segunda-feira, 14 de abril de 2014

Bienal do Livro: escritores garantem que internet não diminuiu a importância do romance

Links, vídeos, imagens, textos e comentários, esse é o ambiente que a internet proporciona a seus usuários. Tudo atrelado à rapidez e à cada vez mais fácil perda de interesse em qualquer tipo de conteúdo. Nada mais natural pensar que o predomínio da ferramenta levaria à morte do romance. Não foi o que aconteceu, defendem os autores Alexandre Marino, Daniel Galera, Joca Terron e André Giusti, na 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura.

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"A literatura evoluiu segundo critérios que já existiam. A lista de livros mais vendidos é semelhante à que era antes da internet. Os romances ainda estão lá. Os livros com mais de 500 páginas ainda são best-sellers", diz o escritor e tradutor Daniel Galera. Para Galera, a internet é uma ferramenta necessária à literatura, faz parte da escrita como faz parte de qualquer outro trabalho. Prova disso é que os títulos lançados atualmente tem a versão digital também à venda nas livrarias. "O que mudou foi o suporte [computadores, tablets], mas não a literatura".

O escritor conta que, quando começou a escrever, a internet ainda estava em evolução. Como não havia publicadores, blogs ou redes sociais, usava o e-mail para veicular uma revista distribuída a 1,5 mil assinantes. Muito do que foi produzido naquela época, ele diz que ajudou a compor o primeiro livro, Dentes Guardados, lançado em 2001.

Já Alexandre Marino, que pertence à geração anterior à internet, quando publicar era luxo e passar pela censura da ditadura, uma batalha, acredita que a internet não vai acabar nem mesmo com os livros de papel. "Com a internet, ganhou-se alcance, mas com ela veio também uma tecnologia que facilitou a impressão de livros", diz.

Nenhum dos autores sabe prever por quais mudanças a literatura ainda vai passar, mas dentre as que já passaram, André Giusti destaca a troca com os leitores, os comentários, a facilidade de divulgação. Poeta e usuário da internet, ele utiliza o blog e as redes sociais para publicar. "Recentemente, em um dia, tive mais de 60 curtidas no Facebook em um poema. Quando, com um livro, teria mais de 60 leitores em um dia?", questiona.

Joca Terron, poeta, prosador, artista gráfico e editor brasileiro, valoriza as facilidades da internet, mas diz que é preciso cautela. "Para mim, a internet é a perfeição atingida do que é literatura: processo coletivo", diz. E explica que a internet traz também a ilusão de que se é lido em um ambiente onde "todo mundo fala e pouquíssima gente escuta". O escritor passa a ser mais um perfil na internet em busca de um clique "curtir" dos leitores.

O assunto foi debatido no seminário Internet - Estética, Difusão e Mercado, na 2ª Bienal do Livro, em Brasília. O evento tem entrada franca e prossegue até a próxima segunda (21/4/2014)l.

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Fonte Agência Brasil


Educação infantil: Comissão da Câmara rejeita projeto de alfabetização até 6 anos

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados rejeitou o projeto do deputado Roberto Freire (PPS-SP), que garante a alfabetização de alunos até os 6 anos de idade e determina que os municípios reestruturem, com apoio estadual e federal, o ensino fundamental de nove anos até 2016 (PL 5.609/13).

Como foi rejeitada na única comissão de mérito, a proposta será arquivada, a menos que haja recurso assinado por 51 deputados solicitando a votação em plenário. A proposta altera a Lei 12.801/13, que estabelece a alfabetização até os 8 anos de idade.

Segundo a relatora, deputada Iara Bernardi (PT-SP), a legislação atual já estabelece o apoio técnico e financeiro federal para a implantação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que inclui medidas como formação continuada de professores, disponibilização de material didático específico e premiação de escolas e profissionais por resultados alcançados.

A relatora diz que muitas vezes o aluno avança no ensino fundamental sem ter assegurado seu direito ao desenvolvimento pleno de habilidades básicas em leitura e escrita, mas acredita que a proposição não promove inovação legislativa para a alfabetização.

