O desafio do Brasil: Educação para a Ciência, a Inovação, a Tecnologia e a Sustentabilidade. Fale com a gente: robertoford@hotmail.com
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Educação profissional: Senai inaugura unidade do setor de plástico e polímeros em São José dos Pinhais
Tecnologia e inovação: Bahia vai sediar 7 institutos e centors de apoio à indústria
Nos próximos cinco anos, o Senai da Bahia terá R$
200 milhões para, pelo menos, estruturar sete institutos de tecnologia e
inovação, que vão funcionar em unidades na capital e no interior do estado. Os
investimentos serão aplicados na ampliação da agência de Camaçari e na instalação
de duas unidades no oeste da Bahia (Barreiras e em Luís Eduardo Magalhães); uma
no sul, entre Ilhéus e Itabuna; uma no sudoeste; e uma em Juazeiro. Também
estão sendo projetadas uma 8unidade para atender ao polo naval e outra, ainda em
estudo, para o Extremo Sul.
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Centro de referência, o Cimatec será o primeiro
instituto de inovação
da organização (Foto José Paulo Lacerda)
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O anúncio foi feito em recente encontro de
presidentes de 19 federações de indústria realizado no Senai Cimatec, centro de
excelência em Salvador, para discutir a criação de 43 institutos de tecnologia
e 23 de inovação em todo o país. Dos R$ 1,2 bilhões que o Senai irá aportar nos
centros, R$ 120 milhões ocorrerão na Bahia.
Os outros R$ 80 milhões serão
investimentos próprios. "Do total, são R$ 80 milhões só na planta do
Cimatec, que vai concentrar as competências tecnológicas do Senai na Bahia, e o
outro foco é o interior, visando a descentralização do desenvolvimento
industrial", revelou o diretor regional da organização, Leone Peter
Andrade.
Parte do programa do Senai de apoio à competitividade
industrial, os institutos de inovação e tecnologia vão atender às demandas oferecendo
serviços de alto valor agregado e desenvolvendo pesquisa aplicada de produtos e
processos em áreas de conhecimentos transversais. “Os centros vão atuar em rede
com as empresas, universidades e outros institutos tecnológicos criando zonas
de inovação e incentivando a retenção de talentos na indústria", disse o
diretor-geral do Senai Nacional, Rafael Lucchesi.
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Barco-escola: Samaúma II entra na água para fase final de construção
Depois de 16 meses em construção no Estaleiro
Alumínio Aplicado, em Manaus, o barco-escola Samaúma II, do Senai do Amazonas,
finalmente foi lançado às águas do rio Amazonas. O barco, pesando 250
toneladas, deve passar nos próximos quatro meses pela fase de acabamento e
entrar em operação em 2013.
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Samaúma II: projetado para ser modelo de “barco verde” (Foto Senai-AM) |
Segundo o presidente do Sistema Fieam, Antonio
Silva, a grande diferença em relação ao pioneiro Samaúma, em atividade desde
1979, é que o novo barco será uma referência em sustentabilidade ecológica. “O
Samaúma II reforçará a ação iniciada pela primeira unidade fluvial do Senai.
Além da Educação profissional, temos o compromisso de disseminar a consciência
de preservação e responsabilidade ambiental à população que vive à margem dos
rios de nossa Região”.
Dede seu lançamento, o Samaúma já visitou 57
municípios ribeirinhos do Amazonas, Pará, Roraima e Acre. Com a oferta de 16
cursos de qualificação nas áreas de informática, eletricidade, mecânica,
construção civil, marcenaria, alimentos, confecção do vestuário, empreendedorismo
e outros. Foram mais de 44 mil profissionais preparados para o mercado de
trabalho e para o empreendedorismo.
A meta agora é certificar, nos próximos cinco
anos, 14 mil alunos de idades distantes dos centros econômicos das capitais do
Norte do país. Essa política de incrementar a Educação profissional está em
plena sintonia com as diretrizes do Senai Nacional que prevê a ampliação da
capacitação profissional contabilizando 4 milhões de matrículas até 2014.
Prova Brasil: com nota 5 no Ideb, Brasil supera meta de 2011 na educação básica
Desde 2005, o sistema de ensino brasileiro tem um
indicador criado para medir a qualidade da Educação básica no país. Se o Índice
de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) fosse uma prova, poderia se dizer
que finalmente o país ficou “na média”. É o que apontam os números de 2011: em
uma escala de 0 a 10, a nota atribuída aos anos iniciais do ensino fundamental
é 5. O resultado supera a meta estabelecida para 2011, 4,6 pontos. Também é 0,4
ponto superior ao verificado em 2009. Os dados da última edição do Ideb foram
divulgados nesta terça (14/8/2012), pelo Ministério da Educação (MEC).
O Ideb é calculado a partir da taxa de aprovação e
do desempenho dos alunos na Prova Brasil, avaliação aplicada pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) a cada dois anos. Com base
nessas informações, são atribuídas notas para cada escola pública do país,
assim como para as redes de ensino e para os municípios e os estados. Cada
escola, prefeitura e governo estadual tem uma meta que deve ser atingida de
dois em dois anos.
