxito esperado pela sociedade.

O professor da rede estadual de ensino de São Paulo vem sendo submetido a condições que não favorecem o seu trabalho. A gestão escolar encontra-se extremamente centralizada, quer no que diz respeito à formulação das políticas educacionais – na qual os profissionais da Educação não ouvidos – seja na formulação e execução do projeto político-pedagógico de cada unidade escolar.

Os artigos 13 e 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional asseguram aos professores “participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino”, a “participação dos profissionais da Educação na elaboração do projeto pedagógico da escola”, bem como a “participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.” Nem sempre, porém, isto ocorre de fato. Os professores são vistos apenas como executores das políticas definidas pelas autoridades e gestores educacionais e os conselhos de escola, na maior parte das vezes, cumprem um papel protocolar e homologatório.

A valorização dos professores se assenta no tripé “salário, carreira/jornada e formação, inicial e continuada”. Hoje a carreira do magistério paulista não corresponde às necessidades da escola pública. Ela não atrai os melhores profissionais e muitos professores deixam as escolas estaduais para se dedicarem a outras atividades, dentro ou fora de sua área de formação. Os salários são muito baixos. É sintomático que esteja decaindo, ano após ano, o número de estudantes matriculados e formados em licenciaturas.

A formação inicial, nas faculdades públicas e privadas, encontra-se divorciada da realidade das escolas, enquanto que o sistema de ensino não oferece formação continuada no local de trabalho. Muito menos cria condições para que isto, ao não aplicar a chamada “jornada do piso”, dedicando no mínimo 33% da carga horária semanal do professor para atividades realizadas fora da sala de aula.

Ao mesmo tempo, porém, aplica aos professores sucessivas avaliações, inclusive para manter grande parte do contingente (hoje quase 50 mil profissionais) em situação de contratação temporária, sem direitos básicos. O Estado pretende selecionar professores, quando há falta destes profissionais. Um contra senso que leva o governo a convocar todos os professores disponíveis, mesmo aqueles que não realizaram a prova ou não obtiveram a nota exigida.

Este quadro, aliado à escalada de casos de violência dentro e no entorno das escolas, vem provocando o adoecimento dos professores, perceptível no cotidiano das escolas e confirmado por pesquisas realizadas pela Apeoesp, em parceria com a Unifesp e Grupo Géia; pela CNTE, em convênio com Universidade de Brasília; pela Fundacentro e outras instituições públicas e privadas.

Os números demonstram que a carreira docente já não atrai os jovens estudantes na proporção das necessidades do nosso país. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC), em 2007 havia 2.500.554 profissionais atuando em sala de aula, mas em 2009 este número baixou para 1.977.978 professores.

O Censo do Ensino Superior, também realizado pelo Inep/MEC, registra que de 2005 a 2009 o número de estudantes universitários formados em cursos de formação de docentes para a Educação Básica caiu de 103 mil para 52 mil. O mesmo se repete no caso dos cursos de licenciatura, tendo havido queda no interesse pela carreira: naquele período o número de formados em licenciaturas caiu de 77 mil para 64 mil.

O Brasil precisa urgentemente rever esta situação. A rede estadual de ensino de São Paulo, a maior do país, deve dar o exemplo.

Fonte Viomundo


sexta-feira, 15 de março de 2013

Design de moda: evento no Paraná vai antecipar tendências da primavera/verão 2014


Um dos principais encontros de moda do país, o 8º Paraná Business Collection (PBC) terá como principal atração tendências da primavera/verão 2014. De 4 a 7 de junho, em Curitiba, o evento terá a direção artística de Carlos Pazetto, que, há mais 17 anos no mercado de moda e luxo, tem em seu portfólio clientes como Cartier, Marc Jacobs, Chanel, Louis Vuitton, além de eventos como Minas Trend Preview, Ami Hot Spot, Claro Rio Summer e outros.

Outra novidade estará no comando da área de Business do PBC, que passa a ser pilotada pela empresa EBE Eventos, especializada nas áreas corporativa e de negócios.

O PBC contará com aproximadamente 80 expositores na área de business, sendo 10 marcas âncoras, e 12 desfiles na passarela, sendo três por dia de evento. A realização é do Sistema Fiep, em parceria com o Sebrae e o Conselho Setorial do Vestuário (Foto Mauro Frasson)



O Brasil que inova




Educação em debate: o velho modelo disfarçado de novo

Revolucionário, inovador, transformador e eficiente. Esses são alguns dos elogios que o norte-americano Salman Khan recebeu nos últimos anos de personalidades como o fundador da Microsoft, Bill Gates, do cineasta George Lucas e do criador da Fundação Lemann, Jorge Paulo Lemann.

Especialistas criticam a qualidade das aulas online e o método de ensino do matemático Khan (Foto Divulgação)

O motivo é a Khan Academy, iniciativa sem fins lucrativos que reúne cerca de 2 mil vídeos educacionais e exercícios interativos de disciplinas como Matemática, Física e Química. Com 6 milhões de acessos mensais, a Khan Academy pretende inverter a lógica da sala de aula e mudar a maneira como o ensino é feito nas escolas.

No Brasil, Khan participou de um evento em janeiro com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e da presidenta Dilma Rousseff. Na ocasião, o professor, estrela na internet, foi convidado a firmar uma parceria para a realização de pesquisas pedagógicas no País: 600 de suas videoaulas, traduzidas para o português pela Fundação Lemann, deverão ser incluídas nos tablets distribuídos para cerca de 400 mil professores ainda em 2013.

O objetivo é que os vídeos também fiquem disponíveis no Portal do Professor, página do Ministério da Educação com conteúdo para os docentes, e na TV Escola. Na região da Grande São Paulo, escolas da rede pública já participam de um projeto piloto que utiliza a metodologia e os vídeos de Khan para ensinar Matemática.

Especialistas em ensino da Matemática, porém, fazem ressalvas à promessa de salvador da educação vinculado ao norte-americano. Para os entrevistados pela reportagem, a iniciativa trabalha com paradigmas antigos, produz vídeos de qualidade heterogênea e pode significar um retrocesso para o ensino da Matemática.

Continue lendo a reportagem originalmente publicada na Carta na Escola


Logística reversa: estudo propõe modelo para resíduos eletroeletrônicos

Em 2010, o presidente Lula sancionou a Lei nº 12.305, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Regulamentada pelo Decreto nº 7.404, a legislação determina os parâmetros para o estabelecimento de um sistema de gestão integrado e o gerenciamento ambientalmente adequado de resíduos sólidos.

Para viabilizar a implementação da PNRS, o governo criou comitês e grupos de trabalho interministeriais responsáveis por realizar análises técnicas e propor diretrizes e responsabilidades dos diversos atores envolvidos na cadeia produtiva – Poder Público, setor privado e terceiro setor. “Essa política estabelece uma responsabilidade compartilhada, em que desde o fabricante até o consumidor todos devem se articular para promover a destinação de resíduos de forma ambientalmente adequada”, explica Bruno Moreira, diretor-executivo da Inventta+drive.

Um dos grupos criados no âmbito da PNRS é o Grupo de Trabalho Temático (GTT) – Eletroeletrônicos, que tem entre suas atribuições apresentar um modelo para a implantação da logística reversa da cadeia de resíduos de eletroeletrônicos de consumo, tais como: refrigeradores, equipamentos de TV, telefones celulares e eletrodomésticos, dentre outros. A logística reversa baseia-se exatamente no fluxo contrário que um produto deve fazer alcançado o fim da sua vida útil.

Continue lendo esta reportagem publicada originalmente no Radar Inovação


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