O assunto foi alvo de polêmica no Plano Nacional de Educação (PL 8.035/10) em discussão na Casa. A Câmara dos Deputados definiu como meta alfabetizar todas as crianças até o final do 3º ano do ensino fundamental, ou seja, aos 8 anos. O Senado alterou a redação para alfabetização até 8 anos durante os primeiros cinco anos de vigência do PNE; a idade de alfabetização cai para 7 anos do sexto ao nono ano de vigência do PNE; e a partir daí, a obrigatoriedade de alfabetização passa a ser até 6 anos.

No relatório que tramita em comissão especial, a redação da Câmara foi retomada. O projeto deve ser votado na comissão após a Semana Santa, e terá que passar pelo plenário da Casa.


Fonte Agência Brasil


Kubitschek, o provocador: "a escola pública é tão mal considerada quanto Valesca e o funk"

Por Cynara Menezes*

Kubitschek (Foto Ana Rayssa/Correio Braziliense)

Depois de passar a terça-feira inteirinha dando entrevistas (até perdeu a conta de quantas deu), Antonio Kubitschek decidiu desligar o telefone. Era aniversário da mulher e ele, que nem Facebook tem, decidiu desconectar para se dedicar à família. O professor de filosofia do Centro de Ensino Médio 3, em Taguatinga, cidade-satélite de Brasília, vive dias de celebridade desde que uma prova sua causou furor nas redes sociais: nela, a funkeira Valesca Popozuda aparece como “pensadora contemporânea”.

Choveram, é claro, ataques ao professor e ao colégio da rede distrital onde ensina. Um blogueiro da direita raivosa chegou a decretar o fim da escola pública: “morreu, foi para o ralo. Virou lixo”, espumou. Mas aí veio a explicação de Kubitschek. O professor fizera a questão justamente para provocar o quiproquó que causou. Sua intenção era mostrar de que tipo de carniça se alimentam os urubus da mídia. E eles caíram feito patinhos.

A própria Valesca, bem mais inteligente do que a blogueirada reaça, percebeu de cara a intenção de Kubitschek. “E se o professor colocou a questão dentro do contexto da matéria? E se o professor quis ser irônico com o sucesso das músicas de hoje em dia?”, publicou a cantora em seu Face, atribuindo o escândalo a preconceito com o gênero musical. E ainda tirou onda: “Diva, Diva sambista, Lacradora, essas coisas, eu já estou pronta, mas PENSADORA CONTEMPORÂNEA ainda não (mas prometo que vou trabalhar isso)”, escreveu. “Vou ali ler um Machado de Assis e ir treinando pra quem sabe um dia conseguir ser uma pensadora de elite!” Beijinho no ombro.

Reprodução do Face de Valesca
Professor da rede pública no Distrito Federal há 19 anos, Kubitschek, 43, é, ao contrário do retrato pintado pelos apressados, um professor bastante conceituado na cidade, admirado por colegas e ex-alunos.

Sua intenção era cumprir uma das principais tarefas do educador: estimular o debate entre os jovens. E conseguiu.

O blog fez um pequeno pingue-pongue com o professor, que não tem parentesco algum com o presidente Juscelino. O Kubitschek, na verdade, é segundo nome. Uma homenagem do pai dele ao criador de Brasília.



segunda-feira, 7 de abril de 2014

Cursos gratuitos: MEC abre vagas no Inglês sem Fronteiras a professores dos IFs

A partir de maio, os professores dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) poderão ter acesso a curso de inglês gratuito pelo Programa Inglês sem Fronteiras, oferecido pelo Ministério da Educação (MEC). A novidade foi divulgada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Atualmente, o curso é oferecido a estudantes de graduação e pós-graduação matriculados em universidades públicas e alunos de instituições privadas que tenham obtido no mínimo 600 pontos em uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde 2009.

O programa pretende melhorar o nível de inglês dos estudantes e aumentar a participação no Ciência sem Fronteiras. Com mais de 500 mil inscritos, o curso funciona pela plataforma virtual My English Online (MEO), que oferece materiais para o desenvolvimento de habilidades no idioma do nível básico ao avançado, e é desenvolvido pelo setor educacional da National Geographic Learning em parceria com a Cengage Learning.