O indicador atribui uma nota diferente para três
etapas da educação básica: anos iniciais do ensino fundamental (1° ao 5º ano),
anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e ensino médio. Se nos anos
iniciais houve crescimento de 0,4 ponto, nos anos finais a melhora é mais lenta
– a nota passou de 4 pontos em 2009 para 4,1 em 2011. No caso do ensino médio,
a situação é mais grave: na média nacional, a meta de 3,7 pontos foi atingida,
mas nove estados pioraram seu desempenho em relação a 2009.
Para a diretora executiva do Movimento Todos pela
Educação, Priscila Cruz, os resultados dos anos iniciais do ensino fundamental
devem ser comemorados. “A gente está acertando a mão. Já sabemos o que fazer (para
melhorar a aprendizagem), o que precisamos é intensificar as ações. Já (a fase
final do) ensino fundamental é o nó invisível, existem poucas políticas
voltadas para essa etapa. E no ensino médio está a crise, não conseguimos
evoluir”, aponta.
O objetivo do Ideb é fomentar a melhoria da
qualidade do ensino para que o país atinja a nota 6 para as séries iniciais do
ensino fundamental até 2022, bicentenário da Independência. Em 2005, o Ideb
aferido para os anos iniciais foi 3,8. Em 2007, subiu para 4,2, em 2009, para
4,6, e agora chegou aos 5 pontos. Em todas as edições, as médias nacionais
superaram as metas estabelecidas para o período.
O professor da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) Márcio Costa avalia que os resultados devem ser analisados com
cautela. “Eu não asseguraria que esse resultado quer dizer necessariamente que
há uma melhoria na qualidade da Educação”, diz. O pesquisador aponta que os
resultados em Educação muitas vezes estão conectados a fatores externos à
escola, como a condição social dos alunos.
“Um dos fatores mais associados ao desempenho
escolar é o nível socioeconômico da população. Com a melhoria de renda que o
país vive, é esperado que isso tenha um reflexo na Educação, portanto o
resultado não necessariamente é fruto da política educacional. Em educação,
tudo é um conjunto complexo de fatores”, destaca.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
os resultados precisam ser comemorados. “Quero parabenizar os professores do
Brasil que permitiram no seu trabalho cotidiano que o Brasil alcançasse esse
resultado”, disse.
O ministro citou três fatores como explicação para
a melhoria do Ideb nos anos iniciais. O primeiro seria o ensino fundamental de
nove anos, modelo que começou a ser implantado em 2007 e antecipou a entrada
das crianças no ensino fundamental dos 7 para os 6 anos de idade. Os outros
seriam o aumento dos investimentos em educação e das matrículas na educação
infantil. “Outro fator importante é o fortalecimento da cultura da avaliação.
Quando você mede e estabelece metas o sistema se move, você estabelece uma
perspectiva de melhora e uma ambição de futuro.”
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Design brasileiro: empresas dão pouca importância ao desenho industrial e inovação
A falta de informação, o baixo registro de
desenhos industriais e a cópia não licenciada são fenômenos de má cultura
empresarial, que não relaciona os processos de criação exclusiva e o registro à
possibilidade de ganho e à segurança para as empresas, avalia Susana Serrão,
coordenadora geral de Indicações Geográficas e Registros do Instituto Nacional
da Propriedade Industrial (INPI).
“O prejuízo da cópia é a falta de inovação, o
desemprego de designer, a competição desnecessária, a concorrência desleal e o
comprometimento da imagem do país. A marca Brasil é espelho no nosso portfólio,
que deve ser de criação e não de cópia e pirataria”, explica a coordenadora.
Para o advogado Fabiano de Bem da Rocha,
presidente da Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial
(Abapi), a imitação atinge a capacidade de venda. “A convivência de produtos
iguais no mesmo mercado desvia a clientela e gera associação indevida aos
consumidores.”
O designer Freddy Van Camp, professor da Escola de
Desenho Industrial da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), disse que
o problema é histórico e cultural. “É coisa de país colonizado, onde a gente
acha que o futuro é feito lá fora; a gente adora uma coisa importada.”
Segundo ele, apesar de ter “uma sociedade
extremamente produtiva e criativa, o Brasil não se deu conta dos valores que
tem. A gente adora dar tiro no pé. Esses problemas do direito e da propriedade
intelectual, da propriedade industrial, do direito autoral são tratados no
Brasil com muita leniência”, reclama.
Van Camp disse que, em geral, os brasileiros acham
que só devem proteger alguma coisa quando vai dar certo. “Tem que proteger
quando ela nasce. Se vai dar certo, ou não, isso depois é que a gente vai ver.
Quando dá certo e aí vamos registrar, às vezes a ideia já virou domínio público
ou outras pessoas já registraram.”
A falta da cultura de registro soma-se à falta de
investimento em inovação, relaciona Liliane de Almeida, desembargadora da 21ª
Vara da Justiça Federal. “O Brasil não tem tradicionalmente investido em
inovação. Parece que somente agora empresas e governo acordaram para a
importância que é para o país investir em pesquisa e desenvolvimento. A riqueza
pública e privada de um país passa hoje, necessariamente, pelo conhecimento.”