Também segundo a autarquia, está prevista, ainda para maio, a apresentação de novas funcionalidades na plataforma do MEO. Entre estas, está a possibilidade de o aluno acompanhar seu desempenho ao longo do curso por meio de relatórios personalizados.




A Educação que funciona: Veja destaca ensino técnico e tecnológico como contraponto ao ensino superior

Reportagem enfatiza o contraponto histórico existente no Brasil entre o ensino superior e o ensino técnico profissionalizante.

O Senai é destaque em reportagem especial da revista Veja na edição de 29/3/2014. A matéria Educação Técnicos, com muito orgulho, escrita por Cecilia Ritto, Cintia Thomaz e Helena Borges, mostra que a faculdade não é a única via para alcançar realização profissional e altos salários.

Clique aqui para ler a reportagem na íntegra

Até 2015, ressalta a reportagem, 7,2 milhões de vagas surgirão no país em cargos técnicos, sendo 1,1 milhão de novas posições, conforme Mapa do Trabalho Industrial do Senai.

O Senai de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, é um dos destaques da matéria como a escola de ensino técnico que melhor prepara profissionais na área metalmecânica no país, segundo avaliação das próprias empresas.

A revista elegeu o caso de Kreice Kinelt, 30 anos, de Jaraguá do Sul. Formada no Senai local, Kreice hoje comanda a linha de montagem de motores da Weg, composta por 30 funcionários. Ela começou operando máquinas e fez o curso técnico à revelia da família, que queria vê-la costureira, como a mãe. "No princípio desconfiavam de mim, mas mostrei que sou capaz", afirma, a respeito de como foi recebida pelos colegas de trabalho.

A reportagem enfatiza o contraponto histórico existente no Brasil entre o ensino superior e o ensino técnico profissionalizante. "Quanto mais se implantam novas tecnologias nas fábricas, mais vai perdendo o sentido contrapor ensino superior a ensino técnico, como se o primeiro fosse a única e determinante mola de ascensão social", afirma a revista. A publicação ressalta que, quando se se trata de Educação universitária no Brasil "há diplomas e diplomas".

A criação indiscriminada de cursos resultou numa "miríade de escolas de baixíssima qualidade". O texto cita estudo da Universidade de Stanford, Estados Unidos, sobre a expansão do ensino superior nos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Um dos coordenadores do estudo, o russo Isak Froumin, afirma que "o mercado está aprendendo a discernir entre excelência e Educação de segunda classe; a primeira nunca foi tão valorizada e a outra, tão malvista".

Outro estudo citado pela reportagem, de autoria da Fundação Getúlio Vargas, mostra que a cada ano de estudo os técnicos somam 14% ao salário. Além disso, 72% dos técnicos e tecnólogos formados no país têm emprego certo. "Estamos falando de um diploma com muito mais liquidez dos que os oferecidos por universidades de quinta", afirmou o sociólogo Simon Schwartzman.

Outra constatação é de que, apesar do crescimento de 74% no número de alunos em cursos técnicos na última década, menos de 10% dos brasileiros de 15 a 19 anos estão nesta modalidade educacional. Um índice muito abaixo do percebido em outros países: Alemanha (53%), Coreia do Sul (65%), França (44%), China (42%), Estados Unidos (40%) e Chile (37%).

A matéria especial também destaca os centros de tecnologia Senai Cetind, da Bahia; CTGas&ER, do Rio Grande do Norte; e CTS do Maracanã, no Rio de Janeiro.


WorldSkills Américas: Brasil conquista 30 medalhas em competição de Educação profissional e tecnológica

O Brasil é o país com maior número de medalhas na terceira edição da WorldSkills Américas, competição interamericana de profissões técnicas e tecnológicas, que acaba de ser realizada em Bogotá (1 a 5/4/2014), Colômbia. Foram 25 medalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze para a delegação brasileira, que competiu em 31 modalidades profissionais.