Para mudar a visão empresarial e de operadores de
direito sobre o design e a propriedade industrial, o INPI promoverá nos dias 5
e 6 de novembro, no Rio de Janeiro, o
primeiro encontro de criadores, pesquisadores universitários, empresários,
advogados e engenheiros.
A Escola de Magistratura da 2ª Região, também no
Rio, promove cursos e seminários na área. Alguns eventos são abertos ao
público. Para a qualificação dos empresários, o Sistema Indústria mantém o
Programa Propriedade Intelectual para Inovação da Indústria.
Fonte Agência
Brasil
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Design de móveis: polo de Arapongas aposta nos profissionais formados pelo Senai
As empresas do polo moveleiro de Arapongas, no norte
do Paraná, descobriram a importância do design e da inovação para aumentar a
competitividade dos produtos no mercado. Apostando nisso, as indústrias da
região estão fazendo parcerias com Senai para atrair alunos do curso técnico de
Design de Móveis.
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Roupeiro Inova, desenvolvido pela Colibri Móveis,
de Arapongas,
de olho na competitivide (Divulgação)
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A cada curso iniciado pelo Senai-PR, uma empresa
da região é convidada para ser madrinha da turma. “No primeiro dia de aula a
empresa passa um briefing de uma linha de móveis que ela pretende lançar. Esse
briefing serve como base para os alunos durante todo o curso, e a empresa
assume o compromisso de colocar no mercado um ou mais produtos desenvolvido
pelos alunos”, explica o gerente do Senai de Arapongas, Nilson Violato.
O curso técnico de Design de Móveis já formou,
desde 2008, seis turmas. A média de empregabilidade entre os profissionais
formados pelo Senai-PR neste setor é de 60% e o salário médio é de R$ 1,6 mil.
Arapongas tem 104 mil habitantes e conta com 163
empresas moveleiras, o segundo maior polo do setor no Brasil e o primeiro no
Paraná. Segundo dados do Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas (Sima),
o segmento gera 11 mil empregos diretor e outros três mil indiretos, e
representa 63% do PIB do município, tendo apresentado um faturamento, em 2011,
de R$ 1,3 bi e exportado R$ 103 milhões no mesmo ano.
As empresas da região estão cada vez mais
investindo em qualificação profissional para inovar em processos de fabricação
e diferenciar produtos. A Colibri Móveis, segundo seu diretor de mercado, Marco
Komura, começou a investir na profissionalização da gestão há dois anos.
“Criamos uma área de inteligência de mercado e nos espelhamos em grandes
setores indústrias como o automobilístico, que inova sempre com foco em
design”, afirma.
“Percebemos que para competir no mercado interno e
externo, o design precisava ser mais do que uma estratégia estética. Precisava
ser, também, funcional”, destaca Komura, que foi buscar no Senai uma solução
profissional em design e inovação. “Fizemos uma parceria com o Senai que, além
de nos fornecer uma profissional de design de móveis, nos auxiliou na criação
do setor de inovação e também na expansão nacional da empresa”.
Formada pelo Senai de Arapongas, Andressa
Rodrigues, iniciou os estudos no curso de Aprendizagem em Movelaria Industrial
e, em seguida, cursou o técnico em Design de Móveis. Agora ela trabalha no
setor de desenvolvimento de produto da Colibri Móveis.
“O Senai me ajudou a escolher minha profissão e me
preparou para isso. O curso conta com maquinários idênticos aos utilizados nas
maiores empresas e isso facilitou a minha adaptação e desempenho na empresa”,
conta Andressa que, também com a ajuda do Senai, já sabe que caminhos seguir na
profissão. “Eu não sabia que existia uma faculdade de desenho industrial.
Descobri por meio dos professores do Senai e é essa minha escolha.”
Produto X moda sustentável: design vende mais que conceito "verde", diz empresário
François Morilion e Sebastian Kopp vendem há oito
anos na Europa - e, mais recentemente, nos Estados Unidos, Canadá e Japão -
tênis e acessórios sustentáveis feitos inteiramente no Brasil.
Batizada de Veja, a marca da dupla usa borracha da
Amazônia, algodão orgânico do Ceará e produz cerca de cem mil pares e cinco mil
bolsas e carteiras por ano em uma planta parceira no Vale dos Sinos (RS).
"Nossos clientes na França, aqueles que
descobrem a marca nas prateleiras, não sabem que praticamos o fair trade e
somos ecologicamente corretos", afirma Morilion. Para ele, a principal
causa da falência de muitos de seus concorrentes, que estrearam, como eles, no
começo dos anos 2000, foi investir mais no conceito do que no produto.
"Moda, antes de ser ética ou sustentável, é moda", completa.
Ele e Kopp, responsáveis pelo desenvolvimento dos
modelos, colecionam tênis desde a infância. As peças, desde € 69, competem em
preço com as líderes de mercado em 300 pontos de venda - o custo de produção
mais alto, diz, é compensado pelo corte de verba para publicidade. Posicionada como
uma marca "normal" - "sustentável sem fazer caridade" -, a
Veja é lucrativa desde o primeiro ano, afirma Morilion.