Dos 34 jovens que formaram a equipe brasileira, 30 são estudantes de cursos técnicos e de aprendizagem profissional do Senai e quatro do Senac. Nas provas, os estudantes precisam executar tarefas do dia a dia do trabalho nas profissões que escolheram, seguindo padrões internacionais de qualidade. Vencem aqueles que conseguem resolver o desafio dentro do menor prazo com o menor número de falhas.

A competição, que reuniu 186 jovens, teve, no total, 36 modalidades profissionais, das quais cinco ocorreram de forma demonstrativa. O Brasil alcançou a maior pontuação entre todas as delegações (16.755 pontos), mais de 3 mil pontos à frente da Colômbia, a segunda colocada, com 13.029 pontos. Esse somatório leva em conta o desempenho de toda a delegação de cada país.


Rafael: melhor desempenho entre todos
(Foto Divulgação)
O melhor
O potiguar Rafael Pereira, 20 anos, teve o melhor desempenho entre todos os 186 competidores da WorldSkills Américas em Bogotá. Disputando com dez concorrentes na ocupação soldagem, ele alcançou 576, quase a nota máxima que era de 600 pontos. Veterano em competições desse tipo, ele foi ouro na Olimpíada do Conhecimento de 2012, competição nacional, e prata na WorldSkills International, realizada ano passado em Leipzig, Alemanha, disputando com mais 35 jovens.

Técnico em mecânica, formado no Senai de Mossoró, Rafael acredita que a participação e os bons resultados nas competições surtem efeito positivo no dia a dia das escolas e ajudam a mudar a Educação profissional como um todo. “Hoje, quando se fala em solda, no Brasil, a gente pensa em Mossoró. Depois da minha medalha, por exemplo, agora temos uma unidade móvel que permite ensinar solda em vários municípios do estado”, disse o campeão.

Foi dessa mesma escola que saíram competidores dessa modalidade para os mundiais do Japão, em 2007, e da Inglaterra, em 2011. Em Shizuoka, Max Pereira, irmão de Rafael, conquistou um diploma de excelência, e, em Londres, Lucas Filgueiras ficou com o bronze.

Clique aqui para ver o ranking de pontos por medalhas na competição.

Fonte Portal da Indústria


domingo, 30 de março de 2014

Plano Nacional de Educação: Câmara promoverá videochat com relator do PNE

A Câmara dos Deputados realizará na terça (1/4/2014), às 11h, videochat com o relator do Plano Nacional de Educação (PNE) – PL 8035/10 –, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR). O plano, que já havia sido aprovado pelos deputados em 2012, sofreu alterações no Senado e, por essa razão, voltou para análise da Câmara.


Entenda as metas do PNE aprovadas por deputados e senadores. 
O videochat será transmitido ao vivo pelo portal Câmara Notícias e pela TV Câmara e terá duração de uma hora. Qualquer pessoa poderá participar pelo Disque Câmara 0800 619 619.

No último dia 20, Vanhoni apresentou novo parecer à comissão especial da Câmara que analisa o PNE. O texto precisa ser votado na comissão especial e, em seguida, pelo Plenário.

O PNE estabelece diretrizes, metas e estratégias para o ensino no Brasil nos próximos dez anos. O texto trata de temas como o percentual mínimo de investimento no setor, o salário de professores, as escolas em tempo integral e a matrícula de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino.

Vanhoni, que também foi relator do texto na Câmara em 2010, defende em seu novo parecer a destinação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) exclusivamente para a Educação pública, mantendo a redação aprovada pelos deputados em 2012. Os senadores mantiveram o mesmo percentual de investimento, mas abriram a possibilidade de universidades particulares receberem recursos por meio do Fies e do ProUni. Vanhoni discorda dessa alteração.

Críticas
De acordo com a Coordenação de Participação Popular da Câmara, o novo PNE alcançou em março o primeiro lugar em atendimentos no Disque-Câmara, com 877 ligações, sendo 860 para manifestar críticas ao texto. Desde o início de 2014, o projeto está em segundo lugar em volume de atendimentos pelos canais interativos da Câmara, perdendo apenas para o projeto do Marco Civil da Internet (PL 2126/11).

Somente na semana de 17 a 23 de março, foram 804 comentários contrários ao PNE e 5 a favor. Um dos pontos mais polêmicos do texto é a diretriz que trata da superação de desigualdades educacionais. O texto aprovado na Câmara fala em “ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual”, o que motivou críticas ao texto.

“Não sou de acordo em colocar as palavras: gênero, igualdade de gênero e orientação sexual. Solicito a retirada dessas palavras do Plano Nacional de Educação”, disse Tatiane Dias Figueiredo, de Santa Terezinha (BA).

Também contrária ao texto, Maria Ercilia Mais, de Praia Grande (SP), afirmou, por meio do Disque-Câmara, que o projeto contraria seus princípios religiosos. “Sou a favor de uma Educação sexual nas escolas e contrária à liberdade sexual”, disse.

Apesar de o Senado ter modificado o texto para tornar genérica a referência às formas de discriminação, Vanhoni se posicionou favorável ao texto da Câmara nesse ponto.

Deficientes
O relator acatou a emenda do Senado que garante a oferta de Educação inclusiva aos estudantes com deficiência e proíbe a exclusão deles do ensino regular sob a alegação de deficiência pedagógica.

Vanhoni também manteve a meta de universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos alunos com deficiência ou superdotados, preferencialmente na rede regular, assegurando a disponibilidade de salas com recursos multifuncionais.

Em relação à alfabetização, o relator manteve o texto da Câmara, que prevê a meta de, em dez anos da vigência do plano, alfabetizar todas as crianças até o final do 3º ano do ensino fundamental.

Clique aqui para ver a íntegra da proposta.



sexta-feira, 28 de março de 2014

Meio ambiente: ciclo de vida de produtos e eficácia das matérias-primas serão debatidos em Simpósio na quarta, em São Bernardo do Campo

Avaliação de Ciclo de Vida de Produtos é o tema principal do primeiro simpósio da Faculdade Senai de Tecnologia Ambiental, de São Bernardo do Campo, em São Paulo, na próxima quarta (4/4/2014), das 8h às 18 horas, no teatro do Senai Mario Amato.


Clique aqui para saber mais e fazer sua inscrição, que é gratuita

A avaliação de ciclo de vida (ACV) oferece visão mais ampla sobre os procedimentos industriais, indica os caminhos mais sustentáveis e facilita a tomada de decisões por parte das empresas. Com ela é possível verificar os impactos positivos e negativos de um produto no meio ambiente, desde a criação até o descarte.

Outro tema que será abordado durante o simpósio é a aplicação de estratégias que possam aumentar a eficiência no uso de matérias-primas, seja por meio da não geração e pela minimização ou reciclagem de resíduos, que é o conceito conhecido como P+L (Produção Mais Limpa). Além desse assunto, também será debatida a prática de greenwashing, termo empregado para designar a venda de uma imagem corporativa sustentável que não corresponde à verdade.

O primeiro palestrante será o Dr. Biagio Fernando Giannetti, que falará sobre Ecologia industrial: as interações entre ACV e a P+L em prol da sustentabilidade. Depois, o especialista Roberto de Melo Araújo, abordará ACV como Ferramenta da Indústria.

À tarde, mais duas palestras completam o evento: Marketing Ambiental ou Greenwashing? Como a ACV contribui para resolver esta questão, a cargo da Mestre Gleice Donini de Souza, e Indicadores de sustentabilidade usando ACV, com o Mestre Laércio Romeiro.

As quatro apresentações são gratuitas e destinadas a profissionais da indústria, serviços, pesquisa e desenvolvimento, além de estudantes das áreas ambiental, materiais, gestão, logística, design, administração, engenharia e tecnologia.



domingo, 23 de março de 2014

Ciência e tecnologia: testes preliminares da vacina brasileira contra HIV têm bons resultados

Testes preliminares de uma possível vacina brasileira contra o HIV, feitos com macacos Rhesus no Instituto Butantan, apresentaram resultados melhores do que o esperado. A resposta imunológica dos primatas foi de 5 a 10 vezes mais intensa do que a registrada em camundongos, segundo o médico Edecio Cunha Neto, pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e coordenador do estudo.
Macaco Rhesus: vacina aumenta
resposta imunológica no primata
(foto Instituto Butantan)

A vacina desenvolvida pelo grupo de Cunha Neto contém 18 fragmentos do vírus da Aids. A intenção dos pesquisadores é usar esses fragmentos para despertar o sistema imunológico contra o HIV. “É como se estivéssemos ajudando o sistema imune a conseguir identificar o vírus logo que ele entra no organismo”, explica.