Em 2010, a empresa investiu em sua primeira
operação no varejo, a multimarca Centre Commercial, em Paris, e, no próximo
ano, finalmente debuta nas lojas brasileiras, com o nome Verité. A empresa não
pretende expandir a produção além do Brasil. O país, defende, tem uma rara
combinação de oferta de matéria-prima e infraestrutura fabril difícil de ser
replicada. E o mérito não é dos estrangeiros. Os projetos com as cooperativas,
diz, já estavam "prontos" quando a empresa fez as primeiras visitas,
mas procuravam uma saída comercial. "A borracha da Amazônia, por exemplo,
estava sendo vendida para a Universidade de Brasília (UnB) por falta de demanda".
Fonte Blue
Chip
Pesquisa e inovação: lei, Estado e empresas protegem mal o design industrial, avaliam especialistas
O Brasil é bastante vulnerável à prática de cópias
ilegais de desenhos industriais. Além de as empresas nacionais não terem o
hábito de registrar os designs criados, a imitação ilegal é tolerada no mercado
interno, não há fiscalização efetiva das fraudes, a Justiça não tem estrutura
para apurar processos, há muita burocracia nos registros e a lei é branda com
quem a infringe, conforme análise de designers, técnicos em propriedade
industrial, advogados e juíza federal ouvidos pela Agência Brasil.
“Há uma falha na abordagem desses assuntos, para
que a sociedade como um todo compreenda todo o complexo de situações que está
por trás de um caso de pirataria industrial e como isso pode afetar o nosso dia
a dia”, avalia Liliane Roriz de Almeida, desembargadora da 21ª Vara da Justiça
Federal.
Liliane de Almeida dirige a única vara federal especializada
em litígios de propriedade industrial. Além de juízes, faltam peritos
judiciais. “São raríssimos. Há menos de uma dezena em todo o país”, disse
Susana Serrão, coordenadora geral de Indicações Geográficas e Registros do
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
A situação do Judiciário não é melhor que a das
delegacias. Conforme o Ministério da Justiça, em todo o país há apenas três
delegacias especializadas em crimes contra a propriedade imaterial (Rio de
Janeiro, Recife e Brasília). Existem também quatro divisões que tratam de
propriedade intelectual em São Paulo, no Rio Grande do Sul, no Espírito Santo e
na Bahia. O Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a
Propriedade Intelectual (CNCP), ligado ao ministério, estuda a criação de novas
delegacias.
Além da falta de estrutura judicial e de
fiscalização, os especialistas se queixam da Lei de Propriedade Industrial (Lei
nº 9.279/96), que tem 27 artigos sobre desenho industrial. “No aspecto das
penas, a lei atual é muito branda, variando de três meses a um ano as penas
mínima e máxima a serem aplicadas. Isso não é suficiente para inibir ou punir a
prática de um delito”, avalia a desembargadora Liliane de Almeida.
O advogado Fabiano de Bem da Rocha, presidente da
Associação Brasileira dos Agentes da Propriedade Industrial (Abapi), discorda
da juíza. Para ele, a lei “está entre as mais avançadas no mundo. O problema
está na morosidade do Judiciário em compelir e punir os contrafatores
[falsificadores] de forma mais efetiva, como também no pequeno valor de
indenização, que é usualmente fixado nos tribunais e acaba servindo de estímulo
à contrafação”.
Apesar da Lei de Propriedade Industrial, há outras
regras que deveriam ser unificadas em um código próprio, opinam os especialistas.
“Parece uma colcha de retalhos. Não existe ainda um código de propriedade
intelectual que condense toda a legislação relativa a direito autoral, patente,
marca e desenho industrial”, explica o advogado José Henrique Werner.
“Há uma lei de direitos autorais, outra de
softwares e a de propriedade industrial [que engloba marca, patente, desenho
industrial, concorrência desleal, franquia, transferência de tecnologia], mas
não há um código de propriedade intelectual que condense tudo isso e ainda inclua
a parte criminal”, acrescenta Werner.
A burocracia do registro dos desenhos industriais
também é criticada. “Produz-se muito, mas registra-se pouco. Primeiro por uma
questão burocrática. O celular que temos no bolso provavelmente daqui a um ano
não existirá mais. Se fosse inventado por um brasileiro, não existiria ainda”,
critica o designer Freddy Van Camp, professor da Escola de Desenho Industrial
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
“Tenho relatos de pessoas que procuraram as
instâncias de registro, mas não conseguiram proteger o direito porque os caras
não acreditam que aquilo seja feito no Brasil, ou seja, inédito e até colocam
obstáculos ao registro, quando deveria ser o contrário”, disse Van Camp. Para
ele, “nossas instâncias de registro são mal aparelhadas, não têm pessoal; têm
centralização extrema. Os métodos de proteção intelectual são praticamente
desconhecidos das pessoas”.
Susana Serrão concorda que “por falta de
informação” ainda é baixo o número de pedidos de registros de desenhos
industriais – 7.012 em 2011 e 6.127 em 2010. “Não temos ainda cultura de
design” reclama.
Fonte Agência
Brasil
Marcadores:
inovação,
propriedade intelectual
Educação profissional: falta de trabalhadores qualificados também atinge os EUA
Reportagem de Vanessa Fuhrmans para o The Wall Street
Journal (14/6/2012) mostra que o apagão de profissionais capacitados também
preocupa empresas alemãs instaladas nos Estados Unidos.
Fábricas de empresas alemãs nos Estados Unidos, como
o imenso complexo da Volkswagen AG nesta cidade, não estão só produzindo
carros, máquinas e produtos químicos. Estão, cada vez mais, levando ao país um
sistema de capacitação alemão que poderia ajudar a diminuir a escassez de mão
de obra qualificada nos EUA.
A Volkswagen, cuja fábrica em Chattanooga vai
formar no ano que vem a primeira turma capacitada de aprendizes americanos, é
uma das dezenas de empresas que estão adotando programas de aprendizagem e
ensino técnico aos moldes alemães.
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Sessão de treinamento no trabalho em fábrica da
Siemens
nos EUA (Foto Andy McMillan para o The Wall Street Journal)
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Esses programas de capacitação têm conquistado
adeptos nos EUA em meio ao paradoxo enfrentado pela indústria no país: embora o
desemprego continue acima de 8%, a indústria não consegue achar maquinistas,
especialistas em robótica e outros trabalhadores qualificados em número
suficiente para preencher suas vagas. Calcula-se que haja 600.000 vagas não
preenchidas para trabalhadores qualificados com salários de classe média — e
isso num momento em que milhões de americanos buscam emprego.
"Descobrimos que é melhor formarmos nós
mesmos a mão de obra do que depender só do mercado", disse Hans-Herbert
Jagla, diretor de recursos humanos da fábrica da Volkswagen em Chattanooga,
aberta há um ano. A montadora alemã lançou um programa de treinamento de três
anos para garantir que terá trabalhadores capacitados para manter e reparar
sistemas robotizados de alta tecnologia nas suas linhas de montagem.
Tanto empresas como autoridades estaduais e
federais americanas começam a mostrar interesse por programas da Volks, da
Siemens AG e da BMW AG — empresas que se aliaram a instituições de ensino
superior profissionalizante do país conhecidas como "community
colleges" — para formar trabalhadores em áreas como soldagem, usinagem e
manutenção de equipamentos de alta tecnologia.
Em Charleston, na Carolina do Sul, onde a alemã
Robert Bosch GmbH, de engenharia e autopeças, mantém um programa de
aprendizagem desde a década de 1970, a fabricante de produtos de alumínio JW
Aluminum, a fabricante de equipamento aeroespacial e industrial Eaton Corp., a
empresa de engenharia ITT Corp. e outra dezena de empresas americanas criaram
programas de aprendizagem nos últimos anos com a Trident Technical College, a
parceira da Bosch.
"Não há uma empresa com a qual eu tenha falado
que não mostrasse interesse no conceito", disse Mitchell Harp, diretor de
programas de aprendizagem da Trident. Segundo ele, o programa da Bosch hoje
virou o "padrão ouro" na área. "No fundo, a questão se resume a
como inserir isso no orçamento."
Em março, representantes do estado da Virgínia do
Norte foram à Alemanha visitar a Siemens e outras empresas para entender como
criar programas similares de capacitação de trabalhadores com empresas e
escolas locais. Funcionários da Casa Branca e do Departamento de Educação
americano também buscaram informações sobre um programa técnico de nível
secundário que a fabricante alemã de motores Tognum AG pretende lançar no
próximo trimestre na Carolina do Sul, onde tem uma fábrica.
"Nos EUA, evoluímos para um ponto no qual
achamos que a única meta da pessoa deve ser [um curso] universitário de quatro
anos. O trabalho em fábricas é visto como sujo, perigoso e repetitivo",
disse Tom Duesterberg, diretor executivo do programa Indústria e Sociedade no
Século XXI, do Instituto Aspen. "Na Alemanha, o trabalho feito no chão da
fábrica e ensinado pelo seu sistema de formação profissionalizante é altamente
valorizado."
Quase dois terços dos trabalhadores da Alemanha
são treinados por meio de parcerias entre empresas, escolas técnicas e
entidades de classe. No ano passado, empresas alemãs receberam e formaram cerca
de 600.000 aprendizes remunerados. O papel da escola é ensinar a parte teórica,
enquanto os sindicatos ajudam a garantir que o treinamento seja padronizado.
Nos EUA, geralmente não existe cooperação tão
estreita. Outro obstáculo é o receio das empresas de gastar com treinamento e
depois perder o aprendiz para a concorrência. Em um novo programa de três anos
de capacitação em mecatrônica na fábrica de Charlotte, na Carolina do Norte, a
Siemens gasta cerca de US$ 165.000 por aprendiz.