Os pesquisadores aplicaram nos macacos três doses da vacina – uma a cada 15 dias – e viram que o sistema de defesa dos animais, mais semelhante ao humano, apresentou forte resposta. “Fizemos testes para calcular o número de células ativadas em resposta à vacina”, conta.

Já no primeiro experimento com os macacos 3,2 mil células de defesa em cada milhão se tornaram ativas contra o HIV. Em 40 testes feitos com camundongos, o melhor resultado foi a ativação de 330 células em cada milhão.

Os resultados animadores reacendem a esperança de que, após várias tentativas internacionais frustradas, que consumiram bilhões de dólares, se consiga um imunizante eficaz e seguro contra o HIV.

Fonte Revista Pesquisa, da Fapesp



sábado, 22 de março de 2014

Emprego e renda: brasileiros acreditam que qualificação profissional e técnica abrem portas para o trabalho

Os brasileiros acreditam que a Educação profissional oferece boas oportunidades para quem quer ingressar no mercado de trabalho. Recente pesquisa encomendada pelo Sistema Indústria ao Ibope mostra que, na avaliação da população, os cursos técnicos e profissionalizantes são um caminho rápido para conseguir emprego e ter bom salário.


De acordo com o levantamento, divulgado em fevereiro passado, 90% dos entrevistados concordam que quem faz ensino técnico tem mais oportunidades no mercado de trabalho do que quem não faz nenhum curso. Sobre salários, a percepção também é positiva: 82% concordam que os profissionais com certificado de qualificação profissional têm salários maiores do que os que não têm.


A pesquisa ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 143 municípios. Os resultados darão subsídios para definir a oferta de vagas pelo Senai. Maior rede de formação tecnológica para a indústria, a instituição já qualificou 61 milhões de trabalhadores desde sua criação em 1942.

“Os resultados ajudam a desconstruir a ideia de que o Brasil não valoriza as profissões técnicas”, avalia o diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi. Ele destaca que 74% dos entrevistados reconhecem que os alunos de cursos profissionalizantes são bem ou razoavelmente bem preparados para o mercado de trabalho. A percepção da população sobre os impactos da educação profissional se assemelha aos estudos sobre a empregabilidade de profissionais formados pelo Senai: mais de 70% dos ex-alunos de cursos técnicos de nível médio, por exemplo, conseguem emprego no primeiro ano depois do curso.

Mesmo assim, ainda é baixo o número de pessoas que busca a Educação profissional. Conforme a pesquisa, apenas um em cada quatro brasileiros já frequentou ou frequenta algum curso de Educação profissional. As principais razões para que 75% da população nunca tenham feito cursos de formação profissional é falta de tempo para estudar (40%), falta de recursos para pagar (26%), falta de interesse (22%).

Entre os que optaram pela formação profissional, 61% trabalham ou já trabalharam na área do curso, o que indica que os conhecimentos adquiridos têm aplicabilidade no mercado de trabalho. Quando questionados sobre as razões para optar pela Educação profissional, 53% dizem que ela permite ingresso mais rápido no mercado de trabalho; 47%, que têm o desejo de se qualificar em uma profissão específica; e 28%, que ela amplia as oportunidades de acesso ao mercado de trabalho.

São as instituições do sistema S (como o Senai, Senac, Senar e Sebrae) as principais ofertantes da formação profissional técnica no Brasil. De acordo com o estudo, 43% das pessoas que fazem ou já fizeram cursos profissionalizantes estudaram em uma dessas entidades. A rede privada vem em segundo lugar com 37% das respostas, seguida da rede pública com 20%.

Alerta para escolha
“O desafio do país agora é montar uma rede de informações sobre oportunidades de cursos e oferta de empregos, e assim auxiliar a população na hora de fazer suas escolhas para entrar no mercado de trabalho”, diz Lucchesi. Ele faz esse alerta porque ainda são poucos os brasileiros que optam pela Educação profissional. “Mudar esse quadro é responsabilidade de toda a sociedade, incluindo os governos, as instituições educacionais, as famílias. O Brasil registra um percentual muito baixo de pessoas na Educação profissional”, avalia Lucchesi. Ele se refere aos dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que mostram que, na média dos países mais ricos, o índice de pessoas que passam pela Educação profissional é de 46%, quase o dobro do registrado na pesquisa em relação ao Brasil.

Educação entre os jovens
A pesquisa realizada pelo Ibope apontou que 44% dos brasileiros entre 16 e 24 anos estudam atualmente. Trata-se da parcela da população com maior acesso à Educação no momento. Levando em conta todos os recortes de idade, apenas 16% da população estão estudando.

Entre os jovens de 16 a 24, a maioria está no ensino superior (18%), seguido do ensino médio (15%) e do ensino fundamental (5%). O ensino profissional é opção de apenas 3% deles, mesmo percentual dos que fazem ensino médio vinculado ao técnico.

Na comparação com os países mais ricos, o Brasil também está numa situação ruim quando se trata de opção pelo ensino técnico. Nas 34 nações mais desenvolvidas, a média dos jovens fazendo educação profissional é 35%, segundo a OCDE. No Brasil, a pesquisa do Ibope revelou que fica em 6%, se somarmos os que cursam o ensino médio integrado ao técnico e apenas o ensino profissional.

“Apesar de mais de 80% dos jovens brasileiros estarem fora do ensino superior, continuamos agindo como se o destino de todos eles fosse a universidade”, critica Lucchesi. Ele defende mudança na matriz educacional do país de modo a fortalecer o ensino técnico. “Um jovem que sai do ensino médio regular hoje não teve sequer uma hora de aula que o preparasse para o mundo do trabalho. O Brasil só perde com essa realidade. Por um lado, os jovens demoram mais tempo para se firmar no mercado de trabalho; por outro, o setor produtivo sofre com a escassez de trabalhadores qualificados”, diz.

A maioria dos entrevistados defende que se adotem medidas para a valorização do ensino profissional. Noventa e três por cento concordam - totalmente ou em parte - que o governo precisa oferecer mais cursos de ensino médio que também ensinem uma profissão. Outros 86% concordam (totalmente ou em parte) que o ensino profissionalizante deveria ser obrigatório no ensino médio.

Fonte Portal Indústria


Certificação profissional: Senai-MG abre inscrição para programa de reconhecimento de competências


Clique aqui ou ligue (31) 3226-4696 para saber mais
Se você tem alguma habilidade profissional já bem desenvolvida, mas ainda não possui um certificado reconhecido pelo mercado de trabalho, pode se inscrever até 31 de março no programa que o Senai de Minas Gerais oferece para a Certificação Profissional de Competências.

O programa comprova as habilidades do trabalhador, independente da maneira como foram adquiridas, reconhecendo e atestando formalmente sua capacidade técnica. A verificação é feita por meio de provas escritas e práticas na área que o candidato tenha interesse em obter a certificação. Os aprovados saem com diploma de nível técnico.

Para participar, é preciso ter ensino médio completo e experiência profissional mínima de dois anos na habilitação a ser certificada.

Estão sendo oferecidas certificações nas seguintes áreas:
  • administração,
  • agrimensura,
  • alimentos,
  • automação industrial,
  • biotecnologia,
  • calçados,
  • comunicação visual,
  • design de móveis,
  • edificações,
  • eletroeletrônica,
  • eletromecânica,
  • eletrônica,
  • eletrotécnica,
  • informática,
  • logística,
  • manutenção automotiva,
  • mecânica,
  • mecatrônica,
  • meio ambiente,
  • metalurgia,
  • mineração,
  • móveis,
  • panificação,
  • química,
  • segurança do trabalho,
  • vestuário.

Fonte Sistema Fiemg


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