No Central Piedmont Community College, perto das
instalações de cerca de 200 empresas alemãs, 18 companhias participam de
parcerias de treinamento sob medida para empresas. A maioria é europeia, mas um
punhado de americanas, como a fabricante de rolamentos Timken Co., já aderiu ao
modelo.
A distribuidora de equipamentos pesados Carolina
CAT, também de Charlotte,
lançou no ano
passado um programa de capacitação de técnicos de manutenção inspirado em programas de
companhias alemãs. A Carolina CAT paga por um curso sob medida de 12 meses na
faculdade, seguido por oito semanas de treinamento prático na empresa. No fim
do ano, quando a primeira turma se formar, tudo indica que os alunos serão
contratados em tempo integral pela Carolina CAT.
"Empresas americanas estão começando a
perceber que elas têm um papel na criação de uma oferta mais confiável de
trabalhadores qualificados", disse Tony Zeiss, presidente da Piedmont
Central.
Um programa de treinamento não é necessariamente
caro, disse Jörg Klisch, vice-presidente de operações da Tognum na América do
Norte. O alvo da fabricante alemã de motores é o estudante de ensino médio que
provavelmente não fará curso superior. A empresa fornece à escola local um
programa de dois anos para a formação, no próximo trimestre, de seis alunos em
mecânica industrial.
Para a Tognum, o único custo será a remuneração
dos alunos pelas horas de atividade prática na empresa, a partir de US$ 8 por
hora. "Creio que achamos o elo perdido no sistema de ensino entre o curso
secundário e o início da faculdade", disse Klisch.
Empresas como a Volkswagen advertem que, se não se
encarregarem elas mesmas da formação de trabalhadores qualificados, elas podem
ter dificuldade para crescer no país. Que o diga a montadora: este ano, ao
aumentar a produção do Passat nos EUA para dar conta da crescente demanda pelo
modelo, a Volks teve de lançar uma campanha publicitária nacional para
preencher cem das vagas mais especializadas na fábrica, incluindo técnicos de
manutenção e engenheiros de produção.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Editora Senai-SP: lançamento de seis livros da série Engenharia Formação Profissional marca os 70 anos da organização
Os 70 anos de atividades do Senai de São Paulo serão
tema de debate na 22ª Bienal Internacional do Livro, nesta sexta (10/8/2012), a
partir das 19h. O encontro será realizado no estande da recém-criada editora da
organização, com a presença de empresários e docentes que fazem parte da
evolução educacional e tecnológica da entidade. Logo após o debate, às 20h,
serão lançados seis livros da Série Engenharia de Formação Profissional.
Para ampliar a sinergia com os setores produtivos
que atende, a entidade da indústria criou sua própria editora, que levará
conhecimento e conteúdo técnico e tecnológico para a sociedade. Os seis livros
da Série Engenharia de Formação Profissional abordam temas como o sistema de
avaliação e aprendizado do Senai-SP, método pedagógico do ensino
profissionalizante, inclusão de profissionais com limitações físicas no mercado
de trabalho, desenvolvimento humano e os personagens e a metodologia que
marcaram a solidificação do ensino profissional no país.
Criado em janeiro de 1942, o Senai é considerado referência de excelência na formação profissional para a indústria, sendo responsável por capacitar mais de 55 milhões de pessoas em todo o país.
Dentre a legião de alunos que passaram pelas oficinas e laboratórios da entidade estão o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, formado em São Paulo pela Escola Senai Roberto Simonsen, a primeira unidade da entidade no país, construída no bairro do Brás; Marcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro; e o tricampeão de Fórmula 1, Nelson Piquet.
Nacionalmente, o Senai é responsável por 809 unidades operacionais, sendo 471 fixas e 338 móveis. Somente o estado de São Paulo é detentor de rede com 165 escolas.
Segundo Walter Vicioni, diretor regional do
Senai-SP e superintendente do Sesi-SP, poucas instituições nasceram para durar.
“Só chegamos aos 70 anos porque fomos portadores de uma boa obra e nossos
dirigentes tiveram visão de futuro.”
Confira a programação
Mesa de debates:
Composição: José Juarez Guerra, diretor da Finder
Componentes Ltda; Ricardo Olivati,
coordenador de Treinamento em Serviços e Vendas da Ford Motor Company Brazil;
Aline Vali, produtora gráfica da Editora Cosac Naify. Mediação: Osvaldo Luiz
Padovan, diretor da Escola Senai Suíço-Brasileira Paulo E. Tolle.
Lançamentos da Série Engenharia de Formação Profissional:
- Peare – Autora: Léa Depresbiteris – Tema:
planejamento e avaliação pedagógica nas escolas do Senai-SP
- Provei – Autora: Célia Maria Vasques Miraldo –
Tema: sistema de avaliação de aprendizado criado e utilizado pelo Senai-SP
- SMO – Autoria: vários, com organização do
Senai-SP – Tema: método pedagógico desenvolvido no Senai
- Além da Teoria – Autoria: vários, com
organização do Senai – Tema: desenvolvimento humano como meta educacional,
utilizado no ensino de ciências aplicadas nas escolas da entidade
- Caminhos da Inclusão – Autora: Marta Gil – O
papel do Senai na inclusão de profissionais com limitações físicas na indústria
- De Homens e Máquinas – Autor: Senai-SP – Tema:
resgate da história e dos personagens que marcaram a trajetória da entidade.
Plano Nacional de Educação: PNE deverá ir a plenário na Câmara para novo debate sobre meta de investimento em Educação
O PNE, aprovado por unanimidade em junho pela
comissão especial que analisou a matéria, deverá ir ao plenário da Câmara. Um
recurso de autoria do líder do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP) para que o
projeto seja votado no plenário da Casa antes de seguir para o Senado já conta
com a assinatura de 122 parlamentares – o mínimo para que o requerimento seja
apreciado são 51 deputados.
O PNE estabelece 20 metas educacionais que o país
deverá atingir no prazo de dez anos. A principal delas, alvo de muita polêmica
durante a longa tramitação do projeto, é a que estabelece um patamar mínimo de
investimento em educação – atualmente o Brasil aplica 5,1% do Produto Interno
Bruto (PIB) na área. O governo defendia um índice de 7,5% do PIB, mas os
deputados da comissão especial aprovaram a meta de 10% do PIB.
As 122 assinaturas estão sendo conferidas pela
Mesa da Câmara porque pode haver divergências ou duplicatas. Há ainda a
possibilidade de parlamentares retirarem o apoio ao recurso. Se for atingido o
mínimo de 51 deputados, o requerimento precisa ser aprovado no plenário. Caso
seja aprovado, todos os 513 deputados deverão analisar e votar o projeto antes
que ele possa seguir para o Senado.
De acordo com a Secretaria de Relações Institucionais
(SRI) da Presidência da República, que articulou a aprovação do recurso, o
objetivo de levar o PNE a plenário é fazer com que o debate seja ampliado já
que o tema é importante “e envolve muitos recursos” para ser discutido apenas
por uma comissão especial com 16 deputados. A SRI questiona o fato de que o PNE
não aponta de onde virão os novos recursos que vão bancar a ampliação do
investimento e esse tópico precisa ser mais discutido.
O último PNE esteve em vigência entre 2001 e 2010.
Atualmente o país não tem um plano em vigor, já que o texto do novo PNE foi
enviado para a Câmara em dezembro de 2010 e só aprovado em junho de 2012. Para
a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, uma das entidades da sociedade
civil que participou de forma mais ativa da tramitação do plano, a ida do
projeto ao plenário é uma “irresponsabilidade” dos deputados porque atrasa
ainda mais a implantação das estratégias e o cumprimento das metas.
“A maior parte dos deputados assinaram sem
conhecer a matéria, isso é uma irresponsabilidade comum no Congresso Nacional,
o parlamentar assinar um requerimento a pedido do governo sem nem ler. Aqueles
que mantiverem o apoio ao recurso terão seus nomes divulgados como
parlamentares que protelaram a aprovação de um projeto que foi discutido por
todos os partidos e aprovado por unanimidade”, criticou o coordenador-geral da
Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara.
Segundo Cara, caso o projeto vá a plenário não
apenas a questão do financiamento pode ser mudada, mas também outros pontos do
plano que foram negociados e debatidos com a sociedade civil na comissão
especial. A entidade irá tentar dissuadir os deputados para que o requerimento
não seja aprovado. "Levar o PNE ao plenário é atrasar os rumos da Educação
para milhões de brasileiros".
Acessórios: estúdio londrino desenvolve linha a partir de ilustrações feitas à mão
Fundado pela dupla de designers de produto Hanhsi
Chen e Yoo-Kyung Shin, o estúdio londrino Logical Art desenvolve produtos com
um toque de arte. Agora a dupla está lançando no famoso site de crowd funding,
Kickstarter, o projeto Air Tattoo.
A novidade é a coleção de acessórios inspiradas
nos desenhos à mão. Os belos colares formam uma trama de delicados recortes de
papel. Os padrões são desenvolvidos a partir das ilustrações originais criadas
pelos designers do estúdio.
A escolha do nome reflete o aspecto do material e
a perfeita adequação quando está sobre a pele ou usada por cima de uma peça de
roupa. O acessório se torna uma espécie de segunda pele ou uma tatuagem
flutuante.
São várias as vantagens do material que tornam o
produto ainda mais especial. É um papel especial eco-friendly, que mantém toda
a qualidade do papel comum (textura macia, firmeza e leveza) e ao mesmo tempo é
super firme. Além disso, é altamente resistente à água e sua textura tem
aspecto de couro.
O projeto une o trabalho artesanal a um processo
baseado no pensamento prático e industrial, proporcionando como resultado uma
peça com caráter de arte, mas oferecida no mercado a um preço relativamente
baixo.
A Logical Art foi criada pelos designers depois de
concluírem sua graduação na Royal College of Art, em Londres. O design
desenvolvido por eles varia entre objetos diários, acessórios pessoais, até
mobiliário e iluminação. A Logical Art é especialmente motivada pela
aproximação da arte e do design e tem o objetivo de sempre aliar conceitos de
arte, escultura e pintura a produtos de qualidade e com um valor razoável.
Fonte Portal Senai Design
Rio Design Indústria: encontro vai reunir especialistas para gerar valor às marcas
Na quinta edição do Rio Design Indústria, no
próximo dia 21, o Senai
Moda Design vai conectar designers, indústrias e parceiros, apresentando propostas,
processos e iniciativas transformadoras de negócios que traduzem valores por
meio das marcas. Mais uma oportunidade para gerar negócios para o Estado do Rio
de Janeiro.
A abertura terá a palestra de Ricardo Guimarães,
um dos maiores especialistas em marca e branding no Brasil, além de grandes
empresas como Tok Stok e Granado.
![]() |
Rio Design Indústria; data: 21 de agosto de 2012; horário: das 14h às 19h; local: Sistema Firjan, 2º andar; Av. Graça Aranha 1, Centro – Rio de Janeiro
|
O Rio Design Indústria trabalha para disseminar a
cultura da inovação por meio do design, divulgando casos de sucesso das
indústrias e dos criativos, nesta edição, com temas como branding, novas mídias
e tecnologia.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até
17 de agosto, via senaimodadesign@firjan.org.br.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Inovação em energia: CTGÁS-ER vai buscar tecnologia em instituições alemãs
A parceria que acaba de ser estabelecida entre o
Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGÁS-ER) e as instituições
alemãs RLP AgroScience – Institut für Agrarökologie, Institut für Mikrotechnik
Mainz GmbH e Mikroglass amplia os horizontes para o desenvolvimento de
pesquisas, serviços técnicos e tecnológicos, inovação e Educação profissional,
agregando valor em áreas de interesse mútuo.
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Instalado em Natal (RN), o CTGAS-ER é um consórcio administrado pela Petrobras e o Senai. Atua nas áreas do gás natural e na implantação de projetos no segmento de energias renováveis com foco, principalmente, em energia eólica e solar. Referência em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, o Centro também qualifica profissionais em cursos de formação inicial e continuada, cursos técnicos e especialização técnica, além de contribuir com a Educação superior por meio de parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. |
O objetivo é a cooperação que possibilite
transferência tecnológica e inovação com atividades direcionadas,
principalmente, para a indústria química, de materiais e de energias
renováveis, além de englobar ações voltadas para a preservação do meio
ambiente.
Com o RLP AgroScience – Institut für
Agrarökologie, especializado em agroecologia, serão realizadas de pesquisas
sobre produção de energia a partir de material de resíduo orgânico; gestão de
águas residuais e obtenção de água limpa; química e tecnologia ambiental;
sistemas de irrigação inovadores; uso de dados digitais e sistemas de
informação geográfica; e energias eólica e solar.
Com o Institut für Mikrotechnik Mainz GmbH,
especializado em microprocessos tecnológicos, haverá o desenvolvimento de
pesquisas em tecnologia de energia, catálise, gás natural e energias
renováveis. Junto com o Mikroglass, especializado em microestruturas de vidro, o
CTGÁS fecha cooperação técnica para o desenvolvimento de projetos e consultoria
em áreas relacionadas a gás natural e energias renováveis, formação e
aperfeiçoamento de recursos humanos, serviços técnicos e tecnológicos.
Para a diretora executiva do CTGAS-ER, Cândida
Amália Aragão de Lima, “os entendimentos celebrados propiciarão a constante
troca de conhecimentos entre instituições que são referência mundial no
desenvolvimento de tecnologias e na formação profissional, o que coloca o
Centro na linha de frente da educação profissional e inovação tecnológica”.
Mais sobre os alemães
RLP AgroScience – Institut für Agrarökologie:
entidade sem fins lucrativos que vem desenvolvendo pesquisa aplicada em agricultura
e meio ambiente há mais de 20 anos, dedicando-se, atualmente, à química
ambiental e ecotoxicologia; sistemas de informação ambiental; tecnologia
ambiental, conservação de recursos e uso de resíduos orgânicos. Com projetos em
vários países da Europa, tem colaborações estabelecidas na América do Sul,
América do Norte, Ásia e África. Seus principais parceiros são indústria,
órgãos públicos e universidades.
Institut für Mikrotechnik Mainz GmbH (IMM):
desenvolve sistemas reformadores completos para combustíveis convencionais e
renováveis, atuando em todos os níveis da cadeia de valor, desde a criação de
modelos e estudos de simulação até o desenho do reator e sua produção,
realizando testes do sistema completo. Seu conhecimento em tecnologia de
hidrogênio líquido engloba conceitos inovadores de armazenamento e distribuição
para produção descentralizada e combinada de calor e energia.
Mikroglas: atua na microestruturação do vidro para
diversas aplicações em sensores, biotecnologia e processos químicos. Seu foco
está no desenvolvimento e na produção de componentes para biotecnologia, micro
engenharia de processos e laboratórios químicos, possibilitando melhor controle
de reações químicas, maior rendimento, seletividade e segurança; melhor
eficácia; e produção sustentável.
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